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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Motorista que atropelou três jovens em Ceilândia vai responder em liberdade

De acordo com a Polícia Civil, José Joaquim Pacheco Portela, 62 anos, apresentava sinais de embriaguez e foi solto em audiência de custódia. As três vítimas seguem internadas 

O motorista autuado por embriaguez ao volante e três tentativas de homicídio —  relacionadas ao atropelamento dos primos de 14 anos, Iago e Luan, e da jovem Gabriela, de 16 anos responderá os crimes em liberdade. A decisão foi dada durante a audiência de custódia, sob o argumento de que , "não há elementos que indiquem que a soltura causará alguma perturbação à ordem pública". De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o suspeito, José Joaquim Pacheco Portela, 62 anos, já tinha uma passagem por envolvimento em um acidente enquanto dirigia sob efeito de álcool, em 2017. [até quando as audiências de custódia serão sinal de impunidade e também de estímulo e motivação para novos crimes;
o individuo já tinha passagem por dirigir embriagado e se envolver em acidente.
Agora, atropela três e recebe um atestado que "não há elementos que indiquem que a soltura causará alguma perturbação à ordem pública."
Agora, depende dele, exclusivamente dele,  se sentir estimulado o suficiente para assumir a direção de outro veículo, tomar todas, e se envolver em novo acidente. 

Ao mesmo tempo sua permanência em liberdade, sendo vizinho das vítimas, pode ser motivação para novos conflitos - é dificil, para os familiares das vítimas, verem o individuo que fez o que fez, que causou a tragédia, circular em liberdade.]


O crime aconteceu no fim da tarde de sexta-feira (3/5), no Conjunto J da QNP 21, em Ceilândia. Segundo as apurações, José Joaquim andava na contramão e em alta velocidade no bairro residencial quando atingiu os três adolescentes pelas costas. O veículo parou apenas depois de se chocar contra um contêiner. 

Pai de Iago, o contador Pedro Pereira, 44, conta que, no momento do acidente, estava em casa, há poucos metros do local. Após ouvir o grande barulho, a esposa dele e mãe do menino, Sheila, de 35 anos, foi até a rua para saber o que havia acontecido. "Ela viu primeiro a amiga e vizinha, depois o sobrinho e por último nosso filho, que estava com as pernas presas embaixo do reboque. Corri para socorrê-lo e fiquei ali, segurando a mão dele e tentando acalmá-lo". 

Segundo relato dos familiares das vítimas, os três estavam sentados no meio-fio próximos de casa e haviam saído para comprar um dindim na casa vizinha. O caso de Iago foi o mais grave dentre os três. Ele precisou ser levado de helicóptero para o Hospital de Base, onde segue internado. O pé esquerdo precisou ser amputado e a equipe médica luta para conseguir salvar a perna direita do jovem. "Ele tem que sentir e o sangue precisa correr. A gente só pede o tempo todo que os médicos tentem de tudo, até o impossível. Então agora é esperar uma reação", explica Pedro. 

A jovem Gabriela ainda está internada no Hospital de Ceilândia e os médicos avaliam se será necessário submetê-la a uma cirurgia na bacia. Já Luan recebeu alta horas depois do acidente. O motorista também precisou de atendimento médico, uma vez que sofreu escoriações na cabeça. Ele recebeu os cuidados na UPA de Ceilândia e, depois, seguiu até a 24ª DP, na companhia de policiais.

O quadro de saúde do acusado só não foi mais grave porque o próprio pai de Iago impediu que o homem fosse linchado pelos vizinhos. "Eu gritava para que o pessoal não machucasse o homem. A Justiça não é feita com nossas próprias mãos, não somos animais irracionais. Sei que ele acabou conquistando o direito de responder em liberdade e isso me deixa aflito. É um vício e ele pode acabar fazendo outras vítimas. Espero que a lei não falhe e que ele não saia impune", afirma Pedro. 

Correio Braziliense