Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Segundo
os relatos, funcionários da segurança não identificaram que as Cida
Gonçalves (Mulheres) e Esther Dweck (Gestão) faziam parte da esplanada
[cabe ao contribuinte, que paga os salários dos 'ministros', apenas imaginar o pouco valor que tem os que aceitam integrar um governo com quase quarenta figurantes - ops... ministros - ministros, destacando que além dos que são barrados na entrada do Palácio do Planalto, tem os que nunca foram recebidos pelo apedeuta que os nomeou.]
Presidente Lula ao lado da ministra Cida Gonçalves (Mulheres) e da primeira-dama, JanjaEvarista Sá/AFP
As ministras Cida Gonçalves (Mulheres) e Esther Dweck
(Gestão) afirmaram nesta quinta-feira terem sido barradas ao tentarem
entrar no Palácio do Planalto. Segundo os relatos, funcionários da
segurança não identificaram que as duas faziam parte da esplanada do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
As ministras deram as declarações durante cerimônia de abertura dos
trabalhos do grupo interministerial criado para combater o assédio no
serviço público.
Sem dar muitos detalhes do episódio, Cida Gonçalves afirmou durante sua
fala que foi barrada por funcionários da segurança ao tentar entrar no
Palácio do Planalto possivelmente em mais de uma ocasião. Os ministros
conseguem acessar o prédio por entradas privativas, mas, segundo o
relato, Cida teria sido encaminhada para outra entrada e liberada
posteriormente por outros funcionários.
Presidente Lula com a ministra da Gestão, Esther Dweck — Foto: Ton Molina/Fotoarena
– A discriminação passa pelo o que Anielle (Franco, ministra da
Igualdade Racial) falou das roupas que a gente usa, da forma como você
está. Eu sempre brinco que tem dia que eu chego no Palácio (do Planalto)
e os seguranças não me deixam entrar. Eles falam 'não, a senhora entra
por aquela porta'. Ai eu falo 'eu não tenho cara de ministra, não tenho
tamanho de ministra, nem me visto como ministra, mas eu sou ministra'.
[convenhamos que ser ministra no desgoverno do presidente ignorante e NADA são a mesma coisa.] Ai a Tatiane ou as meninas do corredor saem correndo falando 'ela é
ministra' – afirmou, completando: – Eu coloquei o exemplo do Palácio,
mas o que acontece no Palácio acontece em todos os lugares, inclusive no
meu ministério.
Cida continuou falando que Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial, deve ter mais dificuldade em "convencer todo mundo que ela é uma ministra" por ser negra. – Eu sempre brinco porque imagina a Anielle, negra, como deve ser
difícil convencer todo mundo que ela é uma ministra. Ou o Silvio
Almeida.
Esther Dweck (Gestão) também afirmou que, assim como Cida, ela e
Anielle foram barradas no Palácio do Planalto pelo mesmo motivo. A
ministra da Gestão afirmou que não é culpa do funcionário da segurança,
mas sim de uma "cultura da sociedade brasileira de não imaginar
determinadas pessoas em determinados espaços".
– Quando a Cida falou que ela é barrada no Palácio, eu sou barrada no
Palácio, Anielle é barrada no Palácio, e muitas vezes é um terceirizado
que fica ali na segurança e isso está na cabeça dele. Isso é que é
triste, a sociedade brasileira traz isso para dentro. A pessoa que está
ali não tem nenhuma responsabilidade por estar tendo aquela reação,
claro, porque isso é fruto de uma cultura da sociedade brasileira de não
imaginar determinadas pessoas em determinados espaços.[se percebe que a ministra boquirrota em seu acesso de falar bobagens, demonstra preconceito contra trabalhadores terceirizados.]
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança
dos palácios presidenciais (Alvorada e Planalto), foi procurado, mas
não retornou até a publicação desta matéria.
É claro que nenhum governo pode apresentar resultados em
um mês. Mas o problema é que está sendo feito um esforço inédito na
história deste país para não se chegar a resultado nenhum
Ministros do governo Lula - Foto: Ricardo Stuckert/Flickr
Não, não é você que não está entendendo direito as coisas.Não, você não
viu este filme antes — e se não consegue achar pontos de contato entre o
terceiro governo Lula e os seus dois governos anteriores é porque não
há pontos de contato entre um e os outros. O fato puro e simples,
embora haja pouco de simples e nada de puro nisso tudo, é que o Lula de
20 anos atrás não existe mais.
É um outro homem que vive hoje no Palácio
do Planalto — e ele está fazendo um governo incompreensível nestes seus
primeiros 30 dias no comando do país.
Os circuitos normais do
pensamento político não estão funcionando.
Está fora do ar, também, a
lógica habitual da administração pública.
O presidente, dia após dia,
repete declarações que não têm nada a ver com nada; a única preocupação
que demonstrou, até agora, é a de manter o Brasil em guerra.
Os
ministros e o resto do primeiro escalão não fizeram um único dia de
trabalho útil de 1º de janeiro para cá; em vez disso, produzem
manifestos. Os sinais vitais da atividade normal de governar estão
frouxos. O sistema, como se diz hoje, parou de responder. [o melhor para o Brasil e para milhões e milhões de brasileiros é que pode piorar e VAI PIORAR - e quem vai produzir a PIORA é o próprio governo Lula.]
O Brasil precisa de emprego, de renda e do investimento indispensável para uma coisa e outra
O principal comprovante da trava geral que o país vive neste momentoé
a recusa do governo em fazer qualquer movimento que possa se conectar
com a ideia básica de produzir.
Nada do que se fez até agora conduz à
produção de um único parafuso — e, como consequência direta e óbvia
disso, não há perspectiva da mínima melhoria em qualquer aspecto da vida
real do cidadão.
Lula e o seu entorno, nas decisões que estão tomando,
agem como se fossem contra a produção — ou, pior ainda, como se não
soubessem o que é produção, e nem como funcionam os circuitos
produtivos mais elementares de uma economia.
É claro que nenhum governo
pode apresentar resultados em um mês; já está muito bom se realmente
fizer alguma coisa que preste em quatro anos, ou pelo menos se não
piorar muito aquilo que se tem hoje.
Mas o problema, visível a cada
gesto do presidente ou de quem manda em algum pedaço do seu governo, é
que está sendo feito um esforço inédito na história deste país para não
se chegar a resultado nenhum, nunca. O Brasil precisa de emprego, de
renda e do investimento indispensável para uma coisa e outra. A imensa
maioria dos brasileiros precisa, desesperadamente, adquirir mais
conhecimento para ganhar mais com o seu trabalho.
Precisa, é óbvio, que
haja mais oferta do que demanda de emprego — a única maneira coerente
para os trabalhadores conseguirem uma remuneração maior do que têm.
Precisa de mais competição para que se possam gerar produtos de melhor
qualidade, em maior escala e a preços menores. Precisa de assistência
médica mais decente da que recebe hoje, de água e esgoto e de mais
proteção contra o crime.
É uma agenda absolutamente básica — e o
governo, até agora, está fazendo questão fechada de só tomar decisões
frontalmente contrárias a tudo isso. É pior do que ficar parado. É andar
para trás.
