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sexta-feira, 17 de março de 2023

Os cínicos no poder - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino - VOZES

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

A ideologia petista é nefasta, parte de premissas totalmente equivocadas sobre a natureza humana e a vida em sociedade. Mas petista sincero, honesto, que realmente acredita nessas baboseiras é peça cada vez mais rara no tabuleiro político. A imensa maioria é só cínica mesmo. Eles se fazem de sonsos para angariar poder e participar de um projeto de pilhagem da coisa pública.

De vez em quando, é verdade, aparece um petista deixando mais claro e transparente seus "ideias". Foi o caso do ex-presidente do Corinthians e ex-deputado pelo PT, Andrés Sanchez, que disse que, no Brasil, roubar é um direito: “O cara tem direito de roubar um relógio, mas não tem o direito de te dar uma facada”. Para o petista, as pessoas estão perdendo o respeito pela vida humana. Se ao menos ficassem só no roubo, um "direito", tudo bem. Mas matar por um tênis falso?!

Já o novo presidente do Superior Tribunal Militar elogiou Lula, condenado em várias instâncias por corrupção: "Sei o quanto o nosso presidente Lula se empenha para levar a cada brasileiro, principalmente os mais carentes, a certeza de que eles não estarão sozinhos na luta pela própria sobrevivência, educação, pão de cada dia". Como constatou Flavio Gordon: "Que vexame! Que desmoralização completa da instituição militar". [Após 215 anos de existência, o Superior Tribunal Militar, é colocado, pela boca do seu presidente,em SITUAÇÃO VEXATÓRIA.]

Sobre a impunidade, a turma do PT vai à contramão do que deveria ser feito. Não por acaso seu ministro da Justiça circula tranquilamente por favelas dominadas pelo tráfico. Em seu editorial de hoje, a Gazeta do Povo elencou o que causa a expansão da criminalidade no país:
Podemos resumir em poucas palavras a sequência de erros que faz o crime compensar no Brasil: quando há o crime, nem sempre a polícia o investiga; quando investiga o crime, nem sempre o soluciona; quando o soluciona, nem sempre o culpado é preso; quando é preso, nem sempre ele é julgado pela Justiça; quando o culpado se torna réu, nem sempre é condenado; e, por fim, quando é condenado, o bandido nem sempre cumpre a totalidade da pena: fica pouco tempo na cadeia – isso quando não ordena novos crimes de dentro da própria unidade prisional. Se o poder público deseja realmente proporcionar segurança pública de qualidade para todos, mulheres e homens, precisa atacar em todas essas frentes, com profunda cooperação entre os três poderes e os governos federal e estaduais.

Ao tratar traficantes como "vítimas do sistema" ou compreender a "lógica do assalto", como fazem muitos petistas, eles colaboram para a alta criminalidade. Diz o jornal: "Ignorar completamente o papel do crime organizado e do tráfico de drogas como causas da insegurança que afeta todos os brasileiros, mulheres e homens, é um erro grotesco de análise". Resta saber se é erro de análise ou método, estratégia de quem simpatiza com os criminosos.

E para lidar com os que criticam tantos absurdos, o PT já tem a resposta: censura!
A turma da tolerância e do amor venceu, e por isso precisa calar todos aqueles que pensam diferente deles.Diz Lacombe em sua coluna de hoje:

São censuras complementares, sempre em defesa da democracia, para evitar, como disse o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, “a união de pessoas distantes, com ideias semelhantes, criando uma ‘alma coletiva’ extremamente danosa”. Ele sabe tão bem o que é melhor para os brasileiros... Ele não quer “discursos de ódio, preconceito e raiva, que manipulam parte da sociedade, que podem levar a atos golpistas”. O mundo ficará lindo, o amor triunfará. E será desse jeito: com a autorregulação das redes sociais, com agência reguladora” de olho nelas, com a força do Supremo. E, num estágio superior, mais à frente, com a autocensura feita por cada um contra si mesmo. 
Ou você quer sair falando qualquer coisa, sem se preocupar com a democracia? Censura em várias camadas, e todos serão salvos.

Sobre esse afã de censurar os críticos, mestre Guzzo resume com perfeição em sua coluna de hoje também na Gazeta do Povo: "O resumo dessa ópera, na verdade, é bem simples. Todas as ditaduras do mundo, da Venezuela a Cuba, da China até a Coréia do Norte, têm sistemas de repressão às 'fake news' e ao 'discurso do ódio' – sem nenhuma exceção. Nenhuma democracia do mundo tem qualquer coisa parecida – também sem nenhuma exceção. Quem está certo, e quem está errado?"

Quem é cúmplice disso tudo, claro, é a velha imprensa. Pegar falas dos jornalistas tucanos sobre o PT até "ontem" e comparar com o que dizem hoje é ver a mágica da conversão instantânea. 
É o caso de Reinaldo Azevedo, Miriam Leitão e tantos outros. 
Por isso a mídia insiste tanto na narrativa das joias recebidas de presente por Bolsonaro, mas nada diz sobre Lula, que confessou ter saído com vários containers do Palácio do Planalto: Tudo na política brasileira virou pitoresco demais, carnavalesco em demasia, circense ao máximo. Está muito difícil, impossível até, levar qualquer coisa a sério neste país. O Brasil mergulhou no caos do cinismo, da hipocrisia, e fingir que há normalidade institucional diante deste quadro é ser conivente com o surrealismo que tomou conta do país. Não contem comigo para isso!


Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


domingo, 26 de fevereiro de 2023

Jornalista de esquerda quer pobre pagando mais por gasolina - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Miriam Leitão é, supostamente, uma jornalista especializada em assuntos econômicos. Digo supostamente pois, como economista formado que sou, já vi inúmeros deslizes graves da renomada comentarista sobre o tema. Na coluna de hoje, ela resolveu aplaudir o aumento do imposto sobre combustível.
"Por mais impopular que seja, não faz sentido o país abrir mão de R$ 52 bilhões por estar preso em uma armadilha montada pelo governo Bolsonaro", diz sua chamada.

A explicação dela passa pela religião ambientalista, a mais popular das elites cosmopolitas: "As razões passam pela questão política e atravessam as pautas sociais, ambientais e de justiça social. A gasolina é um produto que emite gases de efeito estufa, e há um esforço global para a redução das emissões". Isso costuma ser um luxo que os ricos têm para sinalizar virtude, enquanto os pobres pagam o pato.

Mas Leitão vai além e apela para o "argumento" de que pobre não dirige carro: "Além disso, a perspectiva da esquerda é que os recursos públicos devem ser destinados principalmente para os pobres e não para os ricos. Quem consome gasolina é quem tem carro, e portanto mais renda. Gêneros de primeira necessidade sofrem a incidência de impostos federais, é incoerente que a gasolina seja isenta".

Talvez Miriam Leitão não saiba que os pobres precisam de transporte para trabalhar, e que estes sofrem o impacto direto do aumento do combustível, ou seja, os pobres perdem indiretamente
Talvez ela não se dê conta do efeito cascata, já que o combustível incide sobre quase toda a logística nacional, especialmente num país como o Brasil dominado por rodovias.
 
Miriam Leitão está gostando muito do desgoverno Lula
E como toda comunista, ela enxerga com bons olhos mais e mais recursos nas mãos do estado, supostamente para fins sociais, enquanto na prática isso significa menos recursos disponíveis para os trabalhadores mais pobres.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

segunda-feira, 18 de abril de 2022

Comissão de Direitos Humanos do Senado quer acesso a gravações em que ministros do STM admitem tortura

Políticos e ex-ministros do STF citam importância de áudios que comprovam tortura no regime militar. Parte das gravações foi divulgada pela colunista Míriam Leitão; ouça

A divulgação dos áudios de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) em que ministros da Corte admitem a prática de tortura durante a ditadura repercutiu entre integrantes do mundo político e do Judiciário. Parte das gravações foi divulgada pela colunista do GLOBO Miriam Leitão, que teve acesso ao material que vem sendo estudado pelo historiador da UFRJ Carlos Fico. Nas sessões, abertas e secretas, os ministros militares e civis tecem comentários sobre casos de tortura que ocorreram durante a ditadura. O historiador teve acesso aos áudios de sessões do STM entre 1975 e 1985.

Fachada do prédio do Superior Tribunal Militar (STM), em Brasília

Para o senador Humberto Costa, (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, [também conhecido como 'drácula' pelo seu envolvimento, quando ministro da Saúde do governo do descondenado Lula, com desvio de sangue de bancos de sangue = operação sanguessuga.] a exposição dessas falas é uma peça importante para se entender o papel do Estado brasileiro durante o regime. Segundo ele, há uma simbologia importante nas gravações terem sido reveladas por uma pessoa que foi vítima de tortura. Miriam Leitão foi submetida a sessões de castigos físicos durante a ditadura. [ao que se sabe, a jornalista quando presa acusada de terrorismo, teve  que compartilhar seus aposentos com uma cobra - destaque-se que essa versão não é sustentada por provas.]

 Saiba mais:Ministros do STM faziam piadas sobre casos de tortura, diz historiador Carlos Fico

— A exposição desses áudios, dessas falas é uma assunção cabal do Estado brasileiro sobre tudo o que cometeu durante o regime militar. É especialmente sensível receber todo esse relato pela escrita de uma mulher tão seviciada pela ditadura como foi a jornalista Miriam Leitão. Isso mostra que o trabalho com o nosso passado mal começou. A Comissão da Verdade foi um grande passo. Mas ainda há um enorme caminho a percorrer — afirmou ao GLOBO.

O senador ainda disse que a CDH vai se debruçar sobre o material: — A partir da divulgação desses dados sensíveis, a CDH do Senado vai promover uma devassa, uma rigorosa investigação sobre esses arquivos. Precisamos passar o Brasil a limpo. Urgentemente —, apontou.

Gravações inéditas: Ouça aqui os áudios das sessões do STM

Já o deputado Carlos Veras (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, lembra que nada justifica a prática violenta contra presos políticos.

