Senador
petista era um dos responsáveis pela melhora das relações entre governo e
parlamentares
A
prisão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (MS), provocou abalo imediato no ajuste fiscal e colocou a
equipe econômica em estado de alerta, aumentando a apreensão em relação
à velocidade de retomada do crescimento da economia.
Sob impacto da prisão do senador – responsável por ter ajudado a melhorar a relação do governo da presidente Dilma Rousseff com o Senado –, o governo não conseguiu que fosse votado nesta quarta-feira, 25, pelo Congresso o projeto que altera a meta fiscal de 2015 – uma das mais importantes batalhas do ano – para um déficit primário.
O adiamento traz riscos legais para o governo. A presidente ficou diante de um problema dramático, cuja definição pode provocar ainda mais embaraços para seu governo até o fim do ano com o Tribunal de Contas da União (TCU). Ao adiar para o dia 3 de dezembro a sessão do Congresso prevista para ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou Dilma diante de uma escolha difícil. Ela tem até o dia 30 para o editar o próximo decreto de programação orçamentária – ainda sem a nova meta fiscal aprovada.
A escolha de Dilma será entre uma posição que pode “paralisar completamente” o governo, aplicando um duro corte de despesas federais, ou entre repetir uma manobra que já foi considerada ilegal pelos ministros do TCU, baseando o decreto na premissa da nova meta fiscal de 2015, ainda não votada e que permite um rombo de até R$ 119,9 bilhões nas contas públicas.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, demonstrou grande preocupação em contatos com parlamentares com a possibilidade de o ajuste fiscal desandar. Ele voltou a pedir urgência na aprovação dos projetos. Numa conversa com um parlamentar por telefone, Levy mostrou-se perplexo com a prisão de Delcídio. Mas, pragmático, destacou ao interlocutor a necessidade de se encontrar logo um relator para substituí-lo para não haver prejuízo para o ajuste. [Levy demonstra mais uma vez falta de senso prático ao priorizar pessoas em vez de fatos – Delcídio, assim como qualquer ser humano NÃO é insubstituível.
Sob impacto da prisão do senador – responsável por ter ajudado a melhorar a relação do governo da presidente Dilma Rousseff com o Senado –, o governo não conseguiu que fosse votado nesta quarta-feira, 25, pelo Congresso o projeto que altera a meta fiscal de 2015 – uma das mais importantes batalhas do ano – para um déficit primário.
O adiamento traz riscos legais para o governo. A presidente ficou diante de um problema dramático, cuja definição pode provocar ainda mais embaraços para seu governo até o fim do ano com o Tribunal de Contas da União (TCU). Ao adiar para o dia 3 de dezembro a sessão do Congresso prevista para ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou Dilma diante de uma escolha difícil. Ela tem até o dia 30 para o editar o próximo decreto de programação orçamentária – ainda sem a nova meta fiscal aprovada.
A escolha de Dilma será entre uma posição que pode “paralisar completamente” o governo, aplicando um duro corte de despesas federais, ou entre repetir uma manobra que já foi considerada ilegal pelos ministros do TCU, baseando o decreto na premissa da nova meta fiscal de 2015, ainda não votada e que permite um rombo de até R$ 119,9 bilhões nas contas públicas.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, demonstrou grande preocupação em contatos com parlamentares com a possibilidade de o ajuste fiscal desandar. Ele voltou a pedir urgência na aprovação dos projetos. Numa conversa com um parlamentar por telefone, Levy mostrou-se perplexo com a prisão de Delcídio. Mas, pragmático, destacou ao interlocutor a necessidade de se encontrar logo um relator para substituí-lo para não haver prejuízo para o ajuste. [Levy demonstra mais uma vez falta de senso prático ao priorizar pessoas em vez de fatos – Delcídio, assim como qualquer ser humano NÃO é insubstituível.
Aliás, ainda ministro Levy, os
cemitérios estão cheios de insubstituíveis.]
O petista seria designado o relator do projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior nas três comissões temáticas da Casa. Essa é a proposta mais adiantada do ajuste fiscal do governo que tramita no Congresso.
Mercado
As prisões de Delcídio e do banqueiro André Esteves tiveram um efeito devastador na Bolsa. O índice Ibovespa recuou 2,94%, maior queda em um dia desde 13 de outubro, quando caiu 4%.
A avaliação dos analistas é que, no Congresso, a prisão do senador dificulta ainda mais as medidas de ajuste fiscal, já que Delcídio Amaral era o líder do governo no Senado e vinha conduzindo as votações na Casa. Além disso, renasceu o escândalo da compra da Refinaria de Pasadena, em 2006, quando Dilma era ministra da Casa Civil. [a competência do Delcídio em negociar com parlamentares é indiscutível; afinal, foi sob a liderança do ilustre preso que o reajuste dos servidores do Poder Judiciário foi aprovado no Senado com uma placar de mias de sessenta votos a zero. – reajuste que foi vetado pela ‘neurônio solitário’, veto que foi mantido posteriormente pela Câmara. ]
O petista seria designado o relator do projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior nas três comissões temáticas da Casa. Essa é a proposta mais adiantada do ajuste fiscal do governo que tramita no Congresso.
Mercado
As prisões de Delcídio e do banqueiro André Esteves tiveram um efeito devastador na Bolsa. O índice Ibovespa recuou 2,94%, maior queda em um dia desde 13 de outubro, quando caiu 4%.
A avaliação dos analistas é que, no Congresso, a prisão do senador dificulta ainda mais as medidas de ajuste fiscal, já que Delcídio Amaral era o líder do governo no Senado e vinha conduzindo as votações na Casa. Além disso, renasceu o escândalo da compra da Refinaria de Pasadena, em 2006, quando Dilma era ministra da Casa Civil. [a competência do Delcídio em negociar com parlamentares é indiscutível; afinal, foi sob a liderança do ilustre preso que o reajuste dos servidores do Poder Judiciário foi aprovado no Senado com uma placar de mias de sessenta votos a zero. – reajuste que foi vetado pela ‘neurônio solitário’, veto que foi mantido posteriormente pela Câmara. ]
Fonte:
Isto É