O Palácio do Planalto pressiona a cúpula do MDB para que a legenda
assuma compromisso com uma candidatura própria. Esse é o desejo do
presidente Michel Temer, que pretende mesmo ser candidato à reeleição se
o ambiente econômico, social e político for minimamente favorável a que
possa chegar ao segundo turno das eleições. A primeira condição está
dada, com a queda dos juros e a inflação baixa. A segunda dependerá do
nível de emprego e dos resultados da atuação do governo na área de
segurança. A terceira está relacionada às outras duas e à operação em
curso para montagem do novo ministério, cuja composição está sendo
condicionada ao apoio a uma “candidatura oficial” do governo.
Temer não precisa se desincompatibilizar do cargo para ser candidato.
E tem até o dia 15 de agosto para se decidir ou lançar outro candidato.
Desse ponto de vista, leva vantagem em relação ao governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), que precisa se desincompatibilizar do
cargo e entregar o Palácio dos Bandeirantes ao vice-governador Márcio
França, sem nenhuma garantia de que será apoiado pelo PSB (uma hipótese
cada dia mais improvável). No cronograma tucano, Alckmin será lançado no
domingo, mas o governador paulista tem até o dia 7 de abril para se
desincompatibilizar do cargo.
Para embaralhar as cartas da eleição, o presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), lançará sua candidatura a presidente da República na
quinta-feira, quando o prefeito de Salvador, ACM Neto, assumirá o
comando da legenda, no lugar do senador Agripino Maia (DEM-RN). As
relações entre Temer e Maia andam muito agastadas por causa de sua
movimentação agressiva. Além de se lançar candidato, ampliou a bancada
na Câmara de 21 deputados para quase 40 parlamentares. A próxima adesão
anunciada por Maia é do relator da reforma da Previdência, deputado
Arthur Maia (PPS-BA), que estaria de malas prontas para trocar de
legenda (a conferir). O presidente da Câmara também não precisa se
desincompatibilizar do cargo para ser candidato.
A chave da estratégia de Temer é a montagem da nova equipe
ministerial. O que acontece normalmente, quando os governos se aproximam
das eleições, é as pastas serem ocupadas por secretários executivos,
com o antigo titular mantendo forte influência nas decisões
administrativas. É tudo o que Temer não pretende fazer. A permanência de
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) no Ministério das Relações Exteriores, de
Blairo Maggi (PP) na Agricultura e de Raul Jungmann na Segurança
Pública é comemorada no Palácio do Planalto como uma sinalização nessa
direção. Temer abandonou a reforma da Previdência para evitar uma
derrota que sinalizaria o fim do governo. A agenda da segurança pública
deu nova vida ao que lhe resta de mandato, e pode ajudar a melhorar os
índices de aprovação.
Hoje, a 135ª Pesquisa CNT/MDA será divulgada no final da manhã, com
cenários de primeiro e segundo turnos de votação para as eleições de
2018. O levantamento também aborda a condenação do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva pelo TRF-4 e a opinião dos entrevistados sobre a
sua participação nas próximas eleições. Além disso, traz avaliações do
governo federal e do desempenho pessoal do presidente Michel Temer;
avaliações dos governos estaduais e municipais, bem como a opinião dos
entrevistados sobre emprego e renda, saúde, educação, segurança e
imigrantes venezuelanos. O cenário político entrou em movimento. Mas
isso não significa vida fácil para o presidente da República. Ontem, o
ministro Luís Roberto Barroso autorizou a quebra de seu sigilo bancário
num inquérito que investiga o esquema de propina da Odebrecht.
Animal ferido
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto,
Guilherme Boulos, sentiu o cheiro de animal ferido. Filiou-se ontem ao
PSol para ser candidato a presidente da República. Principal aliado do
PT em São Paulo, incensado pelo líder petista como liderança emergente
dos novos movimentos sociais, a candidatura de Boulos deve ser
oficializada sábado, tendo como vice a líder indígena Sônia Guajajara.
Luiz Carlos Azedo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Mostrando postagens com marcador deputado Arthur Maia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador deputado Arthur Maia. Mostrar todas as postagens
terça-feira, 6 de março de 2018
O candidato oficial
Marcadores:
candidato oficial,
cúpula do MDB,
deputado Arthur Maia,
líder indígena Sônia Guajajara,
Palácio do Planalto,
Palácio dos Bandeirantes,
Pesquisa CNT/MDA,
PSOL
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
Relator da Previdência reconhece: ‘Não há votos’
Num instante em que o Planalto se mexe para tentar votar na
próxima quarta-feira (6) a reforma da Previdência no plenário da Câmara, o
deputado Arthur Maia (PPS-BA), relator da proposta, admite: “Não tem ainda os
votos.” Repete: “Não tem votos para aprovar hoje, não.” Enfatiza: “Não tem
não.” Lamenta: “Temos que fazer um exercício político grande para tentar
aprovar.”
O deputado relatou o que acabara de ouvir do ministro da Fazenda: “O Henrique Meirelles, me disse há pouco que um parlamentar virou para ele e falou: ‘Olha, ministro, eu concordo integralmente com a reforma, sou 100% a favor. Até acho que deveria ser mais dura. Mas eu não vou votar porque é um ano eleitoral.” [o ex-acusador-geral da República fracassou na tentativa de golpe contra Temer - perdeu feio - mas teve êxito total na esforço para prejudicar o Brasil e os trabalhadores que no futuro não terão aposentadoria.
As reformas são necessárias mas a atuação traiçoeira do Janot contra o Brasil retardou o processo e conduziu a decisão para um ano eleitoral - tudo poderia ser aprovado, desde que concluído em 2017.
Iniciar 2018 trabalhando para o povo esquecer eventuais prejuízos com a aprovação das reformas (cujos benefícios superam em muito os prejuízos da rejeição) seria tarefa bem mais fácil do que iniciar o próximo ano tentando explicar supostos prejuízos para o povo e ao mesmo tempo mostrar os prejuízos para o Brasil - vale dizer para o povo.
Janot conseguiu ferrar o Brasil e a classe trabalhadora mais jovem, que talvez não consiga se aposentar.]
O relator da Previdência interpretou as palavras do interlocutor de Meirelles: “Esse cidadão quer ir para a eleição no ano que vem dizendo que é contra a reforma, fazer um discurso para a galera. Depois, vai chegar aqui, em 2019, para tentar desdizer tudo o que ele disse e votar a favor da reforma.”
Arthur Maia prosseguiu: “Eu não sei fazer isso. Talvez eu seja minoria, talvez aqui não seja o meu lugar. […] Não tenho coragem de chegar aqui, dizer que sou contra, e depois votar a favor. Não sei fazer isso. Mas tem muita gente como esse [parlamentar] a que se referiu o Henrique Meirelles. Eu ouço isso todo dia, toda hora aqui na Câmara… […] Essa questão da Previdência, no Brasil, é um escárnio. Tem que ser enfrentado, tem que ser confrontado.”
No próximo domingo, Michel Temer participará de jantar com líderes partidários, na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia DEM-RJ). Durante o repasto, os aliados do governo fornecerão estimativas sobre a quantidade de votos disponíveis nas respectivas bancadas. É improvável que os 308 votos de que o governo precisa caiam do céu em tão pouco tempo.
Blog do Josias de Souza
Marcadores:
ano eleitoral,
deputado Arthur Maia,
Janot,
reforma da previdência,
relator da Previdência
Assinar:
Postagens (Atom)