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domingo, 5 de novembro de 2023

Governo recorre aos EUA para garantir saída de brasileiros de Gaza

Celso Amorim ligou para Jake Sullivan com objetivo de fazer a mensagem chegar a Benjamin Netanyahu

O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, conversou na tarde deste sábado com o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, por telefone. Amorim manifestou o incômodo pela lista de retirada de estrangeiros de Gaza não incluir, pelo quarto dia consecutivo, nenhum dos 34 brasileiros que estão na área do conflito entre Israel e o Hamas. [o Brasil ficar de 'quatro' para outra nação nos governos do petista Lula não é novidade - no primeiro ou segundo mandato do petista o Brasil ficou de 'quatro' para Morales, presidente boliviano que nacionalizou, impunemente, duas refinarias da Petrobras - para os EUA pedir, e não ser atendido, não vai doer.]

O objetivo da ligação a Sullivan, conhecido de longa data de Amorim, foi tentar fazer a mensagem chegar ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. O principal país aliado de Israel é os Estados Unidos, que tem conseguido retirar cidadãos norte-americanos do país nos últimos dias. 

Após também ficar de fora da primeira lista, os estadunidenses foram incluídos nos três grupos seguintes.  
Na quinta-feira, dos 576 estrangeiros que deixaram Gaza, 400 eram americanos.  
Outras 571 pessoas com cidadania dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Indonésia, Alemanha e México deixaram a zona do conflito na sexta-feira. [destacamos que a  Indonésia, país muçulmano, sequer reconhece a existência de Israel.]

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ouviu do chanceler israelense, Eli Cohen, que os brasileiros vão deixar o país até a próxima quarta-feira. Há um receio, porém, de que a promessa de fato seja cumprida e, portanto, a diplomacia brasileira tenta garantias por meio dos Estados Unidos. Ao todo, 34 cidadãos do Brasil ainda estão em Gaza e um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) está a postos para repatriar o grupo.[insistimos em lembrar que todas as despesas para trazer os brasileiros, incluindo os que estavam em Israel, correm por conta do contribuinte brasileiro - países com economia mais sólida que a nossa cobram dos repatriados todas as despesas, até mesmo de cachorro, papagaio, etc.

Aproveite e saiba mais sobre o excesso de falta de prestígio do Brasil no atual DESgoverno.]

A Embaixada de Israel no Brasil publicou um comunicado em que, sem maiores explicações, culpa o Hamas de ter atrasado a retirada de estrangeiros da Faixa de Gaza.  “O Estado de Israel está fazendo absolutamente tudo que pode e que está ao seu alcance para que todos os estrangeiros deixem a Faixa de Gaza o mais rapidamente possível. Qualquer outra afirmação está errada e é fruto de fake news ou desinformação sobre essa complexa e desumana situação criada exclusivamente pelo Hamas”, diz a diplomacia israelense, em nota.

Mundo - Revista VEJA


quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Falta pouco para o STF liberar o porte de maconha no país - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Homem com ansiedade generalizada já realiza tratamento médico com cannabis, mas alegou que os medicamentos possuem um alto custo
Faltam dois votos para Supremo formar maioria descriminalizando o porte de maconha para uso pessoal. -  Foto: Bigstock
 
Está cada vez mais fácil a vida de bandido aqui no Brasil
Está 4 a 0 um julgamento no Supremo sobre o porte de droga para uso próprio. Eu não sei qual é a droga que não é para uso próprio: o objetivo é atingir o consumidor, toda droga é para uso de alguém. 
 
Este julgamento vem de longe. O relator é o ministro Gilmar Mendes, que considerou inconstitucional o artigo 28 da Lei Antidrogas, pelo qual é crime a pessoa transportar drogas, comprar drogas e estar levando para casa ou sei lá para onde. Os ministros Luís Roberto Barroso e Edson Fachin já votaram, dizendo que, se a droga for maconha, não tem problema. Não devem ter nenhuma pessoa viciada em maconha na família. O viciado faz qualquer coisa para obter a maconha e vai tendo um retardo, vai bloqueando as sinapses no cérebro. E isso abre portas, eles vão atrás de drogas mais pesadas. [ao que entendemos a liberação das drogas para usuários (o ilustre articulista está mais que correto quando diz, e fundamenta, que toda droga é para uso de alguém) =  para uso próprio =  será um dos maiores desastres já causados por decisões do STF; 
os que consomem terão um argumento incontestável para defender a liberação da venda das drogas: como efetuar uso próprio = consumir = sem ter onde comprar??? 
- há também o fato do ministro  relator considera inconstitucional o artigo 28 da Lei Antidrogas - vencendo sua posição vence o LIBEROU GERAL. 
Liberando para o usuário, estará VALORIZANDO a droga, melhor dizendo as drogas - SEM usuário não há demanda e o interesse em traficar é menor. 
LIBERANDO GERAL o consumo aumenta, o tráfico vai junto e será legalizado.]  
 
Na quarta votou o ministro Alexandre de Moraes, descriminalizando a maconha, mas só até 60 gramas. É varejo, não pode ser no atacado. O pequeno traficante vai levando pouco a pouco, não é? 
Mas não é só a questão do traficante, é também o estímulo ao consumo. Está 4 a 0; com mais dois votos há maioria para derrubar um artigo de uma lei feita pelos representantes do povo brasileiro.  
O povo é de onde emana o poder, e o povo, pelo voto, dá uma procuração para deputados e senadores fazerem as leis. Não foi para o Supremo, mas para o Congresso Nacional.
 
Por enquanto não mexeram no artigo que diz que a venda de droga é crime, óbvio. Ora, venda é uma transação incompleta: tendo a venda, existe a compra; se há vendedor, há comprador
E, se essa transação é crime, então o comprador também cometeu crime. Aí ele sai dali, é abordado pela polícia com 60 gramas no bolso, mas já não é o flagrante continuado do crime de compra de droga. 
Que estranho isso!
 
A Comissão de Segurança da Câmara pediu para suspender o julgamento e ele foi suspenso, mas está 4 a 0 para se alterar uma lei feita pelos congressistas, e na qual não vejo nenhuma inconstitucionalidade como os ministros estão vendo.  
Será que tem alguma coisa na parte da Constituição sobre os direitos e garantias individuais que garante que a pessoa possa se drogar?

Carla Zambelli e hacker da Vaza Jato na mira da PF
Outra decisão estranha é o mandado de busca e apreensão no escritório e no apartamento da deputada Carla Zambelli, que teria ligações com o hacker Walter Delgatti Neto, aquele que entrou nos celulares de Deltan Dallagnol e de Sergio Moro, que fez a Vaza Jato com Glenn Greenwald em 2019. Delgatti já tinha sido preso duas vezes e forjou até mandado de prisão de Alexandre de Moraes.  
Estranho que o próprio Moraes, que é a vítima, foi quem ordenou a busca, a apreensão e a prisão Delgatti está preso pela terceira vez, em Araraquara (SP). Ele tinha forjado 11 alvarás de soltura, entrando no banco de dados das prisões do Conselho Nacional de Justiça.  
Ele teria sido consultado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo Ministério da Defesa e por Zambelli, se teria condições de demonstrar a insegurança das urnas. Ele disse que não, que não conseguiu, mas entrou em outros computadores. Então Bolsonaro vai ser convocado a depor também, porque foi citado.

