Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Polícia Civil. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Polícia Civil. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 12 de junho de 2023

Os dilemas de Lula e as estranhas decisões do Judiciário - Alexandre Garcia

Gazeta do Povo - VOZES

Nos próximos dias, Lula terá que tomar decisões difíceis que envolvem o agronegócio, ambientalismo e aliados políticos [Resultado: vai dar ... vai feder e f ... com os brasileiros]

Nos últimos dias, o presidente Lula, na solidão da praia baiana, lá na base naval de Aratu, deve ter pensado muito sobre os seus dilemas, que ele tem evitado voando para o exterior – agora, depois do dia 20, vai para Paris.
Quais são os dilemas? Ele tem que tomar uma decisão: ele não gosta do agro? O agro é fascista? 
O agro é contra ele? Ele adora a Marina e o Ibama? E o ambientalismo? Vai ter que tomar decisões, porque as pessoas ficam esperando. O que vai acontecer?
 
O agro hoje, que tem 300 deputados federais entre os 513, já é uma pesada maioria em praticamente todos os partidos. 
E por outro lado, Lula tem seus amores pelo MST e está meio em rusga com a Marina e com o Ibama. Afinal sai uma ferrovia para escoar grãos, e “ah, mas tem um parque ali, a ferrovia não pode...”. 
E pode explorar petróleo na foz do Amazonas antes que o petróleo perca todo o valor?  
Vamos deixar essa riqueza no solo? Ele vai ter que tomar uma decisão. 
É difícil, mas vai ter que tomar uma decisão.
 
A estranha decisão do STF, que anulou apreensão de 695 quilos de cocaína
E outra decisão muito estranha – eu não comentei aqui ainda – foi a anulação, pelo Supremo, da apreensão de 695 quilos de cocaína num armazém no porto de Itaguaí, no Rio de Janeiro, porque não houve mandado de busca e apreensão. 
A polícia recebeu uma denúncia anônima, havia indícios fortes do cometimento do crime, e estava lá a prova do crime.  
A Polícia Civil foi a primeira a entrar, mas a Polícia Federal foi chamada, porque era competência dela. E tudo foi anulado.
 
Mas aí eu comparo com o que fizeram com o celular do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Cid: apreenderam o aparelho para ver a história do cartão de vacina, mas na verdade foi para bisbilhotar as mensagens dele. 
Também a busca e apreensão não está aí para fazer bisbilhotagem e quebrar todo o sigilo que é garantido pela Constituição. 
E aí começa: “Ah, parece que nas mensagens fala em golpe e tal”. É um negócio assim, o terreno da fofoca.
 
STF contrariou novamente entendimento do TRE, desta vez para mudar substituto de Deltan
Outra coisa estranha é que mais uma vez o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) é contrariado por Brasília, pelo Judiciário de Brasília. 
Primeiro o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contrariou cassando o Deltan Dallagnol, após o TRE do Paraná considerar o registro dele pleno e legal. Mas depois acharam que sua candidatura era para fugir da possibilidade de, no futuro, ele responder por uma ação disciplinar.
 
E agora a escolha do suplente: O TRE-PR disse que suplente do Deltan deveria ser o pastor Itamar Paim, do PL, que é bolsonarista e teve 47 mil votos nas eleições do ano passado. Mas o Supremo diz que é o Luiz Carlos Hauly, que somou 11 mil votos. 
Ele é do mesmo partido do Deltan Dallagnol – já foi sete vezes deputado federal. Enfim, são coisas que o leigo não consegue entender, né? É meio difícil para o leigo entender.
 
Djokovic tricampeão e as vacinas
Por fim, queria mencionar aqui a vitória do Novak Djokovic no Roland Garros. Tricampeão!  
Ele, que está com quase 100 títulos e mais de mil vitórias, esfrega na cara dos australianos – que, numa atitude obscurantista, como lembra o deputado Osmar Terra (MDB-RS), chegaram a impedi-lo de competir porque não tinha cartão de vacina, e sim um certificado atestando que já havia tido Covid-19 e, portanto, estava com a defesa natural em dia, em ordem, e não tinha como pegar a doença de novo, nem passar para os outros.
 
Pois é. Essas coisas todas acabaram prejudicando, aqui no Brasil, a necessidade de as pessoas tomarem as vacinas normais, já aprovadas, testadas, que não são experimentais. 
 Essa rotina de vacinas, inclusive para as crianças, está sendo prejudicada, infelizmente, pelo que sobrou da experimental. É uma pena isso.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


quinta-feira, 16 de fevereiro de 2023

Izalci Lucas rebate fala de Flavio Dino sobre o reajuste para policiais

Ao ser perguntado sobre o reajuste para policiais, durante a cerimônia de posse do diretor-geral da PRF, o ministro Flávio Dino, respondeu que "Deus proverá''.

O senador Izalci Lucas (PSDB/DF) rebateu a fala do ministro da justiça Flávio Dino sobre o reajuste para policiais durante uma entrevista. O momento ao qual o parlamentar se refere é a frase que o ministro disse durante a cerimônia de posse do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira, em 8 de fevereiro. 

Não há uma só reunião em que a senhora governadora em exercício Celina Leão, o diretor geral da Policia Federal, Andrei Rodrigues, e Antonio Fernando não me perguntem sobre o aumento. (...) É verdade e eu já vou pronto para responder que deus proverá", disse o ministro, durante o evento. 

Para Izalci, Dino demonstrou desconhecimento da situação pela qual passam as forças de segurança do Distrito Federal. "Vi [a fala] com muita preocupação. Mostrou não só desconhecimento da situação como também foi desrespeitoso com a categoria e com os cristãos brasileiros.[o ministro é comunista = entre as condições necessárias para ser comunista, está a de ser ateu; certamente, sua consideração aos VALORES CRISTÃOS é ZERO x3.] Ele sabe perfeitamente que cabe ao Governo Federal a solução desse problema que há muito se arrasta", destacou. 

De acordo com o senador, o efetivo da Policia Militar no DF deveria ser de 18.673 policiais, mas hoje a corporação trabalha com 10.582 policiais. Desses, 7.800 estão nas ruas, enquanto os demais estão em atividade meio, sendo que cerca de 800 afastados por problemas de saúde.

"Além disso, o trabalho voluntário remunerado daqueles que já estão na reserva não é atrativo porque a tributação em cima do auxílio que recebem é muito alta (...). Na Polícia Civil, a situação também é ruim. Deveríamos ter 8.969 servidores, entre delegados, agentes e demais profissionais da área, no entanto na ativa temos apenas 3.864", disse Izalci.