O governo Lula montou uma equipe de 900 pessoas, nada menos que 900,
para preparar a “transição”. O presidente se orgulhou, a propósito, por
ter começado a governar “antes da posse”. Conseguiu uma licença para
gastar R$ 170 bilhões, já agora, acima do que a lei permite.
E o que foi
feito, na prática, para se conseguir um avanço mínimo, um único que
seja, em relação a qualquer das questões mencionadas no parágrafo
anterior? A resposta é: três vezes zero.
Isso fica comprovado com um
exame elementar, ponto por ponto, de tudo o que o novo governo fez nos
últimos 30 dias.
Um dos principais esforços da atuação pública do
presidente, por exemplo, é procurar uma briga com os militares. Já disse
que “perdeu a confiança” em parte das Forças Armadas, demitiu o
comandante do Exército e, no momento, está perseguindo com demissões até
cabos e sargentos que servem à Presidência e suas vizinhanças.
Que
brasileiro de carne e osso ganha alguma coisa com isso, no mundo das
questões práticas?Nenhum. Na mesma balada, Lula disse que os
empresários brasileiros não trabalham; o empresário,afirmou ele no novo
departamento de propaganda do governo criado dentro da Rede Globo, “não
ganha muito dinheiro porque ele trabalhou, mas porque os trabalhadores
dele trabalharam”. É falso.
Há neste momento 20 milhões de empresas em
funcionamento no Brasil; cada uma tem pelo menos um dono.
Lula está
chamando de “vagabundos”, então, essa multidão toda?
Já tinha dito que
uma parte do agronegócio, atividade essencial para o funcionamento da
economia brasileira de hoje, é “fascista”. De novo:qual o proveito que a
população pode tirar de um insulto gratuito como esse?
O que se tem,
tanto num caso como no outro, é a aberta hostilidade do governo à
atividade de produzir. O recado é: “Você produz alguma coisa? Então o
governo vai tratar você como inimigo, principalmente se o seu negócio
estiver dando certo”.
Que raio de“distribuição de renda”é essa, que transfere
cada vez mais riqueza da população para o cofre do Estado e para as
contas bancárias dos sócios-proprietários do governo?
Para além do palavrório de Lula, essa ira explícita contra o mundo na
produção fica clara na questão dos impostos. Num país de renda média
baixa, que não cresce de forma consistente, em grande parte, por causa
do excesso de impostos que a população paga, o governo quer socar ainda
mais imposto em cima do país — o contrário, exatamente, do que deveria
estar fazendo se estivesse interessado em progresso econômico e
desconcentração de renda.
O ministro da Fazenda já ameaçou: “muita
gente”, disse ele, “não paga imposto” neste país. Sério? Que “muita
gente” é essa? O ministro não diz — e nem poderia dizer, porque não
sabe.
Na verdade, não tem nenhum interesse em saber; seu único propósito
é cobrar mais. É um impulso suicida:
- como, num Brasil que arrecadou R$ 3
trilhões em 2022 nos três níveis de governo, dos quais 2 trilhões
ficaram nos cofres da União, o ministro pode achar que a população está
pagando pouco imposto?
Quanto que ele quer, então? O governo mostra sua
verdadeira cara, em matéria fiscal, numa das principais decisões que
tomou a respeito do assunto nestes seus primeiros dias: não vai dar a
isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês, ao
contrário do que Lula tinha prometido na campanha. Deve ser essa a nova
política de “incluir os pobres no orçamento” — eles entram no orçamento,
sim, mas do lado de quem paga.
Do lado de quem ganha estão os artistas
da “Lei Rouanet”.Não há dinheiro para reduzir em um tostão o IR dos
pobres (ou Lula acha que quem ganha R$ 5.000 por mês é rico?),mas já sobrou R$ 1 bilhão para os artistas.
Se está desse tamanho em apenas um
mês, onde vai estar daqui a um ano? Ninguém sabe. O que se sabe,
perfeitamente, é que a pobrada vai continuar pagando. Afinal, eles têm
de estar “no orçamento”, não é mesmo?
Como é possível um cidadão brasileiro ganhar alguma coisa
juntando a sua moeda,que no momento circula dentro de uma inflação
inferior a 6% ao ano,com a moeda de um país que está com a inflação
perto dos 100%?
Não pode haver nada mais hostil à produção de um país do que cobrar
imposto da maneira burra, safada, irresponsável e desproporcional às
condições reais da economia como se faz hoje no Brasil — mas o PT quer
piorar o que já é péssimo. Também não pode haver maneira mais eficaz de
concentrar renda. É o contrário, exatamente, do que dizem Lula, o PT e
os cérebros econômicos da esquerda.
Eles dizem que precisam de mais
impostos para “dar aos pobres”. É mentira. Os pobres ficam com umas
esmolas em dinheiro e um serviço público abaixo da crítica.
O coração
daqueles 3 trilhões mencionados acima vai para o bolso das castas
superiores do funcionalismo público, essas onde se ganha de R$ 30.000
por mês para mais, e todo o monumental sistema de despesas que têm em
torno de si.
A isso se soma o pagamento de juros inevitável para um
Estado que gasta mais do que pode e o universo de parasitas,
aproveitadores e piratas que se cola no governo — empreiteiras de obras
públicas, fornecedores de tudo, beneficiários do BNDES (nacionais e, de
novo, “latino-americanos”), empresários com carteirinha de “amigo” e por
aí se vai.
Que raio de “distribuição de renda” é essa, que transfere
cada vez mais riqueza da população para o cofre do Estado e para as
contas bancárias dos sócios-proprietários do governo? É concentração,
direto na veia, e Lula está querendo concentrar mais.
E o que se pode dizer de outra das realizações mais ruidosas deste
terceiro governo Lula — a “moeda latino-americana”, anunciada de novo
num discurso sem pé nem cabeça que o presidente fez em sua viagem à
Argentina? Como é possível um cidadão brasileiro ganhar alguma coisa
juntando a sua moeda, que no momento circula dentro de uma inflação
inferior a 6% ao ano, com a moeda de um país que está com a inflação
perto dos 100%?
É uma construção impossível — como querer montar uma
casa, numa armação de Lego, com as peças de um tanque de guerra. Lula
diz que “há países” que “às vezes precisam de dólares” para cumprir os
seus compromissos e que a “moeda sul-americana”, aí, iria ajudar. É
mesmo?Vamos tentar entender.
Esse “alguns países” é a Argentina. O
Brasil, que segundo Lula foi totalmente quebrado pelo governo anterior,
tem no momento acima de US$ 320 bilhões em reservas internacionais.
A
Argentina não tem um tostão furado, deve a meio mundo, não paga ninguém e
vive pedindo dinheiro para o FMI, que não quer dar mais — mesmo porque
os seus diretores não querem acabar na cadeia por fazer empréstimos que
não vão ser pagos. Muito bem:
- Lula inventou que o Brasil, que não
consegue cuidar da população brasileira com um mínimo de decência, tem
de dar dinheiro para a Argentina. Como um governo pode criar riqueza
jogando fora os seus dólares? Que diabo os pobres ganham com isso?
