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domingo, 22 de julho de 2018

“Os ouros, naipe da sucessão” e outras notas de Carlos Brickmann



A tese de Alckmin, até hoje mal nas pesquisas, pode agora ser testada: quem tiver mais TV cresce. E ele tem quase metade do tempo total de TV [as manobras de Alckmin para conseguir 'maioria', os apoios que diz ter e outras manobras deixam claro que um possível governo Alckmin será o conhecido mais do mesmo: 
mistura do estilo Sarney, Temer, FHC, Itamar - não muda quase nada, mas, com um pouco de sorte não piora e talvez até melhore (se tivessem deixado Temer trabalhar com certeza o Brasil estaria bem melhor do que está - o que interessa aos brasileiros, especialmente quando temos 13.000.000 de desempregados.)  
Para qualquer melhora é preciso que as denúncias vazias, sem provas, dos janots ... deixem de ser apresentadas - quem denunciar sem provas, tem que ser punido, independentemente do cargo que ocupe.]



De uma tacada só, usando os argumentos preferidos de boa parte dos políticos, Geraldo Alckmin se transforma no candidato dominante das eleições: terá quase a metade do horário eleitoral gratuito, e ganha o apoio do industrial Josué Christiano Gomes da Silva, ou “Josué Alencar”, filho do vice de Lula de 2002 a 2010. Josué é perfeito: promete não atrapalhar os planos de Alckmin e paga a campanha. Ou melhor, nem ele é perfeito. Ele é filiado ao PR de Valdemar Costa Neto, a quem muitos fazem restrições. Mas Valdemar não é exceção no grupo que apoia Alckmin: com ele estão Roberto Jefferson, Cristiane Brasil e Paulinho da Força, conhecidíssimos.

A tese de Alckmin, até hoje mal nas pesquisas, pode agora ser testada: quem tiver mais TV cresce. E ele tem quase metade do tempo total de TV.  Mas sejamos justos: não há candidatos viáveis mais ou menos impuros. O PT, seja quem for seu candidato, viu a condenação judicial de seu ícone, Lula; a prisão de seus tesoureiros; a pena de seus coordenadores. 

Ciro, que manteve imagem razoável, acaba de levar duas pancadas: o lançamento de sua candidatura foi murcho, e O Globo revelou que o deputado Leônidas Cristino pagou com dinheiro da Câmara mais de R$100 mil a um escritório de advocacia em Fortaleza do qual seu padrinho político, Ciro Gomes, é sócio. Cristino foi ministro dos Portos de Dilma, por indicação de Ciro.
Brigar por causa de política, hoje, é como ter crise de ciúmes na zona.

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