O parlamentar finalizou dizendo que o Governo do DF tem recursos para os reajustes. "A questão é que o GDF só pode repassar se for aprovado pelo Congresso uma Medida Provisória ou um Projeto de Lei do Executivo. O ministro Dino, ao que me parece, desconhece totalmente a realidade. E aí vai meu recado para ele: não coloque na mão de Deus aquilo que o homem pode e deve fazer", detalhou.

Cidades - Correio Braziliense


terça-feira, 17 de janeiro de 2023

O plano mirabolante para trazer líder de facção a presídio do Rio

Advogado e policial civil estariam envolvidos na estratégia de transferir Rogério 157 de Rondônia ao Rio de Janeiro

O traficante Rogério 157

 O traficante Rogério 157 é preso na comunidade do Arará, na zona norte do Rio, durante uma megaoperação das forças policiais - 06/12/2017 MAURO PIMENTEL/AFP

O traficante Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, teria elaborado uma estratégia para sair do presídio federal de Rondônia para uma unidade penitenciária do Rio de Janeiro, através de uma artimanha legal. De acordo com a Polícia Civil, que desmantelou o plano nesta terça-feira, 17, o advogado do criminoso, junto a um policial civil, atrapalhariam o estado a enviar o ofício de renovação da prisão de Rogério para o estado Rondônia, o que abriria uma brecha na lei para que a defesa do condenado pedisse sua volta ao Rio de Janeiro.

O parecer é um atestado da justiça estadual a respeito da periculosidade do indivíduo, o que justificaria sua distância à região de origem. Na divisão de tarefas, o advogado seria responsável por elaborar o pedido de “devolução” do traficante, enquanto o policial faria ponte com membros da Subsecretaria de Inteligência, para “atrasar” o envio do documento, que deveria ser entregue até o final de janeiro. Segundo a Polícia Civil, o advogado foi detido e o agente envolvido está foragido.

Rogério 157 , que é apontado como um dos líderes do Comando Vermelho na Rocinha, foi condenado na Justiça a 61 anos de prisão.

Brasil - Revista VEJA


quarta-feira, 29 de junho de 2022

Ibaneis, ainda governador do DF, assume compromissos com policiais e bombeiros e agora quer que o Governo Federal assuma

Promessa de reajuste de policiais e bombeiros deve ficar no papel

Governo transfere a responsabilidade para Bolsonaro, mas, na campanha de 2018, o candidato ao Buriti disse que pagaria a recomposição até com recursos do DF

O governador Ibaneis Rocha (MDB) corre o risco de entrar em campanha à reeleição sem cumprir um dos principais compromissos de 2018: a concessão da paridade dos salários de policiais civis aos dos policiais federais, com o mesmo aumento de 37% para as demais forças de segurança. O prazo para conceder a recomposição salarial termina nesta sexta-feira, de acordo com o estabelecido pela Lei 9.504/1997. Mas não há sinalização de que a promessa vai vingar.

Segundo a chamada Lei das Eleições, não é permitido aumentar salários de servidores no período de 180 dias que antecede o fim do mandato. Ibaneis repassa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) a responsabilidade de conceder qualquer reajuste. De fato, a Presidência da República precisar enviar ao Congresso Nacional uma medida provisória ou um projeto de lei para que o parlamento autorize a recomposição, pois a segurança pública é custeada pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal. [Ibaneis é o campeão das promessas não cumpridas e das simulações - as promessas a tentativa de sair fora do que prometeu aos policiais é um exemplo e as simulações é construir hospitais e escolas (melhor dizendo, anunciar que concluiu determinado hospital ou escola e omitir que não contratou médicos, enfermeiros para os hospitais e professores para as escolas e fica tudo fechado se estragando.)]

Mas Ibaneis fez um compromisso na campanha de 2018. Fez reuniões com os sindicatos da Polícia Civil (PCDF) e criticou o então governador, Rodrigo Rollemberg (PSB), por não ter liberado a equiparação com a Polícia Federal para a Polícia Civil, uma paridade histórica. Em uma das reuniões entre o primeiro e o segundo turnos, em 13 de outubro, Ibaneis prometeu a representantes das forças de segurança a paridade salarial dos policiais civis e garantiu que os militares teriam aumento proporcional — acréscimo de 37% na remuneração. "Já está tudo calculado. Se for necessário, usaremos recursos do Distrito Federal para manter as forças de segurança", afirmou na ocasião o então candidato.

Desde que assumiu, em 2019, o discurso mudou. Ibaneis concedeu, a partir de 2020, um acréscimo de 8% nos contracheques, mas o valor é bem abaixo da paridade prometida. Neste ano, o governador encaminhou à Presidência da República uma proposta de aumento de 10% para as forças de segurança. Mas o documento não foi enviado por Bolsonaro ao Congresso. "O prazo estabelecido está acabando, e não vemos nenhum gesto do governo para que o aumento saia", reclama Alex Galvão, presidente licenciado do Sindicato dos Policiais Civis do Distrito Federal (Sinpol-DF).

O presidente do Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo-DF), Marcelo Portella, esteve com o governador Ibaneis Rocha na semana passada, para pedir empenho nessa reta final. O encontro contou com a presença do presidente Sinpol-DF, Enoque Venâncio; do presidente da Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB); do deputado Hermeto (MDB); do ex-presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal (Codhab) Wellington Luiz; e dos comandantes das forças de segurança do DF.  Uma semana depois, os representantes dos sindicatos perderam as esperanças. "Já fizemos o possível. Iremos, agora, conversar com os candidatos. É hora de obter compromissos. Estamos cansados de promessas não cumpridas", disse o presidente do Sindepo-DF.

Marcelo Portella afirma que os policiais civis estão deprimidos pela defasagem salarial. "A categoria está adoecida. Vão colocar a culpa no presidente (da República, Jair Bolsonaro). Mas não vimos empenho suficiente do governador nem do delegado-geral (da Polícia Civil, Robson Cândido) para tentar cumprir as promessas de campanha", critica Portella.

Na saída da reunião da semana passada, o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo, disse que o governo Ibaneis fez muito pelas forças de segurança pública: nomeação de mais de 3,5 mil profissionais; reduções de interstício da Polícia Militar; plano de saúde para a Polícia Civil; entre outras medidas. "Colocamos toda a valorização feita pelo governador, as diversas reduções de interstício, o aumento de 8% concedido lá em 2019, o plano de saúde para a Polícia Civil, o auxílio-uniforme e o aumento do auxílio-alimentação da PCDF, os mais de 3,5 mil nomeados e o concurso em andamento da PCDF, além dos aprovados para o ano que vem da PMDF e do Corpo de Bombeiros", acrescentou. [além da péssima remuneração concedida aos policiais civis,  policiais militares e bombeiros, o Ibaneis não contrata nem um terço do que precisaria contratar para equiparar o efetivo de hoje das forças de segurança ao inicio do século.
Ibaneis, o  protetor da cidade de Corrente no PI, promete mas sem a menor intenção de cumprir. Muitos devem lembrar que na campanha, qualquer promessas era seguida da garantia que se não houvesse verba, grana, ele pagaria do próprio bolso. Foi ser eleito e passou a usar roupas sem bolsos.]