O
Brasil, segundo a ministra do Meio Ambiente, tem “120 milhões de pessoas
passando fome” neste momento; Lula, ao que parece, se contenta com “33
milhões”.
Em qualquer dos casos, como um país nesse estado de desgraça
pode emprestar, ou doar, dinheiro a um dos maiores caloteiros da finança
mundial no momento?
Lula disse que tinha “orgulho”do tempo em que o BNDES emprestava
dinheiro, muitas vezes não pago até hoje, para a “América Latina” —
portos, metrôs, gasodutos e outros portentos em países como Cuba,
Venezuela e daí para baixo. Orgulho? Como assim?
Ele teria de ter
orgulho de um BNDES que ajudasse o povo brasileiro,e não do escândalo
de mandar para bolsos estrangeiros dinheiro que pertence à população
deste país.
Lula não explicou, também, o que o Brasil poderia fazer com
os “surs”, ou seja lá o nome que derem à tal moeda, que vai
receber da Argentina em troca dos empréstimos e exportações brasileiras —
comprar coca da Bolívia, talvez?
Não vai conseguir, é óbvio, nem 1
litro de petróleo da Arábia Saudita, ou um rolo de arame farpado da
China; ali a conversa é em dólar.
Também não há nenhuma explicação
lógica para a ideia de montar em meia hora uma moeda internacional.
A
Europa levou 40 anos para chegar ao euro; Lula vai fazer melhor?
É tudo
um disparate gigante. É claro que toda essa história de “moeda
latino-americana”pode ser apenas um biombo para as trapaças de sempre; o
que estão querendo, mesmo, é o dinheiro do BNDES, como já se viu
durante anos. Nesse caso, tudo só fica pior ainda.
Há, enfim, a grande ideia fixa do Lula “modelo 2023” e do seu governo
— a repressão a quem não concorda com ele, e sobretudo a quem não
concorda em público.Quantos empregos o presidente pretende criar no
Brasil com o “controle social da mídia”?
Quantos por cento o PIB vai
aumentar com isso — ou quantos bilhões em investimento produtivo vão
sair daí?
O governo já tinha anunciado seu projeto de mudar o Código
Penal para criminalizar as manifestações de rua que julgar
inconvenientes.
Os crimes de “golpe de estado” e de “abolição violenta
do estado de direito”,previstos no artigo 359 do Código Penal,só podem
ser cometidos, hoje, se for usada violência ou grave ameaça; - Lula quer
incluir nisso os protestos públicos que julgar “antidemocráticos”.
Seu
último feito foi anunciar a criação de uma “Secretaria Nacional de
Promoção da Liberdade de Expressão”, apresentada pelo consórcio da mídia
como um órgão destinado à virtuosa tarefa de “combater a
desinformação”.
É um desvario de classe mundial. Desde quando, na
história humana, a liberdade de expressão precisou ser “promovida” por
um governo?
Como “promover” a livre opinião montando uma equipe de
vigilantes para controlar o que se diz, se mostra ou se escreve nas
redes sociais ou nos meios de comunicação? O que eles vão fazer, ou
tentar fazer, é censura — vão proibir, unicamente isso.
Ou alguém
imagina que vão incentivar a crítica ao governo e aumentar a liberdade
de expressão?
O Lula de hoje e os extremistas, aventureiros e
assaltantes do Erário que controlam todos os postos-chave do governo— e
parecem, cada vez mais, falar e decidir por ele — não têm compromisso
com o mundo das realidades. Ignoram que o Brasil precisa trabalhar para
prover as necessidades básicas de 215 milhões de pessoas. Estão querendo
criar um Brasil só para eles.
Ontem o presidente Lula anunciou que vai tirar da "guarnição", digamos assim, o Palácio Alvorada, que é a residência oficial do presidente da República, e a residência do Torto, que é uma residência de fim de semana da Presidência da República. Saem 43 militares: Exército, Marinha, Aeronáutica e PMs, Lula diz que não confia mais. E ao mesmo tempo, a gente nota que não há ajudantes de ordens como existiu no mínimo desde 1964, oficiais do Exército, Marinha e Aeronáutica no gabinete do presidente da República como ajudantes de ordens, no posto de capitão em geral e major; agora fui até um tenente coronel, no último governo. Então não vai ter mais.
E nesse ambiente de desconfiança de Lula em relação aos militares, houve um almoço no Ministério da Defesa, o Anfitrião foi o ministro Zé Múcio, que convidou o ministro-chefe do Gabinete Civil, Rui Costa, e os quatro chefes militares: comandante do Exército, Marinha, Aeronáutica e o secretário-geral do Estado, todos oficiais generais de quatro estrelas, das três forças.
Almoço para remover atritos Foi uma preliminar para o que estão planejando, um almoço entre o presidente Lula e os comandantes militares e o ministro da Defesa, talvez alguns ministros civis. Uma tentativa de remover os atritos, aliás, boa parte deles criados pelo próprio presidente com declarações que fez segunda-feira, por exemplo, desnecessárias, a respeito dos militares, naquele café da manhã com 39 jornalistas.
Ele disse que os militares acham que são poder moderador e não são nada disso, dizendo que não confia nos militares e essas coisas assim. Disse que sabe que houve militares envolvidos nos acontecimentos do dia 8 de janeiro, então melhor para todos essa pacificação. Não conheço ainda a data marcada desse almoço, mas com certeza haverá.
Indulto suspenso Enquanto isso, a ministra Rosa Weber suspendeu o indulto dado pelo presidente da República no Natal, através de um decreto, que é privativo do presidente da República, diz a Constituição. Ele pode dar indulto pra quem ele quiser.
Deu indulto para os policiais que estavam sendo acusados por 111 mortes na rebelião do Carandiru em 1992. Aliás, se passaram 30 anos, se fosse agora nem processo crime poderia haver.
São 74 policiais, parece que cinco já morreram. Foi numa liminar, ela está de plantão, numa liminar pedida pela Procuradoria Geral da República.É um ato já desfazendo coisas do governo passado. [na prática a suspensão do indulto e nada são a mesma coisa - é apenas uma forma de manter a perseguição ao governo passado = que, em nossa opinião, incomodou a muita gente, tanto que não o esquecem.]
Brasil fora do Acordo de Genebra Outra questão que foi desfeita pelo Ministério de Relações Exteriores, é um acordo assinado em Genebra entre Brasil, Estados Unidos Hungria, Indonésia, Egito, Uganda sobre aborto, para não popularizar o aborto como se fosse meio anticoncepcional, pensando na vida, no bebê, no feto.
E ao mesmo tempo, a ministra da Saúde já desfez uma portaria que obriga, no caso de aborto sob a alegação de estupro, que é legal, avisar a polícia. Porque se a pessoa simplesmente alega que foi estuprada e quer abortar, não é bem assim, tem que fazer o boletim de ocorrência, mostrar as evidências.
Inclusive porque estupro é um crime e a polícia precisa investigar, mas foi cancelada essa portaria.