— Esses áudios reforçam que durante a ditadura militar houve perseguição, tortura e morte de pessoas que eram contrárias ao regime. Hoje, dia da ressurreição de Cristo, que foi torturado, precisamos aprofundar nossa reflexão sobre o tema. Todo cristão nasce, por princípio, contra a tortura. Ninguém, em hipótese alguma, deveria passar por isso. E, vale lembrar, que torturadores jamais deveriam ser exaltados — declarou.[Importante: não devemos ficar surpresos se logo o senador estridente patrocinar uma caminhada atravessando a Praça dos Três Poderes, conduzindo debaixo do suvaco, uma notícia-crime, denunciando ministros do STM, por suposta omissão em comunicar os fatos = prevaricação. O que poderá ensejar que os denunciados na noticia, sejam intimados para  fornecerem explicações no prazo padrão de cinco dias.  
Lembrete ao senador - que de denunciante juramentado de  corruptos, passou a assessor especial do corrupto-mor do Brasil = o 'descondenado' Lula da Silva: não solicite na notícia-crime que os ministros do STM citados na matéria, sejam intimados a se manifestarem em cinco dias, visto que a maior parte dos citados já faleceu.]

Ao GLOBO, o ministro aposentado e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Ayres Britto apontou que a Constituição, em diversas passagens, condena a tortura e lembra que os constituintes tiveram como ponto de partida justamente as práticas perpetradas durante a Ditadura Militar.

Míriam Leitão:Única via possível é a democracia

 —  A Constituição de 1988 se baseou nesse triste passado nosso, de tratamento desumano por motivação política, e diz que ninguém será submetido à tortura. Isso está no artigo 5, logo de saída, no âmbito dos direitos e garantias fundamentais. A tortura é um fator de despersonalização, de desumanização. Com a tortura, o indivíduo se torna sub-cidadão. Esse rigor com que a Constituição trata a matéria, justo rigor, é motivado por nosso passado de torturas — disse Ayres Britto.

O também ministro aposentado do STF Marco Aurélio Mello lembra que a Corte confirmou a Lei da Anistia, que foi, em suas palavras, "bilateral", mas que é preciso valorizar o que chamou de "memória".

Ataque:Deboche de Eduardo Bolsonaro à tortura de Míriam Leitão é repudiado

— Tudo isso serve como memória para não repetirmos o que ocorreu anteriormente —, afirmou o ex-decano.

Sancionada em 1979 pelo último presidente do regime militar, João Batista Figueiredo, a Lei da Anistia foi analisada pelo STF em 2010, com a relatoria do ex-ministro Eros Grau. Na época, manteve-se o entendimento adotado pelos militares, por sete votos a dois.

Anistia é para perdoar, esquecer comportamentos ilícitos de particulares contra o Estado, mas não é para anistiar agentes estatais. A lei não pode anistiar o Estado —, disse ainda Ayres Britto, que na época do julgamento na Corte ficou vencido.

 Política - O Globo


terça-feira, 5 de abril de 2022

Os comunas estão nervosos… - Rodrigo Constantino

 

Rodrigo Constantino

Que preguiça! Já abrir a semana tendo que lidar com a choradeira forçada da esquerda radical nas redes sociais é de lascar. Mas, como são os ossos do meu ofício, lá vamos nós explicar uma vez mais a tática dessa gente previsível.

Miriam Leitão, a "respeitada" jornalista, escreveu uma coluna no fim de semana apontando o que enxerga como grande equívoco da terceira via: atribuir uma equivalência entre os dois "extremos". Até aí, estamos de acordo. Mas aí vem a revelação, para a surpresa de ninguém: Miriam está dizendo que Bolsonaro é muito pior, pois não respeita a democracia, enquanto o outro lado seria "democrata".

A militante tucanopetista já saiu de sua toca comuna: tem que votar no socialista corrupto do Foro de SP para “salvar a nossa democracia". Bolsonaro, com seus ministros Paulo Guedes, Marco Pontes, Tereza Cristina, Damares Alves, Tarcisio Freitas e tantos outros, representa uma terrível ameaça à democracia brasileira.  
Lula, com Dirceu e companhia, ao menos é um "democrata", apesar de bajular a ditadura cubana desde sempre.

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Leite diz que aceitaria ser candidato a vice-presidente em chapa com Tebet

A narrativa é patética, bizarra e não se sustenta por um segundo de reflexão. Mas a esquerda radical teve um presente e tanto: 
Eduardo Bolsonaro resolveu reagir, e escreveu ter pena da cobra, numa alusão ao episódio revelado pela militante comunista de que sofreu tortura no começo do regime militar, com uma serpente colocada em sua cela.

Foi a senha para que toda a extrema esquerda bancasse a vítima, horrorizada com a insensibilidade do deputado. Até "jornalistas liberais" se uniram, pedindo a cassação de Eduardo pela mensagem. Todos enxergaram ali o pretexto para desviar o foco do que realmente importa aqui: a tentativa ridícula de "normalizar" Lula, pinta-lo como um moderado de centro, um democrata, enquanto Bolsonaro seria um fascista.

Como no clubinho ninguém solta a mão de ninguém, os pares "jornalistas" prestaram imediatamente solidariedade à colega. A militante da Folha de SP, Mariliz Pereira Jorge, que já xingou o presidente de tudo que se possa imaginar, chegou a comunicar a saída do Twitter, explicando o péssimo ambiente da rede - provavelmente diante de um espelho:
"Twitter é um lugar insuportável. Cheio de gente má, que finge ser democrata. Cheio de gente que fala em saúde mental e fode com a saúde dos outros. Tem o babaca, mas tá cheio de agressivo-passivo. Acha que é dono da verdade pq defende bandeiras importantes. Desisto. Adios"

Se é por falta de adeus...
Já o senador Alessandro Vieira, aquele com pinta de sério, mas que usou morte de ator global octogenário vacinado para atacar o governo na CPI circense, rasgou elogios ao histórico da jornalista: "A estratégia dos Bolsonaros é clara: usar falas polêmicas para desviar a atenção da fome, da miséria e dos casos de corrupção que vêm surgindo no noticiário. A última foi um ataque grosseiro e inaceitável contra a jornalista Miriam Leitão, profissional com histórico impecável". [esse senador andou pensando em se candidatar a presidente ... caiu na real e desistiu??? Insistimos que queremos toda a esquerda maldita unida contra o capitão, assim poderemos triturá-los, politicamente, derrotando-os,  como fez o Orbán na Hungria.]