Marcelo Portella diz que a PCDF teve muitas perdas salariais nos últimos anos. "Somos, hoje, o 19° (lugar no ranking do) salário de delegado de polícia entre os 27 estados da Federação", lamenta.

Cidades - Correio Braziliense
 
 

segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Crise entre poderes - Para coibir violência no 7 de setembro, governo de SP fará maior esquema policiamento da história - O Globo

Malu Gaspar

Quatro mil PMs e helicópteros para conter violência no 7 de setembro em SP  

[NÃO VAI ACONTECER NADAa violência alardeada só está na cabeça insana dos arautos do pessimismo;
Esta notícia é para cumprir pauta = além de lembrar a inadequação dos meios, incluindo quantidade, perguntamos: alguém em sã consciência é capaz de acreditar que fosse acontecer algo o 'joãozinho' teria o comando?
]

O governo de SP prevê a chegada a São Paulo de centenas de ônibus contratados por ruralistas e empresários simpáticos a Bolsonaro. A previsão de que os atos de 7 setembro serão grandes e com risco de violência fez com que o governo de São Paulo montasse o maior esquema de monitoramento e policiamento já realizado na história das manifestações políticas na cidade.  "A preocupação não é com a manifestação, esse é um direito legítimo da democracia garantido pela Constituição. A preocupação é com a violência que possa haver durante os atos e principalmente no encerramento das manifestações", diz o  governador João Dória. 

Crise entre poderesCarta assinada por 1500 acadêmicos dos EUA e Europa alerta para risco de repetir no Brasil invasão do Capitólio [sugestão prática: vamos torcer para que a carta assinada pelos acadêmicos seja longa, impressa e com elevada tiragem = na crise que atravessamos pode ser usada como papel higiênico, etc.
 
Entregar carta para o Biden é outra mancada - com a ideia genial de evacuar primeiro as tropas e de depois os civis e o democrata americano tem que se preocupar é se vai conseguir cumprir seu mandato = em seis meses foi mais incompetente que o Trump em quatro anos.]

Serão 4 mil policiais militares com 100 cavalos e mais de 1400 viaturas, três helicópteros e seis drones, distribuídos pelos dois locais onde haverá atos públicos: a avenida Paulista, onde estarão os manifestantes pró-Bolsonaro, e o vale do Anhangabaú, onde ficarão os manifestantes contra o presidente. As polícias rodoviária estadual e federal também foram acionadas para patrulhar as estradas e acessos a São Paulo.

Para diminuir o risco, o serviço de inteligência do governo do estado, junto com a PM e a Polícia Civil, vai revistar os carros de som antes dos atos e todos os manifestantes que chegarem com mochilas, bolsas ou qualquer volume que possa conter armas.  Ao longo da semana passada, o governo do estado tentou proibir a realização de atos contra Bolsonaro no mesmo dia dos atos do 7 de setembro, mas a Justiça concedeu liminar autorizando os protestos.

Malu Gaspar, colunista - O Globo


sábado, 4 de setembro de 2021

Os juízes do "tribunal do crime": a guerra entre PCC e Comando Vermelho

DF e Entorno são palcos da atuação de grupos organizados do Brasil. O assassinato de Randerson Carmo, 24 anos, em 2 de julho, expôs a brutalidade de um "tribunal do crime" na capital do país. Desafio da polícia é conter a expansão dessas células

Um conflito bárbaro que dura quase 20 anos no país se expandiu para o Distrito Federal: 
a guerra entre as duas maiores facções criminosas do Brasil, o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro; 
e o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, leva violência a áreas do DF e do Entorno. 
A disputa por pontos estratégicos para comercializar drogas deixa um rastro de morte em diversos estados brasileiros e, recentemente, Brasília registrou o assassinato de Randerson Silva Carmo, 24 anos, integrante do CV, decapitado após ser submetido a umtribunal do crime, que durou mais de 10 horas, em Ceilândia, transmitido on-line. 
 
Para especialistas, a ação de faccionados na capital tem sido mais discreta do que em outras unidades da Federação, mas o fato de lideranças do grupo terem sido transferidas para a Penitenciária Federal de Brasília indica o incremento das ações do grupo. Esta semana, um integrante do PCC pertencente à célula do DF, que tinha como função gerenciar as atividades da facção, foi preso em Piracicaba (SP), na companhia de um suspeito de participar do ataque a bancos em Araçatuba

Dos quatro envolvidos no homicídio de Randerson, todos membros do PCC, dois foram presos pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), um morreu em confronto com a Polícia Militar, e o outro está foragido. O Correio esteve em frente à casa onde o jovem foi assassinado e observou intensa movimentação de homens entrando e saindo da residência. Vizinhos relataram à reportagem que o imóvel funciona como um ponto de tráfico de drogas, mesmo após o crime. 

Delegado do Grupo de Investigação de Homicídio (GIH) de Águas Lindas (GO), Vinícius Máximo está à frente do caso e afirma que a polícia tem trabalhado para impedir a instalação e a expansão de facções em regiões do Entorno. “Muitas das ordens dos faccionados, seja para execução, seja para tráfico, saem direto do presídio. Então, nosso monitoramento se concentra muito nas cadeias, para inibir o problema na raiz. Não sabemos ao certo quantos membros de facção estão em Águas Lindas, mas acreditamos que sejam muitos. Eles estão em toda a parte. Nesse caso, em específico, os autores ficavam no DF”, pontuou.

Execução
Fim da tarde de 1º de julho. Por volta das 17h, Randerson, conhecido como Chico Nóia, saiu de casa, em Águas Lindas de Goiás, sem dizer para onde ia. Aparentava estar nervoso, segundo relatou a amiga que morava com ele, em depoimento ao qual o Correio teve acesso com exclusividade. O encontro parecia estar marcado. Próximo a uma padaria da região, ele entrou em um gol branco ocupado por quatro homens, Fernando Gomes de Morais, o Esquerdinha; José Francisco Feitosa Filho, o Foguinho; Antônio Francisco Batista, o Pé na Porta; e um identificado apenas como Zóio. Mal sabia que passaria por uma longa sessão de julgamento, sob acusação de agir para tomar o ponto de tráfico comandado pelo PCC: a Praça Santa Lúcia, em Águas Lindas.