Privatização da Copel poderá seguir adiante
O TCU para a surpresa de muitos, porque o governo é contra abriu as portas para a privatização da Copel, a companhia paranaense de energia. Avalizou o valor de uma transação marcada para o dia 10, que inclui três hidrelétricas no Paraná, em um valor de R$ 3,7 bilhões. O PT já está entrando no Supremo para ver se impede a privatização. Aqui em Brasília, quando saiu a empresa estatal e entrou a Neoenergia, foi uma mudança enorme – para melhor – na qualidade do serviço. [falta privatizar em Brasília, URGENTEMENTE, a CAESB - além da péssima qualidade dos serviços, a condição de estatal permite que funcionários ganhem salários de marajá; aproveitando o gancho, vale lembrar que o DETRAN - DF, perdeu o título de CAMPEÃO EM INCOMPETÊNCIA E INEFICIÊNCIA para o DER-DF.
o DER-DF, Departamento de Estradas e Rodagens do DF, além da PROEZA de construir um retorno com um POSTE no meio, é CAMPEÃO em obras que  NÃO ACABAM NUNCA e duas, três,  ou mesmo mais, simultaneamente. 
Agora mesmo está realizando obras que estão tornando intransitável a VIA ESTRUTURAL, obras na Hélio Prates que dificultam o acesso ao 'pistão norte' e, por consequência, à EPTG e EPCT, está com obras PERMANENTES no já referido pistão, nas proximidades do viaduto no Centro de Taguatinga - dificultando o acesso a EPTG - , obras no Pistão Sul, obras na EPNB = resultado de todo esse furor obreiro movido a INCOMPETÊNCIA  = há o risco de a qualquer momento,  NINGUÉM conseguir sair de Taguatinga, Ceilândia e redondezas.
Apenas o BOM SENSO já é suficiente para recomendar que quando se interdita uma via importante, tem que deixar as demais livres, ou  VIRA ZONA.]  
   
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

domingo, 16 de abril de 2023

Dureza da lei na Indonésia contrasta com a frouxidão do Brasil - Alexandre Garcia

Vozes - Gazeta do Povo

Legislação


Indonésia pune com pena de morte ou prisão perpétua quem é pego tentando entrar no país com drogas.-  Foto: Christian Rizzi/Arquivo/Gazeta do Povo [a Indonésia já executou brasileiros por tráfico de drogas; recentemente,a Tailândia aliviou para uma brasileira, presa em flagrante; defendemos que no Brasil,  passe a ser aplicado para traficantes de drogas, o chamado TRIO PUNITIVO IDEAL.]

Eu tenho falado aqui da leniência das leis penais brasileiras, e que por isso passa-se a ideia de que o crime compensa no Brasil, de que o Brasil é o país da impunidade. 
Aí as pessoas estranham muito quando brasileiros chegam com drogas à Indonésia, geralmente a pretexto de surfar nas ondas de alguma das milhares de ilhas do país, principalmente em Bali. 
A Indonésia tem 290 milhões de habitantes e é preciso ter cuidado, pois todo mundo sabe que a Indonésia tem pena de morte ou prisão perpétua para o tráfico de drogas
Conto isso porque anteontem houve uma primeira audiência em que a Justiça está julgando uma catarinense chamada Manuela.  
A jovem chegou ao aeroporto de Bali em 31 de dezembro com 3 quilos de cocaína na bagagem, cocaína que teria sido embarcada no Brasil, claro. Naquela audiência ouviram as autoridades que aprenderam a cocaína, para que elas testemunhassem ter encontrado a droga na bagagem dela.
 
Na terça-feira da semana que vem vai haver uma segunda audiência decisiva. A defesa de Manuela está alegando perante a Justiça da Indonésia que ela não é traficante, que ela foi aliciada por traficantes.  
A Justiça da Indonésia haverá de perguntar: por acaso as pessoas não sabem que a Indonésia tem pena de morte ou de prisão perpétua para quem chega com drogas?  
Aqui no Brasil, na nossa cultura, não daria em nada. 
Parece que ela teria alegado que a pessoa ofereceu um curso de surfe na Indonésia para ela levar aquela bagagem, e ela nem perguntou o conteúdo. [alegação que não pode, nem deve, ser considerada pela Justiça da Indonésia - impõe-se aplicação sumária da pena de morte = só executando, que o tráfico poderá ser reduzido. 
Entendemos oportuno que no Brasil além do endurecimento das penas para o tráfico de drogas,  também o consumo de drogas seja punido  com rigor - é o consumidor, o chamado 'noiado', que estimula o tráfico. 
NÃO HAVENDO DEMANDA, NÃO HAVERÁ O TRÁFICO. DEZ ANOS DE PRISÃO, COM TRABALHOS FORÇADOS, para o consumidor já está de bom tamanho.  
Aqui no Brasil, já criaram até cota para consumidor de droga - abaixo de uma certa quantidade o chamado usuário,  não será nem processado.]
 
Lembro que certa vez eu estava embarcando em Tel-Aviv, de volta para o Brasil, e um amigo pediu que eu levasse um perfume para uma parente dele no Brasil. Eu fiquei assustadíssimo, vi o líquido dentro do vidro, mas não sabia que líquido era aquele.  
E a Manuela nem perguntou, carregou aquela mala com 3 quilos de cocaína e agora está sujeita a pena de morte ou prisão perpétua. 
A defesa brasileira diz que, se conseguirem qualquer outra pena que não seja uma dessas, já será uma vitória. 
Ou seja, ela pode pegar uns 20 a 25 anos só porque foi boba de levar a bagagem. Isso se ela for julgada boba, que é o melhor que pode acontecer a ela. Agora, se resolverem que ela sabia, não tem jeito.

Veja Também:

    Justiça frouxa deixa bandidos nas ruas

    As leis e o Judiciário brasileiro não dão a mínima para a vítima

    Nossas leis e tribunais também são responsáveis pela tragédia em Blumenau

Conto esse caso para reforçar essa história de que aqui no Brasil as leis são fraquinhas. Soube que ocorreu um debate na Sociedade de Psiquiatria, ou de Psicologia, sobre as leis brasileiras que dizem que, por exemplo, esse sujeito que atacou com machadinha a escola em Blumenau só vai ter tratamento se quiser; se não quiser, não vai ter tratamento. 
 Vale a vontade do sujeito, não a vontade da pena, da lei, da ordem. 
É como naquela história que eu contei outro dia, dos desembargadores de São Paulo que soltaram um sujeito perseguido pela polícia, que bateu em vários carros, pegou um bebê que não era dele e saiu correndo. Soltaram porque ele tinha o “direito” de autodefesa, viu a polícia atrás dele e saiu correndo porque era um direito dele fugir dos policiais.
 
