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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Queda na renda piora a perspectiva para a economia e desemprego é o problema mais grave da economia em 2016



É a pior notícia da economia. O contingente de pessoas que procuram uma ocupação e não encontram cresceu 42,7% em um ano até janeiro, nas seis maiores regiões metropolitanas do país. A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Mensal de Emprego foi a 7,6%. E os dados sobre a renda deixam a perspectiva para a economia ainda mais negativa.

O rendimento médio real caiu 1,3% no mês, para R$ 2.242, recuo de 7,4% no ano. O bolso do trabalhador vai esvaziando e esfria mais a atividade econômica. Uma recuperação do consumo se distancia. Em janeiro, a massa de rendimentos recuou 2,5% contra dezembro e teve queda real de 10,4% frente a 2015.

Restrita, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) vai ser encerrada em março, com a divulgação dos dados de fevereiro. O mercado de trabalho será pesquisado apenas pela Pnad Contínua, levantamento feito em cerca de 3.500 municípios do Brasil. Por essa pesquisa, a taxa de desemprego estava em 9% no trimestre terminado em novembro. 
O mercado de trabalho está mais hostil. Na economia, essa é a pior notícia a ser dada

Há muito drama por trás dela. Famílias se desorganizam. Até quem não é atingido diretamente fica com medo ao ver amigos, colegas e conhecidos perdendo o emprego. Os indicadores vão apresentando piora. Especialistas estão dizendo que este ano será de aumento do desemprego. É o problema mais agudo da economia neste ano. Na pesquisa divulgada hoje, a PME, a taxa subiu para 7,6% nas seis maiores regiões metropolitanas em janeiro. A massa salarial caiu 10,4% em um ano. 

Esse levantamento, mais restrito, será encerrado em fevereiro. O IBGE vai continuar a divulgar a Pnad Contínua, realizada em mais de 3.500 municípios, que registra 9% de desemprego no trimestre encerrado em novembro. Os números são diferentes, mas as tendências são as mesmas. O número de desempregados tem crescimento anual acima de 40% nas duas pesquisas.

A expectativa, infelizmente, é de piora. É uma dinâmica conhecida. O empresário mantém os empregados até quando é possível, acreditando que a turbulência será breve. Quando a crise dá sinais de que vai durar mais tempo, as demissões aceleram. É o que está acontecendo em 2016. 

Fonte: Coluna Miriam Leitão