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sábado, 27 de fevereiro de 2021

Os generais nacionalistas de 64 e os militares entreguistas de 2021 - Sérgio Alves de Oliveira

Quem examinar em detalhes a marcha dos acontecimentos políticos, econômicos, sociais e morais no Brasil, limitado ao período compreendido entre 31 de março de 1964, e o corrente  mês de fevereiro de 2021, certamente  observará profundas mudanças, para pior, de 1985 em diante, a partir da “famigerada” Nova  República, com a posse de  José  Sarney, em 1985.

Desse momento em diante,o país “degringolou” completamente ,a esquerda tomou o poder e aparelhou o país de cabo-a-rabo,não deixando de ocupar todos os espaços, a começar pelo próprio Estado, suas instituições, e pelas leis que editou, inclusive a sua “obra-prima”, a Constituição de 1988, que tornou o país absolutamente ingovernável e “amarrado” a esse “aparelhamento” que tranca o desenvolvimento...

Mas desde o  momento em que se pudesse pensar que a posse  de Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, iria   mudar os rumos do país em relação à destruição deixada pela esquerda, na  expectativa de que abandonasse o espírito predatório  e entreguista desses governos de esquerda, aproximando-se mais das virtudes do   antigo Regime Militar instalado em  1964, para surpresa geral o novo governo não conseguiu imprimir  o rumo de governo que havia prometido na campanha eleitoral, ficando mais “governado”, pelo maldito aparelhamento do estado que herdou,do que “governante” propriamente dito.

Apesar de alguns “excessos” [sic] cometidos enquanto governou, o Regime Militar deixou um saldo altamente positivo ao povo brasileiro.  
Tanto assim é que que as maiores obras públicas de infraestrutura hoje existentes no país datam dessa época. 
Nada de grandioso e novo [ou necessário]  foi construído desde então. O pais “congelou” no Regime Militar. 
De lá para cá mais  houve  destruição, corrupção e politicagem  barata.

Mas o “pulso” que teve o Regime Militar para bem governar não se repetiu com a eleição de Bolsonaro, que acabou totalmente refém da esquerda infiltrada  em todos os Três Poderes, sabotando e boicotando tanto quanto possível o seu governo.

Talvez a mais importante obra do Regime Militar tenha sido  o espírito “nacionalista” que conseguiu imprimir nos seus 5 (cinco) governos, de 1964 a 1985, sempre buscando valorizar ao máximo possível a produção  nacional, sem alijar, contudo, a colaboração de tecnologias e capitais “importados”, mas sempre num plano “subsidiário”, e desde que não conflitantes com os mais altos interesses nacionais.

Foi a época do nacionalismo  exacerbado, talvez só superado na “era” Getúlio Vargas (1930 a 1945),  com o surgimento do industrialismo nacional em substituição às importações, da siderurgia,da exploração do petróleo,da proteção mínima ao trabalho,do urbanismo, e do surgimento da  classe média,dentre outros grandes  feitos.

Mas o “semi”,e talvez “falso”, regime militar, [sic] encabeçado pelo Presidente Bolsonaro e sua clã de colaboradores,principalmente generais, “colhidos” das Forças Armadas, seja da reserva, seja do serviço ativo, longe estão de  se inspirar nas políticas nacionalistas de Getúlio Vargas e dos governos do Regime Militar.

[Cabe registrar: O Presidente Bolsonaro ainda não conseguiu governar, em consequência do sistemático boicote, da sabotagem, das traições feitas (sempre buscando sufocar suas tentativas de governar - no afã de cumprir suas promessas de campanha, referendadas por quase 60.000.000 de VOTOS)  que conseguiram infligir sérios malefícios ao Brasil e ao Povo brasileiro, agora, como bem lembra o  articulista, reféns de esquerda = uma condição das mais prejudiciais a qualquer governo.
 
Além da herança maldita do aparelhamento, pesou contra o sucesso do inicio do governo Bolsonaro:
- a ação nunca apurada de integrantes do governo que 'sabotaram' as mudanças que o presidente tentou realizar no alvorecer do seu governo no famigerado 'estatuto do desarmamento' - levando-o a usar decretos para  modificar uma lei, e com isso impuseram a 'primeira derrota' ao capitão;
- a Câmara dos Deputados - que esteve até recentemente sob o comando de um deputado que para compensar a crônica carência de votos,  que o acomete desde a primeira eleição na qual foi candidato, se autonomeou primeiro ministro e começou a agir como tal - sempre atrapalhando, manipulando interpretações, qualquer projeto do capitão que fosse encaminhado àquela Casa Legislativa.
- a turma dos inimigos do Brasil =  formada por: os derrotados de sempre + os inconformados = derrotados nas eleições presidenciais de 2018 + os arautos do pessimismo + os inimigos do presidente Bolsonaro + os adeptos do quanto pior melhor
- uma mídia militante que aplica ao governo do presidente Bolsonaro a máxima invertida do embaixador Ricupero = que quando aplicada ao governo do capitão, diz: "... O que é ruim para o governo do capitão, a gente maximiza e fatura; o que é bom, esconde";
- uma excessiva e proposital judicialização contra os atos do governo do presidente - qualquer partido político (aqueles sem noção, sem projeto, sem votos e apavorados com a cláusula de barreira) ou qualquer associação insatisfeita com qualquer projeto que o Governo Federal apresente, move uma ação e quase sempre consegue seu objetivo: travar o governo.
O recurso da excessiva judicialização, na verdade um recurso utilizado para obstruir a Justiça, vide a sobrecarga excessiva sobre o Poder Judiciário, sempre trava o governo: qualquer questionamento, quase sempre aceito, recebe um despacho estipulando prazo para o Governo Federal  responder - muitas vezes inexiste  resposta a ser apresentada.
Pedimos desculpas  ao ilustre escriba Sérgio por  'invadir' sua Matéria - não resistimos ao excelente 'gancho' por ela propiciado - , ao tempo que  esperamos que a liberdade de expressão continue a nos permitir a livre e responsável emissão de  opiniões favoráveis ao Governo Militar e ao AI-5, atos não tipificados como crimes.]

Na verdade, tanto no processo das privatizações, quanto na transferência de empreendimentos brasileiros privados a interesses estrangeiros,o “filet mignon” da produção econômica  brasileira está sendo entregue  quase de “graça” aos  capitais estrangeiros, e essas  políticas de mais “doar”,do que “vender”, a própria “alma” produtiva nacional, se adequam muito mais aos acontecimentos  dos períodos de governos de FHC,Lula,Dilma e Temer, do que aos de Getúlio Vargas e do Regime Militar “autêntico”.

Particularmente as enormes “poupanças” chinesas acumuladas em grande parte sob  o regime de exploração escrava  do seu povo, já compraram e  continuarão comprando “metade” do Brasil,em terras, empresas, concessões públicas, e   tudo mais  que possa interessar-lhes,como já fizeram  em diversas outras partes do mundo, especialmente no Continente  Africano. E isso, com certeza, jamais seria consentido pelo antigos generais do Regime Militar.

Sérgio Alves de Oliveira  - Advogado e Sociólogo