Novo superbloco demonstra a força de Arthur Lira
Um fato político muito importante desta quarta-feira: Arthur Lira, com seu partido, o Progressistas, formou o maior bloco da Câmara, com 175 deputados, surpreendendo o governo e mostrando que tem muita força, que não adianta Rodrigo Pacheco [o talento enorme] ficar atrás de Lula na fotografia de chegada lá na China, junto com Dilma e Janja
O alagoano Lira mostrou sua força, porque um bloco que tentou surpreendê-lo conseguiu 142 deputados, mas nesse bloco do Progressistas estão o União Brasil, o PDT e o PSB, que juntos têm nove ministros no governo Lula.

Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 14 de março de 2023

Não falta comida porque alguns comem demais - Revista Oeste

Gabriel Cesar de Andrade
 

A teoria desastrosa de Lula não é novidade. Ela foi exportada para o restante do mundo a partir dos EUA há mais de meio século

 Flávio Dino e Lula | Foto: Montagem Revista Oeste/Ricardo Stuckert/PR

Flávio Dino e Lula | Foto: Montagem Revista Oeste/Ricardo Stuckert/PR
 
 Há alguns dias, ao instituir o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, Lula disse que: “Se tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais do que deveria”. A fala foi tratada como piada nas redes sociais: 

Se por um lado o humor ajuda o brasileiro a superar momentos de desesperança política, não há como ignorar a gravidade da fala vinda do chefe do Executivo e todas as consequências econômicas que ela sugere para a política social, a agricultura e a economia.

Lula não é o inventor da tese segundo a qual se alguns comem mais, outros precisam passar fome. A teoria desastrosa foi exportada para o restante do mundo a partir dos Estados Unidos há mais de meio século. Em 1968, o livro The Population Bomb foi lançado, por dois respeitados professores de Stanford, e previa uma catástrofe global pelo crescimento populacional desenfreado e a fome generalizada.

Um dos autores, o ambientalista radical Paul Ehrlich, previu dois anos depois do lançamento de seu best-seller que, “em algum momento nos próximos 15 anos, o fim chegaria”.  
Segundo Ehrlich, 65 milhões de norte-americanos e 4 bilhões de pessoas em outras partes do mundo morreriam de fome até o fim da década de 1980.
Livro The Population Bomb | Foto: Divulgação

Desnecessário dizer que tais previsões se mostraram totalmente infundadas, apenas servindo como combustível para um movimento mundial de violação de direitos humanos no México, na Bolívia, no Peru, na Indonésia, em Bangladesh e na Índia, onde mais de 6 milhões de homens foram esterilizados num único ano.

Hoje, a população global é o dobro da que existia na época dessas previsões catastróficas, e a porcentagem dos que vivem em situação de miséria caiu de 25% para 10%, na média global. E não são os países ricos que estão liderando essa “cura da fome” mundial, mas, sim, os países em desenvolvimento, onde 20% da população passou a ter o que comer desde 1970.

Fonte: FAO

Com esses números, já é possível saber que a tese do ambientalista radical Paul Ehrlich estava errada, afinal a população continuou crescendo e a taxa de famintos reduziu drasticamente. Mas e quanto à tese de Lula, de que se alguém passa fome é porque alguém está comendo demais?

Processos agrícolas modernos, com aumento da produtividade das sementes, controle de pragas e uso inteligente do solo, permitiram à humanidade se alimentar muito mais do que jamais havia feito antes

Se Lula estiver correto, na série histórica em que a malnutrição do mundo desenvolvido reduziu, os mais ricos teriam deixado de comer para que os pobres tivessem acesso a alimentos. O problema é que isto também não aconteceu.

Fonte: FAO

Observando os dados, é possível verificar que, apesar das discrepâncias regionais, o mundo todo passou a consumir uma quantidade cada vez maior de calorias por dia ao longo do tempo. O que explica essa situação não é nem a tese ambientalista de Ehrlich, nem a tese socialista enferrujada de Lula. Mas, sim, a tese da globalização e do livre-comércio.

Em meio século, enquanto a área agricultável global cresceu somente 10% e a população mundial dobrou, a produção de alimentos triplicou.

Fonte: OCDE
Processos agrícolas modernos, com aumento da produtividade das sementes, controle de pragas, uso inteligente do solo, automatização e segurança jurídica para a cadeia de produção, permitiram à humanidade se alimentar muito mais do que jamais havia feito antes. 
Em meados do século 19, colher 1 tonelada de grãos levava um dia inteiro e exigia o trabalho de 25 homens. 
Hoje, uma pessoa operando uma colheitadeira consegue fazer isso em seis minutos.
 
O erro que o ambientalista norte-americano Ehrlich cometeu em sua análise apocalíptica é o mesmo que Lula comete agora: acreditar que, para alguém passar fome, existe alguém “gastando” comida demais. 
Para Ehrlich, a culpa era dos recém-nascidos e do crescimento populacional. 
Para Lula, a culpa é “dos ricos”, ou de quem come mais do que precisa. A economia mostra que ambos estão errados.

É o avanço do capital privado, em contraponto à política divisiva do nós-contra-eles, que resolve os problemas da humanidade, como a fome e a destruição em massa. O discurso enferrujado de Lula, que ignora o desenvolvimento privado e aposta num discurso sem amparo em dados, deve ser combatido com fatos.

O fato relevante para este caso é que, diferente do mercado, em que a especialização, a inovação e a troca multiplicam a produção, na relação entre Estado e cidadão, podemos falar de um “jogo de soma zero”. 
Para o Estado receber, alguém (no caso, o cidadão) tem de perder. 
E como isto se relaciona com o caso da fome?
 
Desde o início do governo Lula até a data de hoje, o Estado brasileiro arrecadou mais de R$ 550 bilhões em impostos.  
Se os mais pobres fossem realmente prioridade, como ele sempre diz, com cerca de 10% do valor arrecadado, seria possível fornecer um salário mínimo para cada beneficiário do Bolsa Família. 
Uma família de três membros receberia R$ 3,6 mil por mês — contra R$ 600 do benefício atual, seis vezes mais.
 
Se há brasileiros passando fome porque alguém está comendo demais, este alguém que come demais é o próprio governo, chefiado por Lula.  
Foi ele que escolheu o inchaço da máquina pública, com a criação de mais 14 ministérios, mais cargos e negociatas, além de se recusar a cortar despesas para escolher prioridades. 
O que se vê é o triste começo de um governo que entrou prometendo picanha e agora reclama de brasileiros que comem demais. 

