O ministro da Justiça, Flávio Dino,
está se incomodando por ter de dar explicações sobre várias audiências
ocorridas em março e maio, e que agora vieram à tona.
Acho que estão
fazendo muito barulho por nada, mas mesmo assim o Ministério da Justiça
decidiu fazer uma seleção mais rigorosa das pessoas que entram lá.
Quem
esteve nessas audiências com o secretário de Assuntos Legislativos, o
secretário nacional de Políticas Penais e a ouvidora de assuntos ligados
a presídios era a primeira-dama do tráfico da Amazônia, mulher de um chefe do Comando Vermelho,
e que fora condenada a dez anos de prisão. Ela estava integrando um
grupo chamado Associação Instituto Liberdade do Amazonas, que estava lá
discutindo condições das prisões no estado. Por isso acho que estão
fazendo muito barulho por nada.
Mas, como houve aquele ato anterior do
ministro entrando na favela – ou “comunidade”, como diz o eufemismo
politicamente correto – onde ninguém entra, isso ajudou a fazer o
barulho.
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A afluência ao Enem caiu mais ainda.
No primeiro domingo, houve 28% de ausência; agora, foi quase um terço, 32% – ou seja, de cada três inscritos, um deixou de ir.
Se 4 milhões se inscreveram, um terço disso dá 1,3 milhão de candidatos que não foram.
Quando vê que o que se está pedindo no Enem é incompreensível, a pessoa desiste.
Os militantes, que querem colocar a ideologia fanatizada, cega e irracional na prova, esqueceram a finalidade do Enem, que é avaliar a condição do candidato de entrar numa faculdade, avaliar sua cultura geral e conhecimento de ciências, matemática, ciências exatas e ciências sociais. Em vez disso, estão fazendo uma espécie de quebra-cabeça ideológico.
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Conteúdo editado por:Marcio Antonio Campos