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quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Nova ‘emergência’ climática é falsa, hipócrita e mal-intencionada - O Estado de S. Paulo

Declarações do secretário geral da ONU, de que o mundo caminha para ‘o suicídio coletivo’ se ‘nada for feito’ para impedir a ‘mudança do clima’ é parte da guerra ideológica para submeter as sociedades a novas regras, novos controles e novos interesses materiais

Órfãos da covid, que saiu das manchetes e do rol das preocupações públicas de primeiro grau, burocratas e militantes da “reconstrução radical da sociedadecontinuam fazendo tudo para conservar as suas posições e os poderes que atribuíram a si próprios durante a pandemia a começar pelo mais cobiçado de todos eles, que tem sido o poder de dar ordens às pessoas e mandar nos governos sem nunca terem disputado uma eleição popular. A sua arma, agora, é a “mudança do clima”. Estão jogando tudo nela para provocar um novo terror – o de que o mundo vai acabar a curto prazo, destruído pela “deterioração” do meio ambiente.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, aderiu à onda de histeria para enfrentar a 'emergência climática'.

 O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, aderiu à onda de histeria para enfrentar a 'emergência climática'. Foto: Evan Schneider/Divulgação ONU

O último a se lançar nessa onda de histeria foi o secretário-geral da ONU, um cargo que não significa mais grande coisa e nem impressiona mais ninguém, mas ainda serve para fazer ruídos na segunda linha do noticiário e ajudar nas fantasias de que existe gente virtuosa cuidando dos problemas da humanidade. O secretário pareceu particularmente desesperado em sua conclamação ao pânico. Disse, pura e simplesmente, que o mundo caminha para o suicídio coletivo” se “nada for feito” para impedir a “mudança do clima”. É mesmo? 
Ele não explicou quando, mais exatamente, os 8 bilhões de moradores do planeta vão morrer. Já, agora em agosto? 
Ainda neste ano de 2022? Daqui a 1000 anos? Daqui a 1 milhão de anos?
 
Mas não importa, e nem o homem está interessado em fazer qualquer nexo do ponto de vista da ciência séria. Seu objetivo é tornar mais agressiva a lavagem cerebral pós-covid: o mundo vai acabar, e a sua única chance de salvação é obedecer às ordens que lhe serão dadas pelos especialistas, em controlar 'o clima'.
 
O “suicídio coletivo” anunciado pelo secretário-geral poderia ser apenas mais uma estupidez, ou um ato irresponsável de peixe gordo que não precisa fazer nexo para se manter no emprego. É isso, claro, mas também é mais – é parte da guerra ideológica para submeter as sociedades a novas regras, novos controles e novos interesses materiais.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo

 

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Fogo na camisa amarela - Nas entrelinhas

Como brincar carnaval diante de um cenário tão macabro?  Ir às ruas para uma festa cujo clima depende de aglomeração seria uma espécie de suicídio coletivo

[Felizmente,  um ano sem carnaval; que falta faz? NENHUMA. O número de mortes será menor, o consumo de drogas cairá ainda que pouco, a imoralidade, a corrupção moral (não toleramos a corrupção pública = a que envolve dinheiro - mas aceitamos a corrupção moral que é a mãe de todas as corrupções);  cenas ofensivas à moral e aos bons costumes a depravação, os atos obscenos, as crianças presenciando imoralidades, o exibicionismo repugnante (lembram do golden shower?)o desrespeito aos valores religiosos,o vilipêndio dos símbolos cristãos. 
Vejam a imagem abaixo. Pensem. O recado é claro]
 

 

[ A mudança que ilustra esse recado não foi realizada pelos que se julgam Supremos e pretendem autorizar até quem deve ter o direito de nascer.

Um alerta: desnecessário, mas para perfeito entendimento dos que quando desenhamos não conseguem compreender, que o 'coisa ruim', o de vermelho, está muito triste pela não realização do carnaval 2021.

A mudança mostrada foi realizada por DEUS, o SER SUPREMO, que realmente pode tudo.]

