Essa
história que andam contando por aí de que seria "impossível" a
transferência do voto dado na urna a determinado candidato para outro
nas eleições presidenciais que se avizinham para outubro,ou seja de que
na urna eletrônica o voto poderia ser destinado para um, mas na
"totalização" do TSE iria para outro,sem dúvida se trata de legítima
história para "boi dormir". [COMENTÁRIO: em teoria, o 'desvio' de votos poderia ocorrer: o 'complicador' é a impossibilidade de havendo, se provar que houve. Em auditoria solicitada pelo PSDB, nos parece em 2014, restou concluído ser impossível provar que houve fraude, mas pelas peculiaridades dos sistemas digitais é também impossível provar que não houve. O que concede poder de esclarecer de forma definitiva, conclusiva, A OCORRÊNCIA OU NÃO DE FRAUDE NOS PARECE SER O VOTO IMPRESSO AUDITÁVEL.
Vale a tese do astrônomo Carl Sagan “Ausência de evidência não é evidência de ausência.” - que equivale a: Não é porque não há provas de algo que esse algo não é verdade. ]
Essa
possibilidade poderia ria prejudicar qualquer candidato,em favor do
outro. Poderia favorecer Lula e prejudicar Bolsonaro,ou prejudicar Lula e
favorecer Bolsonaro,que segundo as pesquisas estariam "polarizando" a
eleição. E quem decidiria qual o lado que seria o vencedor
evidentemente seria o "guardião" da chave do computador designado para
contar e totalizar os votos, anunciando ele próprio o vencedor, ou alguém
da sua confiança, ou "clandestino" qualquer, detentor do
"segredo",eventualmente obtido furtivamente. Ora,se os computadores da
NASA foram hackeados,por que os do TSE não poderiam ser?
O
que realmente me chamou atenção nas eleições presidenciais do mês de
outubro próximo é que a única "totalização dos votos" "centralizada" no
Tribunal Superior Eleitoral-TSE, será o da eleição presidencial, segundo
dispõe a Resolução Nº 23.677/21,do TSE, ficando as eleições regionais a
cargo dos tribunais eleitorais respectivos. Por que isso?
Parece, portanto, que
nos Tribunais Eleitorais de cada Estado seria praticamente "impossível" que um "hacker" qualquer, e forma ordenada e sistemática, oficial, ou
clandestino, interferisse nos resultados das eleições, passando os votos
de um candidato para outro.
"Contudo, porém, todavia, entretanto", essa
aparente segurança estaria presente também na totalização da eleição
presidencial?
Centralizada no TSE?
Onde o "dono" da chave das eleições,
ou algum "hacker", autorizado ou clandestino, poderia "decidir" o rumo da
eleição?
Qual a eleição mais importante
de todas, as totalizadas nos TREs, ou a totalizada no TSE?
Não estaria
concentrado justamente na presidência da república mais de metade de
todos os poderes políticos, das três esferas da federação?
A
"totalização" dos votos concentrada num só tribunal, no TSE, não teria
algo a ver com isso? [ao que entendemos a centralização da totalização no TSE apenas dos votos para presidente da República, se deve a que apenas as eleições para aquele cargo são de âmbito nacional - as eleições para os demais candidatos se encerram nos estados em que são candidatos. As exceções que ocorrem a essa característica exclusiva dos votos para presidente, ocorrem apenas nos votos em trânsito.]
Apesar da minha
quase completa "ignorância" do mundo da informática, de
computadores, etc, não sou "burro" a tal ponto de acreditar que a
segurança da programação das eleições e das "salas-cofres" não pudesse
ser invadida e manipulada à vontade pelo "dono" da chave,ou algum
"preposto".
E também não sou "burro" o bastante para acreditar que o
simples "encosto" de quase metade das Forças Armadas na "cola" do TSE
para "fiscalizar" as eleições afastaria qualquer possibilidade de
alteração dos resultados.
Esclareça-se, entretanto, para
que não haja mal-entendidos, que de forma alguma estaríamos afirmando ou
insinuando que haverá fraude na eleição presidencial de outubro, porém
meramente aventando a POSSIBILIDADE de que isso venha a acontecer, por
meras questões "técnicas", não morais ou políticas.
Por isso essa "tese"
da absoluta segurança da apuração das eleições presidenciais,propagada
pelo TSE, não tem qualquer fundamento.
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo