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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Dia de fim e recomeço no caso Celso Daniel - Dos 861 magistrados do Rio, apenas seis ganham abaixo do teto constitucional

Na última segunda-feira, 7 de novembro, enquanto a cúpula do Ministério Público de São Paulo se reunia para decidir pela retomada das investigações sobre o sequestro e o assassinato do ex-prefeito petista Celso Daniel (Santo André - SP), ocorrido em 2002, o caso chegava a um ponto final para um réu chave do processo: Sérgio Gomes da Silva, o Sombra. 

A 1ª Vara de Itapecerica da Serra publicou no mesmo dia a decisão do juiz Wellington Urbano Marinho de extinguir a punibilidade e declarar o trânsito em julgado com relação a Sombra. Ele morreu no fim de setembro por causa de um câncer, quando o juiz se preparava para recomeçar a instrução do processo. Autos arquivados e caso oficialmente encerrado para o acusado de encomendar a morte de Celso Daniel. [só que os principais autores do assassinato do ex-prefeito Celso Daniel continuam  vivos e um deles pode ser preso a qualquer momento - por outros crimes.]

Ganhar acima do teto constitucional no Rio é coisa sem importância, já que na Cidade Maravilhosa, tem funcionários públicos recebendo mais de R$75.000 de aposentadoria

Com o estado do Rio quebrado, e um pacote de austeridade que promete tragar até 30% dos salários dos servidores, surpreende saber a festa em que vivem os magistrados fluminenses.Um levantamento na folha de pagamentos de agosto mostra que só seis dos 861 magistrados do estado têm vencimentos abaixo do teto constitucional, estabelecido em R$ 33.763.

O descontrole reside nas gratificações incorporadas aos salários. Oficialmente, cada magistrado ganha cerca de R$ 28.000. Mas os penduricalhos chegam até a dobrar os vencimentos. No caso mais gritante, um desembargador recebeu R$ 71.352,29.
Só em agosto, essas benesses custaram aos cofres do estado 12,8 milhões de reais.
Um descalabro.


Fonte:  Blog Maquiavel e Blog RADAR On Line