O carnaval sempre foi um momento de inversão de papéis, de questionamento das normas, de fuga do padrão da vida cotidiana e da libertação da repressão. Neste ano, não. Ainda vamos levar algum tempo para ter a verdadeira dimensão do que está ocorrendo, mas, talvez, o carnaval deste ano seja um momento de choque da dura realidade, que é a crise sanitária pela qual o mundo está passando, agravada pela incompetência e pelo negacionismo do governo. Oxalá, no próximo carnaval, a maioria da população esteja imunizada contra a covid-19.

No começo da pandemia, imaginava-se que o carnaval de 2021 seria um dos maiores de todos os tempos, com a população indo às ruas se divertir, superada a peste. Estaríamos vivendo momentos felizes, de muita contestação aos tabus da nudez e da sensualidade, de ironias e críticas escrachadas aos governantes e, como não poderia deixar de ser, ao presidente Jair Bolsonaro. Feminismo, racismo, diversidade, exclusão, ["Quanto maior a ênfase, por exemplo, nas teorias de gênero, maior a homofobia; quanto mais igualdade de gêneros, mais cresce o feminicídio; quanto mais se combate a discriminação racial, mais ela se intensifica; quanto maior o ambientalismo, mais se agride o meio ambiente; e quanto mais forte o indigenismo, pior se tornam as condições de vidas de nossos índios", relatou na entrevista.] os temas característicos do debate contemporâneo, numa sociedade pluralista e democrática, estariam sendo tratados com bom humor e muita sagacidade pelo povo nas ruas, cantando marchinhas e sambas.

Por incrível que possa parecer, o carnaval — essa festa tão desvairada — também é um momento de conscientização da população. É quase impossível na vida de um brasileiro não ter visto um desfile de escola de samba, não ter saído num bloco ou participado de um baile de carnaval no qual não houvesse ruptura ou transformação de costumes. É uma festa muito ambígua, na qual a fuga da realidade funciona como um espelho da sociedade, quando a velha senhora que passa roupa para fora se veste de luxuosa baiana, a madame vira figurante numa ala de escola de samba, o jovem desempregado brilha na bateria, a socialite leva uma bronca do bombeiro hidráulico por atrasar o desfile e o galã da novela arrisca um desengonçado samba no pé, sendo ele mesmo, e não o seu personagem.

O carnaval substituiu o entrudo, que era uma festa embrutecida, na qual o povo tomava as ruas para jogar farinha, baldes d’água, limões de cheiro e até lama e areia uns nos outros. Ou seja, um avanço civilizatório. Roberto DaMatta, o antropólogo estudioso dos foliões e dos malandros, sempre destacou que o carnaval não é apenas um momento de alienação da realidade, é um espaço de transformação dos padrões da sociedade. O Rio de Janeiro, quanta ironia, teve um prefeito que não gosta de carnaval e não conseguiu se reeleger. Temos um presidente da República que também não gosta e que, talvez, se regozije pelo fato de o povo não ter tomado as ruas para fazer troça das autoridades e de si próprio.

Folião de raça
Um dos maiores carnavais de todos os tempos, segundo os historiadores, foi o de 1919, no Rio de Janeiro, ano de estreia do Cordão do Bola Preta, que havia sido fundado em dezembro do ano anterior e, hoje, é o maior bloco do país, arrastando milhões pelo centro do Rio de Janeiro no sábado de carnaval, o que deveria ter acontecido ontem. Aquele foi um carnaval no qual a população comemorou o fim da gripe espanhola, a epidemia que matou 15 mil pessoas somente no Rio de Janeiro. Neste carnaval, a média de óbitos na cidade está em 158 mortes por dia, sendo 234 óbitos e 5,5 mil casos de contaminação nas últimas 24 horas. Já são 551 mil casos no estado. [naquela época se levava semanas para ir do Rio ao Recife; meses para  realizar o percurso Europa x Brasil; imagine se uma pandemia daquele porte, com seu elevado índice de letalidade e contágio, ocorresse nos dias de hoje = em que o contaminado  hoje pela manhã,  pode estar amanhã no outro lado do mundo contaminando.]