Nem mesmo o ladrão conseguiu se conter. Dando muita bandeira, deixando claro a orquestra da coisa toda, o próprio Lula, um ilustre humanista, veio demonstrar repúdio aos "ataques" contra a jornalista, apenas para ter o reconhecimento do "nobre gesto" pela própria jornalista e também seu filho, o comunista que já declarou voto em Lula:

O coleguinha da GloboNews, defensor do Psol, também aproveitou para divulgar o discursinho manjado da turma: "Toda a solidariedade à Miriam Leitão, absurdamente agredida por gente que usa a liberdade só possível numa Democracia para atacar a Democracia e suas instituições. Quebra de decoro? Injúria? Acima de tudo violência gratuita, estupidez e desumanidade. #DitaduraNuncaMais"

O que seria da extrema esquerda sem essa visão estética infantil? Defensores do regime chinês fingindo que são os maiores democratas do planeta? 
Jornalistas que aplaudem a censura imposta pelo STF fingindo que defendem a liberdade de expressão? 
Militantes que passam pano para prefeitos e governadores que mandam prender quem sair às ruas no lockdown se colocando como a resistência contra o fascismo? 
É tudo uma piada de mau gosto.
 
Leandro Ruschel explicou a tática deles: O coordenador da campanha de Lula afirma que seu principal adversário lidera um movimento fascista. E tem gente que acredita num governo Lula "pacificador".... 
O que esse pessoal está fazendo é a desumanização do adversário para justificar medida ilegais contra eles. 
Um "fascista" não deve ter direito. 
Um "fascista" deve ser preso ou coisa pior. 
Qualquer violência contra "fascistas" é justificada. 
O que a esquerda faz é categorizar QUASE TODOS opositores como "fascistas", para justificar qualquer ato de censura e perseguição contra eles.
Em outro post, Ruschel questionou que democracia é essa que estaria ameaçada em nosso país: Afirmar que a "democracia está em risco no Brasil" é tapar o sol com a peneira. 
Não existe mais democracia quando certas autoridades abusam do seu poder para perseguir críticos. 
Não existe mais democracia quando uma parcela do espectro político é criminalizada.

No fundo, o que estamos vendo é certo desespero da esquerda. Nem ela acredita nas pesquisas, que já começam um trabalho de ajuste gradual. As mais recentes já dão até empate técnico entre o ladrão socialista e o atual presidente. O senador Randolfe Rodrigues, aquele com pouco voto, [além da falta de votos o senador é encrenqueiro, estridente, e sem inteligência e totalmente desacreditado - nunca teve credibilidade, mas antigamente, bem antigamente, alguns ainda acreditavam nele.] mas enorme influência suprema e midiática [esta só junto à mídia militante, aquela do consórcio de más notícias] , chegou a externar o nervosismo:  Lula precisa ser... mais "plural", seja lá o que isso significa. 


Estão tentando criar uma nova Carta ao Povo Brasileiro, um novo terno Armani de Duda Mendonça, uma nova máscara para ludibriar os otários. Alckmin serve exatamente a esse propósito na campanha do corrupto.

E não faltam "jornalistas" batendo o mesmo bumbo. Estão todos unidos contra Bolsonaro, pois odeiam tudo que não é esquerda. 

Morrem de saudades dos tempos em que a disputa era entre PT e PSDB, na estratégia das tesouras, e a grande imprensa tinha o monopólio das narrativas, sem as redes sociais para "incomodar".

Os comunas estão nervosos. Estão unidos. E isso, claro, é ótimo sinal...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 30 de julho de 2019

O terceiro turno - Nas entrelinhas

Cada declaração polêmica de Bolsonaro provoca uma onda de protestos na sociedade civil e no exterior, além de frustrar eleitores que esperavam um presidente mais focado nos problemas do país”

O presidente Jair Bolsonaro, ao insistir numa agenda motivada por razões ideológicas e religiosas, mas descolada dos problemas prioritários da população, está protagonizando um debate político no qual sua imagem de presidente da República pode sair desgastada. Bolsonaro foi eleito sem debater suas ideias, ficou fora da campanha depois da facada que levou em Juiz de Fora (MG). A partir daquele trágico episódio, o “mito” se tornou imbatível, mesmo num leito de hospital. Afora os seguidores de carteirinha, porém, a maioria dos seus eleitores não conhecia as ideias polêmicas do presidente da República sobre assuntos em que há um amplo consenso na sociedade, como a questão do desmatamento, por exemplo.