 Leia também “Acredite, o mundo está melhorando” 

Gabriel Cesar de Andrade é graduado em Direito (UFSC), com foco em economia (Mises Institute)

Gabriel Cesar de Andrade, colunista - Revista Oeste


domingo, 5 de março de 2023

Ovos nossos de cada dia - Revista Oeste

Evaristo de Miranda

A avicultura nacional produz cerca de 1.800 ovos por segundo. Em 2007, cada brasileiro consumia 131 ovos por ano, hoje são 257 

Ovos de galinhas ou codornas são para os humanos o alimento mais completo da natureza | Foto: Vastram/Shutterstock

 Ovos de galinhas ou codornas são para os humanos o alimento mais completo da natureza | Foto: Vastram/Shutterstock

“Omne vivum ex ovo”

Expressão latina

Quem veio primeiro: a galinha ou o ovo? O ovo. Os primeiros ovos, com casca mineral, surgiram há 340 milhões de anos. E as primeiras galinhas, por volta de 58 mil anos. Os ovos amnióticos conferiram aos répteis uma vantagem decisiva sobre os anfíbios. 

Eles conquistaram a terra seca e dominaram o planeta por mais de 150 milhões de anos. Hoje, 99% das espécies animais se reproduzem a partir de ovos. Mamíferos, como humanos, cavalos, cangurus e leões, não põem ovos e são minoria no reino animal. Após milhões anos de evolução, os ovos de galinhas ou codornas são para os humanos o alimento mais completo da natureza, depois do leite materno.

O Brasil saiu de oitavo produtor mundial de ovos em 1980 para a quinta posição em 2020, após China, EUA, Índia e Indonésia. Com inovações, este segmento altamente tecnificado do agronegócio não para de crescer. Em 2022, o Brasil produziu cerca de 56 bilhões de ovos. Segundo a Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), 99,7% da produção destina-se ao mercado interno. A pequena exportação de ovos in natura (65%), incluindo a inovadora iniciativa de ovos férteis, e industrializados (35%) tem nos Emirados Árabes, no Catar e no Japão os maiores destinos.

Brasil saiu de oitavo produtor mundial de ovos para a quinta 
posição em 2020 | Foto: Shutterstock
Nos últimos 15 anos, ovos especiais são produzidos com alta tecnologia como insumo para fabricar vacinas para humanos e animais. 
 Todo ano, de 60 a 70 milhões de ovos embrionados são fornecidos pelo agronegócio, entre setembro e abril, para produzir vacinas contra a gripe. Outros ovos para vacinas servem para imunizantes contra febre amarela, aftosa e até a covid.

O ovo é a proteína animal cujo consumo mais cresceu no Brasil nos últimos 15 anos, segundo o Instituto Ovos Brasil, entidade sem fins lucrativos criada com o objetivo de esclarecer a população sobre as propriedades nutricionais do ovo e de desfazer mitos sobre seu consumo.

Como ovo rima com povo, ele se transformou num alimento essencial na dieta média dos brasileiros. Em 2007, cada brasileiro consumia 131 ovos por ano, hoje são 257, bem acima da média mundial (185), sem mencionar a africana (44). A avicultura nacional produz cerca de 1.800 ovos por segundo! O Sudeste reúne as maiores granjas de postura comercial de ovos. Os principais Estados produtores são São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco e Mato Grosso.

O ovo se transformou em um alimento essencial na dieta média 
dos brasileiros | Foto: Shutterstock

São de 110 a 115 milhões de galinhas poedeiras. Aves selecionadas, com tratamento veterinário, zootécnico e nutricional adequado, criadas com métodos avançados e em instalações modernas. A produção industrial de rações para poedeiras é da ordem de 7 milhões de toneladas/ano. A alimentação pode representar até 70% do custo de produção em poedeiras. Com aumento recente no custo das rações, os produtores de ovos, com inovações, reduziram esse impacto nos preços finais ao consumidor.

Continue lendo - Leitura Livre

Simbolicamente, o ovo contém os quatro elementos cósmicos: terra (casca), água (clara), ar (fina membrana sob a casca) e fogo (gema)

Evaristo de Miranda, colunista - Revista Oeste

Leia também “O azeite verde-amarelo”

(Artigo dedicado a Flávio Figueiredo de Andrade, o “Ovo”)


terça-feira, 31 de janeiro de 2023

Agora, Lula acha que pode salvar o mundo

Lula se voluntaria como construtor da paz global, mas demonstra mais condescendência com a invasora Rússia do que compaixão com a vítima Ucrânia

Lula atravessou as últimas três semanas apresentando um esboço do seu projeto de política externa. Quer ser o construtor da paz entre Rússia e Ucrânia, deixou claro aos jornalistas que acompanhavam a visita do chanceler alemão Olaf Scholz a Brasília, na segunda-feira (30). Scholz preferiu falar sobre a salvação da Amazônia.

Projeta liderar a mediação da guerra com apoio dos governos da Turquia, Índia, Indonésia e África do Sul, e com alguma ajuda da China que, nas palavras dele, precisa “pôr a mão na massa”.

Na lógica do mundo de Lula, o projeto expansionista de Vladimir Putin pode até ser condenável, pelo aspecto da invasão brutal da vizinha Ucrânia. Mas, torna-se palatável, senão justificável, como instrumento de política a partir do momento em que as potências ocidentais colocaram seus “cachorros” da aliança militar Otan para “latir” na fronteira do antigo império russo que Putin tenta restaurar.

Para Lula, a Ucrânia agredida é tão culpada quanto a agressora Rússia, que invadiu o país vizinho. Nas suas palavras, “a Rússia cometeu um erro crasso de invadir o território de outro país. Mas acho que quando um não quer, dois não brigam.” Se tem alguém nesse mundo que não merece ser aplaudido, acha Lula, é o ucraniano Zelensky: “Às vezes, fico vendo o presidente da Ucrânia na televisão como se estivesse festejando, sendo aplaudido em pé por todos os parlamentos, sabe? Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado.”

“Ele [Zelensky] quis a guerra”, acrescenta. “Se ele [não] quisesse a guerra, ele teria negociado um pouco mais. É assim.”

Exala mais condescendência com a invasora Rússia do que compaixão com a vítima Ucrânia: “Eu fiz uma crítica ao Putin quando estava na Cidade do México [em novembro], dizendo que foi errado invadir. Mas eu acho que ninguém está procurando contribuir para ter paz. As pessoas estão estimulando o ódio contra o Putin. Isso não vai resolver. É preciso estimular um acordo.”

Apesar da evidente perspectiva enviesada, Lula diz que não tem lado, e pretende se apresentar a Joe Biden, em Washington, e a Xi Jinping, em Pequim, como voluntário para tentar salvar o mundo dos riscos de uma guerra nuclear. “A única coisa que eu sei é que se eu puder ajudar, vou ajudar”, disse, complementando: “Mas se for preciso conversar com o [Volodymyr] Zelensky, com o [Vladimir] Putin, eu faço.”

Ele quer ascender como líder global, e, para tanto, adota a tática de clamar num suposto vácuo de liderança política que neutralizou a iniciativa em organismos como a ONU. “Ela [ONU] não representa mais a realidade geopolítica. Queremos que o Conselho de Segurança da ONU tenha força, tenha mais representatividade e que possa falar mais uma linguagem que o mundo está precisando. Quando a ONU estiver forte, a gente vai evitar, certamente, possíveis guerras que acontecem. Porque hoje as guerras acontecem por falta de negociação, por falta de alguém, de um conjunto de países que interfira nisso.”