Quem prende deve pensar em soltar aqueles que não constituem uma ameaça imediata à sociedade
Desde domingo passado foram presas pelo menos 1.800 pessoas em
Brasília. Delas, umas 1.300 estavam no acampamento golpista diante do
Quartel-General do Exército.
Cerca de 500 foram detidas na cena das
invasões do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do
Congresso.
Muitos dos que foram presos no acampamento haviam participado
dos atos e retornaram à noite.
Apesar da superposição, os dois grupos são distintos.Quem estava no
acampamento pedindo um golpe de Estadonão pode ser suspeito de ter
praticado ato de vandalismo nas sedes dos três Poderes da República.São
dois comportamentos reprováveis, porém distintos.
O arrastão de Brasília foi o maior da história nacional. Superou dois
outros: o do Congresso Clandestino da União Nacional dos Estudantes, em
Ibiúna (1968); e o da PUC de São Paulo (1977), onde jovens comemoravam a
refundação da UNE.
Quem prende deve pensar em soltar aqueles que não constituem uma ameaça imediata à sociedade. Os arrastões de 1968 e 1977 deram-se durante a ditadura. Em Ibiúna, foram presos cerca de 1.240 jovens. Na PUC, cerca de mil.
Seis dias depois do arrastão de Ibiúna, quase todos os detidos haviam
sido identificados e soltos. Continuaram presos menos de 20 jovens,
contra os quais havia mandados de prisão preventiva.
Na PUC de São
Paulo, depois de três dias todos os presos estavam soltos, depois de
terem sido identificados. Dezenas responderam a processos.
Em 1968, antes do arrastão, grupos terroristas de direita haviam
praticado seis sequestros e mais de 30 atentados com bombas, sem
vítimas. Nesse mesmo período, o surto terrorista de esquerda
contabilizava uma dezena de assaltos e seis mortos, entre os quais um
major do exército alemão confundido com um capitão boliviano.
Em 1977,
não existia mais terrorismo de esquerda.
No arrastão de 2023, aconteceram episódios inquietantes. Num regime
democrático ameaçado por golpistas, manifestantes de Brasília,
irresponsavelmente, levaram crianças para o acampamento. Segundo o
Conselho Tutelar do Distrito Federal,às 15h de segunda-feira, foram
atendidas 20 famílias detidas com 23 crianças ou adolescentes menores de
idade.
Isso significa que eles ficaram detidos por cerca de 24 horas.
Precisava?
Quem sabe prender precisa saber soltar. Os menores poderiam
ter sido entregues a familiares em questão de horas.
Na tarde de sexta-feira,centenas de pessoas continuavam detidas em
Brasília.
Não se sabe quantas foram apanhadas no acampamento e quantas
estavam nas depredações na Praça dos Três Poderes.
Nos arrastões de 1968
e de 1977, seis noites depois, continuavam presas menos de dez.
Aqueles que invadiram prédios cometeram um crime específico e sofrem a
pena da lentidão burocrática.Os do acampamento, a maioria entre os
detidos, poderiam ter sido libertados há dias, logo depois da devida
identificação e tomada de depoimento.
A burocracia das prisões explica a demora pelo cumprimento dos trâmites
que incluem a tomada de depoimentos e a realização de audiências de
custódia. Tudo bem. Mas em outubro de 1968(antes do AI-5) e em 1977(às
vésperas da demissão do ministro do Exército Sílvio Frota),a ditadura
soltava os presos de seus arrastões com maior celeridade.
Se quem prendeu não dispunha dos meios para soltar, o problema é de quem prendeu.
(...)
Luana e Goretti Em maio de 2021, Jair Bolsonaro mandou demitir a infectologista Luana Araújo do cargo de secretária-executiva de enfrentamento à Covid-19.
Motivo: nas redes sociais a doutora condenava a propaganda da cloroquina como remédio eficaz na pandemia.
Em janeiro de 2023, a pediatra Ana Goretti Kalume Maranhão teve sua
nomeação barrada pela Casa Civil da Presidência para a chefia do novo
Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde.
Motivo: “Restrição partidária.”
Ganha um fim de semana em Pyongyang quem souber o que isso significa.
Ela é acusada de ter escrito mensagens louvando a Operação Lava-Jato.
Tempestade perfeita Com todas as encrencas que estão no tabuleiro, pareceu despicienda a descoberta de uma “inconsistência” de R$ 20 bilhões no balanço das Lojas Americanas, grande e tradicional rede de comércio varejista de Pindorama. Coisa de mais de US$ 4 bilhões. Ervanário para ninguém botar defeito. As inconsistências parecem vir de longe.
A revelação deveu-se ao CEO da empresa, Sérgio Rial. Ele tinha nove
dias no cargo e explicou: “Tive uma escolha de Sofia, eu falo ou não?”
O público brasileiro é alertado, o tempo todo, sobre os perigos, os
danos e as ameaças para a democracia que podem ser causados pelo
“discurso de ódio”. Para a oposição, as classes intelectuais e os
vigilantes da “justiça eleitoral”, naturalmente,só o presidente da
República, os seus familiares e a nebulosa que descrevem como os
“bolsonaristas”são capazes, organicamente, de odiar.
Apenas eles,
assim, devem ser fiscalizados pelas forças democráticas, ou quem quer
que se apresente com essa qualificação; a ideia é de que a chapa
eleitoral do presidente Jair Bolsonaro seja cassada se ele praticar o
delito de ódio.
Palácio do Planalto. Foto: Pedro França/Agência Senado
Esse crime não existe nas leis brasileiras, mas e daí? A lei também diz que só o Ministério Público pode fazer investigações e levar acusações à justiça, mas o ministro Alexandre Moraes comanda há três anos, com equipe própria, um inquérito policial para punir“atos antidemocráticos”; em sua condição de futuro presidente do Tribunal Superior Eleitoral ele até já ameaçou de prisão quem entrar em sua lista negra.
Um dos problemas disso tudo são os fatos que se pode observar no mundo das realidades. Não foi possível à polícia da democracia, até agora, flagrar o presidente da República cometendo algum ato de ódio; em compensação, nunca um personagem da vida pública brasileira foi tão odiado quanto ele. Ficamos, com isso, numa situação esquisita.
Bolsonaro é monitorado dia e noite por suspeitas de odiar alguém ou alguma coisa. Mas os seus inimigos vão ficando cada vez mais agressivos nas demonstrações de ódio contra ele, seus parceiros de política e mesmo os seus simples eleitores – e ninguém na “justiça eleitoral”, ou coisa que o valha, acha que possa haver algo de errado com isso. O último surto de raiva em estado puro veio de mais um jornalista de oposição – o cidadão disse num vídeo que é preciso queimar o presidente, fisicamente, tocar fogo no Palácio do Planalto e destruir, ao que se presume pelos termos da sua sentença de condenação, também quem vota nele.