Com o Congresso Nacional e o Judiciário em recesso, Bolsonaro ficou absoluto na cena política, sem que nenhuma outra personalidade disputasse espaço na mídia. Nesse período, no jargão jornalístico, florescem as “flores do recesso”, temas que tomam conta do noticiário político e morrem quando o Parlamento e os tribunais voltam a funcionar. Ocupava a cena a divulgação de conversas entre o ministro da Justiça, Sérgio Moro, quando era juiz em Curitiba, e os procuradores da força-tarefa da Lava-Jato, pelo site The Intercept Brasil, do jornalista americano Green Grenwald.
Essa seria a mais exuberante “flor do recesso”, [de flor do recesso, a divulgação das conversas foi classificada como 'disenteria do recesso', visto ser um material obtido mediante ação criminosa, de autenticidade duvidosa, comprovadamente editado força do contexto, se transformou no ridículo 'o escândalo que encolheu'.] mas o presidente Bolsonaro irrompeu em cena, diariamente, com declarações e atitudes polêmicas a cada entrevista ou tuitada. 

Ontem, Bolsonaro afirmou em uma rede social que o estudante de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF) Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira foi morto pelo “grupo terrorista” da Ação Popular do Rio de Janeiro, e não pelos militares, uma afirmação no mínimo leviana. Segundo a Comissão da Verdade, Santa Cruz foi morto por agentes dos órgãos de segurança do regime militar. [qual a credibilidade dessa tal 'comissão da verdade'?  por uma questão de Justiça e respeito aos brasileiros deveria ter seu nome modificado para 'COMISSÃO DA MENTIRA'.
Bolsonaro pode ter sido até desrespeitoso na forma e ocasião de expressar sua opinião, ou prestar uma informação.
Mas, é notório que muitos integrantes de organizações terroristas eram executadas pelo próprios 'comparsas' da organização e por motivos os mais variados e alguns até banais: o desejo de deixar a organização, suspeita infundada de traição, desinteresse e causas menores.
O vídeo abaixo mostra a narrativa do executor de um companheiro.]

Ex-guerrilheiro confessa execução - Terroristas assumidos

Seria este ESCROQUE COMUNISTA da Paz condicente com o seu sobrenome? Carlos Eugênio da Paz, foi um dos militantes da ALN que esteve presente em quase todos os atos terroristas da organização. Ex-comandante da ALN, membro da Coordenacão Regional e Nacional da Organização. Juiz e carrasco do "Tribunal Vermelho ", participou ativamente de, como ele mesmo declarou, cerca de 10 assassinatos. Um dos mais discutidos JUSTIÇAMENTOS, entre os próprios militantes das organizações terroristas foi o de Márcio Toledo Leite, que o próprio CLEMENTE, diz não se arrepender ... "

 "Eu, atrás (no banco do fusca) com um fuzil Mauser 762, que é um fuzil muito bom para execução, de muita precisão. E quando ele (a vítima) chega na esquina da alameda Casa Branca, ele tinha de parar porque tinha uns dois carro na frente... Ele teve que parar. Quando ele parou, eu tava no banco de trás do carro e falei 'Vou dar um tiro nele'. Peguei o fuzil, o companheiro que tava na frente, no Fusca, baixou a cabeça e já dei um primeiro tiro de fuzil. Não acertei de cheio porque eu sou destro; eu atiro nessa posição (Note a frieza como ele demonstra a posição e o verbo NO PRESENTE), como eu tava atrás, no Fusca, eu tive que inverter e atirei assim, então pegou aqui, de cabeça, no occipital dele, mas já começou a sangrar. Ele abre a porta do carro e sai do carro. Nós saímos. Só o motorista que não sai porque o motorista tem que ficar ali, assegurando a fuga. Saímos eu e outro companheiro. Ele sai com a metralhadora, eu saio com o fuzil. Ele (a vítima) saiu correndo em direção à feira, o companheiro metralhando ele, e eu acertando com dois, três, quatro (tiros), acertei três tiros nas costas dele, e o companheiro, com a metralhadora, acertou vários. Aí, de repente, ele caiu; quando ele caiu, eu me aproximei, e, com a última bala, a gente sempre dá o último tiro de misericórdia, que é para saber que a ação realmente foi cumprida até o fim.


Mais cedo, ao criticar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, filho do estudante desaparecido, Bolsonaro havia chocado a opinião pública com a seguinte declaração: “Um dia, se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”. Sua declaração gerou repulsa nos meios jurídicos e políticos. O governador de São Paulo, João Doria, por exemplo, filho de um parlamentar cassado e obrigado a se exilar, considerou a declaração inaceitável. 

[Abaixo outro vídeo com mais detalhes de ações de justiçamento.]



Lava-Jato
Bolsonaro já chamou a jornalista Miriam Leitão de terrorista e os nordestinos de “paraíba”; anunciou que discriminaria o Maranhão, porque o governador Flávio Dino (PcdoB) é comunista; garantiu que ninguém passa fome no Brasil; desqualificou os dados sobre desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), voltou a dizer que só os veganos se preocupam com a questão ambiental e voltou a defender a transformação da Baía de Angra numa nova Cancún.

Entre uma declaração e outra sobre Fernando Santa Cruz, Bolsonaro também defendeu a prisão do jornalista americano Grenn Greenwald, que divulgou as mensagens trocadas pelo ex-juiz Moro e os procuradores da Lava-Jato. Bolsonaro já havia feito referência à possível prisão do diretor do The Intercept Brasil, ao negar a intenção do governo de deportá-lo. A ligação de Greenwald com os quatro hackers presos suspeitos de invadir celulares de Moro, procuradores e outras autoridades dos três poderes está sendo investigada pela Polícia Federal. O inquérito foi prorrogado por mais 60 dias. Greenwald alega que recebeu os documentos anonimamente e sem nenhuma compensação financeira.

