O Globo
A coluna teve acesso ao procedimento interno aberto para apurar a conduta do delegado e ex-ministro da Justiça
A Polícia Federal avança no processo que pode culminar na expulsão do ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, o delegado Anderson Torres. A coluna teve acesso ao procedimento administrativo disciplinar (PAD) aberto pela PF.
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A apuração interna, instaurada em 28 de junho, aponta duas
“transgressões disciplinares” que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de
Segurança Pública do Distrito Federal pode ter cometido: desídia, que significa
negligência e falta de atenção e zelo, e omissão em evitar a destruição do
patrimônio. [COMENTÁRIO: cabe lembrar que em 8 de janeiro, época do suposto cometimento das transgressões disciplinares, o então ministro estava em gozo de férias regulamentares e fora do Brasil; o servidor em gozo de férias legais, regulamentares, não está exercendo o cargo - as transgressões apontadas só podem, s.m.j., ser cometidas por servidor no pleno exercício do cargo.]
No documento, a Corregedoria-Geral da PF solicita a “instauração de processo administrativo disciplinar, objetivando apurar a responsabilidade funcional do servidor Anderson Gustavo Torres, delegado de Policia Federal, classe especial, matrícula 10.711, pela possível desídia e omissão em evitar a destruição do patrimônio do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, ocorrida em 8 de janeiro de 2023, situação que importou em escândalo e concorreu para comprometer a função policial”.
Como está em liberdade e com uso de tornozeleira eletrônica, Torres poderá acompanhar pessoalmente os trâmites do procedimento. O delegado chegou a ficar quatro meses preso por ordem do Supremo Tribunal Federal, devido à suposta omissão em relação à invasão dos prédios dos Três Poderes.
Na época, ele era secretário de Segurança do DF.
Bela Megale, colunista - Blog em O Globo
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