Isso não seria raiva de primeira categoria? Se não é isso, então o que poderia ser? Ou: o que mais o sujeito precisa fazer para ser qualificado na categoria de discursador de ódio? Mas as autoridades eleitorais e o “campo progressista” não veem nada de mal num negócio desses; aí, pelo que dá para entender, trata-se de “liberdade de expressão”. O ministro Moraes e o STF acham que o “mau uso” do direito de livre manifestação é um dos piores problemas que o Brasil tem hoje. Mas, em seu entendimento, só a “direita” é capaz de fazer isso –e só ela vem sendo punida, presa e “desmonetizada” por praticar a liberdade errada.
Se a pregação da violência física e de outras barbaridades vem da esquerdae vai contra Bolsonaro, não há problema nenhum.
Nem o Ministério Público, nem a Polícia Federal, nem o judiciário, mexeram uma palha até agora para apurar nada do que existe a respeito.
Se a pregação da violência física e de outras barbaridades vem da esquerda e vai contra Bolsonaro, não há problema nenhum.
Não é por falta de oportunidade.O filme de um cineasta conhecido mostra o presidente da República jogado no chão, com uma faixa verde e amarela no peito,coberto de sangue; presume-se que ele foi assassinado durante uma passeata de motocicletas.
Em outro vídeo, um grupo de pessoas joga futebol com a cabeça de Bolsonaro, roubada de um túmulo.
Um comentarista político escreveu num jornal de São Paulo um artigo com o seguinte título: “Por que torço para que Bolsonaro morra”. Que tal? Não existe ódio em nada disso? É claro que existe. O que não existe no Brasil de hoje é imparcialidade da justiça para acompanhar o processo eleitoral.
[PARABÉNS!!! Presidente Bolsonaro. O senhor tem o direito de EXIGIR onde quer que a entrevista se realize e o Senhor, não perdeu, nem perderá nada não participando da entrevista. QUE VENHAM OS DEBATES... Vale a pena aguardá-los.]
Segundo a emissora, presidente não aceitou as regras da entrevista no Jornal Nacional [no caso, o presidente exigiu que a entrevista fosse no Palácio da Alvorada e a emissora não aceitou.] e, por isso, ela não será realizada
A Globo anunciou que o quadro de entrevistas com os candidatos à Presidência da República nas Eleições de 2022 durante oJornal Nacional não terá a presença de Jair Bolsonaro. Segundo a emissora, o atual presidente do Brasil não aceitou as regras da entrevista.A assessoria de Bolsonarosolicitou que a participação dele fosse feita diretamente do Palácio da Alvorada.
Depois das eleições de 2014, a Globo decidiu
entrevistar todos os candidatos à Presidência da República sempre em
seus estúdios, de forma a demonstrar que todos os candidatos são
tratados em igualdade de condições.“A regra não foi contestada pela assessoria de
Bolsonaro quando das entrevistas no g1 e na GloboNews. A Globo rejeitou o
pedido da assessoria. No fim da noite de quinta-feira (04/08), a
assessoria de Bolsonaro enviou e-mail reiterando a disposição de
conceder a entrevista, desde que ela seja realizada no Alvorada,
alegando para isso compromissos de campanha anteriormente assumidos.
Diante das regras anunciadas reiteradas vezes, a Globo rejeitou o pedido
e, por isso, a entrevista não será realizada”, afirmou o texto
publicado pela equipe da emissora. [O presidente da República, a maior autoridade do Brasil, tem o direito de escolher o local, no mínimo, por razões de segurança.]
Depois de mais de um ano de mistério, Jair Bolsonaro, enfim, nomeou
dois novos ministros do STJ: Messod Azulay, presidente do TRF-2, e Paulo
Sérgio Domingues, desembargador do TRF-3. Os últimos dias foram de intensas articulações, pressões e reviravoltas
em Brasília em torno dessa decisão, que foi publicada hoje em edição
extra do Diário Oficial. Mas, no fim das contas, pesaram as redes de
apoios e vetos que cada um dos candidatos possuía, como é o usual nestes
casos.
Azulay, por exemplo, era o favorito de Flávio Bolsonaro, mas tinha dois
vetos de peso. Era rejeitado por nada menos do que André Mendonça e
Luiz Fux. Na semana passada, porém, o presidente do Supremo fumou o
cachimbo da paz com Azulay, que há quase um ano entrou na disputa pela
vaga contrariando Fux, que apostava num outro carioca, Aluísio
Gonçalves, também do TRF-2.
Mendonça, por sua vez, retirou sua oposição a Azulay na sexta-feira, o
que abriu definitivamente o caminho de uma nomeação tranquila para ele. Já Domingues sempre foi o candidato de Nunes Marques, hoje o ministro
do STF mais influente no Palácio do Planalto quando o assunto é
nomeações para o Judiciário. Dias Toffoli também o apoiava. Mas quase
deu zebra. Só ontem aos 44 minutos do segundo tempo o jogo ficou favorável de
verdade para ele, pois na sexta-feira até Nunes Marques dava como certa a
nomeação de um desafeto seu, o desembargador do TRF-1 Ney Bello,
candidato apoiado por Gilmar Mendes.
[o mais importante é que aos poucos começam a entender que no governo Bolsonaro, as atribuições do presidente da República são exercidas por ele, com pressões ou sem pressões, o presidente faz o que a Constituição Federal lhe permite.
A melhor prova nesse caso é que os nomes indicados que o presidente considerou 'intragáveis' não foram nomeados.]
O jogo virou de fato em favor de Domingues ontem. Humberto Martins, presidente do STJ, esteve na manhã de ontem com
Bolsonaro. Disse-lhe que apoiava o paulista.
Maria Tereza de Assis
Moura, que assume o comando do STJ no fim deste mês, fez chegar a
Bolsonaro, por meio de um emissário, também na manhã de ontem, que o
nome de sua preferência era o mesmo de Nunes Marques e Martins.
Foi neste momento que a derrota de Gilmar e a vitória de Nunes Marques (na disputa particular entre os dois ministros do STF)ficou definida.
Em reunião ministerial, presidente diz que passará a faixa feliz se Lula ganhar na contagem de qualquer instância diferente da Justiça Eleitoral
Com o apoio dos militares, Jair Bolsonaroquer forçar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)a acolher as sugestões de sua equipe sobre o processo eleitoral antes da realização da votação.
Se isso não ocorrer, ele dá a entender que não reconhecerá eventual resultado desfavorável e, mais grave, que convocará o Exército para auditar o resultado final.
Até agora, o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio de Oliveira, e o general Braga Netto, candidato a vice na chapa à reeleição, mostram-se fechados com o ex-capitão nesse assunto.
Sensível às mais variadas teorias da conspiração, o presidente está certo de que a cúpula da Justiça Eleitoral é protagonista de uma trama destinada a tirá-lo do poder e entronizarLula no Palácio do Planalto.
O golpe seria dado com o uso das urnas eletrônicas, que fraudariam votos para beneficiar o petista.