Para completar o dia, Bolsonaro cancelou uma audiência com o chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, e foi cortar o cabelo. A França é uma grande parceira no acordo do Mercosul com a União Europeia. Talvez o presidente da República não tenha se dado conta, ainda, de que está promovendo uma espécie de terceiro turno das eleições, no qual oferece à crítica ideias que sempre defendeu, mas que não foram apresentadas à sociedade na campanha eleitoral, muito menos confrontadas pelos adversários. Cada declaração polêmica provoca uma onda de protestos na sociedade civil e no exterior, além de frustrar uma parcela dos eleitores que esperavam um presidente mais focado nos problemas do país, mais moderado na política e eficiente na gestão administrativa.

[Saber mais, o assassinato de terroristas realizado por seus companheiros, clique aqui.]

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB




sábado, 12 de janeiro de 2019

Crise no Ceará pode facilitar aprovação de Lei Antiterrorismo

A intensidade da onda de ataques que vêm ocorrendo no Ceará poderá facilitar a aprovação no Congresso da chamada Lei Antiterrorismo. A proposta empacou no Senado porque existe a avaliação de que o texto poderá criminalizar movimentos sociais como MST e MTST, em vez de apenas estabelecer medidas que ampliem o rigor contra a ação do crime organizado. [essa avaliação perdeu força; o BOM SENSO voltou a prevalecer e se tornou fora de qualquer dúvida a tese que invadir propriedade alheia é crime e criminosos tem que ser punidos.
Portanto, os chamados 'movimentos sociais', na realidade 'movimentos terroristas' estão cientes de que agora em diante serão tratados como terroristas que são.

O que se lamenta é que a não decretação de 'estado de sítio' para restabelecer a ordem pública no Ceará, além de impedir que os criminosos recebessem uma lição exemplar, pode ter outras consequências = novas ações terroristas, quando a reforma da previdência estiver sendo analisada no Congresso Nacional, obrigarem o uso de medidas fortes que podem ter como efeito colateral suspender os debates no Congresso.

Aproveita e veja no vídeo abaixo - vale a pena ver na íntegra, mas a partir dos 9 minutos tem a resposta do general Santos Cruz que nocauteia a jornalista Miriam Leitão em uma tentativa de defender a quadrilha do MST.

Aliás, os generais do presidente Bolsonaro estão sendo ótimos na defesa do restabelecimento da Lei e da Ordem - no vídeo abaixo, pode ser visto a 'banda' que o general Augusto Heleno aplica em Pedro Bial quanto este tenta defender direitos humanos para os manos.]
 

O dado novo é que o crime organizado tem jogado muito mais pesado nos ataques no Ceará e hoje derrubaram uma torre de transmissão, mostrando a necessidade da aprovação de leis mais duras para impedir esse tipo de ação. E o próprio governador do Ceará, Camilo Santana, defende o endurecimento da legislação, afirmando que as leis existentes para o combate ao crime organizado “são frouxas”. Como Camilo é do PT e o partido tem ajudado a barrar o avanço da Lei Antiterrorismo no Congresso com medo que possa ser aplicada aos seus aliados dos movimentos sociais, a crise do Ceará pode reduzir essas resistências até entre parlamentares de esquerda.

BR 18

quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Sentar o dedo na caneta Bic gera milagres

O Presidente Jair Bolsonaro teve seu primeiro choque com a dura realidade, depois da inesquecível cerimônia de posse no Congresso (com direito a elogio de Donald Trump via Twitter), do emocionante discurso em Libras (Linguagem brasileira de sinais) feito pela Primeira-dama Michelle, dos aplausos populares no parlatório, da posse a 22 ministros no Palácio do Planalto e do rega-bofe para 3000 convidados no Itamaraty.

Bolsonaro usou sua caneta Bic para cumprir um desgaste do qual Michel Temer abriu mão: assinar o Decreto que elevou o salário-mínimo para R$ 998 reais. O valor foi o possível: menos que os R$ 1006 previstos, para não aumentar a quebradeira da União, Estados, Municípios e empresas... O ganho fiscal será de R$ 2,4 bilhões com o reajuste de 4,6%... Nesta quarta-feira, Bolsonaro supervisiona a escalação oficial do segundo escalão. São quase 500 cargos, entre diretorias de 138 empresas “estatais” e outros 128 secretários de ministérios. Quem deve usar a Bic para assinar essas nomeações é o ministro da Casa Civil, Ônyx Lorenzoni. O Presidente também acompanha a transmissão de cargo de alguns ministros que vão trabalhar no Palácio do Planalto. Bolsonaro se diverte, à tarde, nas posses dos Ministérios da Economia e da Defesa. Prestigiar os militares é uma prioridade não só estratégica, mas também uma tática de propaganda.