Lula tem um projeto biográfico para sua estadia no Palácio do Planalto. É legítimo. Agora, só falta combinar tudo o que deseja com os EUA, a União Europeia, a China, a Rússia, a Turquia, a Índia, a Indonésia e a África do Sul, entre outros.

O mundo, certamente, deverá atravessar os próximos quatro anos muito preocupado com a autoestima de Lula da Silva, presidente do Brasil.

José Casado, jornalista - Revista VEJA

 

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Palácio do Planalto sem militares por ordem de Lula - Gazeta do Povo

Vozes - Alexandre Garcia

Não confia

Lula esquema de segurança

Lula esquema de segurançaLula esquema de segurançaOntem o presidente Lula anunciou que vai tirar da "guarnição", digamos assim, o Palácio Alvorada, que é a residência oficial do presidente da República, e a residência do Torto, que é uma residência de fim de semana da Presidência da República. Saem 43 militares: Exército, Marinha, Aeronáutica e PMs, Lula diz que não confia mais. E ao mesmo tempo, a gente nota que não há ajudantes de ordens como existiu no mínimo desde 1964, oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica no gabinete do presidente da República como ajudantes de ordens, no posto de capitão em geral e major; agora fui até um tenente coronel, no último governo. Então não vai ter mais.

E nesse ambiente de desconfiança de Lula em relação aos militares, houve um almoço no Ministério da Defesa, o Anfitrião foi o ministro Zé Múcio, que convidou o ministro-chefe do Gabinete Civil, Rui Costa, e os quatro chefes militares: comandante do Exército, Marinha, Aeronáutica e o secretário-geral do Estado, todos oficiais generais de quatro estrelas, das três forças.

Almoço para remover atritos
Foi uma preliminar para o que estão planejando, um almoço entre o presidente Lula e os comandantes militares e o ministro da Defesa, talvez alguns ministros civis. Uma tentativa de remover os atritos, aliás, boa parte deles criados pelo próprio presidente com declarações que fez segunda-feira, por exemplo, desnecessárias, a respeito dos militares, naquele café da manhã com 39 jornalistas.

Ele disse que os militares acham que são poder moderador e não são nada disso, dizendo que não confia nos militares e essas coisas assim. Disse que sabe que houve militares envolvidos nos acontecimentos do dia 8 de janeiro, então melhor para todos essa pacificação. Não conheço ainda a data marcada desse almoço, mas com certeza haverá.

Indulto suspenso
Enquanto isso, a ministra Rosa Weber suspendeu o indulto dado pelo presidente da República no Natal, através de um decreto, que é privativo do presidente da República, diz a Constituição.
Ele pode dar indulto pra quem ele quiser
Deu indulto para os policiais que estavam sendo acusados por 111 mortes na rebelião do Carandiru em 1992. Aliás, se passaram 30 anos, se fosse agora nem processo crime poderia haver. 
São 74 policiais, parece que cinco já morreram. Foi numa liminar, ela está de plantão, numa liminar pedida pela Procuradoria Geral da República. É um ato já desfazendo coisas do governo passado. [na prática a suspensão do indulto e nada são a mesma coisa - é apenas uma forma de manter a perseguição ao governo passado = que, em nossa opinião, incomodou a muita gente, tanto que não o esquecem.]

Brasil fora do Acordo de Genebra
Outra questão que foi desfeita pelo Ministério de Relações Exteriores, é um acordo assinado em Genebra entre Brasil, Estados Unidos Hungria, Indonésia, Egito, Uganda sobre aborto, para não popularizar o aborto como se fosse meio anticoncepcional, pensando na vida, no bebê, no feto.

E ao mesmo tempo, a ministra da Saúde já desfez uma portaria que obriga, no caso de aborto sob a alegação de estupro, que é legal, avisar a polícia. Porque se a pessoa simplesmente alega que foi estuprada e quer abortar, não é bem assim, tem que fazer o boletim de ocorrência, mostrar as evidências. 
Inclusive porque estupro é um crime e a polícia precisa investigar, mas foi cancelada essa portaria. 
Mais um ato que desfaz atos do governo anterior.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 27 de setembro de 2022

Europa, desmatamento e agricultura tropical - Evaristo de Miranda

Revista Oeste

O interesse da UE em não contribuir com desmatamentos urbe et orbi é legítimo. Os meios propostos, discutíveis 

Em 13 de setembro passado, o Parlamento Europeu aprovou uma resolução legal para regulamentar, aplicar sanções e até suspender a importação de produtos agropecuários originados em áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2019. A União Europeia (UE) quer enverdecer suas importações. A política do Farm to Fork e as regras para produtos zero desmatamento existem há anos e se inserem no chamado European Green Deal. O interesse da UE em não contribuir com desmatamentos urbe et orbi é legítimo. Os meios propostos, discutíveis.

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 

A resolução aprovada envolve a política externa da UE e afeta os interesses de muitos países. Segundo seu relator luxemburguês, ela ainda dependerá da aprovação em cada um dos 27 Estados europeus e de muitos entendimentos. Lord Palmerston, primeiro-ministro inglês no século 19, assim definiu a política externa britânica: A Inglaterra não tem amigos eternos, nem inimigos perpétuos. A Inglaterra tem sim eternos e perpétuos interesses.

Para muitos, a resolução é unilateralista e viola as regras do comércio internacional e multilateral da Organização Mundial do Comércio (OMC) e os interesses de muitos países. O Parlamento Europeu, sem mandato de instância regulatória global, tenta criar regras de comércio internacional, a partir de um tema ambiental. 
Sua aplicação será contestada na OMC. O Brasil tem um histórico de vitórias na OMC contra o protecionismo agrícola europeu. Os contenciosos do açúcar e do frango salgado são exemplos. E poderá liderar alianças inéditas com países africanos, americanos e asiáticos, na defesa de interesses comuns.

Para outros, a resolução é neocolonialista. Como os países tropicais parecem incapazes de gerir suas florestas ou pelo menos do jeito desejado pelos europeus, então estes lhes imporão sua lei. 

(...)

Para analistas do agro, os europeus buscam impedir seus concorrentes de explorarem suas próprias terras e florestas. Operacionalizada, a medida congelará a dimensão das áreas de agropecuária destinadas à exportação, sobretudo em alguns países tropicais. 
É como uma desapropriação parcial de terras privadas, destinando-as à manutenção florestal, sem indenização, em tempos de insegurança alimentar.
 Sem poder expandir essa área, nas nações mais pobres, o uso do solo para commodities competirá e poderá ocupar terras dedicadas à produção local de alimentos.

De suas florestas originais, a Ásia, apesar de seu imenso crescimento populacional, ainda preserva mais de 6%, a África mais de 8% e o planeta, 24%. No Brasil, 66,3% do território está dedicado à vegetação nativa. Na Amazônia, o valor alcança 83,8%.

