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quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Inquéritos não são portes de armas destravadas. - Percival Puggina

A imprensa militante destacou como acintosa e imprópria a ausência do presidente da República na posse de Rosa Weber no comando supremo do Supremo. Bolsonaro se fez representar por Paulo Guedes.

 Cabe bem, aqui, o provérbio: “Tanto vai o cântaro à fonte que um dia lá deixa a asa”. Essa asa se partiu há bom tempo
Alguém pode achar saudável que o noticiário político seja absorvido por atos do STF, no entanto, um pouco de juízo basta para perceber, nisso, sintoma de grave enfermidade. Trata-se de algo totalmente anômalo. E cansativo.   
 
A política não pode ser polarizada por um poder sem voto. Eminentes juristas, ex-ministros do Supremo, jornalistas bons e experientes advertem para os malefícios causados por tão claro desvio de rota. Se fez presente, o STF, nas festividades oficiais do 7 de setembro? Não. 
No caso, para a mesma imprensa militante, foi tudo como tinha que ser. Atende, o STF, algum pedido do presidente? Não. Mas também nisso está tudo bem para os plantonistas da mídia engajada.
 
Pouco antes da posse, a ministra Rosa Weber indeferiu o pedido da PGR para que se encerrassem os inquéritos abertos contra o presidente da República como decorrência do relatório da espalhafatosa e politiqueira CPI da Covid. 
O órgão titular da ação penal pública disse não ter encontrado motivos consistentes para dar continuidade às investigações. 
A ministra, mesmo assim, reproduz o padrão do poder que passaria a presidir: dane-se o ministério público.

Manter inquéritos abertos no Supremo virou uma espécie de porte ostensivo de arma destravada...

Em outras palavras, a ministra optou por desacreditar a PGR e atribuir maior valor ao denuncismo desvairado de Renan Calheiros, um senador de má reputação, que em 14 de setembro de 2021 tinha nove inquéritos abertos no STF.  

Mas, aparentemente, nada disso tem algo a ver ou dá razões para a tão reprovada polarização...

LEIA TAMBÉM:  O dia em que Ruy Barbosa falou para nós

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. 

 

domingo, 16 de janeiro de 2022

Um ano após iniciar vacinação, Brasil amplia meta de cobertura - O Globo


Especialistas acreditam que, para proteção agora, é preciso vacinar completamente 100% dos brasileiros e ampliar dose de reforço

Com cerca de 68% da população totalmente imunizada, país enfrenta o desafio de alcançar todas as faixas etárias 
 
Atualmente, há estudos em andamento para habilitar vacinas para menores de seis meses a 4 anos. A Pfizer, cujo imunizante é o único autorizado para crianças no país, já realiza testes na faixa etária que agrega bebês e crianças menores. Em dezembro do ano passado, a Anvisa autorizou a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre 5 e 11 anos de idade.

— Temos vacinas (para outras doenças) hoje para crianças com 10 dias, recém-nascidas. Espero que se ampliem os estudos e possamos ter vacinas contra Covid-19 para todas faixas etárias. Iremos avaliar esses imunizantes com o mesmo rigor, independentemente de ameaça. A Anvisa não se curvará às ameaças. É importante ampliar as vacinas de forma segura e passar isso à população, de que essas vacinas são analisadas com o maior rigor técnico, de forma que todos possam ofertar seu braço a se vacinar, inclusive os recém-nascidos, se assim viermos a ter uma vacina para bebês — afirmou a diretora da Anvisa, Meiruze Freitas, responsável pela área de vacinas.[incabível que ocorram ameaças em assunto tão sério - mas, nada impede que os responsáveis por pareceres sérios, responsáveis, fundamentados na ciência, tenham até orgulho que seus nomes, e mesmo os pareceres, sejam divulgados.]