Não há salvação na negação
e muito menos no desarmamento
"Não há salvação para o homem honesto, a não
ser esperar todo o mal possível dos homens ruins."
Edmund Burke
Edmund Burke
Como já disse algumas vezes, o cheiro de sangue inocente causa verdadeiro frisson entre os desarmamentistas, e isso fica mais uma vez comprovado com o recente ataque de um jovem racista à uma igreja nos EUA.
Dylann Roof sentou-se calmamente entre
o rebanho do Rev. Clementa Pinckney e ali ficou
aproximadamente uma hora antes de abrir fogo contra mulheres, homens e idosos
absolutamente indefesos. Imediatamente, Obama
e outros desarmamentistas correram aos ávidos repórteres para falar sobre armas
e como os EUA eram uma nação violenta e racista. Centenas de reportagens
foram geradas e exibidas e da boca deles nem uma só linha, nem uma só palavra
de alguns fatos que narro a seguir.
Dylann
Roof, que guarda mórbida semelhança com
outro assassino, o jovem perturbado Adam Lanza, era declaradamente racista,
defendia a hegemonia branca nos EUA, tinha também duas
passagens pela polícia, uma por
posse de drogas e outra por invasão. Informações que ele teria sido expulso
de um grupo neonazista por ser excessivamente violento não corroboram com a descrição de pessoa calma e amável de alguns
amigos mais próximos. Mas quem declararia “sim, ele era violento, racista, um verdadeiro psicopata, mas era meu
amigo?” Difícil acreditar nas descrições...
A lei da Carolina do Sul manteve então
a proibição do porte de armas para qualquer pessoa dentro de igrejas, entre outros locais. E os
frequentadores, óbvio, respeitavam a lei. Dylann Roof, não. Não só essa, como também a que proíbe qualquer pessoa que
tenha envolvimento com drogas e crimes de possuir armas, sejam compradas
ou fruto de presente, como parece ser o caso dessa, uma vez que o tio afirmou
que o pai do assassino havia lhe presenteado com uma pistola quando ele
completou 21 anos. O pai, conivente com
um filho problemático – para dizer o mínimo – também quebrou a lei e pode ser condenado, merecidamente, a 10 anos de
prisão.
As lições, mais uma vez, são claras e
dolorosas: não há proteção na
negação; loucos e criminosos não
seguem a lei; as forças de segurança do Estado só estarão lá para recolher os
corpos e atender os feridos - caso haja
algum sobrevivente -, e, principalmente:
a inexistência
de um cão pastor zelando pelo rebanho sempre será um convite aos lobos:
"o banquete está servido".
Fonte: MSM - Bene
Barbosa é especialista em
segurança, autor do livro Mentiram Para Mim Sobre o Desarmamento e presidente
da ONG Movimento Viva Brasil.