Foram 26km até chegar a uma casa alugada, na Quadra 9 do Setor Industrial de Ceilândia. No interrogatório, à polícia, Fernando contou que, além da rivalidade entre os membros, as duas facções estariam disputando o ponto de tráfico no município goiano. A sessão começou por volta das 20h30. Fernando deu detalhes aos policiais de como ocorreu o tribunal. Segundo ele, cerca de 100 membros do PCC, incluindo um dos líderes, participaram do julgamento. Após mais de 10 horas, a maioria votou pela execução.

Dada a ordem do assassinato, os líderes da facção ordenaram aos “encarregados” que decapitassem Randerson e jogassem a cabeça na Praça Santa Lúcia: seria uma forma de “mostrar o poder”. A vítima foi espancada e esfaqueada com golpes de tesoura.  
O passo a passo do crime foi filmado, como determina uma das leis da cúpula, e o vídeo circulou nas redes sociais.  

Investigação
A cabeça de Randerson foi encontrada na praça, ao lado de um saco plástico preto. Uma testemunha relatou à polícia que recebeu a notícia em um grupo de WhatsApp de moradores e foi até o local. Na volta para casa, disse ter visto Fernando em um bar debochando da situação, dizendo que precisaria sair do bairro o quanto antes, pois tinha assassinado Chico Nóia.

A mãe de Randerson mora no Pará e recebeu a notícia da morte do filho no mesmo dia. A mulher veio para Brasília e, em depoimento, contou que o último contato que fez com o filho foi em 1º de julho, quando ele ligou, disse que estava trabalhando e que pretendia morar sozinho. Narrou que o filho nunca chegou a comentar se era ameaçado ou se era integrante de facção.

Em uma intensa investigação, policiais civis do GIH deram início às diligências e, em 7 de julho, a equipe recebeu a informação de que um corpo decapitado estava em um matagal próximo à Quadra 9 do Setor Industrial de Ceilândia. A perícia constatou que se tratava de Randerson. “A partir daí, iniciamos as apurações para capturar os envolvidos”, disse o delegado Vinícius Máximo.

“Fizemos duas perícias na casa onde ocorreu o crime. Encontramos lençóis sujos de sangue e um buraco na parede onde supostamente eles tinham escondido a tesoura usada no crime”, completou o delegado-chefe da 24ª DP (Setor O), Raphael Seixas. Um dia depois de os policiais encontrarem o corpo, um dos suspeitos do crime, Antônio Francisco Batista, foi morto após atirar contra policiais militares de Goiás.

A PCGO prendeu Fernando e José poucos dias depois do crime. Ambos foram indiciados por homicídio e ocultação de cadáver e cumprem prisão preventiva na cadeia de Águas Lindas. Eles ficarão no Complexo Penitenciário da Papuda, uma vez que o assassinato aconteceu no DF. “Um dos envolvidos está foragido. Estamos intensificando as investigações para identificá-lo e capturá-lo”, reforçou o delegado Vinícius Máximo.

Segurança
No Complexo Penitenciário da Papuda, os presos membros de facção não são separados por cela ou pátio. Isso porque, na avaliação da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape-DF), é um meio de evitar o fortalecimento das organizações na cadeia.

No DF, a Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) é a unidade especializada da PCDF na desarticulação de facções criminosas na capital. Em maio deste ano, os investigadores capturaram o chefe da maior organização do Distrito Federal, o Comboio do Cão (CDC), Willian Peres Rodrigues, de 36 anos, que estava foragido desde 2017. Foram anos de investigação até chegar ao paradeiro do homem. O trabalho de monitoramento, no entanto, é sigiloso, para não atrapalhar as diligências.

Atitude dos governos

“Temos observado a expansão de facções prisionais por todo o país, mas também o surgimento de novos grupos, os quais têm se valido claramente da estrutura de Estado. Recentemente, a Polícia Civil do DF e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios desarticularam mais uma célula do PCC na capital com a deflagração da Operação Tríade. A PMDF também prendeu um membro que estava foragido no DF. A PCGO teve êxito na prisão de um membro do PCC em Brazlândia. Ou seja, temos observado ações muito pontuais das forças de segurança pública para impedir que facções se instalem no DF, a partir de investigações, sem, contudo, conseguir resolver efetivamente o problema, pois o PCC tem se organizado como uma hidra: corta uma cabeça e nasce outra. O PCC internacionalizou um modelo de facção cuja forma de autoadministração entre membros e lideranças é complexa e muito bem articulada e, o pior, a partir da infraestrutura oferecida pelo Estado. Enquanto o Estado não atacar a política de drogas, pensar na questão da seletividade penal e nos filtros da entrada do sistema prisional, no problema do encarceramento em massa, na questão dos presos provisórios e não priorização às penas e às medidas alternativas, dificilmente a economia do crime e as facções perderão força.”

Welliton Caixeta Maciel, professor de antropologia do direito e pesquisador do Grupo Candango de Criminologia (GCCrim), da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB).

Filiação
Natural do Pará, Randerson filiou-se ao CV em 2016 dentro da cadeia de Águas Lindas, onde cumpriu pena pelo assassinato de Jeferson Faria Nascimento, 17. Cerca de um mês após passar para o regime semiaberto, ele foi morto.

Preso o "geral do estado"
Mais conhecido como Luiz Adriano, o homem preso pelos investigadores da Decor da PCDF, na terça-feira, pertence à célula do PCC em Brasília e ocupava a função de “geral do estado” dentro da facção, segundo as investigações. O criminoso estava escondido em uma região de chácaras nos arredores da cidade de Piracicaba (SP), onde, de lá, geria os negócios do PCC na capital do país. As ações de Luiz Adriano foram investigadas no âmbito da Operação Tríade, deflagrada em junho deste ano pela Polícia Civil, como forma de conter a tentativa de estabelecimento do PCC no DF. Em decorrência dessa investigação contra o criminoso, constava mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça. No momento da prisão, os policiais detiveram outros dois homens, sendo que um deles estava com um ferimento em um dos braços, decorrente de troca de tiros com a polícia durante o mega-assalto em Araçatuba, que deixou três mortos e cinco feridos.
 
Cidades - Correio Braziliense

domingo, 20 de junho de 2021

Polícia investiga origem de bicicleta comprada por Matheus em site de vendas - O Globo

Paolla Serra 

Equipamento elétrico utilizado por jovem foi furtado de empresário em Ipanema, em fevereiro deste ano 

[será mais um caso de 'atirou no que viu' e 'acertou no que não viu?'] 

