Dilma não deve ser investigada por delação de Ricardo Pessoa
UTC doou R$ 7,5 milhões à campanha em 2010; ação no TSE investiga repasses
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai fazer uma análise
sobre as citações a supostas doações ilegais à campanha da presidente
Dilma Rousseff em 2014, presentes na delação de Ricardo Pessoa, aos
mesmos moldes do que foi feito com as menções à campanha da petista de
2010, transcritas na delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto
Costa. Janot vai usar os mesmos critérios jurídicos e de investigação ao
avaliar as citações a Dilma na delação de Pessoa, dono da construtora
UTC, segundo fontes com acesso às investigações. A partir dessa análise,
ele decidirá sobre pedidos de abertura de investigação.
Janot, no entanto, considerou que, pelo teor das delações, a “suposta
solicitação de vantagem” deveria ser apurada. Assim, o caso foi
remetido à primeira instância da Justiça Federal no Paraná, onde um
inquérito foi aberto para investigar a atuação do ex-ministro Antonio
Palocci. O ex-diretor da Petrobras afirmou ter recebido um pedido de
Youssef para autorizar o uso de R$ 2 milhões, supostamente desviados de
contratos com a estatal, na campanha de Dilma em 2010. O pedido teria
sido feito por Palocci. Youssef negou ter pedido.
A delação de Pessoa trouxe suspeitas para o financiamento da campanha à reeleição de Dilma. O dono da UTC disse ter sido procurado pelo tesoureiro da campanha, Edinho Silva, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Pessoa afirmou ter sido lembrado por Edinho a respeito dos contratos da UTC na Petrobras.
A empreiteira doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, segundo os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro da Secom e a presidente Dilma sustentam que as doações foram legais. Uma ação no TSE, movida pelo PSDB, investiga esses repasses.
A
partir da delação de Pessoa, surgiram dezenas de petições ocultas no
STF. Cada uma corresponde a um dos fatos detalhados pelo empreiteiro.
Ainda não se sabe se uma das petições se refere ao episódio envolvendo
Edinho e se Janot vai pedir abertura de inquérito para investigá-lo.
A delação de Pessoa trouxe suspeitas para o financiamento da campanha à reeleição de Dilma. O dono da UTC disse ter sido procurado pelo tesoureiro da campanha, Edinho Silva, atual ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Pessoa afirmou ter sido lembrado por Edinho a respeito dos contratos da UTC na Petrobras.
A empreiteira doou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma, segundo os registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro da Secom e a presidente Dilma sustentam que as doações foram legais. Uma ação no TSE, movida pelo PSDB, investiga esses repasses.
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Fonte: O Globo