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terça-feira, 23 de agosto de 2016

A tradição turca de assassinar cristãos

Andrea Santoro (esquerda), um padre católico romano de 61 anos, e o bispo Luigi Padovese, 63 anos, (direita), vigário apostólico de Anatólia:
sacerdotes cristãos assassinados na Turquia nos últimos anos.


Em 26 de julho, a cidade de Saint-Étienne-du-Rouvray localizada no norte da França presenciou um terrível ataque islamista: dois terroristas do Estado Islâmico (ISIS) assassinaram o padre Jacques Hamel de 85 anos, em sua igreja durante a missa. Duas freiras e dois fiéis foram tomados como reféns.

De acordo com uma freira que escapou do ataque, os terroristas que juraram lealdade ao ISIS, aos gritos de "Allahu Akbar", cortaram a garganta do padre e gravaram o ato sangrento em vídeo. Ataques islamistas dessa natureza podem ser novidade nos países da UE, mas não na Turquia. Durante décadas um número assombroso de inocentes, cristãos indefesos na Turquia, foram massacrados por agressores muçulmanos.

Os cristãos na Turquia continuam a ser atacados, assassinados e ameaçados diariamente; os agressores normalmente acabam se safando de seus crimes. Em 18 de abril de 2007 em Malatya, no massacre na Editora Zirve Bible, três funcionários cristãos foram atacados, brutalmente torturados, tiveram suas mãos e pés amarrados e suas gargantas cortadas por cinco muçulmanos.  Nove anos se passaram e a justiça ainda não foi feita no que tange às famílias dos três homens assassinados de forma tão hedionda.

Primeiramente os cinco suspeitos que ainda estavam detidos foram soltos da prisão de segurança máxima por um tribunal turco, que deliberou que a detenção excedeu os recém adotados limites legais.  O julgamento ainda está em curso. O promotor alega que o ato "não foi um ato terrorista porque os autores não tinham um vínculo hierárquico, o ato não foi contínuo e as facas que eles usaram no massacre não eram tecnicamente adequadas para caracterizar o ato como um ato terrorista."  Se o tribunal aceitar o parecer jurídico do procurador, ele poderá abrir caminho para a absolvição. No entanto, dado os muitos acórdãos "misteriosos" do sistema judiciário turco para absolver criminosos, esses assassinos também poderão ser absolvidos, a qualquer momento, por uma decisão "surpresa".

Ironicamente o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan afirmou em março que é necessário redefinir o terrorismo para incluir aqueles que apoiam esses atos, acrescentando que eles podem ser jornalistas, legisladores e ativistas. Não há diferença, ressaltou ele, entre "um terrorista com uma arma na mão, uma bomba ou aqueles que usam sua posição e a caneta com o objetivo de atingir as metas" dos terroristas.

Em um país onde as autoridades são tão francas no tocante à "sensitividade" quando se trata de "terrorismo" e de "pessoas com armas na mão", por que então os assassinos de cristãos não estão atrás das grades e por que o promotor está tentando retratar os assassinatos de cristãos como "atos não terroristas"?  Lamentavelmente os três cristãos em Malatya não foram os primeiros nem os últimos cristãos a serem assassinados na Turquia.

Em 5 de fevereiro de 2006, o Padre Andrea Santoro, um padre católico romano de 61 anos, foi assassinado na Igreja de Santa Maria, na província de Trabzon. Ele foi alvejado quando estava ajoelhado orando em sua igreja. Testemunhas ouviram o assassino de 16 anos gritar "Allahu Akbar" ("Deus é Grande") quando do assassinato. Depois do assassinato, o Padre Pierre François René Brunissen, um padre de 74 anos de idade de Samsun, rezou a missa seguinte na igreja de Santoro, que mal contava com doze fiéis. Pelo fato de ninguém se oferecer para substituir Santoro, o Padre Pierre foi incumbido a viajar de Samsun à Trabzon todos os meses a fim de cuidar da pequena congregação da cidade.

"É um episódio terrível," ressaltou o Padre Pierre. "É pecado matar uma pessoa. Depois de todos esses episódios, temo pela minha vida neste lugar."  Em julho de 2006 ele foi esfaqueado e ferido por um muçulmano em Samsun. O criminoso de 53 anos de idade disse que esfaqueou o padre por se opor às "suas atividades missionárias"."[1]  Os ataques contra a cultura cristã em Anatólia continuam nos tempos modernos -- mesmo depois da Turquia ter ingressado no Conselho da Europa em 1949 e na OTAN em 1952.

Robert Jones, especialista em Turquia, encontra-se atualmente radicado no Reino Unido.
 
Publicado no site do Gatestone Institute.

Tradução: Joseph Skilnik

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