Bicicleta comprada por Matheus está sendo periciada por profissionais do Instituto Carlos Éboli (ICCE) e será devolvida ao proprietário. Foto: Divulgação
Bicicleta comprada por Matheus está sendo periciada por profissionais do Instituto Carlos Éboli (ICCE) e será devolvida ao proprietário. Foto: Divulgação

“A Polícia Civil informa que a bicicleta elétrica utilizada por Matheus Ribeiro foi apreendida por ser produto de furto e será devolvida ao seu legítimo proprietário. Matheus e um homem que vendeu a ele o equipamento estão sendo investigados pela receptação. O inquérito segue em andamento e apura também o furtador da bicicleta”, informou, em nota, a Polícia Civil.

Em depoimento prestado a delegada Natacha Alves de Oliveira, Matheus afirmou ter adquirido a bicicleta elétrica por meio de um site de classificados online, pelo valor de R$ 3.600. Ele contou ainda ter encontrado com o vendedor em um shopping em Del Castilho, na Zona Norte do Rio, mas apesar de ter pedido a nota fiscal, não a recebeu. O equipamento teria três meses de uso, segundo ele, e fora revendido a esse homem por um morador de Campos, no Norte Fluminense. Matheus disse também ter feito o pagamento com o cartão de crédito da namorada, Maria Elisa Sales Faes, e apresentou um comprovante da transação.

Com o número do chassi da bicicleta elétrica, os agentes foram até uma das lojas que vende a marca e descobriram que o equipamento estava em nome de um empresário. Eles ligaram para o rapaz, que levou para a polícia a nota fiscal e a chave original que liga a bicicleta. Na delegacia, o empresário contou ter sido vítima de furto na esquina das ruas Aníbal de Mendonça e Barão da Torre.

No depoimento, ele explicou ter estacionado a bicicleta na porta de uma academia de ginástica por volta de 17h30m de 18 de fevereiro. Uma hora depois, percebeu que o cadeado havia sido rompido e não encontrou testemunhas do crime. O rapaz comprou o veículo por R$ 7.980, na loja autorizada no mesmo bairro. No dia seguinte ao furto, retornou ao local e adquiriu outra bicicleta do mesmo modelo.

No registro de ocorrência feito na 14ª DP, o empresário consta como vítima de furto e Matheus, como envolvido na receptação, por adquirir e conduzir um produto de crime. Agora, os investigadores apuram o caminho percorrido pela bicicleta, entre o furto e a compra no site de classificados.

Compras online
Especialista em Direito Digital, o advogado Antônio Carlos Marques Fernandes explica que as compras online realizadas sem a emissão de nota fiscal trazem riscos aos compradores, que, na ausência do documento, não têm como comprovar a propriedade do bem adquirido. — No caso de uma pessoa que compra um produto que tenha sido roubado ou furtado, ela poderá responder pelo crime de receptação, ainda que tenha pago ou por ele e não saiba de sua procedência — pontua.

Professor de Direito Penal da PUC-Rio, Breno Melaragno afirma que, caso exista prova de que o comprador saiba que o bem seja produto de crime, ele será enquadrado na modalidade dolosa. — Na culposa, a pessoa deveria saber ou supor, pelas circunstâncias e pelo preço apresentado, que o produto tem origem em roubo ou furto. Essa interpretação caberá ao delegado de polícia e, depois, ao Ministério Público, que pode iniciar uma ação penal ou não, que será avaliada pelo Poder Judiciário. 

O criminalista Paulo Klein explica qual é a pena para a tipificação culposa do crime: — Em se tratando de crime culposo, a pena é de detenção de um mês a um ano, ou multa, podendo ser cumulada, e a competência para processamento e julgamento é do Juizado Especial Criminal, podendo o investigado ter o direito de fazer uma transação penal (pagamento de uma multa ou prestação de serviços comunitários) para não ser processado. Em caso de processo, o juiz pode deixar de aplicar a pena, dependendo das circunstâncias do caso concreto, e também se ele for primário.

De acordo com o advogado Daniel Blanck, especialista em Direito Civil, as plataformas responsáveis pela venda também são passíveis de responsabilização: — Sobretudo com as restrições sociais impostas pela pandemia da Covid-19, os sites de intermediação se tornaram grandes balcões de negócios, muitos deles feitos sem qualquer formalidade, seja nota fiscal ou certificação de procedência. As ofertas de produtos de baixo preço são comuns e, com isso, golpes e outros crimes são praticados.

Crime de calúnia
Em outro registro na distrital, Matheus consta como vítima de um suposto crime de calúnia cometido por Mariana Spinelli e Tomás Oliveira. O casal é acusado de racismo pelo professor de surfe por tê-lo interpelado na porta do Shopping Leblon. Na ocasião, eles haviam acabado de ter a bicicleta elétrica, idêntica à de Matheus, furtada.
Em depoimento, Matheus disse acreditar que o fato só tenha acontecido por ele ser negro. Ele negou que tenham havido ofensas expressas de caráter racial, mas disse ter se sentido triste, indignado e com raiva porque Mariana e Tomás já chegaram “acusando” o rapaz pelo furto e, em momento algum, disseram que tinham acabado de ser vítimas de um crime. [é Matheus, agora tens motivo para ficar um pouco mais triste; receptação é crime; 
teu desejo maldoso de punir inocentes por um crime que só cometeram no teu entendimento e de parte da mídia militante, te complicou. 
Se você fosse menos militante sem causa e  tivesse aceito as desculpas do casal, estarias com tua bicicleta - tudo indica que você praticou receptação culposa (crime comum entre os que se consideram espertos quando compram algum objeto pela metade, ou menos, do valor.)]

Já o casal afirmou que não abordou Matheus “em razão da cor da pele” do jovem e disse que teriam o mesmo comportamento caso de tratasse de uma pessoa branca. Anteontem, Igor Martins Pinheiro, de 22 anos, foi preso pelos agentes da delegacia suspeito pelo furto da bicicleta de Mariana e Tomás. Em seu apartamento, em Botafogo, foram localizados a bermuda que ele usava no momento do crime e ferramentas, como alicate de corte usado para romper cadeados. Imagens de câmeras de segurança, obtidas por O GLOBO, flagram a ação de Igor, que demorou menos de dois minutos.

Rio - O Globo


sexta-feira, 21 de maio de 2021

Para CPI, vírus é inocente, e Bolsonaro, o culpado - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

Senadores tentam a todo momento incriminar o presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid.

A CPI da Covid encerrou a semana ouvindo duas vezes o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. Para a próxima semana está agendado para terça-feira (25) o depoimento da número três do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, e na quarta-feira (26) serão decididas as próximas convocações.

Nesta quinta-feira (20), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) afirmou que a comissão está ouvindo só um lado na tentativa incriminar o governo federal e o presidente da República
 Ele lembrou que o governo enviou R$ 112 bilhões para estados e municípios no ano passado e fez transferências patrimoniais que somam R$ 40 bilhões.

O parlamentar lembrou que houve muito desvio de verba e que isso precisa ser investigado. Ele sugeriu que se chame o ex-ministro da Previdência Social no governo Dilma, Carlos Gabas, porque no momento ele é o executivo do consórcio do Nordeste que comprou centenas de respiradores que ainda não foram entregues.

Como o depoente é maltratado
Para vocês terem uma ideia da falta de educação na CPI. A primeira intervenção do general Pazuello na CPI foi interrompida pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que disse: “o senhor passou 10 minutos falando e não disse nada”. Aziz está se mostrando uma espécie de promotor adjunto. [será que o delegado que interrogou parentes do senador - foram presos e todo preso costuma ser interrogado - agiu com grosseria em relação aos presos - por roubalheira maciça e justamente na área da saúde?] Enquanto o advogado de Pazuello conversava com o ex-ministro, o relator Renan Calheiros (MDB-AL) interrompeu de forma repreensiva a conversa.

Para encerrar, a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP) acusou o ex-ministro de espalhar o vírus pelo país ao distribuir pacientes com Covid pelo país dada a superlotação dos hospitais de Manaus. Segundo a parlamentar, foi assim que a nova cepa que surgiu no estado foi difundida e que isso é um crime. Quando Pazuello foi responder, Gabrilli afirmou não estar interessada na resposta dele e pediu ao presidente se podia usar o tempo de réplica para fazer outra pergunta. [essa senadora anda sumida da mídia e usa tenta usar a CPI para se promover - lhe falta competência para voos mais altos e aparecer na mídia, ainda que por sua ignorância, é sempre uma forma de não sumir no ostracismo.]

E o senador Fabiano Contarato (Rede-ES), que é delegado da Polícia Civil, chegou a falar em prender Pazuello. Parecia que o parlamentar estava em frente a um meliante tentando intimidá-lo falando em quais artigos do Código Penal ele poderia ser incluído. [o delegado Contarato  esqueceu que apesar de senador, seu cargo continua sendo de delegado da Polícia Civil - e, mesmo entre os senadores e seus iguais o tratamento tem que ser respeitoso (até por uma questão elementar de educação). O delegado tem a obrigação de saber que, não sendo em situação de flagrante, até para prender um jovem prestando o Serviço Militar Inicial existe normas que devem seguidas.  
Imagine para prender um oficial-general. Sugerimos que tão logo o ilustre senador conclua seu mandato, que tudo indica é mandato único, ou é cassado ou não é reeleito - faça um curso de reciclagem. O senador deve estar desatualizado das boas maneiras devidas a todos e do respeito devido a um oficial-general do Exército - aliás, é bom ele ao se dirigir a um general utilize o tratamento Vossa Excelência, poderá ser advertido se faltar com tal OBRIGAÇÃO. 
Apesar da nossa notória aversão ao comportamento do senador Randolfe Rodrigues o cumprimentamos pelo 'puxão de orelhas' que aplicou, merecidamente, no delegado Contarato.]

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que atuava como presidente naquele momento, esclareceu que nos termos do habeas corpus Contarato faltou com urbanidade e estava fazendo uma ameaça. Depois o parlamentar foi até Pazuello, talvez para pedir desculpa.

Pazuello depôs de forma muito paciente e controlada. Ele respondeu todas as perguntas e não usou o direito de ficar em silêncio garantido pelo STF.  Eu repito, parece que a sentença está pré-estabelecida. O vírus é inocente, a culpa é da cloroquina e de Bolsonaro. Acusam o presidente de provocar aglomeração, mas antes diziam que Bolsonaro não tinha público. Isso é esquisito!

LEIA TAMBÉM:
Operação da PF contra ministro Salles surpreendeu até Bolsonaro

Um ministro do STF seria tratado como os depoentes da CPI da Covid?

Inauguração no Piauí
Bolsonaro viajou para a divisa do Piauí com o Maranhão para a inauguração de uma ponte estaiada de 185 metros sobre o rio Parnaíba, unindo os dois estados e o acesso de Tocantins e Bahia à ferrovia Norte-Sul — vale dizer, ao porto de Itaqui.
O ministro Tarcísio Freitas, da Infraestrutura, anunciou uma segunda ponte, na BR 330, com a mesma finalidade. Foi um dia movimentado para o presidente, que costuma fazer essas viagens para inaugurações às quintas-feiras.
  

Alexandre Garcia, colunista - VOZES - Gazeta do Povo  


domingo, 9 de maio de 2021

A polícia não mata sozinha - Bernardo M. Franco

O Globo

Quem dá cobertura aos policiais

MASSACRE NO JACAREZINHO

Uma operação com blindados e helicópteros aterrorizou o Jacarezinho e deixou 28 mortos no maior massacre da história do Rio. Na manhã seguinte, a Polícia Civil só havia identificado a vítima que usava farda. [que aliás, a mídia militante insiste em não destacar que na suposta chacina na favela Jacarezinho, a PRIMEIRA VÍTIMA foi um policial, assassinado friamente por um bandido emboscado em uma laje - não consta notícia que o bandido tenha forçado a entrada no local. 
Ao contrário, teve tempo para procurar o melhor ângulo, escolher a vítima e iniciar a chacina - a partir do momento em que houve a primeira vítima, - UM POLICIAL, devidamente uniformizado e desembarcando de um carro blindado (o que mostra se tratar de vítima escolhida), os bandidos se sentiram mais fortes, restando à Polícia Civil um único recurso: reagir.
Todos mortos foram identificados e apesar de até o momento apenas para três constar mandado de prisão, outros cumpriram, ou cumpriam pena. Dirão os fracassados advogados de porta de cadeia, que se arvoram em defensores de bandidos, "já pagaram sua dívida com a sociedade".
A mídia militante esquece que o individuo que cumpriu pena, ou está em liberdade condicional, e se junta a bandidos atuantes, armados com fuzis (e outras armas de uso restrito) quer, para dizer o mínimo, contrair nova dívida com a Sociedade.
Não pode ser esquecido que agora eles possuem expertise, fizeram graduação na universidade do crime, estão - ou estavam - mais qualificados para o crime.
Com certeza, são, ou esperavam ser,  mais competentes na especialidade do que o advogado - não vale a pena decorar o nome do causídico, que declarou que o Brasil foi condenado pela CIDH a fazer o que não disse, ou não sabia,  o que é.  
Se a entrevista não fosse interrompida, o ilustre advogado iria pedir o impeachment do presidente Bolsonaro - sempre acusado, sem provas, de ser o responsável por tudo que os inimigos do Brasil consideram prejudicial ao que consideram correto - mesmo que o correto  inclua condenar  quando bandidos, procurados e portando armas pesadas, são abatidos pela Polícia.
O que é a, ou o,  CIDH? 
deve ser uma dessas organizações que estão sempre tentando, e fracassando, revogar leis brasileiras, incluindo a Lei da Anistia. 
O Brasil, apesar de contrariar a muitos,  é UMA NAÇÃO SOBERANA e sentenças proferidas em outros países, precisam cumprir requisitos para apresentar alguma validade em nosso território SOBERANO.
Certeza é que esse CIDH deve cobrar do Brasil alguma taxa, em dólar, pelo suposto privilégio de integrar o dito cujo.]
 