Desde a implantação das urnas eletrônicas, em 1996,nunca houve comprovação de fraude, mas Bolsonaro ignora esse fato e insiste em semear suspeitas sobre a segurança do processo eleitoral com o objetivo de alertar, desde já, que não aceitará sem resistência eventual derrota em outubro.[entendemos que o presidente Bolsonaro sustenta sua teoria levando em conta que equipamentos digitais possuem a peculiaridade de eventuais ocorrências não serem percebidas - o que elimina a fundamentação para que investigações mais acuradas, que poderiam detectar situações anômalas que, eventualmente, tenham ocorrido podem passar despercebidas.
A tal postura se somam:
a) a exagerada insistência da Justiça Eleitoral em não aceitar o voto auditável e em insistir no fato de ser o sistema de votação via urnas eletrônicas inexpugnável; e,
b) e ao fato do deputado Felipe Neto afirmar situações não devidamente esclarecidas: "...o deputado Filipe Barros (PL-PR),
que foi relator na Câmara da fracassada proposta de emenda
constitucional que previa a instituição do voto impresso no Brasil.
Manuseando uma pilha de papéis, Barros discorreu sobre um ataque hacker ao sistema do TSE em 2018, episódio que foi alvo de uma sindicância interna da Corte e de uma investigação da Polícia Federal, e disse que, conforme documento assinado por um funcionário graduado do próprio tribunal,a invasão pode ter fraudado o resultado de uma eleição no município de Aperibé (RJ), o que o servidor citado negou de forma peremptória a VEJA. O deputado afirmou ainda, em tom de estranhamento, que as apurações do TSE e da PF sobre o caso não avançaram, sugerindo uma blindagem indevida. Não
teria ocorrido nem mesmo uma perícia no sistema do tribunal, que também
teria perdido informações consideradas essenciais, pelo parlamentar,
para que se descobrisse a extensão dos danos provocados pelo hacker.
“O
próprio TSE obstou o andamento das investigações em razão de um suposto
equívoco no armazenamento de evidências relacionadas a uma gravíssima
falha de segurança. É definitivamente um cenário alarmante”, declarou Barros. ..."CONFIRA AQUI.]
Na reunião ministerial da última terça-feira, 5, Bolsonaro afirmou aos presentes que só passará a faixa presidencial se o rival petista for declarado vencedor por qualquer outra instância que não o TSE. “Se o Lula ganhar no voto contado em outro canto, eu entrego a faixa feliz e contente”, declarou. A senha para a confusão está dada.
Ministro decidiu que substituição de imunização por quarentena só pode ocorrer em casos excepcionais
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal
Federal (STF), determinou neste sábado que o governo federal deve exigir
a comprovação da vacinação contra a Covid-19 para permitir a entrada no
Brasil, tanto por via área como terrestre. O presidente Jair Bolsonaro é
contrário à exigência.
A decisão vale a partir de quando os
órgãos envolvidos forem notificados, segundo o Supremo, o que deve
ocorrer nesta segunda-feira, 13.
[e agora? como ficamos? se trata de uma decisão monocrática que invade a competência do Poder Executivo; entendemos que na busca da pacificação entre os poderes, decisões monocráticas de ministros do STF que contrariem decisões de um outro poder, deveriam ser evitadas. Passando o assunto para o colegiado.]
De
acordo com Barroso, a substituição da comprovação de imunização por uma
quarentena de cinco dias, possibilidade que o governo pretendia
oferecer, só deve ocorrer em casos excepcionais, de pessoas que não
possam se vacinar por questões médicas ou que venham de países com pouca
oferta de imunizantes.
O ministro considerou que o governo federal deve acatar integralmente
as sugestões feitas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) em duas notas técnicas, enviadas em novembro à Casa Civil para
auxiliar na decisão sobre a exigência ou não da vacinação para entrada
no país. A Anvisa afirmou que aguarda ter acesso à decisão do STF pelos
canais oficiais, para eventuais manifestações.
Dificuldade com tornozeleira eletrônica Um dos argumentos usados por Barroso é a dificuldade de monitorar todos que estiverem de quarentena: "Entendo, ainda, que, em um país como o Brasil, em que as autoridades enfrentam dificuldades até mesmo para efetuar o monitoramento de presos com tornozeleira eletrônica, a quarentena deve ser compreendida com valor relativo e aplicada com extrema cautela."
Outro
ponto da decisão do ministro diz respeito à possibilidade de o governo
brasileiro autorizar a entrada de um estrangeiro sem comprovante de
vacinação nem teste para Covid-19 em caso de "interesse público". Para
Barroso, isso "gera certa apreensão", por ser uma "norma extremamente
genérica, que não apresenta balizas mínimas para sua aplicação, podendo
dar ensejo ao esvaziamento, por completo, das demais exigências da
própria portaria". Ele não anulou essa medida, mas determinou que ela
deverá ser "previamente justificada, demonstrada sua razoabilidade e
proporcionalidade".
O ministro destacou também que, em outro julgamento, o STF já decidiu
que é válida a vacinação obrigatória por meios indiretos, isto é, sem
uso da força. Em outras palavras, é possível proibir não vacinados de
entrarem em determinados locais.
Plenário virtual analisará liminar A decisão de Barroso dada neste sábado, provisória,vai ser analisada pelos demais ministros em uma sessão extraordinária do plenário virtual da Corte. O julgamento foi marcado pela ministra Rosa Weber para começar no dia 15, quarta-feira, e terminar no dia 16, quinta-feira. No
plenário virtual, os ministros votam pelo sistema eletrônico, sem a
necessidade de se reunirem, com um prazo para apresentarem seus votos.
Na
quinta-feira, o governo federal publicou uma portaria com novas regras
para entrada no Brasil. As medidas passariam a valer neste sábado, mas
foram adiadas em uma semana devido ao ataque que derrubou sistemas do
Ministério da Saúde. Em rede social, o governador de São Paulo,
João Doria (PSDB), parabenizou Barroso pela decisão. "Parabéns ao
Ministro do STF Luís Roberto Barroso, por determinar a obrigatoriedade
do passaporte vacinal contra Covid-19 para todo viajante que vier do
exterior para o Brasil. Temos que proteger os brasileiros. Decisão
acertada do Ministro", escreveu. [
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), do partido que elaborou a
ação, disse que, durante a pandemia, foi preciso recorrer ao STF
diversas vezes em prol do cumprimento de medidas sanitárias adequadas. —
Essa é mais uma vitória da vida contra os comensais da morte. Com o
governo Bolsonaro é assim, orar e vigiar até o final dele. O governo tem
descaso e irresponsabilidade com a saúde dos brasileiros. É preciso
recorrer sempre ao STF para restabelecer a ordem. [esse senador, mais uma vez, tenta compensar suas derrotas se valendo do Poder Judiciário;
- insiste, até de forma exagerada, abusiva, compensar a estrondosa derrota que sofreu na CPI da Covid = o maior de todos os fracassos, visto que aquele 'circo' foi uma total inutilidade, resultou em nada = apenas desperdiçou recursos públicos e provou, pelo destino do que produziu = arquivo = que o presidente Bolsonaro NÃO COMETEU CRIME.]
Em nota, o
CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) disse que "reforça a
importância de exigir o certificado de vacinação contra Covid-19 para a
entrada de viajantes no Brasil e lamenta que tal decisão não tenha sido
tomada pelo governo federal de modo a proteger a população brasileira".