(...)
E, sendo assim, como a Bélgica procederá com a madeira do Zaire? Ali, apenas um dos concessionários belgas detém uma área florestal equivalente à metade da Bélgica. 
A França fechará suas madeireiras instaladas no Gabão e seus projetos dedicados à exploração florestal
A exploração madeireira de baixo impacto ambiental na Guiana Francesa está fora da resolução? 
Como a UE, destino de 67% do cacau da Costa do Marfim, maior produtor mundial, cuidará desse caso amargo
Quais sanções ao café e a outros produtos silvícolas do Vietnã, cujas exportações para a Europa passaram de US$ 3,7 bilhões em 2020 para US$ 5,59 bilhões em 2021, resultado de seu acordo de livre-comércio com a UE?
E a borracha importada da África, ligada ao desmatamento
Qual será o destino do óleo de palma da Malásia e da Indonésia, objeto de tantas derrogações na legislação da UE
Na Europa, mesmo com avelãs e oliveiras, sem o óleo de palma, não há Nutella
Não há biocombustíveis, nem muitos itens da indústria agroalimentar.

Leia também “Amazônia: conquista luso-brasileira”

Evaristo de Miranda, colunista - Revista Oeste, clique para  matéria na íntegra


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Especialistas veem como remotas as chances de jovens presos na Tailândia retornarem ao Brasil: 'Quase impossível'; entenda

Garota de 21 anos clamou por ajuda à família em áudio enviado antes de ser presa; advogado diz que tentará provar inocência de Mary Helen para evitar pena de morte. Conheça mais sobre a jovem

O medo e a incerteza cercam a vida de três brasileiros que desembarcaram na Tailândia há pouco mais de uma semana e foram flagrados pelas autoridades locais com 15,5 quilos de cocaína no aeroporto. No país asiático, o tráfico internacional de drogas é passível de condenações à prisão perpétua ou mesmo à pena de morte. O caso ganhou repercussão graças à voz de Mary Helen Coelho da Silva, de 21 anos, que, ainda antes da prisão, conseguiu pedir ajuda à família, em desespero, implorando para que pudesse responder pelo crime no Brasil. A situação deles, no entanto, não inspira otimismo, conforme especialistas ouvidos pelo GLOBO. A solicitação dela é vista como impossível até pela defesa. Na melhor das hipóteses, Mary Helen, por exemplo, teria que esperar todo o processo ser concluído em trânsito em julgado, para que fosse tentado algum recurso diplomático de repatriamento, o que também é visto como muito complexo por criminalistas especializados no assunto. [NÃO HÁ O QUE ALIVIAR; os brasileiros cometeram um crime grave - só aqui no Brasil, a terra da impunidade, a terra em que até criminosos com sentenças condenatórias confirmadas em várias instâncias, são descondenados - não são inocentados, porém ganham a liberdade e todos os direitos como se inocentes fossem - e tem que ser punidos com a pena imputada ao delito no país no qual foram flagrados e presos.
A gravidade do crime é tamanha que não tem sentido se cogitar da não aplicação da pena estabelecida. 
Aliás, a conduta severa e implacável da Indonésia, Tailândia e outros países, deveria ser adotada no Brasil seguida do acréscimo de pena para os viciados em drogas - são os chamados 'usuários' que sustentam o tráfico - sem usuários = sem demanda = sem tráfico.
Acertadamente, a Indonésia executou dois brasileiros na década passada e houve uma queda no tráfico para aquele País, pelo menos envolvendo brasileiros. -
Mary Helen: jovem foi presa com drogas na Tailândia e agora implora para voltar ao Brasil Foto: Reprodução
Mary Helen: jovem foi presa com drogas na Tailândia e agora implora para voltar ao Brasil Foto: Reprodução
 

Carga milionária:Cocaína encontrada em malas de brasileiros na Tailândia é avaliada em R$ 7 milhões

O advogado catarinense Telêmaco Marrace de Oliveira será o representante da defesa de Mary Helen no Brasil. Daqui, ele pretende auxiliar os advogados tailandeses que assumiram o caso com o envio de documentos e dossiê que possivelmente ajudem a provar a inocência da brasileira. Ele, que possui experiência em casos como esse envolvendo brasileiros ao redor do planeta, diz que foi contactado nesta terça-feira pela manhã por advogadas de Pouso Alegre (MG), cidade da jovem detida na Tailândia.

Ela até mandou um áudio pedindo para responder no Brasil,mas infelizmente isso é impossível. A expectativa da defesa, a priori, porque ainda não me contactei com o advogado tailandês, é de provar a inocência dela. Ela não sabia que essa droga estava na mala, e essa história precisará ser contada minuciosamente. Vão criar esse benefício da dúvida. Muitos são absolvidos lá nessa dúvida e é perfeitamente possível. Eu acredito que a Mary Helen é uma vítima, uma "mula", como os traficantes chamam, que carregava algo que não sabia —  afirma o advogado, que confirma que pode levar anos até que o processo seja concluído em trânsito em julgado. [como não sabia? transportar uma grande quantidade de drogas (quinze quilos)sem saber? é dificil de acreditar! e como explicar o súbito interesse da brasileira - trabalhando em Pouso Alegre em uma atividade que não está entre as que mais propiciam meios para turismo internacional - para fazer turismo no país asiático. É bom que o doutor Telêmaco tenha presente  que ele não está no Brasil, onde a impunidade é a regra.]

Mary Helen e homem que a acompanhava, no momento em que foram pegoscom 15kg de drogas no aeroporto Foto: Reprodução
Mary Helen e homem que a acompanhava, no momento em que foram pegos com 15kg de drogas no aeroporto - Foto:  Reprodução 

Para o advogado, Mary Helen foi vítima da prática de "angel fishing", quando jovens são atraídas e cooptadas para participar de esquemas de tráfico internacional de drogas, mesmo sem saber. — Existe nesse ramo a figura do angel fishing: o cara que está na balada, cria todo um esquema, coopta essas meninas para levar para fora do país através de Tinder, Instagram... é a velha história da namoradinha e do príncipe encantado. Até a mala da menina muitas vezes eles preparam e prometem levar para conhecer outro país. A possibilidade de que isso tenha acontecido é muito grande. Mas é algo a priori. Ainda vou me inteirar dos autos e vamos desenrolando.

'Transferência pouco provável para o Brasil'

A presidente da Comissão de Direito Internacional da OAB de Minas Gerais,  Lorena Bastianetto, explica que a  Lei da Migração, de 2017,  prevê  que brasileiros condenados no exterior possam cumprir a pena no Brasil, caso haja um acordo diplomático. No entanto, como há a possibilidade de que eles sejam condenados a penas altas ou até à morte, a diferença entre a aplicação das penas — no Brasil a punição máxima é de 40 anos de reclusão [tempo que não será cumprido - o caso do casal Nardoni, da Suzane Von Richtoffen, entre outros,  fundamentam o nosso entendimento; se for muito azarado o indivíduo fica preso entre 25 a 30 anos.] muito provavelmente brecaria qualquer aceno positivo por parte dos tailandeses.

