J. R. Guzzo
Poucos presidentes brasileiros receberam a economia nacional numa situação de ordem como ele vai encontrar
O desemprego no Brasil caiu para 8,3% no último trimestre,
fechado em outubro – é a menor taxa para este período nos oito últimos
anos, e um recuo decisivo em relação aos 14,5% que foram alcançados no
auge da pandemia e do “fique em casa”.
Os números do desemprego vêm
caindo de forma constante, a cada vez que são divulgados pelo IBGE;
não se trata, portanto, de um episódio passageiro, e sim de um
movimento econômico definido. Não se trata, também de fenômeno isolado –
toda a economia brasileira está com indicadores francamente positivos. [IMPORTANTE: todos os dados até 31 de outubro de 2022, são consequência direta das ações do governo BOLSONARO - já os contados a partir de 1º novembro 2022, passaram a sofrer as interferências NEGATIVAS decorrentes do fato do molusco petista ter se tornado presidente eleito. Desde 1º novembro 2022 todos os indicadores passaram a se destacar pelo negativo.]
A
arrecadação federal em outubro bateu um novo recorde – mais de R$ 205
bilhões, num total superior a R$ 1,8 trilhão para todo o ano de 2022 que
deverá fechar com mais de R$ 2 trilhões em receita para os cofres da
União. A inflação subiu com o resultado da eleição, [efeito molusco] mas vai fechar o ano
abaixo dos índices dos Estados Unidos, Alemanha e outros modelos de
virtude econômica.
As exportações, pelos números dos nove primeiros
meses de 2022, mostram um novo recorde – podem ficar por volta de 20%
acima das vendas externas no ano passado. O agronegócio continuou a
crescer, com ou sem covid. O balanço de pagamentos é positivo, mais uma
vez. As reservas brasileiras em moeda forte estão acima dos 325 bilhões
de dólares.
Esta é a situação econômica que Lula
vai receber – a situação real, e não a falsificação que ele em geral
apresenta ao público, dizendo que herdou um país falido e que não tem
culpa por nenhum dos problemas que aparecerem em seu governo.
Como vão
estar esses números daqui a quatro anos – ou daqui a seis meses?
Poucos
presidentes brasileiros receberam a economia nacional numa situação de
ordem como ele vai encontrar; tem a obrigação, no mínimo, de fazer
igual.
Os sinais que Lula tem dado, porém, são de indiferença ou de
hostilidade com o que existe de positivo na economia; deste que saiu o
resultado da eleição não faz outra coisa a não ser exigir mais dinheiro
para gastar.
Os R$ 2 trilhões que o governo federal vai arrecadar em
2022 não são suficientes. Lula quer uma “PEC” de R$ 200 bilhões,
[a PEC PRECIPÍCIO] ou sabe lá quanto, por fora do teto de gastos, para fazer o único tipo
de governo que conhece – aumentar, e concentrar ainda mais, a renda da
máquina do Estado.
J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo