No DF, Plano Piloto é líder em casos de violência contra LGBTs, diz estudo
Plano Piloto e Ceilândia foram as regiões administrativas onde mais crimes contra a comunidade LGBT aconteceram
[assuntos LBGTs não é especialidade deste Blog e jamais será. Mas, decidimos publicar esta matéria para que vejam o absurdo:
- a pesquisa, feita com dinheiro público, considera, digamos, um furto cometido contra um gay como violência, valendo o mesmo critério para qualquer outro crime.
Por óbvio, os crimes cometidos contra os milhares que não são gays também representam uma violência - e qualquer pessoa com um mínimo de bom senso sabe que os crimes contra não gays supera dezenas de vezes os 765 ocorridos contra os gays e que mereceram atenção especial da pesquisa.
Será que o trabalhador assaltado, por ser gay, merece da Codeplan e do GDF mais atenção do que o trabalhador assaltado não gay?
Codeplan, o artigo 37 da CF - aquele do famoso LIMPE - deve ser o NORTE de qualquer ente ao gastar o dinheiro público.]
A Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) divulgou
nesta terça-feira (17/10) uma pesquisa que indica em quais regiões
administrativas do DF mais foram registradas ocorrências de crimes
contra a comunidade LGBT de janeiro de 2015 a agosto de 2016. O Plano
Piloto encabeça a lista, com 24,8% dos casos, em seguida vem Ceilândia,
com 13,7%; Taguatinga, com 10%; e Samambaia, com 8,3%. Os outros 43,2%
estão divididos entre as regiões administrativas restantes, com exceção
de Jardim Botânico e Fercal, onde não houve ocorrência desse tipo.
Segundo a pesquisa, durante os 20 meses analisados, foram registradas
408 ocorrências, com 765 registros de crime pelo Disque 100 e da Polícia
Civil do Distrito Federal (PCDF). A diferença entre os dois dados
acontece em virtude do número de incidentes. Em alguns dos casos, mais
de uma infração foi registrada na mesma ocorrência. As delegacias que
mais receberam denúncias foram a 5ª DP (Plano Piloto), com 12%; e a
Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM), com 6,9%.
Para definir quais crimes seriam considerados na pesquisa, a companhia
utilizou como critério o preenchimento do nome social e a orientação
sexual ou a identidade de gênero das pessoas que fizeram o boletim de
ocorrência. Apesar disso, a diretora de estudos e políticas sociais da
Codeplan, Ana Maria Nogales, afirma que os dados poderiam ser mais
precisos. “Existe uma lacuna enorme, porque a gente sabe que muitas
ocorrências contra a população LGBT não são notificadas, e outras não
são definidas como crime contra essa comunidade”, comenta.
A pesquisa faz uma diferenciação na porcentagem dos tipos de delitos
praticados contra LGBTs em 2015 e nos 8 meses de 2016 . As denúncias de
injúria registradas para a PCDF, por exemplo, aumentaram de 17,5% para
20,3%, e as de ameaça subiram de 15,9% para 17,5%. Já as de homicídios
diminuíram de 1,9% para 0,9%. Completam a lista crimes como roubo, lesão
corporal dolosa, furto, contravenção, delitos diversos, dano,
estelionato e crimes ainda em apuração.
Segundo os dados da PCDF, 72,1%
das pessoas LGBTs que sofreram algum tipo de crime são homossexuais. Em
seguida, vêm os bissexuais, com 7,6%; os assexuais, com 3,7%; e os
heterossexuais, com 2,9%. Outros 13,7% preferiram não identificar a
orientação sexual. Relacionado à identidade de gênero, a pesquisa
indicou que 79,9% das pessoas que fizeram a ocorrência não quiseram
declarar com qual gênero se identificam. Já as travestis representam
8,6%; os transexuais 5,9%; os andróginos 4,7% e os transformistas 1%.
Fonte: Correio Braziliense