Embate com o governo Segundo o GLOBO apurou, a decisão foi avaliada por uma ala de ministros como necessária para o controle sanitário da pandemia no país. A compreensão é a de que a portaria publicada pelo governo ao longo da semana não teve caráter técnico, mas político, de forma a agradar a Bolsonaro.
Outro
grupo de ministros, no entanto, entende que Barroso ultrapassou o que
foi definido pela Anvisa, autoridade competente sobre o tema. Apesar de
Barroso determinar que o governo siga os "estritos termos" das notas
técnicas da Anvisa, os documentos da agência ressaltam que não estava
sendo recomendado que o certificado de vacina fosse um "requisito
absoluto para entrada em território nacional", mas sim o "principal
requisito".
As notas técnicas sugeriam a quarentena para quem não estivesse
vacinado "por qualquer razão", sem citar os requisitos estabelecidos
pelo ministro do STF (condições médicas ou falta de disponibilidade de
imunizantes em seu país de origem).
A
decisão de Barroso, que ocorre em meio a um movimento de novos ataques
de Bolsonaro à Corte, tem o potencial de engatilhar uma nova crise entre
o Planalto e o Supremo — que pode culminar com a ida programada do
presidente à posse de André Mendonça no próximo dia 16, quinta-feira. É
que, para entrar nas dependências do tribunal, os convidados do evento
terão que apresentar comprovante de vacinação ou um teste RT-PCR
negativo para a covid-19. Há o temor no STF [entendemos que o temos mencionado não é compartilhado pelo ministro Barroso = a decisão em comento, monocrática, não combina com intenções apaziguadoras.
Ao contrário tem, em nossa opinião, um viés de confronto.] que a medida aplicada pelo
ministro aumente ainda mais a resistência do presidente em cumprir as
medidas sanitárias.
Na terça-feira, Bolsonaro criticou a proposta
da Anvisa— descrita por ele, de forma incorreta, como de "fechar espaço
aéreo — e questionou se "de novo, vai começar esse negócio". —
Estamos trabalhando agora com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo
(para não vacinados). De novo, porra? De novo, vai começar esse negócio?
"Ah, Ômicron...". Vai ter um montão de vírus pela frente, um montão de
variante pela frente. Talvez, peça a Deus que esteja errado. Mas temos
que enfrentar —disse Bolsonaro, durante evento promovido pela
Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No mesmo dia, horas mais tarde, o ministro da Saúde, Marcelo
Queiroga, descartou a adoção do passaporte e repetiu uma frase de
Bolsonaro contrapondo vida e liberdade: — O presidente ainda
pouco falou: às vezes melhor perder a vida do que perder a liberdade.
Não estamos aqui querendo fazer nenhum tipo de polemização, mas são
direitos fundamentais, que têm a mesma importância, e o nosso
compromisso é com isso, com a vida, com a liberdade.
'Absoluto descontrole' Em sua decisão, Barroso cita casos em que o STF atuou para reforçar medidas de ordem sanitária para justificar a decisão. E disse que "permitir a livre opção pela quarentena a quem quiser cria situação de
absoluto descontrole e de consequente ineficácia da norma".
No
começo da semana, o ministro havia pedido que o governo explicasse uma
portaria publicada em outubro que exige como requisitos para entrada no
país, por via aérea, somente a apresentação de teste para rastreio da
infecção com resultado negativo ou não detectável para a covid-19. Na
ação, a Rede Sustentabilidade pede para que o governo federal adote as
medidas recomendadas pela Anvisa para o ingresso no Brasil de pessoas
vindas do exterior, com a exigência de apresentação de comprovante de
vacinação ou de quarentena obrigatória para viajantes.
Ao acionar o Supremo, a Rede afirmou que o presidente, ao não adotar as medidas de controle sanitário nas fronteiras, é omisso. "A
inércia trata-se, em verdade, de mais uma postura adotada pelo
negacionismo e pela postura antivacina do governo do presidente Jair
Messias Bolsonaro", disse a Rede, na petição inicial.[esse partideco chamado de Rede é o criado pela Marina Silva - a sempre escalada para perder - para que ela tenha algo que possa chamar de 'seu', politicamente, já que no sentido eleitoral, nem votos ela possui. Não surpreende que bem ao estilo dos que querem apenas chamar atenção, o projeto de partido (um dos mais apavorado com a cláusula de barreira) sempre está questionando alguma coisa.]
A portaria
publicada na quinta-feira estabelecia que quem chegasse do exterior por
via área, seja brasileiro ou estrangeiro, precisaria apresentar um
comprovante de vacinação, além de um teste negativo para a doença. Esse
comprovante poderia ser dispensado, no entanto, caso a pessoa fizesse
uma quarentena de cinco dias após chegar no país.
Para quem
chegasse por via terrestre, a portaria estabelecia que deveria ser
apresentado comprovante de vacinação ou resultado negativo de teste,e
não os dois conjuntamente. Procurados, Palácio do Planalto e Ministério da Saúde não responderam ao nosso pedido até a publicação desta reportagem.
Governo Bolsonaro quer amordaçar o Inpe, acusa ex-diretor do órgão
Em entrevista exclusiva, Gilberto Câmara diz que suspensão de projetos ambientais põe em xeque imagem do Brasil no exterior
Reconhecido no mundo inteiro pela excelência de sua produção científica, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vive uma crise sem precedentes, conjugando finanças combalidas, liderança fraca e relacionamento tenso com o Palácio do Planalto e outros órgãos do governo federal, que cobiçam o controle de seus estudos. O panorama é traçado pelo cientista da computação Gilberto Câmara, diretor do órgão entre 2005 e 2012. Em entrevista ao GLOBO, ele alerta que a Amazônia está a caminho de bater um novo recorde de desmatamento, contribuindo para o isolamento econômico e diplomático do Brasil, enquanto outros países dedicam cada vez mais protagonismo às discussões ambientais.
Como é hoje a situação orçamentária do Inpe?
É de pleno desmonte institucional. Considerando a correção monetária, o orçamentário do Inpe, em 2010, era de R$ 487,6 milhões. [a correção monetária acabou? ou a turma a serviço de interesses alienígenas, quer que volte? os gringos cuidem dos seus assuntos e nós, brasileiros, cuidaremos dos nossos.] Hoje, é de R$ 75,8 milhões. A queda começou no governo Dilma, mas as contas ainda eram administráveis. Mas depois veio o teto de gastos aplicado pelo Temer, e agora o Bolsonaro, que reduziu o orçamento de R$ 187 milhões em 2019 para o valor atual. Trata-se de uma crise financeira sem precedentes. Então houve cortes generalizados: perdemos o programa de cooperação espacial com a China, a continuidade dos estudos do satélite Amazônia 1 foi suspenso. Daqui a pouco não haverá luz para pagar a energia e manutenção do supercomputador (Tupã, que faz previsão de estiagem e clima).