Não é privilégio de cariocas e fluminenses. No Distrito Federal, a covid-19 matou 4.198 pessoas, de um total de 247 mil infectados; oito vezes mais do que acidentes e homicídios. Em Belo Horizonte, foram 16,5 mil mortes, de um total de 798 mil infectados. Em São Paulo, 55 mil mortes, com 1,9 milhão de infectados. Na Bahia, 10,6 mil mortos para 623 mil infectados. Em Pernambuco, 10,6 mil mortos para 277 mil infectados; no Amazonas, são 9,7 mil mortos para 292 mil infectados. Estamos vivendo a rebordosa das campanhas eleitorais e das festas de fim de ano. [por conveniência muitos atribuem o acréscimo de agora a uma segunda onda = bem mais conveniente que atribuir às eleições de novembro .p., e os festejos de fim de ano.]

Como brincar carnaval diante de um cenário tão macabro? Agora, com a segunda onda da pandemia, ir às ruas para uma festa cujo clima depende de aglomeração e contato físico seria uma espécie de suicídio coletivo. Por isso, mesmo que a festa seja em casa e nas redes sociais, neste ano, o carnaval não valeu. Melhor ficar em casa, cantar A Jardineira e pôr fogo na camisa amarela, como aquele folião de raça de Ary e Elizeth, na quarta-feira de cinzas.

PS: até quinta-feira! Luiz Carlos Azedo - Nas Entrelinhas - Correio Braziliense

 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Há 40 anos, seita do pastor Jim Jones cometia suicídio coletivo

[salvo engano o PT tem 38 anos.] 

Em 18 de novembro de 1978, 914 membros da seita americana “Templo do Povo” morreram na selva da Guiana, por vontade própria, ou vítimas de um dos mais dramáticos suicídios coletivos da História contemporânea.

Além da ação empreendida pelo “reverendo” Jim Jones sobre os fiéis, não houve nenhuma explicação deste salto para a morte cometido por centenas de homens, mulheres e crianças, a maioria americanos negros pobres, que deixaram a Califórnia para construir um mundo ideal na floresta.  Cinco anos antes da tragédia, Jim Jones, um quarentão que se apresentava como a reencarnação de Lênin, Jesus Cristo e Buda, decidiu transferir “a igreja” que fundou em San Francisco na ex-colônia britânica situada entre Suriname, Venezuela e Brasil.
Em um terreno de 10.000 hectares, fundou em 1973 “Jonestown”, uma “sociedade autenticamente socialista, por fim libertada de todo racismo, de todo machismo e de toda forma de discriminação contra os velhos”. Baseada em uma mistura de cultura hippie e de vago socialismo, sua autoridade sobre seus discípulos é incontestável. Os ex-adeptos da seita falaram de drogas, de fome e de submissão sexual.

Jim Jones exigia que trabalhassem do amanhecer até o anoitecer seis dias por semana. E os submetia semanalmente a um estranho exercício, no qual deveriam beber e fazer que seus filhos bebessem um veneno falso. Para o líder, o suicídio era a única saída para guerra declarada pelo governo americano contra ele.Foi nessa atmosfera de suspeitas que um membro do Congresso americano, Leo Ryan, desembarcou em 17 de novembro de 1978, por causa das denúncias dos pais dos “fiéis”. No dia seguinte, quando estava prestes a embarcar no avião, foi assassinado junto com três jornalistas por homens de Jim Jones.

– Seringas e veneno –
Jones convenceu seus fiéis de que Ryan era um agente da CIA e que “Jonestown” seria atacada por fuzileiros navais americanos. Um registro de 45 minutos encontrado perto de seu corpo revelou alguns detalhes noticiados pela AFP no dia 9 de dezembro de 1978.

“A fita magnética começa com a difusão de música religiosa e a reunião de fiéis […] Jones declara que a seita foi ‘traída’ e que não se recuperará do que ocorreu no aeroporto”.
“‘Não proponho que cometamos um suicídio, e, sim, um ato revolucionário’, afirmou, estimulando os adultos a administrar o veneno às crianças com seringas. ‘Na minha opinião, é preciso ser bom pelas crianças e pelos velhos e tomar a poção como faziam na Grécia Antiga, partindo tranquilamente'”.