A regra geral diz que, quando você comete um crime em um país estrangeiro, não há a possibilidade de que o julgamento ou o cumprimento de pena sejam feitos no país de nacionalidade ou residência da pessoa. Se você cometeu um crime no exterior, esse país estrangeiro tem a jurisdição sobre ele, competência para julgá-lo — afirma Lorena. —  Nós temos na Lei da Migração algumas exceções a esse princípio da territorialidade. O artigo 103 trata da possibilidade de um brasileiro condenado no exterior, em trânsito em julgado, de cumprir a pena aqui no Brasil. É um instinto humanitário, porque você coloca esse condenado perto da sua família, num local onde ele fala  a língua dele, e que lhe é familiar. Mas para que essa transferência seja possível, de acordo com a lei, seria necessário ou um tratado entre Brasil e Tailândia estabelecendo essa possibilidade, o que nós não temos, ou uma promessa de reciprocidade de que um tailandês teria o mesmo direito quando condenado aqui no país. Acredito que seja pouco provável essa transferência, justamente por conta das diferenciações na punibilidade.

A rota para a prisão

. Foto: Editoria de Arte
. Foto: Editoria de Arte

 

Especialista sobre o tema,  Lorena afirma que, por conta da superlotação carcerária na Tailândia, e também por conta de uma pressão humanitária, o país vem reformando algumas leis referentes ao tráfico de drogas e tornando-as mais brandas. [no tocante ao tráfico de drogas a Tailândia tem a solução para a superlotação = pena de morte.Punição que já é aplicada.] O tipo e a quantidade de drogas encontradas com os brasileiros e a possibilidade do enquadramento de mais de um crime, no entanto, complicam a situação deles. Ela explica que no país asiático existem diferentes níveis de punição dependendo da substância; eles levavam cocaína, que pertence ao segundo grupo considerado mais grave.

A Tailândia tem medidas restritivas severas em relação ao combate tanto ao uso quanto à venda de drogas. Nos últimos tempos, desde 2017, no entanto, têm sido feitas algumas reformas nessas leis, e são mais de 20 que tratam sobre substâncias psicotrópicas e narcóticos que foram reformadas, no sentido de torná-las mais brandas. Isso porque existe um congestionamento de população carcerária na Tailândia, que é o país com a maior população carcerária da Ásia — acrescenta. — Mas na lei tailandesa, existem categorizações das substâncias que são sujeitas de punibilidade. A categoria 1, que é a mais grave, inclui heroína, metanfetamina, entre outras. Nela, você tem somente as penas gravíssimas, de morte, prisão perpétua. A categoria que Mary Helen se enquadra é uma abaixo dessa, a categoria 2, que inclui a cocaína. O problema é que ela pode sofrer acumulações com outros crimes, como crime de conspiração, porque estava atuando com outras pessoas, e pela própria quantidade da droga, que evidencia que não era transportada para consumo próprio.

Perdão real
A advogada também citou uma possibilidade tão curiosa quanto ainda mais remota. Segundo ela, o rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, em todo aniversário, concede anistia a alguns presos estrangeiros que acabaram condenados a penas máximas. Por muita sorte, esse também poderia ser um caminho.— No ano passado, ele perdoou três pessoas por cometimento de crime de tráfico internacional de pessoas. Ou seja, ele concede indultos por ocasião da celebração do aniversário dele. Portanto, pode existir uma esperança também de que no aniversário de 70 anos ele conceda algum tipo de indulto ou perdão a presos estrangeiros.
 
'Caso quase impossível'
Quem também se mostra pouco otimista quanto às possibilidades de Mary Helen e os outros dois brasileiros é o advogado e professor de direito penal da Universidade Federal Fluminense (UFF), Daniel Raizman. Ele cita que já até houve um precedente de extradição entre os dois países, mas que não corresponde a este.

  O Brasil e a Tailândia não possuem tratado de extradição. É certo que, pelo princípio da reciprocidade, a Tailândia já extraditou um cidadão estrangeiro para ser submetido à Justiça brasileira por crime cometido no Brasil contra cidadão brasileiro. Nesse precedente, a Tailândia só entregou a pessoa sem abrir mão da sua soberania, pois o crime não tinha ocorrido no seu território —  conta. —  Porém no caso sob análise a situação é diferente: o crime foi cometido no espaço onde a Tailândia exerce a sua soberania e por esse motivo não acredito que a Tailândia esteja disposta a ceder parte da sua soberania em favor do Brasil. Isso sem contar com que as penas na Tailândia, de morte, não são admitidas no Brasil.

(...)

Eu, como presidente da comissão, posso fazer um contato com o Itamaraty para tentar ajudar, mas ainda não o fiz. Mas a gente pode auxiliar num contato de diplomacia, e é importante também dizer que existe diplomacia entre Brasil e Tailândia. As relações começaram em 1959, então temos mais de 62 anos de diplomacia, com visitas oficiais de ministros de relações exteriores de um país ao outro, então é possível que haja auxílio da OAB, até para que a porque a pena de morte no direito internacional é rechaçada, combatida por nós internacionalistas. Por mais grave que seja o crime, a comunidade internacional luta contra a pena de morte, que é capital, perpétua, não ressocializa, não dá qualquer chance de recuperação porque você paga com a vida. [em compensação garante que o condenado não cometerá novos crimes - muitas vezes tirando a vida de pessoas inocentes.Em muitos crimes, incluindo, sem limitar, o tráfico de drogas, PROVADA A CULPA a pena tem que ser severa,implacável.] É de todo o meu interesse ajudar a embaixada nessas tratativas.

(...)

Autodefinida nas redes sociais como "a dona da razão", e dona também de um temperamento forte, Mary Helen sempre procurou, em suas publicações, exaltar a força da mulher e a independência em relação aos homens. A força, no entanto, talvez já estivesse lhe faltando, mesmo tão nova. A página evidencia que ela vinha passando por dificuldades. Nos posts, é possível ver vários registros da presença dela em festas raves, assim como exaltando o uso de drogas, como num post onde "pede" um caminhão de MD-MA (variante do ecstasy) ao Papai Noel de Natal, além de outros onde aparece fumando maconha.

Há dez dias, embarcou para Curitiba (PR) para encontrar um rapaz que havia recém conhecido nas redes sociais, como conta a família. Sem qualquer tipo de aviso, foi com ele rumo à Tailândia, onde acabou pega pela polícia. Boa parte da droga apreendida estava em sua bolsa.

No perfil da jovem, agora, também é possível notar ataques de outros internautas. Vários chegam a comemorar a prisão da menina de 21 anos e a possibilidade de que ela seja morta. São mais de 450 comentários apenas na última foto postada por ela, uma imagem genérica de uma mulher segurando uma bolsa de grife em frente ao mar. "Achou que era o Brasil e se ferrou, irá conhecer o inferno mais cedo", comentou um homem que se identifica como Matheus Henrique. "Cadeira elétrica", ironizou outro identificado como Carlos Alberto Andrade. 

