A violenta repulsa dos políticos da esquerda, direita, e “centrão”, ou seja, de praticamente todos eles, e até mesmo de certos segmentos do meio militar,de certa forma “desinformada”, ou
“medros”, em face da alternativa (mal)denominada de INTERVENÇÃO,INTERVENÇÃO MILITAR,INTERVENÇÃO
CONSTITUCIONAL,ou ainda INTERVENÇÃO
MILITAR/CONSTITUCIONAL,se deve, em
grande parte, à imagem deturpada que a esquerda conseguiu consolidar
fortemente na opinião pública sobre o
movimento civil/militar que resultou na
derrubada da ameaça comunista em 31 de março de 1964.
Para início de conversa, a palavra INTERVENÇÃO, ”isso ou
aquilo”,relativa ao artigo 142 da Constituição,NÃO É VERDADEIRA,NEM
CONSTITUCIONAL. A única “intervenção”
prevista na Constituição está no seu artigo 34, através da qual a União pode
“intervir” nos Estados e no Distrito Federal,nas situações excepcionais ali
previstas, da mesma forma que os Estados podem fazê-la nos seus Municípios.
Em artigo bem recente, intitulado “Todo o poder emana do povo
? Ou do STF?”, denunciei, e provei, por “a+b”, as inúmeras inconsistências e“mentiras” que os
constituintes escreveram na Carta “cidadã” de 1988,indicando , como ponto de
partida dessa comprovação, o próprio artigo 1º da Constituição, impregnado do
vício de 4 (quatro) mentiras
“constitucionais”, só nesse artigo, e que se considerássemos essa média de
mentiras do artigo 1º como padrão para os
seus demais 249 artigos ,a Constituição “cidadã” estaria sendo
“contemplada” com 1.000 mentiras (as 4
mentiras do artigo 1º ,multiplicadas pelos
250 artigos). E toda essa “babilônia” de mentiras se configuraria sem que se computasse as inúmeras “emendas” e “remendos”
constitucionais, bem como a legislação infraconstitucional de milhões de
leis, decretos, etc.
O artigo 142 da Constituição, errôneamente chamado de
“intervenção” (isso,ou aquilo”) ,certamente tem como uma das principais causas da confusão que se faz a respeito, a incompreensível e absurda OMISSÃO dos constituintes (de 88) em
dar um “nome de batismo” para essa atitude das Forças Armadas , impedindo qualquer ameaça à Pátria e aos
Poderes Constitucionais.
Alguém andou inventando por aí que seria “intervenção” E ficou por isso
mesmo. Todos repetem, como papagaios, a mesma coisa, a mesma mentira. E não
vi ,nem ouvi, até hoje, uma só opinião “militar”, ou outra qualquer, tentando
esclarecer essa situação.
É por esse motivo que esse
“escriba” toma a liberdade e pede
licença para sugerir a “(re)batização” da
chamada “intervenção” do artigo 142,aqual poderia ser substituída por
S-A-N-E-A-M-E-N-T-O
C-O-N-S-T-I-T-U-C-I-O-N-A-L . Qualquer espécie de
dicionário que eventualmente
fosse consultado, comprovaria a melhor adequação dessa nova terminologia aos exatos fins a que
se destinaria, cujo principal , a meu ver , seria o sentido de “limpeza”a que essa palavra remete, da “contaminação”, ”poluição”
esquerdista predatória de 34 anos, a
partir de 1985.
“Quem avisa amigo é”: é expressão popular que peço emprestada, no
sentido de alertar as forças políticas que parcialmente derrubaram a esquerda do seu império em
outubro de 2018,de que vai ser muito grande o risco da esquerda voltar a
ocupar o trono da Presidência da
República, em 2022,com ou sem Lula. Esse
risco se deve à lavagem cerebral que a esquerda conseguiu fazer no povo
brasileiro, comprando-o com
assistencialismo barato, mediante esse
método ”idiotizando” grande parte dessa gente, mas que poderiam ser decisivos
nas urnas, se somadas essas forças à dos
delinquentes políticos do PT “et caterva”, de “carteirinha”.
Os indicativos de que a esquerda não estaria “morta” na América Latina, não reside só na
expressiva votação que teve o
candidato Haddad, do PT,nas eleições de 2018,perdendo para Bolsonaro, mas não
“de goleada”, mas também na vitória “apertada” de Tabaré Vásquez,candidato
presidencial da direita no Uruguai, e na
vitória do “poste” esquerdista de
Cristina Kirchner na Argentina, Alberto Fernández.
Resumidamente, as vitórias da esquerda ou da direita parecem
acontecer por motivos “acidentais”,”aleatórios”,”momentâneos”, ”circunstanciais”,
ao “sabor dos ventos”.
É por isso que todo o cuidado será pouco para evitar que
“eles” voltem a tomar conta do poder político no Brasil de 2022. Se somarmos os
eleitores “cativos” do PT, aos que
votaram em Bolsonaro ,mas estariam
descontentes com o Governo , por não ter esse conseguido cumprir no Governo o que prometeu, “graças”,
justamente às táticas e “boicotes” da esquerda, vê-se que esse risco não é nada
desprezível. E se “eles” voltarem, certamente ficariam mais
20 ou 30 anos sem largar o poder, ”infernizando” mais uma geração de
brasileiros, e transformado o país numa
Venezuela “piorada”.
E se essa desgraça acontecer, os brasileiros deverão culpar
pelo resto das suas vidas todas as autoridades políticas e militares que tinham
as condições e a força necessárias para decretar o SANEAMENTO político do Brasil, por intermédio do artigo 142 da
Constituição ,e não o fizeram, por um ou outro motivo.
Sem dúvida vai ser preciso um longo período de “quarentena”,
de “descontaminação”, da cabeça dos brasileiros , afetados pela armadilha da doutrinação esquerdista, notadamente a partir dos “ensinamentos” de Antônio Gramsci, dos quais o Brasil se tornou o principal
laboratório “experimental”.
E a simples DESMISTIFICAÇÃO do artigo 142 da
Constituição,anulando a “antipatia”
gerada pela palavra “intervenção”,que certamente foi
obra da esquerda, poderia ajudar na (re)consideração “militar” dessa
alternativa, como ÚNICA medida capaz de
reerguer o Brasil do caos que lhe impuseram,sendo necessário salientar que muito mais que em 1968,hoje alguma medida
semelhante ao AI-5 seria imprescindível
para o efetivo “Saneamento” da política
e (des)aparelhamento do Estado e das própria leis.. Mas teria que ser muito
mais “forte” que naquela oportunidade, uma vez que a situação e o risco de
“comunização” do país hoje é muito mais
grave que “lá”em 1968,quando nem existia o “famigerado” Foro de São Paulo.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo