Fala sério... Judiciariamente, seria até possível. Politicamente, não tem
a menor condição de o Supremo Tribunal Federal impedir a posse de Jair Messias
Bolsonaro, alegando que ele é “réu” em um absurdo processo sobre apologia ao
estupro contra a deputada petista Maria do Rosário – ela sim que xingou
Bolsonaro de “estuprador”. Da mesma forma, não dá para acreditar que o Tribunal
Superior Eleitoral venha a impugnar a chapa Bolsonaro-Mourão pelo mentiroso absurdo de poder econômico – uma fake news veiculada pela Folha de São Paulo.
A covarde judicialização contra Bolsonaro será um dos temas que ele deve
tratar, pessoalmente, na conversa fechada que deve ter, semana que vem, em Brasília,
com o Presidente do Supremo Tribunal Federal. José Dias Toffoli já sinalizou e
escreveu que deseja um diálogo para a pacificação do Brasil com pleno respeito à
Constituição e aos valores da Democracia. Mesmo desejo já manifestado no
primeiro discurso público de Bolsonaro após o resultado do 2º turno eleitoral.
Toffoli e Bolsonaro têm um consenso prévio: ambos não querem confusão...
Os 11 ministros do Supremo são extremamente sensíveis à leitura da
conjuntura. Quem não é analfabeto político, muito menos imbecil radicalóide,
percebeu que o resultado da eleição recomenda um novo tratamento, respeitoso e
democrático, aos eleitos Jair Bolsonaro (que vem do Legislativo) e Antônio
Mourão (que vem do Poder Militar). Bolsonaro não é mais aquele que o
preconceito canhoto e canhestro acusava de “fanfarrão”, “fascista”,
“despreparado” e que “jamais chegaria à Presidência da República”. O “mito”
chegou... E agora? Agora é outra conversa... A partir de 1º de janeiro, ele será o 38º Presidente
da República do Brasil. Sua canetinha mágica que assina o Diário Oficial da
União terá o poder de indicar, pelo menos, os dois próximos ministros do
Supremo – em função das aposentadorias programadas de Celso de Mello e Marco
Aurélio de Mello. E de a mais alta Corte do Judiciário realmente tem apreço
pela Democracia não pode, nem deve, conviver em estado de guerra permanente
contra Bolsonaro.
A vantagem para o Brasil, atualmente, é que o Toffoli petista também já
foi sepultado metaforicamente – da mesma forma que o Bolsonaro com arroubos
autoritários e “sindicalista-militar” da juventude. O Capitão não morreu
simbolicamente, porque ele continua sendo um “Soldado do Brasil”, porém com
mentalidade de estadista e defendo da Liberdade, da Democracia, da Transparência,
da Verdade e, sobretudo, da Democracia. Atacar este “Mito” é burrice e furada. Em vez de perder tempo especulando sobre cassação de chapa ou impedimento
antes ou depois para Bolsonaro ser Presidente, o Judiciário deveria se
preocupar com o efetivo combate à corrupção, com o fim da impunidade, com o
aumento do poder e as ameaças das facções criminosas e com uma República que
precisa ser reinstaurada, o Estado reconstruído e a Federação remodelada.
Certamente, a conversa séria entre Bolsonaro e Toffoli vai colocar uma
pedra em cima de tanta judicialização da politicagem e jagunçagens praticadas
pelas “Gestapos” que infestam o setor público brasileiro. Um Judiciário que não respeita a vontade da maioria do eleitorado vai
acabar se transformando em “Judasciário”. Felizmente, no Brasil não existe mais
clima para tamanha barbaridade institucional.