Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) criticou apoio do Exército a Bolsonaro na condução da crise do coronavírus
O
Ministério da Defesa rebateu as críticas feitas pelo ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que, no sábado, disse que o Exército se associou a um “genocídio”,
em alusão à condução do governo Bolsonaro frente à epidemia da Covid-19. Em
nota, a Defesa classificou a declaração do ministro como “leviana” e disse que
vai enviar uma representação contra Gilmar à Procuradoria Geral da República
(PGR).
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No
sábado, Gilmar Mendes criticou a atuação do governo federal na condução da
epidemia da Covid-19 e criticou os militares.
— Não é
aceitável que se tenha esse vazio no Ministério da Saúde. Pode até se dizer: a
estratégia é tirar o protagonismo do governo federal, é atribuir a
responsabilidade a estados e municípios. Se for essa a intenção é preciso se
fazer alguma coisa. Isso é ruim, é péssimo para a imagem das Forças Armadas. É
preciso dizer isso de maneira muito clara: o Exército está se associando a esse
genocídio, não é razoável. Não é razoável para o Brasil. É preciso pôr fim a
isso — disse o ministro do STF.
Na nota divulgada nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa disse repudiar a frase de Gilmar Mendes e que o comentário causou indignação.
Na nota divulgada nesta segunda-feira, o Ministério da Defesa disse repudiar a frase de Gilmar Mendes e que o comentário causou indignação.
“Comentários
dessa natureza, completamente afastados dos fatos, causam indignação. Trata-se
de uma acusação grave, além de infundada, irresponsável e sobretudo leviana. O
ataque gratuito a instituições de Estado não fortalece a democracia”, disse um
trecho da nota.
“Informamos
que o MD (Ministério da Defesa) encaminhará representação ao Procurador-Geral
da República (PGR) para a adoção das medidas cabíveis”, disse outro trecho da
nota.
A nota foi assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
A nota foi assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica.
O texto
diz ainda que, durante a epidemia, as Forças Armadas estão “completamente
empenhadas justamente em preservar vidas”.
O Globo