Recuperado de um câncer no pâncreas, Roberto Jefferson, presidente do PTB, quer voltar à vida pública, da qual está afastado há 11 anos, depois de ter o mandato de deputado cassado no mensalão.
Vai trocar o
Rio de Janeiro por São Paulo. “Preciso construir um grande PTB no
Brasil. Só vou conseguir fazer, se tiver um grande PTB em São Paulo. Vou
me candidatar a deputado federal por lá”, explica. Uma de suas
propostas será a extinção da Justiça do Trabalho. Ele garante, no
entanto, que essa não é bandeira de sua filha, a deputada Cristiane
Brasil (PTB-RJ), que está impedida, por liminar, de assumir o Ministério
do Trabalho. Na entrevista, Jefferson também afirma que não torce pela
prisão de Lula, mas bate sem piedade no PT e critica a pressão dos
petistas contra o Judiciário. “Eles querem uma guerra civil?
Derramamento de sangue? O PT está louco por um cadáver”, acusa. Apesar
de ter sido o primeiro a revelar a existência do mensalão, ressalta que
não suporta delatores. “Canalha que mete a mão e, para se salvar, acusa
os outros”. Feita a distinção, Jefferson diz se orgulhar de sua
denúncia: “Eu consegui eliminar do jogo do poder Zé Dirceu, o homem que
teria sido o Nicolás Maduro do Brasil”.
O senhor ainda confia que sua filha venha a ocupar o cargo de ministra do Trabalho?
Confio pelos valores que ela tem. É uma grande gestora pública. Foi
secretária municipal da Prefeitura do Rio de Janeiro na gestão de César
Maia. O apreço que tenho pela Cris é que ela tem voo próprio. Ela é
Cristiane Brasil, diferentemente dos filhos dos políticos do Brasil que
tem o sobrenome do pai, pois ela tem o da mãe. Ela não quis o caminho
mais fácil. Foi escolhida por ação do presidente da República e não por
indicação do pai. Levei quatro nomes de homens ao presidente Temer para
que escolhesse. Ele disse: “Por que não uma mulher? A Cristiane Brasil.
Gestora experimentada, qualificada”.
Acredita que a Justiça vai derrubar essa liminar?
Vamos tentar. O momento é muito difícil. Há uma intervenção muito
grande do Judiciário na gestão da administração pública. O Judiciário
está querendo suprimir o poder Legislativo e Executivo. Foi o que
combinamos com o presidente.
O senhor deu uma declaração de que é favor da extinção da Justiça do
Trabalho. É uma bandeira da sua filha ou apenas sua opinião?
Sempre defendi a extinção. É a minha opinião que quero discutir
dentro do meu partido. A Justiça do Trabalho é ideológica, populista,
socialista. A minha filha foi condenada a pagar ao motorista do meu
neto. Ele tem empresa com personalidade jurídica. O rapaz bateu o carro
dele, estava no período de experiência. Além de não pagar o carro, quis
receber os poucos meses que estava em experiência. Ele citou o meu neto e
a mãe dele, que é a Cristiane. Como meu neto mora na casa dela, o juiz
decretou a culpa da minha filha porque ela é mãe no exercício de pátrio
poder. Hoje ainda entra um tal de danos morais que é um absurdo. Ficou
um poder absurdamente desmedido. A Justiça do Trabalho interpreta o
empregador como um bandido, culpado. Ele tem contra a si a presunção da
culpa. A Justiça do Trabalho é a babá mais rica do mundo. Os juízes são
verdadeiros mandarins.
Sua filha pensa assim?
Você tem de perguntar para ela. Ela deve estar lendo o que eu escrevo. ...
.......................
MATÉRIA COMPLETA em ISTOÉ
.......................
Como o senhor vê essa ação do PT de convocar as pessoas?
Eles querem uma guerra civil? Uma convulsão? Derramamento de sangue? O
PT está louco por um cadáver. Quer ostentar o cadáver. Você viu o que
disse a Gleisi Hoffmann? “Vai dar morte”. Morte de quem? Eles vão matar
alguém? Ou vão querem que morra alguém dos deles? Eles vão desafiar a
polícia para que faça um cadáver para ficarem ostentando o cadáver pelas
ruas do Brasil, para se colocarem como vítimas da truculência policial?
É uma coisa muito ruim quando uma pessoa concita a luta de morte em
favor do poder que almeja. [É bom que a canalhada petista lembre que em 68 a maldita esquerda queria um cadáver - conseguiram o do estudante Edson Luis - e junto com o cadáver veio o AI 5 - Ato Institucional do Brasil, o ato da Redentora que fez a Redenção do Brasil; ]MATÉRIA COMPLETA em ISTOÉ