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sábado, 22 de julho de 2023

As acusações que pesam sobre Anderson Torres no procedimento que pode expulsá-lo da PF - Bela Megale

O Globo

A coluna teve acesso ao procedimento interno aberto para apurar a conduta do delegado e ex-ministro da Justiça

O ex-ministro da Justiça Anderson Torres
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres Marcos Corrêa/PR

A Polícia Federal avança no processo que pode culminar na expulsão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, o delegado Anderson Torres. A coluna teve acesso ao procedimento administrativo disciplinar (PAD) aberto pela PF.

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A apuração interna, instaurada em 28 de junho, aponta duas “transgressões disciplinares” que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal pode ter cometido: desídia, que significa negligência e falta de atenção e zelo, e omissão em evitar a destruição do patrimônio.  [COMENTÁRIO: cabe lembrar que em 8 de janeiro, época do suposto cometimento das transgressões disciplinares, o então ministro estava em gozo de férias regulamentares e fora do Brasil; o servidor em gozo de férias legais, regulamentares, não está exercendo o cargo - as transgressões apontadas só podem, s.m.j., ser cometidas por servidor no pleno exercício do cargo.]

No documento, a Corregedoria-Geral da PF solicita a “instauração de processo administrativo disciplinar, objetivando apurar a responsabilidade funcional do servidor Anderson Gustavo Torres, delegado de Policia Federal, classe especial, matrícula 10.711, pela possível desídia e omissão em evitar a destruição do patrimônio do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, situação que importou em escândalo e concorreu para comprometer a função policial”.

Como está em liberdade e com uso de tornozeleira eletrônica, Torres poderá acompanhar pessoalmente os trâmites do procedimento. O delegado chegou a ficar quatro meses preso por ordem do Supremo Tribunal Federal, devido à suposta omissão em relação à invasão dos prédios dos Três Poderes.  

Na época, ele era secretário de Segurança do DF. 

Bela Megale, colunista - Blog em O Globo