Agentes identificaram a relação da mulher com um homem, morador de São Paulo, para quem ela teria enviado uma foto de um dos abusos. Investigação prossegue
A Polícia Civil conseguiu estabelecer uma conexão entre o material pornográfico infantil gravado pela mulher acusada de abusar sexualmente dos quatro netos e um homem, morador de São Paulo (SP). A princípio, a acusada, de 57 anos, teria enviado ao menos uma foto ao suspeito. Agentes da 19ª Delegacia de Polícia (P Norte) investiga os dois para apurar se eles integram uma rede pornográfica nacional e, até mesmo, internacional.
Segundo
o delegado-chefe da DP, Fernando Fernandes, responsável pelo caso, a
suspeita apagou a conversa de WhatsApp dela com o homem de SP, logo após
a chegada dos policiais. "O celular dela e o computador estão passando
por perícia para a recuperação dos materiais excluídos dos dois
aparelhos", afirma.
O
homem já foi identificado e não teria passagem pela polícia. Contudo,
as investigações acerca da relação da mulher com o suspeito, que seria
namorado dela, ainda são preliminares. "Além da
relação, tentamos elucidar se ela publicou os vídeos dos abusos
cometidos com netos em algum site de pedofilia. Mas, com todas as provas
coletadas até o momento, tudo levanta a suspeita dessa rede de
compartilhamento de pornografia infantil", afirma Fernando Fernandes.
A mulher foi presa na sexta-feira (19/10), após a filha mais velha
dela desconfiar dos abusos sexuais cometidos contra os próprios filhos e
decidir olhar o celular da mãe, onde havia o conteúdo pornográfico. As
vítimas são quatro crianças: um menino de 6 anos e três meninas de 4, 2 e
1 ano. A prisão ocorreu no Recanto das Emas, mas os estupros ocorriam
em Ceilândia Norte, quando a acusada ia para a casa da filha cuidar dos
netos para ela trabalhar.
O delegado Fernando
Fernandes afirma que, há cerca de dois meses, a mulher estava abusando
das vítimas. A mãe das crianças percebeu mudanças nos filhos mais
velhos, que apresentavam comportamento sexualizado inapropriado para a
idade. "Quando ela perguntou ao menino onde havia
aprendido aquelas coisas, ele disse que a avó o tinha ensinado e fazia
nele", afirma.
Ela chegou a concretizar a conjunção carnal com o neto de 6 anos. Com as meninas, passava a mão pelas partes íntimas delas. A
avó gravava vídeos dos estupros, encontrados pelos agentes no celular
dela. O aparelho e o computador dela estão na perícia da Polícia Civil,
para o aprofundamento das investigações acerca da rede de pedofilia.