A divulgação das queimadas, hoje feita pelo Inpe, será realizada agora pelo Sistema Nacional de Meteorologia (SNM), que, além do Inpe, é integrado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e pelo Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O que significa essa mudança? A criação do SNM é uma cortina de fumaça, fruto do desespero do governo, que está perdendo apoio eleitoral e é pressionado internacionalmente para tomar medidas contra o desmatamento e as queimadas. Com a falta de boas notícias, resolve amordaçar o Inpe, que é um mensageiro independente.
O Inpe está vulnerável desde a saída do Ricardo Galvão, que foi exonerado por defendê-lo dos ataques de Bolsonaro. [esse Galvão é outro que não aceita ter sido exonerado e vez ou outra se intromete em assuntos que não são mais da sua conta.] Foi substituído interinamente por um militar (Darton Policarpo Damião) e agora por um civil (Clezio de Nardin) que é tão fraco quanto o ministro (de Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes). Eles não defendem o Inpe, e outros órgãos estão tirando proveito para tomar funções que o instituto desempenha há décadas. O Inmet quer divulgar dados sobre queimadas, mas o que ele sabe sobre isso? Nada. É de um primarismo vergonhoso.
“O eixo de gravidade da maioria dos tucanos no Congresso não é o Palácio dos Bandeirantes, é o Palácio do Planalto”
O governador de São Paulo, João Doria, pode ter dado um grande passo
em falso para a consolidação de sua candidatura. Nem tanto por exigir do
PSDB um claro posicionamento de oposição ao presidente Jair Bolsonaro,
uma vez que já se coloca nesse campo, mas porque fez duas exigências
para as quais, no momento, ainda não reúne forças suficientes para
obtê-las dentro de seu próprio partido:a renúncia do deputado Bruno
Araújo (PE), que preside a legenda, e a expulsão do deputado Aécio Neves
MG), uma eminência parda nas bancadas da Câmara e até do Senado, onde
ainda tem muitos aliados.
Doria fez as exigências num jantar com lideranças tucanas na
segunda-feira. Bruno Araújo foi surpreendido pela proposta e não gostou
nem um pouco da ideia de passar o comando da legenda para o governador
paulista, de quem, inclusive, era aliado. A reação do presidente do PSDB
foi defender a realização de prévias, pois o governador do Rio Grande
do Sul, Eduardo Leite, tem revelado a aliados que não deseja se reeleger
ao cargo e gostaria de disputar a Presidência da República. O líder da
bancada na Câmara, Rodrigo Castro (MG), muito menos. É muito ligado a
Aécio, que reagiu confrontando Doria diretamente:“O partido não tem
dono”.
O ninho foi incendiado por Doria, mas a divisão interna já estava
patente na disputa pelos comandos da Câmara e do Senado. No primeiro
caso, por muito pouco a bancada não se retirou do bloco encabeçado pelo
líder do MDB, Baleia Rossi (SP), que foi derrotado por Arthur Lira
(PP-AL). Foi preciso que Doria e até o ex-presidente Fernando Henrique
Cardoso interviessem nas articulações, porque a maioria da bancada
estava com o candidato do Centrão. No segundo, cinco dos oito senadores
tucanos apoiaram Rodrigo Pacheco (DEM-MG) contra Simone Tebet (MDB-MS).
Ou seja, o eixo de gravidade da maioria dos tucanos no Congresso não é o
Palácio dos Bandeirantes, é o Palácio do Planalto.
Repete-se no PSDB uma situação muito parecida com a do DEM, que se
alinhou com o presidente Jair Bolsonaro na eleição das Mesas do Senado e
da Câmara, com a diferença de que os tucanos já têm uma candidatura
própria. Desde a eleição de Fernando Henrique Cardoso, os candidatos
paulistas à Presidência do PSDB enfrentam dificuldades internas fora do
estado, principalmente em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No caso de
Doria, essa dificuldade é ainda maior porque o governador paulista não
tem nenhuma experiência parlamentar, ou seja, não conhece o Congresso.
Além disso, há contenciosos entre os estados nos quais São Paulo fica
num certo isolamento, principalmente em matérias financeiras e
tributárias.
Doria disputava uma aliança com o DEM com o presidente Jair Bolsonaro
e o apresentador Luciano Huck, que também tentava atrair a legenda para
sua candidatura, inclusive com a possibilidade de a ela se filiar. Os
recentes episódios na Câmara fizeram com que ambos despertassem desse
sonho. Doria, agora, tenta atrair para o PSDB o vice-governador Rodrigo
Garcia, que deve assumir o governo e se candidatar à reeleição. Isso
resolveria o problema do descolamento do DEM em São Paulo, facilitando,
também, a acomodação dos tucanos paulistas. O governador paulista também
tenta atrair o deputado Rodrigo Maia (RJ), que anunciou sua saída do
DEM com duras críticas ao ex-prefeito de Salvador (BA) ACM Neto,
presidente da legenda. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM),
é outro assediado por Doria.
Rodrigo Maia e Eduardo Paes são atores importantes no quadro político
nacional, mas precisam de um partido para ter protagonismo. O primeiro
tem pressa em se reposicionar, para não sair do jogo; o segundo, não tem
a mesma urgência, pois não pretende se candidatar em 2022. Além do
PSDB, as principais opções para Maia são o PSL, com a saída dos
parlamentares ligados a Bolsonaro, e o MDB, que precisa se reestruturar
no Rio de Janeiro. Corre por fora o Cidadania, caso se confirme a
filiação de Luciano Huck.
Comitê de imprensa
Oscar Niemeyer, Carlos Castelo Branco, Ari Cunha, Tarcísio Holanda e
Jorge Bastos Moreno, para não estender a lista, certamente estariam engrossando o coro de protestos contra o despejo do comitê de imprensa
da Câmara do local que historicamente lhe foi destinado, ao lado do
plenário, para facilitar o acesso recíproco de jornalistas e deputados a
ambos os espaços. O “ato administrativo” do novo presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), obviamente, é uma retaliação política à cobertura
da imprensa durante a sua campanha eleitoral, na qual se consolidou uma
imagem negativa.
A exposição que todo presidente da Casa tinha ao atravessar o Salão
Verde da Câmara era sempre um rito democrático [sic] : ao transitar do gabinete
para o plenário, mesmo cercado de seguranças, era abordado por
jornalistas, parlamentares, lobistas e cidadãos. Provavelmente, o espaço
do comitê de imprensa será reconfigurado, com novos banheiros, amplo
gabinete, salas reservadas e novas cortinas, para impedir os olhares
indiscretos de quem chega pela chapelaria e avista o espaço inteiramente
livre no qual os jornalistas trabalham em suas bancadas. Muitas vezes,
eram os últimos a deixar a Câmara, depois de sessões que entravam pela
madrugada.[nos tempos modernos, em que um celular bem operado vale por um estúdio de televisão, não há necessidade de sacrificar tanto espaço para acomodar os jornalistas - nos tempos dos transmissores à válvula, das filmadoras de celuloide, o espaço era vital. Hoje, um simples pendrive grava o que na década de 60 existia dezenas de rolos de filme.]
Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense