A ideia de que povo armado piora o índice de homicídios é falácia desarmamentista
Quem é contra o direito à legítima defesa? Não, certamente, a imensa
maioria dos brasileiros que votaram no hoje presidente Jair Bolsonaro.
Tiveram consciência da necessidade de resgate de um direito republicano
que fora usurpado por sucessivos governos, com base em posições de
esquerda e no politicamente correto. Saliente-se, aliás, que boa parte
dos que são contra esse direito vive em condomínios com forte segurança e
circula em carros blindados. É a elite, embora seu discurso seja
supostamente antielitista!
[FALÁCIA: LEIA ABAIXO E COMPROVE aqui -
Segundo dados do site GunPolicy.Org estima-se que
existam entre 2 milhões e 3 milhões de armas de fogo em mãos civis na
Suíça, cuja população é de pouco mais de 8 milhões de pessoas.
Proporcionalmente, esse país é um dos cinco mais armados do mundo.
Pois
bem, em 2015 a Suíça registrou apenas 18 homicídios por arma de fogo.
No caso do Paraguai, país vizinho, os números são igualmente
importantes.
O país tem quase 7 milhões de pessoas e mais de 1 milhão de
armas de fogo em mãos civis. Em 2014 o Paraguai registrou 318 mortes
por armas de fogo.
Proporcionalmente, há mais armas de fogo em mãos
civis no Paraguai do que no Brasil, porém há muito mais mortes por armas
de fogo no Brasil do que no Paraguai.]
O novo governo, em seu decreto, foi extremamente sensato, regrando
objetivamente a posse de armas, deixando pouca margem para
interpretações subjetivas ou politicamente corretas. Disciplinou a posse
em domicílios e estabelecimentos comerciais de tal modo que cada pessoa
possa ter quatro armas. Aliás, nem muito é, pois se uma família possuir
duas ou três casas e igual número de negócios, sua cota já estará
preenchida. Trata-se, diria, de um direito primeiro, o de a pessoa
poder, em seus lugares próprios, usufruir sua vida, defendendo seu
corpo, sua família e seu patrimônio.
Sem isso o cidadão fica claramente desprotegido, à mercê de qualquer
ameaça. Quem se beneficia dessa situação são os bandidos, os criminosos,
[o que inclui, sem limitar, as gangues tipo MST,. MTST e outras] que podem invadir qualquer domicílio e estabelecimento sem medo algum.
Meliantes têm “direito” à violência e à apropriação de corpos e bens
alheios! O Estatuto do Desarmamento cometeu a proeza de desarmar as pessoas de
bem, deixando os criminosos à vontade, esses se armam a seu bel-prazer.
Isso quando não são auxiliados por esses representantes do politicamente
correto, que correm em seu apoio toda vez que são mortos, feridos ou
presos. Quando um policial morre, silêncio absoluto; quando um criminoso
sofre o mesmo destino, surge imediatamente uma imensa barulheira, como
se seus supostos direitos não tivessem sido observados. É um mundo
invertido!
Os politicamente corretos adoram estatísticas, sobretudo para
triturá-las e enganar os incautos. O fracasso do Estatuto do
Desarmamento é patente. Temos 15 anos de sua vigência e a taxa de
homicídios ultrapassa 60 mil por ano. Mais do que o número de soldados
americanos mortos no Vietnã! Falar que a nova política governamental vai
piorar a situação soa risível! A ideia de que povo armado piora o índice de homicídios é outra falácia
desarmamentista.
Segundo dados do site GunPolicy.Org, estima-se que
existam entre 2 milhões e 3 milhões de armas de fogo em mãos civis na
Suíça, cuja população é de pouco mais de 8 milhões de pessoas.
Proporcionalmente, esse país é um dos cinco mais armados do mundo. Pois
bem, em 2015 a Suíça registrou apenas 18 homicídios por arma de fogo. No caso do Paraguai, país vizinho, os números são igualmente
importantes. O país tem quase 7 milhões de pessoas e mais de 1 milhão de
armas de fogo em mãos civis. Em 2014 o Paraguai registrou 318 mortes
por armas de fogo. Proporcionalmente, há mais armas de fogo em mãos
civis no Paraguai do que no Brasil, porém há muito mais mortes por armas
de fogo no Brasil do que no Paraguai.
A taxa de mortes por armas de
fogo no Brasil foi de 21,2 por 100 mil em 2014; no Paraguai, 4,7 por 100
mil também em 2014. Interessante, não?
Os desarmamentistas costumam argumentar que após o Estatuto do
Desarmamento houve significativa queda na taxa de crescimento de
homicídios por armas de fogo. Ou seja, ainda que as taxas tenham mantido
a tendência de crescimento, teria havido expressiva desaceleração, o
que não deixaria de ser, em todo caso, paradoxal! Acontece que essa desaceleração só é percebida quando se observam os
dados nacionais, em que o Estado de São Paulo, onde as mortes por armas
de fogo desabaram no período, ajuda a derrubar o índice nacional. E
desabaram por uma política de Estado, centrada principalmente na
inteligência e na repressão ao crime. Agiram contra os criminosos, e não
contra as pessoas de bem!
Há, porém, muitos Estados onde os homicídios por armas de fogo
aumentaram vertiginosamente em plena vigência do estatuto e desse
Zeitgeist desarmanentista. Vejamos: de acordo com o Mapa da Violência,
em 2004 a Bahia tinha 11,7 homicídios por 100 mil habitantes. Em 2008 o
índice subiu para 26,4. Em 2010 alcançou 32,4. O Estatuto do
Desarmamento é de dezembro de 2013, promulgado pelo ex-presidente Lula,
hoje condenado e na cadeia. Estados como Rio Grande do Norte e Maranhão registraram aumento de
homicídios por armas de fogo de, pela ordem, 379,8% e 300% no período de
2004-2014. Também houve crescimento expressivo no Pará, 96,9%; em
Goiás, 70,6%; e no Rio Grande do Sul, 38,6%.
Logo, a diminuição no estoque de armas não causou a diminuição dos
homicídios. Tampouco o lema “mais armas, mais mortes”, frequentemente
enunciado pelos defensores do desarmamento, é verdadeiro. O Brasil
possui muito menos armas em mãos de civis na comparação com os EUA, mas
quase seis vezes mais homicídios por armas de fogo. Diz-se que nos EUA
existem mais de 350 milhões de armas. Fosse o lema verdadeiro, os EUA
seriam o pior lugar para viver no planeta! Por último, há uma questão moral em jogo. Instrumento não mata! Quem
mata é quem o manuseia. Há mais mortes por automóveis do que por armas
de fogo! Vamos bani-los? O que se faz? Estabelecem-se regras para a
direção de veículos, da mesma maneira que se passa a fazer, agora, com a
flexibilização do Estatuto do Desarmamento! Facas tornaram-se, nestes
últimos anos, um instrumento usado para assassinatos. Alguém pensa em
suprimi-las? Imagine-se cozinhar sem facas!
Pessoas que fazem mau uso de suas armas, assim como de seus veículos ou
de suas facas, devem ser responsabilizadas por suas ações. É o processo
de escolha em ato. Cada um deve assumir o que faz. Não cabe ao Estado
tutelar o comportamento individual!
Denis Lerrer Rosenfield - Professor de filosofia na UFRGS.