A diversão acaba na quinta-feira. Bolsonaro faz reunião ministerial, quando conhecerá a proposta da equipe de Paulo Guedes para a reforma previdenciária. Fato mais fundamental que este, Guedes deve enunciar medidas de simplificação de tributos e desburocratização, para viabilizar a retomada do tão aguardado crescimento econômico. Guedes promete anunciar decisões para economizar R$ 50 bilhões. Logicamente, haverá mais um desgaste com quem for afetado pela “tesourada”. A equipe econômica de Bolsonaro programa anunciar, a cada dois dias, medidas de interesse direto da população e das empresas. Tudo que depender da canetada Bic de Bolsonaro ou de seus ministros será divulgado em janeiro. As medidas de grande impacto, que dependam de aprovação política, ficarão para fevereiro, depois da posse dos novos deputados e senadores. A intenção é reduzir a interferência estatal na vida dos brasileiros.

A edição de 15 páginas, ontem à noite, do Diário Oficial da União apresenta "a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos ministérios". O governo Bolsonaro pretende priorizar a reforma do Estado. Dentro dela, a reforma no funcionalismo prevê redução do número de carreiras, diminuição dos salários de entrada e a possibilidade efetiva de demissão em caso de desempenho inadequado. Vem aí a onda de terceirização de 33 serviços que não são carreiras fins do Estado, incluindo jornalismo, cerimonial, secretariado, tecnologia da informação e certificação de produtos e serviços. Claro, continuará a terceirização a limpeza, vigilância, conservação de imóveis, reprografia e motoristas. Deixaria de haver concursos públicos para tais carreiras...

Além da reforma estatal e da previdenciária, a prioridade de Guedes é promover uma grande abertura da fechada economia brasileira. O plano é reduzir as tarifas de importação de bens de capital, informática e telecomunicações de 14% para 4% num prazo de quatro anos. A vontade é diminuir as tarifas médias de importação do Brasil, muitas hoje maiores do que 10%, para os níveis internacionais, na faixa de 2,5% a 3%, até 2022. Hoje, as importações correspondem a cerca de 10% do PIB, um volume considerado muito baixo. Paulo Guedes vislumbra uma agenda de competitividade. A ideia é que as empresas brasileiras serão expostas à concorrência com produtos importados ao mesmo tempo em que ganharão condições para “brigar de igual para igual” com seus concorrentes. Isso significa reduzir tributos, simplificar procedimentos, buscar novos acordos comerciais.

O futuro já começou... Os deuses do mercado financeiro estão em estado de graça. Até o Grupo Globo já dá sinais de que pode ficar amiguinha do governo ao qual ameaçara se opor ferozmente. Só a Miriam Leitão não toma jeito... Mas ninguém se surpreenda se houver um convite para a Primeira-dama Michelle se tornar uma embaixadora do Criança Esperança... É aquela velha História... Tem poder, muito poder, a tinta da caneta Bic que assina tudo que vai para o Diário Oficial...

Bolsonaro, ontem, reafirmou compromissos de campanha. Agora, como bem cobra a tímida oposição, é hora de apresentar as propostas práticas de governo. Elas virão... No Congresso Nacional, Bolsonaro brincou, seriamente com os parlamentares: “Estou casando com vocês”... A caneta Bic, com carga azul, deve alegrar muita gente... "O Capitão chegou"... E veio para sentar o dedo...
 
 

domingo, 21 de outubro de 2018

Falsos problemas dividem o país

Na eleição em que tanto havia para se discutir sobre o país, o debate da campanha virou o perigo do “comunismo”, uma volta aos anos 1970

[a discussão sobre o comunismo se impôs devido um comunista estar no segundo turno - e o POVO BRASILEIRO não aceita o comunismo.]


Todas as eleições são difíceis. Nem todas são infelizes. Ao fim, o verdadeiro vencedor não é necessariamente o que tem mais votos, mas o que, vencendo, consegue pacificar o país. Até agora não há sinal de que teremos isso. Não é o resultado que infelicita um processo eleitoral, mas sim o que acontece no meio do caminho. E houve muitas irregularidades que as autoridades não conseguiram coibir, e muitas fraturas que prenunciam um tumultuado depois.

O país havia se preparado para que essa eleição fosse uma oportunidade de mudança. Especialistas em várias áreas, dos tributos à educação, da indústria ao combate à corrupção, formularam projetos para apresentar aos candidatos. O Banco Mundial fez um estudo profundo das despesas públicas brasileiras e apresentou, também como oferta a todos, as ideias por um “ajuste justo”. Houve até uma convergência. Vários programas de candidatos falaram em rever os subsídios e gastos tributários com setores empresariais. Mas não explicaram o que ou como fazer. Em alguns casos era apenas rótulo.

Mesmo que o próximo governo desperdice o esforço do país, as instituições seguirão com seu ativismo. A propósito: ativismo nunca foi uma palavra feia. Significa a mobilização de alguém por alguma causa coletiva na qual acredita.  O que torna essa eleição infeliz é a total falta de foco nos nossos reais problemas. As divisões e brigas entre os candidatos não se deram em torno do que nos aflige, mas por uma agenda artificial, fora do tempo e lugar.  O Brasil voltou aos anos 1970, em plena Guerra Fria, pelo esforço de Jair Bolsonaro de recriar a era do seu saudosismo. A propaganda no horário eleitoral fala de um suposto perigo do comunismo. Os mais velhos reconheceram o tom do marketing daquela época. O comunismo acabou no mundo por falta de quórum. Nem a China é mais. [mas, a corja lulopetista é mais comunista que os próprios comunista.; além do mais eles cultuam a NOMENKLATURA, que faz com que o público passe a ser deles - já que entendem que eles são os donos do público que é dono dos BENS PÚBLICOS.]É bizarro que no Brasil tenha se recriado a divisão de mundo cujo último símbolo desabou com o muro de Berlim em 1989. O Brasil está cheio de inimigos reais — como o atraso na educação, a violência, a logística deplorável, a falta de saneamento, a emergência na saúde, o alto desemprego e a corrupção — e inventou que o importante é fazer uma extemporânea caça aos “comunistas”. Convenhamos.

