Indicação ao STF
Integrantes do Palácio do Planalto avaliam que cresce a chance de um azarão se beneficiar da resistência que André Mendonça enfrenta para compor o Supremo Tribunal Federal (STF). Para auxiliares do presidente Bolsonaro, a vaga pode acabar no colo do deputado federal Marcos Pereira (Republicanos-SP).
Pereira é presidente do Republicanos, partido ligado à Igreja Universal e que tem Carlos Bolsonaro entre seus filiados. Desde o início do ano, o deputado se mobiliza para ocupar a vaga da corte, mas ainda não apareceu como um nome competitivo. O parlamentar ganha força entre auxiliares do presidente num momento em que quadros do Centrão que integram o governo trabalham para rifar André Mendonça sob o argumento de que ele é lavajatista.
Com o ex-advogado-geral da União em baixa e outras opções de Bolsonaro descartadas, ministros e auxiliares do presidente acreditam que as chances do deputado podem crescer, caso o atual indicado de Bolsonaro seja rejeitado na sabatina do Senado.
Apesar do apoio ao nome do deputado entre integrantes do primeiro
escalão do governo ligados ao Centrão, Bolsonaro segue
fechado com Mendonça e afirma que acredita que sua primeira opção será
aprovada. Pereira preenche dois requisitos que Bolsonaro não abre mão: é evangélico e ficaria mais de 20 anos na corte. [a midia militante se alia aos inimigos do presidente Bolsonaro no esforço para inviabilizar o nome de André Mendonça para ocupar uma cadeira no STF;
"Constituição Federal
Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.
Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal."
A regra é clara. Só o presidente da República - que para desespero de muito é JAIR MESSIAS BOLSONARO, com chances de mais quatro anos - indica e só o Senado Federal aprova ou rejeita o nome indicado.]
Bela Megale, colunista - O Globo