Arthur Leal,  jornalista - O Globo - MATÉRIA COMPLETA

 

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Brasileira é presa na Tailândia por tráfico de drogas; família teme pena de morte

Família e amigos pedem ajuda ao Itamaraty, já que o país asiático prevê até pena de morte para casos de tráfico de drogas

Uma jovem de Pouso Alegre, no Sul de Minas, está entre os três brasileiros presos na Tailândia esta semana por suspeita de tráfico internacional de drogas. Mary Hellen Coelho Silva, de 22 anos, foi detida ao desembarcar no aeroporto de Bangkok, na última segunda-feira (14/2). Ela tinha saído do Brasil pelo aeroporto de Curitiba (PR).

[O Brasil do BEM espera que a pena de morte seja aplicada - a exemplo do que aconteceu há alguns anos na Indonésia, ocasião  em que dois brasileiros foram executados (apesar dos pedidos de clemência apresentados pela 'engarrafadora de vento', que na época presidia o Brasil).]

Comunicados de autoridades tailandesas à imprensa local informam que foram apreendidos com os brasileiros 15,5 quilos de cocaína, com valor equivalente a cerca de R$ 7,5 milhões. As drogas estavam nas malas de cada um deles. Mary Hellen e um amigo, de 27 anos, chegaram em um voo. Outro rapaz, de 24, chegou em um outro voo, horas depois, e foi preso. Ele também saiu da capital paranaense.

Funcionários do aeroporto da Tailândia desconfiaram de itens mostrados no raio-X e as três malas levadas pela jovem de Pouso Alegre e o amigo foram revistadas. Foram encontrados 9 quilos de cocaína em um compartimento oculto. Mais tarde, o outro paranaense, de 24 anos, foi preso com 6,5 quilos de cocaína em duas malas. Ainda não há confirmação se esse rapaz conhecia os outros dois brasileiros presos no mesmo dia. 

Jovem pediu demissão de emprego para viajar

A reportagem conversou com a irmã de Mary Hellen. Mariana Coelho, de 27 anos, conta que eles são cinco irmãos. Todos moram na região do Bairro São João, periferia de Pouso Alegre. Mariana é a irmã mais velha e já casada.

Segundo Mariana, Mary Hellen, que morava sozinha na mesma região da cidade, pediu demissão de um emprego em um restaurante e avisou que iria para a Tailândia. Mas não contou o motivo da viagem. Mariana diz que até tentou entender, mas não conseguiu conversar direito, porque foi tudo muito rápido.

Já na madrugada de domingo, segunda-feira na Tailândia, Mariana recebeu áudios e a foto da irmã já presa na Tailândia. Mariana diz que busca entender o caso. Segundo ela, não sabe se a irmã tinha participado de qualquer ação envolvendo tráfico de drogas antes, e nunca tinha sido presa no Brasil. Ela acredita que a jovem possa ter sido enganada, viajado sem saber o que levava na mala. 

Pedido de ajuda: Tailândia prevê até pena de morte para casos de tráfico
Mariana entrou em contato com o Itamaraty, que respondeu o e-mail afirmando que acompanha o caso e que não pode fazer muito, além de garantir que a brasileira tenha seus direitos respeitados. Ainda de acordo com Mariana, o consulado brasileiro confirmou que a jovem presa é mesmo Mary Hellen.

A família já pediu ajuda para advogadas no Brasil, que estão buscando informações sobre a prisão da jovem pouso-alegrense. O principal receio refere-se às leis da Tailândia, que preveem até pena de morte para casos de tráfico de drogas, dependendo da quantidade e circunstâncias em que o crime é cometido.

 Brasil - Correio Braziliense

 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

O governo tem que facilitar, e não complicar

Levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo em postos de combustíveis no Brasil inteiro encontrou uma diferença de quase R$ 3 no litro do álcool hidratado entre o Rio Grande do Sul e São Paulo. Um posto do Rio Grande do Sul está vendendo o álcool a R$ 7,80 o litro. E, em São Paulo, o preço médio nem é o preço mais baixo - o preço médio é R$ 4,90. A maior parte das refinarias de álcool estão em São Paulo. Mas quase, praticamente R$ 3, porque esse é o preço médio em São Paulo. E está mais baixo em São Paulo por que?  
Consequência de uma medida provisória do governo autorizando a venda direta da refinaria para o posto. 
Não precisa fazer uma viagem até a distribuidora, para depois voltar para o posto. Pode vender para qualquer bandeira. Liberação é isso: o governo tem que abrir, facilitar, e não prender, amarrar, complicar para ficar tudo mais caro. Para fazer passeio por aí.
 
Na semana antes do Natal, o preço caiu muito, na maior parte dos estados. Em 19 estados o preço do litro do álcool caiu. Em Mato Grosso, chegou a cair 15% - ao passo que, no Rio Grande do Sul, esse preço em média é R$ 7, enquanto a média em São Paulo é R$ 4,90. Só para a gente registrar, comparar, na hora de abastecer. Tem muita gente, eu já ouvi muito motorista se queixar de que está vindo pela BR-101, por Santa Catarina, indo em direção ao Rio Grande do Sul, e abastece antes de entrar na divisa do Rio Grande do Sul.  
Porque no Rio Grande do Sul o imposto estadual é mais alto do que em Santa Catarina, e o preço do combustível fica mais caro, qualquer combustível.


Chuvas e inundações

Bahia sofrendo com chuvas, e também Minas Gerais, outros estados. Muita chuva neste verão. 
E o presidente Bolsonaro assinou uma medida provisória criando um crédito extraordinário de R$ 200 milhões para refazer estradas destruídas pelas chuvas, pelas inundações 
R$ 80 milhões para estradas baianas. 
Mas também vai para estradas do Pará, de São Paulo, de Minas Gerais e do Amazonas. Há mais de 20 mortos e mais de 30 mil desabrigados só na Bahia. É uma grande tragédia numa época em que a gente costuma festejar o Natal e o fim de ano.


A vitória de Alex

Quem está festejando também é o jogador que começou no Grêmio, o Alex dos Santos Gonçalves, que estava enrolado na Indonésia, não podia sair, estava sem o passaporte.                                                          E o governo brasileiro entrou nessa dando apoio diplomático e jurídico ao atleta. E o clube em que ele jogava, unilateralmente, violou o contrato reduzindo o salário dele em 75%. Aí ele se queixou para a FIFA, e a FIFA puniu o clube e mandou o clube pagar as diferenças.                                  O clube ficou furioso e retaliou, dando uma queixa na polícia, dizendo que ele já estava com o visto de trabalho vencido na Indonésia, por isso estava em situação irregular e a situação ficou difícil para ele voltar para o Brasil em festas de fim de ano, para se reunir com a família.

O governo brasileiro entrou nessa, conseguiu a liberação dele também, e ontem eu vi um tweet do presidente Bolsonaro e do ministro de Relações Exteriores, o ministro França, anunciando que ele havia passado na alfândega, na migração em Jacarta. Estava em um voo da Emirates para Dubai, ia fazer escala em Dubai, de lá iria para São Paulo, e de São Paulo ia voltar para Porto Alegre onde ele começou a carreira esportiva.

 Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES