Entre uma derrota judicial e outra, o PT reforça a devoção dogmática que obriga os fiéis de Lula a aceitar todas as presunções da divindade-presidiária a seu próprio respeito. Em matéria penal e eleitoral, isso inclui concordar com o dogma segundo o qual Lula tem uma missão na Terra de inspiração divina e, portanto, indiscutível.
[Lula já consultou alguns dos seus "aspones"sobre a possibilidade de seguir o exemplo do fanático Jim Jones, que comandou um suicídio coletivo na Guiana inglesa, no século passado.
O presidiário pretende conclamar os fiéis de sua seita a chantagear o TSE e o próprio STF, com o decreto: ou Lula presidente ou um suicídio coletivo dos seguidores da seita lulopetista.
Duas coisas impedem que a ideia prospere:
- apesar do fanatismo a turma lulopetista gosta do dinheiro fácil, nunca da morte;
- há também o receio de que o sentenciado burle o suicídio da mesma forma que burlou uma greve de fome e permaneça vivo a pretexto de liderar os suicidas.
Saiba mais, em: Suicídio coletivo - Lula “Jim Jones”]
Um pedaço do grupo religioso, com a fé já meio cansada, esperava que, barrado pelo TSE, Lula ungisse imediatamente Fernando Haddad como seu enviado às eleições de 2018. Mas o messias petista decidiu esticar a corda. O prazo para o fim da encenação é o dia 11 de setembro. O PT se dividiu. Os descontentes abaixam a cabeça. Os devotos são mais assustadores, porque não estão sendo cínicos. Eles acreditam mesmo que a autocanonização de Lula dá a ele o direito de desafiar não só a Justiça, mas o próprio bom senso.
Blog do Josias de Souza