É a pior notícia da
economia.
O contingente de pessoas que
procuram uma ocupação e não encontram cresceu 42,7% em
um ano até janeiro, nas seis maiores regiões metropolitanas do país. A taxa de desemprego medida pela Pesquisa Mensal de Emprego
foi a 7,6%. E os dados sobre
a renda deixam a perspectiva para a economia ainda mais negativa.
O
rendimento médio real caiu 1,3% no mês, para R$ 2.242, recuo de 7,4% no ano. O bolso do trabalhador vai
esvaziando e esfria mais a atividade econômica. Uma recuperação do consumo se
distancia. Em janeiro, a massa de rendimentos recuou 2,5% contra dezembro e
teve queda real de 10,4% frente a 2015.
Restrita,
a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) vai ser encerrada em março, com a divulgação dos dados de
fevereiro. O mercado de trabalho será pesquisado apenas pela Pnad Contínua,
levantamento feito em cerca de 3.500 municípios do Brasil. Por essa pesquisa, a taxa de desemprego estava em 9% no trimestre terminado em
novembro.
O mercado de trabalho
está mais hostil. Na economia, essa é a pior notícia a ser dada.
Há muito drama por trás dela. Famílias se desorganizam. Até quem não é
atingido diretamente fica com medo ao ver amigos, colegas e conhecidos perdendo
o emprego. Os indicadores vão apresentando piora. Especialistas estão
dizendo que este ano será de aumento do desemprego. É o problema mais agudo da
economia neste ano. Na pesquisa divulgada hoje, a PME, a
taxa subiu para 7,6% nas seis maiores regiões metropolitanas em janeiro. A massa salarial caiu 10,4% em um
ano.
Esse
levantamento, mais restrito, será encerrado em fevereiro. O IBGE vai continuar
a divulgar a Pnad Contínua, realizada em mais de 3.500 municípios, que registra
9% de desemprego no trimestre encerrado em novembro. Os números são diferentes, mas as tendências são as mesmas. O
número de desempregados tem crescimento anual acima de 40% nas duas pesquisas.
A expectativa, infelizmente, é de
piora. É uma dinâmica conhecida. O empresário mantém os empregados até quando é
possível, acreditando que a turbulência será breve. Quando a crise dá sinais de
que vai durar mais tempo, as demissões aceleram. É o que está acontecendo em
2016.
Fonte: Coluna Miriam Leitão