A Justiça condenou a delegada Martha Vargas, que conduziu a primeira
fase do inquérito sobre o crime da 113 Sul, à perda da função pública,
suspensão dos direitos políticos por 5 anos, pagamento de multa civil
equivalente a 100 vezes a remuneração à época e proibição de manter
contrato ou qualquer vínculo com o Poder Público pelo prazo de 3 anos. A
sentença, da última sexta-feira (05), é do juiz da 3ª Vara de Fazenda
Pública do DF, Jansen Fialho de Almeida. Pelos valores atualizados, a
multa passa de R$ 2 milhões.
O magistrado condenou também o agente José Augusto Alves, que
trabalhou no caso, à perda da função pública ou aposentadoria, suspensão
dos direitos políticos por 4 anos, pagamento de multa correspondente a
50 salários da época e proibição de contratar ou manter vínculo com o
Poder público por 3 anos. Ele foi considerado culpado por praticar
tortura para extrair a confissão de dois inocentes.
Jansen Fialho julgou parcialmente procedente a ação de improbidade
administrativa proposta pelos promotores do Núcleo de Controle Externo
da Atividade Policial (NCAP), considerando graves todos os episódios da
investigação em que a delegada teria manipulado dados, forjado provas,
praticado tortura e vazado informações sigilosas. Também alvo da ação o
policial militar Flávio Teodoro da Silva, acusado de abuso de autoridade
e tortura, foi absolvido por falta de provas.
Os atos envolvem a investigação, uma das mais conturbadas da história
da Polícia Civil do DF, sobre o assassinato do ex-ministro do TSE José
Guilherme Villela, da mulher dele, Maria Villela, e de uma funcionária
da casa, Francisca Nascimento Silva, em 2009. Com várias reviravoltas, a
apuração envolveu até mesmo o trabalho de uma vidente.
Sobre os atos de improbidade descritos pelo Ministério Público, o
juiz apontou: “Os fatos enquadram-se claramente como grave atentado
contra os Princípios da Administração Pública (artigo 11 da LIA), pois
propagam, em tese, a prática de falsidade ideológica, fraude processual,
violação de sigilo funcional e tortura”.
As penas podem ser mais graves e levar à prisão. Martha Vargas, José
Augusto e Flávio Teodoro respondem também na esfera criminal. Eles foram
denunciados pelo NCAP pelos crimes de falsidade ideológica, violação de
sigilo funcional, denunciação caluniosa, fraude processual e tortura. O
processo está em fase final de instrução na 6ª Vara Criminal de
Brasília.
A investigação de Martha Vargas indicou que Rami Jalal Ali Kalout e
Alex Peterson Carvalho Soares eram os autores do crime. Uma suposta
ligação anônima teria indicado a autoria.
Na ação, o MPDFT aponta que a equipe da delegada Martha Vargas
plantou provas, as chaves da casa dos Villela, na casa de Alex Peterson,
para incriminá-lo. Os acusados teriam ainda sofrido tortura durante dois dias na
delegacia para confessar o crime, embora, segundo a Justiça, fossem
inocentes.
Durante o inquérito, Martha Vargas também teria cometido violação do
sigilo funcional ao repassar, por e-mails, informações à vidente Rosa
Maria Jacques e ao marido dela, João Tochetto. Depois de tantas trapalhadas, o inquérito tomou outro rumo. Foi
redistribuído à Corvida e ficou a cargo da delegada Mabel de Farias. “Se
não fosse a redistribuição da investigação para a CORVIDA, chefiada à
época pela Delegada Mabel, não teriam se elucidado os fatos/crimes como
sendo provável mandante a filha do casal assassinado. Nesse ínterim, já
há condenação dos executores”, ressaltou o juiz.
Porteiro do prédio dos Villela, Leonardo Campos Alves, e Francisco
Mairlon Barros Aguiar foram condenados, respectivamente a 53 anos e 4
meses e 47 anos e um mês de prisão pelos homicídios, de acordo com
decisão do Tribunal do Júri de Brasília. Para a Polícia Civil e o
Ministério Público, eles foram contratados pela filha do casal, Adriana
Villela. Ela nega e ainda não foi julgada. No processo, Martha Vargas e o agente José Augusto alegam que agiram
dentro das regras do dever funcional e apontam serem vítimas de
perseguição do Ministério Público do DF.
Fonte: CB - Poder
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador Vara da Fazenda Pública do DF. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Vara da Fazenda Pública do DF. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 9 de agosto de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)