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sábado, 16 de julho de 2022

'Não podemos ficar recebendo dose de reforço para sempre', diz Natalia Pasternak - O Globo

A microbiologista Natalia Pasternak, colunista do GLOBO e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) se tornou uma das principais vozes da comunicação científica durante a pandemia. 

O que podemos esperar da próxima geração de vacinas?
Fizemos grandes avanços no desenvolvimento de vacinas. Temos a primeiras vacinas bivalentes, que já incluem alguma cepa Ômicron ou derivada para tentar diminuir um pouco o escape vacinal da Ômicron. Elas já devem contribuir bastante para diminuir os casos de reinfecção que estamos vendo com mais frequência agora. E as vacinas nasais. É importante não as confundir com o spray nasal de Israel. Vacina nasal é uma vacina e não um antiviral. A única diferença é que ela vai pelo nariz em vez de ser injetável. A grande vantagem disso é que ela estimula a imunidade de mucosa, que é uma imunidade mais local. Então a porta de entrada do vírus já fica mais preparada com essa vacina do que com uma vacina injetável. Com isso, provavelmente vamos conseguir diminuir a circulação do vírus, que é o que a gente precisa. Com as vacinas que temos hoje, conseguimos diminuir muito o número de doenças graves, hospitalização e óbito, mas a doença continua circulando. As vacinas nasais podem ser uma boa estratégia para diminuir realmente a circulação do vírus e a incidência da doença. Elas poderiam ser usadas como reforço e entrar no regime vacinal.

A vacinação contra Covid-19 continuará com reforços contínuos ou será mais parecida com a da gripe, com apenas uma vacina anual?
Sabemos que as pessoas estão ansiosas. Mas é difícil responder isso agora. Sabemos que não podemos ficar recebendo dose de reforço para sempre e temos algumas estratégias para isso. Primeiro, precisamos alcançar uma vacinação global porque enquanto não tivermos uma vacinação mais equitativa, a chance de surgirem novas variantes que escapam à proteção das vacinas continua e vamos ficar fazendo o que? 
 Cada hora dando mais reforço, que incluem as variantes novas? Então é essencial diminuir a incidência desse vírus globalmente e não só localmente, nos países ricos. Outra estratégia que eu acho que pode ser muito promissora são as vacinas nasais, que estão sendo testadas. O motivo para termos vacinais anuais para a gripe é porque todo ano surgem novas variantes e precisamos redesenhar as vacinas para incluir as variantes que estimamos que vão circular naquele ano. Não sabemos se com a Covid vai ser sempre assim ou se de repente vamos conseguir diminuir a incidência de tal modo que não circulem mais variantes. Se formos estimar pelo que temos hoje, é óbvio que precisaremos de reforço. Mas pode ser que com boas vacinais nasais e um bom regime vacinal combinado, isso tudo mude. É muito cedo para ficar batendo o martelo nessas coisas.

Quando a pandemia vai acabar?
Só saberemos que a pandemia acabou, olhando para trás.
Não é possível definir isso quando ainda estamos no meio da pandemia. Em algum momento no futuro, talvez daqui um ou dois anos, vamos olhar para trás, olhar as curvas de incidência, hospitalização e óbito e dizer “nesse momento aqui, a pandemia acabou”. Não dá para prever que a pandemia irá acabar no mês tal. Até lá, vamos acompanhando e fazendo estimativas. Mas dizer quando terminou, só é possível olhando para trás. Eu sei que é frustrante porque gostaríamos de ter uma bola de cristal, mas precisamos ter a humildade de comunicar o que não sabemos. Não sabemos quando vai terminar. Mas sabemos que já melhorou muito e isso é muito legal. 
(...)

Primeiro, tivemos a pandemia de Covid. Em seguida, veio a hepatite misteriosa e agora, a varíola dos macacos. Há algo em comum que está motivando esses surtos de doenças incomuns? 

(...) 

Em Saúde medicina - O Globo  Continue lendo


domingo, 16 de janeiro de 2022

Um ano após iniciar vacinação, Brasil amplia meta de cobertura - O Globo


Especialistas acreditam que, para proteção agora, é preciso vacinar completamente 100% dos brasileiros e ampliar dose de reforço

Com cerca de 68% da população totalmente imunizada, país enfrenta o desafio de alcançar todas as faixas etárias 
 
Atualmente, há estudos em andamento para habilitar vacinas para menores de seis meses a 4 anos. A Pfizer, cujo imunizante é o único autorizado para crianças no país, já realiza testes na faixa etária que agrega bebês e crianças menores. Em dezembro do ano passado, a Anvisa autorizou a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos de idade.

— Temos vacinas (para outras doenças) hoje para crianças com 10 dias, recém-nascidas. Espero que se ampliem os estudos e possamos ter vacinas contra Covid-19 para todas faixas etárias. Iremos avaliar esses imunizantes com o mesmo rigor, independentemente de ameaça. A Anvisa não se curvará às ameaças. É importante ampliar as vacinas de forma segura e passar isso à população, de que essas vacinas são analisadas com o maior rigor técnico, de forma que todos possam ofertar seu braço a se vacinar, inclusive os recém-nascidos, se assim viermos a ter uma vacina para bebês — afirmou a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, responsável pela área de vacinas.[incabível que ocorram ameaças em assunto tão sério - mas, nada impede que os responsáveis por pareceres sérios, responsáveis, fundamentados na ciência, tenham até orgulho que seus nomes, e mesmo os pareceres, sejam divulgados.]