 Sem conhecer as outras 27, o vice-presidente Hamilton Mourão sentenciou: “Tudo bandido”. O general está afinado com a tropa no poder. O governador Cláudio Castro, aliado do Planalto, classificou a matança como fruto de um “detalhado trabalho de inteligência”. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, fez piada com o relato de uma viúva. Há poucos dias, seu pai ergueu um cartaz com a inscrição “CPF cancelado”. O capitão é um velho defensor de milícias e grupos de extermínio.
“A polícia não mata sozinha. Esse tipo de discurso legitima a barbárie e a violência policial”, afirma o advogado Joel Luiz Costa, coordenador do Instituto de Defesa da População Negra. Criado no Jacarezinho, ele voltou à favela horas depois do banho de sangue. Percorreu as vielas, ouviu testemunhas e saiu convencido de que ocorreu uma chacina.[sempre vamos lembrar: chacina que começou com o assassinato de um  policial - cujo assassino estava em uma laje de uma casa da favela e teve tempo para escolher o momento certo para iniciar a chacina =  que apenas cumpria seu dever.
Os mandados de prisão foram expedidos pela Justiça, com base em denúncias do MP, cuja isenção não foi posta em dúvida. Sendo recorrente: cumprir mando de prisão em favela, especialmente no Rio, não é tarefa fácil. A reação dos bandidos é violenta e quase sempre busca demonstrar força = tanto que assassinaram um policial que estava desembarcando de um veículo blindado.]

Em 2018, o Rio elegeu um governador que se fantasiava de soldado do Bope e mandava a PM atirar “na cabecinha”. Seu substituto é mais discreto, mas quer provar que também tem DNA bolsonarista. Ao exaltar a inteligência da polícia, Castro ofende a inteligência alheia. A operação deveria cumprir 21 mandados de prisão, mas só cumpriu três. [se 21 mandados de prisão foram expedidos, podemos garantir que os nomes lá indicados, foram colocados por determinação judicial - cabendo a Polícia apenas cumprir.]

 Além de produzir uma carnificina na favela, feriu dois passageiros dentro de um vagão de metrô.[perguntamos: nos projéteis que atingiram os dois passageiros, consta o nome e CPF do autor dos disparos? dia, hora e lote em que foram produzidos?

Caso não conste tais dados, a 'insinuação' acusando que partiram da polícia é feita apenas pelo interesse de defender bandidos.] 

Representantes da OAB e da Defensoria Pública apontam outros abusos. Os policiais modificaram cenas e removeram os corpos sem perícia. [OAB e Defensoria Pública - os ilustres integrantes da 'defensoria pública' confundem sua função e a consideram apenas defender bandidos.(leia e confirme mais uma proeza, pró bandido, de uma  defensoria: segurança pública no DF - Justiça do DF multa DF por prender bandidos; multar hospitais por falta de atendimento, isso não fazem.)

Consta que uma defensora apresentou com riqueza de detalhes pontos da cenas do crime,que insinua foram alteradas pela própria polícia - fato inédito, já que qualquer alteração feita pela Polícia, seria para favorecer os policiais e o resultado apresentado incrimina os policiais. 

Restam dúvidas como foi possível a ilustra defensora atuar na cena do crime, sem desfigurar = levitação?] Depois levaram mais de 24 horas para entregá-los ao IML. Testemunhas relataram execuções sumárias e uso desproporcional da força. Apesar de tudo, a polícia se sentiu autorizada a comemorar a operação.

Na quinta, uma entrevista sobre o caso virou comício bolsonarista. O subsecretário Rodrigo Oliveira reclamou do “ativismo judicial” e disse que os defensores dos direitos humanos têm “sangue do policial nas mãos”. O delegado Felipe Curi julgou e condenou os 27 mortos pelos colegas. “Não tem nenhum suspeito aqui. A gente tem criminoso, homicida e traficante”, afirmou.

O chefe do setor que deveria investigar o massacre já se convenceu de que não há o que apurar. “Não houve execução. Houve sim uma necessidade real de um revide a uma injusta agressão”, disse o diretor do Departamento de Homicídios, delegado Roberto Cardoso. As declarações mostram o caso não pode ficar nas mãos da Polícia Civil. Além de ignorar regras e protocolos, a matança pisoteou a decisão do Supremo Tribunal Federal que proíbe operações em favelas durante a pandemia, salvo em casos excepcionais. Numa clara provocação, a polícia batizou a ação no Jacarezinho de “Exceptis”. Os responsáveis pela barbárie também não fariam isso sozinhos. Eles sabem que têm cobertura para desafiar o Judiciário e as leis. [sem entrar no mérito da decisão de um ministro do STF criando zona de exclusão a ações policiais nas favelas do Rio - se ocorreu violação da monocrática e suprema decisão, foi para cumprir ordem judicial, não cabendo à Polícia Civil do Rio, entrar em tal contenda. Manifestamos estranheza é que enquanto jornalista criticam - como habitual, críticas negativas -  comentários fundamentados de autoridades policiais, os mesmos profissionais  aprovam os brados de um alto comissário da ONU contra a Polícia. Nos parece que tal alto comissário, deve ser da mesma turma do comitê de boteco que teve a ousadia de recomendar a liberação do criminoso Lula = na ocasião 'encarcerado' na PF, por decisão de dezenas de juízes.]

