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domingo, 25 de fevereiro de 2018

Romário oculta patrimônio para driblar credores - Senador tem dívidas de, ao menos, R$ 36,7 milhões com a União e pessoas físicas e jurídicas


Romário teria ocultado patrimônio milionário para driblar credores; senador nega

Justiça identifica bens do senador em nome de terceiros; objetivo era burlar dívidas

[Com pequenas diferenças Romário se espelha em Lula: quando questionado diz que os imóveis não são dele; outras vezes diz que a dívida não é da pessoa física Romário Faria e sim de suas empresas.]

O senador Romário (Podemos-RJ) ocultou uma parcela milionária do seu patrimônio nos últimos anos para evitar o pagamento de dívidas reconhecidas pela Justiça. Dois apartamentos na Praia da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, já foram identificados em juízo e vão ser usados para amortizar parte do que é devido pelo ex-jogador. Uma casa em um condomínio de luxo no mesmo bairro e um carro importado deverão ser os próximos da lista. Os bens mapeados — todos estiveram ou ainda estão oficialmente registrados em nome de terceiros — são avaliados em R$ 9,6 milhões.


Romário segue o exemplo de Lula ao declarar que os imóveis e carros não são seus  - só que com Lula não está dando certo e com Romário também não vai funcionar

Um levantamento feito pelo GLOBO nas ações, em cartórios e junto à Procuradoria da Fazenda Nacional revela que Romário e duas de suas empresas são cobrados por pelo menos R$ 36,7 milhões em dívidas com a União, outras empresas e pessoas físicas. O mecanismo para esconder bens e burlar credores foi explicitado pela juíza Érica de Paula Rodrigues da Cunha, da 4ª Vara Cível da Barra, ao analisar o caso dos imóveis localizados na orla da Barra. “O expediente é tal flagrante que não pode ser ignorado. Não é preciso maior dilação para se concluir pela ocultação de patrimônio para fraudar credores”, escreveu a magistrada em despacho de outubro do ano passado.
Documento da Justiça - reprodução 

Os dois apartamentos em questão foram comprados pelo senador em 2005 e quitados em 2008. Até 2016, no entanto, permaneceram registrados em nome da construtora Cyrela. Instada por um dos credores de Romário, a Justiça determinou que a empresa revelasse a identidade do real proprietário. A Cyrela, então, informou que os imóveis pertenciam à Romário Sports Marketing, firma que tem o senador como principal sócio. Só depois do questionamento judicial as certidões dos apartamentos foram atualizados em cartórios, citando um contrato de gaveta de 2005 que celebrava a venda para Romário. A Cyrela ajudou o senador em eleições. Somadas as campanhas de 2010, quando foi eleito deputado federal, e 2014, quando virou senador, Romário recebeu R$ 100 mil em doações de empresas que têm a construtora entre as sócias.

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