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terça-feira, 8 de novembro de 2022

Moraes cobra nome dos líderes de atos bolsonaristas

 Ministro do STF concede prazo de 48h para a apresentação dos dados e dos veículos que participaram das manifestações contrárias ao resultado das eleições 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas, a contar a partir da tarde de ontem, para as Polícias Civil e Militar dos estados e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) identificarem os líderes dos atos que contestam o resultado das urnas e paralisam parte das rodovias do país há mais de uma semana. [o mais dificil de entender -  aceitar é o jeito, não há outra opção - é que ministros do STF (incluindo aposentados em busca incessante de holofotes) entre elos o ministro Moraes, viajam hoje, 8/11, para os Estados Unidos com vistas a proferirem  palestras sobre DEMOCRACIA e LIBERDADE. Sabedores que somos do apreço que os irmãos do norte possuem pela 'liberdade de expressão', não será surpresa  se na palestra os ministros do STF defenderem a forma como agem no Brasil, defendendo os dois valores,  terem seus microfone desligados.]

De acordo com a ordem do magistrado, as corporações também deverão levar à Corte informações sobre a identificação de todos os caminhões e veículos que participaram de manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas. Moraes ainda encaminhou a decisão para ciência da Procuradoria-Geral da República (PGR). "Determino às Polícias Civis e Militares dos Estados e Distrito Federal, bem como à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, o envio de todas as informações sobre a identificação dos caminhões e veículos que participaram ativamente dos bloqueios e nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas, assim como os dados dos respectivos proprietários, pessoas físicas ou jurídicas", escreveu.

"Determino, ainda, informem se identificaram líderes, organizadores e/ou financiadores dos referidos atos antidemocráticos, com a remessa dos dados e providências realizadas", concluiu o ministro.

Desde o resultado das eleições, parte da categoria dos caminhoneiros e outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) — derrotado nas urnas contra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — protestam pelo país e fecham rodovias federais. Os manifestantes pedem "intervenção federal" e reproduzem outras frases de ordem contra o Judiciário.

O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, pediu ao ministro Alexandre de Moraes a prorrogação do prazo fixado pelo STF para apresentar o relatório completo de multas aplicadas durante as manifestações dos bolsonaristas. O chefe da corporação alegou falta de tempo para reunir os dados solicitados. Na última sexta-feira, Moraes determinou que a PRF informe sobre a evolução, por estado, do efetivo mobilizado entre os dias 28 de outubro e de novembro. De acordo com a ordem, a polícia também deverá apresentar a origem dos policiais, para onde foram enviados durante a missão e a atuação.

O imbróglio entre o Judiciário e a PRF começou durante o segundo turno. Em 30 de outubro, moradores do Nordeste denunciaram operações nas estradas da região. Na mesma data, o ministro Alexandre de Moraes, na condição de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu a corporação de realizar operações relacionadas ao transporte de eleitores.

Também é investigada suposta omissão do diretor da PRF em relação aos bloqueios criminosos de rodovias do país desde a divulgação do resultado das eleições. Moraes tem proferido uma série de decisões acerca da conduta da PRF diante do caso.

Confronto no Pará
Os bloqueios de rodovias por manifestantes que defendem um golpe militar completaram oito dias ontem, já esvaziados. Porém, no Pará, houve uma escalada de violência em uma das interdições. Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) foram atacados com tijolos, pedras e fogos de artifício em Novo Progresso ao desmobilizar o bloqueio. Segundo a corporação, um agente ficou ferido e uma criança passou mal e precisou de socorro médico após o confronto.

O embate ocorreu em uma interdição da BR-163. Após tentativas falhas de negociação com os manifestantes, a tropa de choque da PRF foi enviada ao local para liberar a passagem de veículos. Os bolsonaristas, porém, revidaram lançando objetos contra as viaturas. A PRF usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar o protesto. Em vídeos do confronto, é possível ouvir disparos de armas de fogo enquanto o comboio da corporação sai do local, mas não é possível identificar de onde vieram.

Nas redes bolsonaristas, circulou vídeo de uma criança desacordada sendo carregada por um adulto. A PRF informou, em nota, que ela passa bem. "Durante o confronto, a criança que aparece nas imagens passou mal, foi socorrida pelos policiais rodoviários federais, levada ao pronto atendimento, passa bem e já recebeu alta médica", diz o texto.

Pouco antes da operação de desmonte do bloqueio, o superintendente da PRF no Pará, Diego Patriota, anunciou o emprego da tropa de choque e condenou os movimentos em vídeo divulgado no Instagram da corporação. "Uma coisa é você se manifestar pacificamente, com temas legais, e outra coisa é você prejudicar toda a sociedade. A partir de hoje (ontem), vencida toda a dificuldade operacional e logística, a PRF passa a operar com sua tropa de choque", disse Patriota.

O superintendente também condenou a presença de crianças e idosos nos bloqueios. "Retirem mulheres e crianças desses locais. Não sejam covardes, porque a polícia vai atuar e usará toda a força proporcional e razoável para que cesse esse tipo de ação, de agressão à sociedade", declarou Patriota.

Segundo o último informe da PRF divulgado no meio da tarde, havia 15 interdições em rodovias federais, com impedimento parcial do fluxo de veículos, e quatro bloqueios totais. Desde a votação de 30 de outubro, 1.049 atos foram desmobilizados.

Política - Correio Braziliense


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

CPI denuncia ao STF suposto financiamento ilegal de atos bolsonaristas

Segundo revelou o petista Humberto Costa, [codinome 'drácula' - por fraudes apuradas  na operação sanguessuga, quando era ministro do governo do criminoso petista] dinheiro apreendido com bolsonarista serviria para financiar atos antidemocráticos 

A informação chegou ao colegiado depois de a Polícia Federal ter prendido um bolsonarista, o prefeito de Cerro Grande do Sul (RS), Gilmar João Alba (PSL), com 505.000 reais em dinheiro vivo no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo. A dinheirama, segundo revelou o petista Humberto Costa, serviria para financiar atos antidemocráticos no dia 7 de setembro. O prefeito tentava embarcar em São Paulo num avião fretado para Brasília.

Radar - VEJA