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo

 

 


 

domingo, 6 de dezembro de 2020

Vídeo de PM com filho emociona web; cabo morreu após ser baleado em assalto a loja de Mesquita

O Globo

'Um jovem que desde 2013 estava na polícia e muito orgulhava seus colegas de farda e familiares', afirmou o governador em exercício, Cláudio Castro 

[o Brasil precisa levar a sério a necessidade do combate aos bandidos ser para neutralizá-los e acabar com o entendimento criminoso de se houve um confronto, morreu um bandido, os policiais já começam a ser investigados, tratados - até presos -  como se fossem os culpados.
 
O certo, o necessário é que o bandido entenda que foi abordado, se reagir, morre. Para isso é necessário que se aprove o 'excludente de ilicitude' de forma a estabelecer no Brasil o óbvio em qualquer país sério e deixar claro que policial é policial, suspeito é suspeito e se ao ser abordado faz movimento suspeito, tem que ser tratado como bandido. 
 
Suspeito que tenta se furtar a ação policial tem que ser neutralizado. Os defensores dos 'manos', a turma dos direitos humanos, vão dizer que a polícia não pode matar, o que é certo, desde que haja segurança para o policial que está trabalhando em prol da sociedade e é simples resolver isto: entre morrer um suspeito que ao ser abordado se torna mais suspeito, ainda que inocente, ou morrer um policial inocente e que está agindo no estrito cumprimento do DEVER LEGAL que morra, se inevitável,  o suspeito.
Precisamos acabar com essa conduta de 'houve confronto, morreu bandido, as investigações, e versões na mídia, já tratam o policial como se fosse ele o culpado'. Para as investigações e noticiários partirem considerando o policial inocente é necessário que ele esteja morto - especialmente se for policial militar. 
O policial tem o DIREITO, até mesmo o DEVER, de chegar em casa vivo.] 
O policial militar Derinaldo Cardoso dos Santos, de 34 anos, morreu na última sexta-feira, dia 4, após ser baleado na cabeça enquanto atuava contra assaltantes numa loja em Mesquita, na Baixada Fluminense. A morte do PM gerou comoção nas redes sociais, com diversas postagens de luto em sua homenagem. Entre elas, circulam imagens do PM junto ao filho. No vídeo, Derinaldo abre a porta de casa e é recebido com um abraço do pequeno.

O cabo chegou a ser socorrido ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) após o assalto. Segundo a assessoria de imprensa da unidade, ele deu entrada em estado gravíssimo, passou por uma cirurgia de emergência e foi levado ao CTI, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil investiga o crime, registrado por câmeras de segurança do estabelecimento, que conseguiram captar o momento em que um ladrão dispara contra o PM.


 Circulam fotos nas redes de um suspeito pelo crime preso neste domingo, dia 6. Em nota, a Polícia Militar informou que os "dois criminosos envolvidos na morte do Cabo Derinalto Cardoso" foram presos na tarde deste domingo em ação de equipes Subsecretaria de Inteligência da Polícia Militar (SSI), do 14ºBPM (Bangu) e do 2º Comando de Policiamento de Área, apoiadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). "A partir de dados de inteligência, os policiais localizaram e prenderam os dois criminosos em um imóvel na Vila Kennedy, na Zona Oeste da cidade do Rio. Os dois foram conduzidos para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense", afirma o comunicado.

"Na sexta-feira, a Polícia Militar prendeu um criminoso nas proximidades do estabelecimento na cidade de Mesquita e, após denúncias, um revólver calibre 38 com numeração suprimida e cinco munições usado na ação criminosa foi apreendido em Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio".

O governador em exercício, Cláudio Castro, se pronunciou sobre a morte do policial militar em uma postagem numa série sobre segurança pública no Twitter neste domingo, dia 6. Castro começou a sequência abordando as mortes por tiro de duas crianças, que são primas, em Duque de Caxias, e ainda outra morte de policial ocorrida em Nova Iguaçu. "A dor das famílias que perderam seus entes queridos é irreparável. Duas crianças na porta de casa e um policial exercendo sua missão. Desde as primeiras horas, a Polícia Civil realiza as investigações, e nós daremos uma resposta à sociedade. Minha solidariedade e orações", escreveu.

"Seguimos também com a investigação do assassinato do cabo Derinaldo Cardoso, em Mesquita. Um jovem que desde 2013 estava na polícia e muito orgulhava seus colegas de farda e familiares. Estamos de luto por essas perdas, mas determinados a elucidar ambos os casos.

E concluiu: "Sou defensor de uma política de segurança que atue com inteligência e focada em preservar vidas. A Subsecretaria de Vitimados dará todo o apoio às famílias. Vamos combater de frente a criminalidade em nosso estado. Não há lugar onde a polícia não possa entrar!".

Em O Globo - Matéria Completa

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Policiais e bombeiros do DF querem liberdade para trabalhar em outros órgãos

Coluna Eixo Capital/Por Ana Maria Campos

Relator da MP 971, que tratou da recomposição salarial de policiais civis, militares e bombeiros do DF, o deputado Luís Miranda (DEM-DF) enviou ao Palácio do Planalto a lista de emendas que tratam de benefícios para as forças de segurança do DF. Houve um acordo de que a Presidência da República enviaria um projeto ao Congresso tratando desse tema desde que as medidas não acarretem impacto financeiro.

[Inaceitável: o cidadão faz concurso para determinado órgão, é aprovado, toma posse, ocupa a vaga e depois é requisitado para outro órgão - com isso seu órgão de origem não pode realizar concurso (ele continua ocupando vaga) e o órgão que o recebe não pode convocar eventual aprovado em concurso.

O pior de tudo é que a sociedade é a maior prejudicada = a Segurança Pública do DF que já anda mal, só piora. Sem esquecer que se trata de pessoal treinado, habilitado e que não pode ser substituído no improviso. No DETRAN-DF se dando um apito e uma caneta para o substituto o negócio até pode funcionar. Mas entregar uma arma para um cidadão sem treino - muitos até sem o Serviço Militar Inicial - ou mandando um leigo apagar incêndios ou efetuar resgate, não vai funcionar.

Não podemos esquecer que a Polícia Civil do DF tem um efetivo desfalcado, reduzido, a PM e os Bombeiros tem mais sargentos que soldados - sargentos promovidos em sua maioria por tempo de serviço].

Em ofício ao Ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Antônio de Oliveira Francisco, com o detalhamento. Entre as principais reivindicações, está a ampliação das possibilidades de cessão dos quadros da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para outros órgãos, inclusive federais. A requisição fora da atividade-fim de quem lida com segurança é questionada pelo TCU.

CB/Poder - Correio Braziliense


domingo, 28 de junho de 2020

Ser extremista no Brasil é xingar o STF



Alexandre Garcia