Economia volta a crescer após 2 anos, puxada pela agropecuária
PIB avança na comparação com os últimos 3 meses do ano passado, mas no acumulado em 12 meses ainda cai 2,3%, revela o IBGE
PIB avança 1% no 1º trimestre, mas setores importantes como investimentos e consumo das famílias continuam negativos
Após dois anos, a economia brasileira voltou a ficar no azul. Segundo
dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, o Produto Interno Bruto
(PIB) registrou alta de 1% no primeiro trimestre, na comparação com os
últimos três meses do ano passado, influenciado principalmente pelo bom
desempenho da agropecuária. É o primeiro resultado positivo nesse tipo
de comparação desde o quarto trimestre de 2014, quando houve alta
discreta de 0,2%. Na comparação com primeiro trimestre de 2016, o PIB
caiu 0,4%. Se ano acabasse hoje, economia brasileira teria queda de 2,3%.
O resultado veio em linha com o que esperavam analistas consultados pela Bloomberg, com projeção de alta de 1%,
na comparação com o quarto trimestre. As expectativas, no entanto,
variavam de taxas de 0,5% a 1,5%. Em valores correntes, o PIB no
primeiro trimestre de março de 2017 totalizou R$ 1,6 trilhão. O grande impulso para o desempenho da economia no primeiro trimestre
foi a agropecuária, com safra recorde de soja, que cresceu a dois
dígitos: 13,4%. Pela ótica da demanda, além do setor, contribuíram para a
alta de 1% do PIB a alta de 0,9% da indústria e a estabilização dos
serviços (0%).
No entanto, ainda não é possível afirmar que a recessão acabou. Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, destaca que o crescimento de 1% da economia frente ao quarto trimestre ainda foi insuficiente para fazer o PIB sair do patamar de 2010. - É um crescimento, claro, mas é em cima de uma base bastante deprimida. Se a gente for olhar, a gente está mais ou menos no mesmo patamar de PIB que a gente tinha lá no fim de 2010. Deu uma recuperada em relação ao trimestre anterior, mas a gente voltou ao patamar para o fim de 2010. Nos outros trimestres, estávamos mais para o patamar do início de 2010, e agora passamos a ficar mais próximos do fim de 2010 - afirma Rebeca.
(...)
O desempenho do primeiro trimestre também mostrou a primeira alta da taxa de poupança desde 2012. O IBGE revisou os resultados dos trimestres do ano passado, na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. O resultado do quarto trimestre, anteriormente estimado em queda de 0,9%, foi recalculado para recuo de 0,5%. Já a retração de 0,7% no terceiro trimestre passou a queda de 0,6%. O segundo trimestre foi mantido em queda de 0,3%, enquanto o resultado do primeiro trimestre passou de queda de 0,6% para recuo de 1%. O resultado acumulado de 2016 foi mantido em queda de 3,6%.
O resultado positivo já tinha sido percebido em indicadores divulgados antes do número oficial. Há duas semanas, o IBC-Br, o chamado “PIB do Banco Central”, estimou crescimento da atividade econômica de 1,12%. Na ocasião, especialistas foram cautelosos ao avaliar se o dado mostrava que a economia brasileira havia alcançado o ponto de inflexão, ou seja, começaria a crescer de forma mais sólida daqui para frente.
(...)
MATÉRIA COMPLETA em O GLOBO
No entanto, ainda não é possível afirmar que a recessão acabou. Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, destaca que o crescimento de 1% da economia frente ao quarto trimestre ainda foi insuficiente para fazer o PIB sair do patamar de 2010. - É um crescimento, claro, mas é em cima de uma base bastante deprimida. Se a gente for olhar, a gente está mais ou menos no mesmo patamar de PIB que a gente tinha lá no fim de 2010. Deu uma recuperada em relação ao trimestre anterior, mas a gente voltou ao patamar para o fim de 2010. Nos outros trimestres, estávamos mais para o patamar do início de 2010, e agora passamos a ficar mais próximos do fim de 2010 - afirma Rebeca.
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O desempenho do primeiro trimestre também mostrou a primeira alta da taxa de poupança desde 2012. O IBGE revisou os resultados dos trimestres do ano passado, na comparação com os trimestres imediatamente anteriores. O resultado do quarto trimestre, anteriormente estimado em queda de 0,9%, foi recalculado para recuo de 0,5%. Já a retração de 0,7% no terceiro trimestre passou a queda de 0,6%. O segundo trimestre foi mantido em queda de 0,3%, enquanto o resultado do primeiro trimestre passou de queda de 0,6% para recuo de 1%. O resultado acumulado de 2016 foi mantido em queda de 3,6%.
O resultado positivo já tinha sido percebido em indicadores divulgados antes do número oficial. Há duas semanas, o IBC-Br, o chamado “PIB do Banco Central”, estimou crescimento da atividade econômica de 1,12%. Na ocasião, especialistas foram cautelosos ao avaliar se o dado mostrava que a economia brasileira havia alcançado o ponto de inflexão, ou seja, começaria a crescer de forma mais sólida daqui para frente.
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