As Forças Armadas recuaram décadas em seu esforço de serem instituições apartidárias. Nos últimos 30 anos elas serviram a todos os presidentes. É verdade que nunca aceitaram rever criticamente seu papel na ditadura militar, mas estavam comprometidas com o seu novo papel distante da briga política. O erro não é militares de pijama trabalharem nas campanhas e virarem candidatos a ministros. Se estão aposentados podem fazer o que quiserem de suas vidas. O problema foi a ambiguidade dos comandantes da ativa, especialmente do Exército. Diante de um silêncio aquiescente dos militares, Jair Bolsonaro sustentou ser o candidato das Forças Armadas, o que é uma aberração na democracia. [um candidato se declarar candidato ede determinada Instituição não é crime, nem proibido;
o que é proibido é que representantes daquela Instituição digam aquele candidato é o candidato da Instituição - Jair Bolsonaro exerceu o seu direito de se declarar candidato das FF  AA, mas, aquelas não declararam que o capitão era o candidato delas.]

A Justiça Eleitoral falhou porque tardou a combater a mentira e a manipulação. Não é fácil fazer essa vigilância na era da mídia social. É um desafio para todos. Mas o TSE estava alertado que teria que enfrentar os que agem nas sombras, os que se escondem atrás de robôs, os que fingem ter um exército de voluntários, mas podem estar tendo o apoio ilegal de empresas. Demorou demais a agir. Só dias atrás negou a existência do chamado “kit gay”, mentira usada desde o começo pela campanha de Bolsonaro. Além disso o TSE fechou os olhos para várias assimetrias na exposição dos candidatos.

O ataque a Jair Bolsonaro em Juiz de Fora mostrou de forma aguda o pior lado dessa eleição em que se falou mais do ódio ao outro, do que do sonho para o país. Essa eleição é infeliz não pelo resultado que terá, seja ele qual for, mas pelo que houve no meio do caminho. Inúmeras pessoas se sentiram liberadas a assumir o preconceito ao outro, ao diferente de si, em plena era da superação de barreiras e da aceitação da diversidade.
Quem for eleito só governará bem se respeitar os limites institucionais e aceitar as críticas normais numa sociedade aberta. Dentro de uma semana o eleitor escolherá o governo, mas também a oposição. Quem perde uma eleição recebe do eleitor um papel: o de ser oposição. A democracia precisa que ambos saibam cumprir o seu papel.

Miriam Leitão, jornalista - O Globo

domingo, 5 de agosto de 2018

William Waack alfineta Miriam Leitão e Globo sobre nota ao vivo




'Eu não tenho chefe no ponto', diz ex-jornalista da emissora sobre episódio em que a colega de profissão teve que falar da posição da rede sobre a ditadura






O jornalista e apresentador William Waack comentou em seu canal no YouTube o episódio ocorrido na sabatina da Globo News com o candidato à Presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, na sexta-feira à noite, em que a também jornalista Miriam Leitão expressou o posicionamento da Rede Globo sobre a Ditadura Militar.

Waack, que trabalhou por duas décadas na Rede Globo, começa o vídeo afirmando: “Pessoal, vocês já pensaram eu terminar uma edição do ‘Painel WW’ com os meus convidados ainda sentados ali e eu falo assim: ‘Aguenta mais um pouquinho… um momento… Eu queria dizer… em relação ao que o convidado acabou de dizer… Abre aspa… Que é fato… Fecha aspas’. Gente, eu não sei como vocês adjetivam isso. Cada um evidentemente adjetiva como quiser. Mas eu quero dar um recado para vocês”. Ele imita a postura que Miriam Leitão teve no programa ao vivo.
“Eu lembro da minha primeira frase no primeiro minuto do primeiro programa. Eu não tenho chefe no ponto. Eu falo as coisas pela minha consciência. As pessoas concordam, discordam, aplaudem, xingam, mas eu queria deixar um recado. Fiquem tranquilos: tudo que eu falo é por mim. Eu não tenho chefe no ponto”, conclui Waack.

Durante a sabatina, Bolsonaro lembrou do apoio ao regime militar dado pelo grupo Globo, algo que foi reconhecido em editorial publicado em 1984 pelo jornal O Globo. Ao fim do programa, Miriam Leitão, que fez a mediação da entrevista, interrompe os convidados para falar sobre o posicionamento atualizado da organização. Ela diz que o grupo Globo reconheceu em editorial de 2013 que o apoio ao regime militar foi um erro.

O conteúdo, provavelmente ditado no ponto eletrônico usado pela apresentadora, fez com que a fluidez da locução de Miriam destoasse do tom habitual das emissoras de televisão. A fala da jornalista, repleta de pausas e com a voz trêmula em alguns momentos, tomou as redes sociais desde a noite de sexta-feira. Waack foi demitido da Rede Globo no fim de 2017, depois do vazamento de um vídeo de bastidor em que ele faz comentários de cunho racista com um colega em Washington, na cobertura da eleição americana de 2016.