“Uma mulher pede aos fiéis que formem fila. Começam a ser ouvidos choros de crianças. Jones demonstra, de repente, nervosismo: ‘Morra com dignidade. Não se desfaça deles em lágrimas. Deixe de histeria! Isso não é forma de morrer para os socialistas-comunistas'”.
“Muitas pessoas protestam. Uma mãe grita que aceita a morte, nas pede um indulto para seu filho”. 

“A hecatombe termina em uma cacofonia de uivos e dor, grunhidos, gritos de crianças morrendo e protestos, misturados com o aplauso de fãs de Jones”.
Centenas de adeptos fugiram para a floresta. Alguns foram capturados e abatidos, ou obrigados a tomar o veneno.   Jones foi encontrado com uma bala na cabeça, sem que se saiba se alguém o matou, ou se ele se suicidou.

– Papagaios e gorila –

Continuar lendo em IstoÉ



 

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Ibope e Datafolha tomam decisão que dá azo a teorias conspiratórias. Acho que fizeram mal. No caso do Ibope, a emenda só piora o soneto

Ai, ai, ai… As teorias conspiratórias estão correndo soltas, sem controle, no ambiente que parece especialmente criado para isso: as redes sociais. Ibope e Datafolha tomaram decisões sobre divulgação de pesquisas que põem o imaginário da turma para funcionar. Por enquanto, quem saiu na dianteira, inventando teorias, são os petistas. Mas os bolsonaristas também entraram na luta. Na versão dos dois grupos, seus respectivos “líderes” e “mitos” estão arrasando e, claro!, a “mídia tucana” estaria escondendo a verdade. Vamos ver.
 
O Ibope iria divulgar uma pesquisa nesta terça, feita a pedido da TV Globo e do Estadão. Suspendeu a divulgação. Emitiu a seguinte nota: “O IBOPE registrou no TSE, dia 29 de agosto, cinco dias antes da data de divulgação, como prevê a lei, pesquisa eleitoral sobre a intenção de votos nos candidatos à presidência da República, sendo os contratantes a TV Globo e o jornal O Estado de S. Paulo. Naquela ocasião, o PT havia solicitado o registro de Luiz Inácio Lula da Silva como seu candidato e aguardava definição a respeito do Tribunal Superior Eleitoral. Por esta razão, como fez em pesquisa anterior, o IBOPE registrou no TSE pesquisa com dois cenários. O primeiro, com o nome de todos os candidatos com registros solicitados ao Tribunal, incluindo Lula. O segundo, com o nome de Fernando Haddad, candidato a vice-presidente na chapa do PT, apontado como eventual substituto de Lula em caso do então provável indeferimento de sua candidatura. 

Ocorre que na madrugada de sábado, dia 1° de setembro, o plenário do TSE, sem aviso prévio de que julgaria o feito, indeferiu o registro da candidatura de Lula e proibiu que o ex-presidente participasse, como candidato, de atos de campanha ou da propaganda eleitoral no Rádio e na Televisão. A Corte determinou também que o nome de Lula fosse retirado da urna eletrônica e concedeu 10 dias para que o PT indicasse novo candidato. Diante disso, na manhã de sábado, antes da realização da pesquisa, e para estar de acordo com o julgamento e as determinações do TSE, o IBOPE não pesquisou o cenário com Lula, diferentemente do que constava do registro da pesquisa, aplicando apenas o cenário alternativo, tendo Haddad como candidato. 

A intenção do instituto é obter o aval do TSE para divulgação do resultado dessa pesquisa, com a mencionada adequação. Foi o que o IBOPE fez hoje. Até o momento, porém, o TSE não se manifestou sobre a questão, razão pela qual, em respeito à lei, o IBOPE não liberou a pesquisa para divulgação. Tão logo o TSE se pronuncie a respeito, o IBOPE informará o público e, consoante com a decisão da Corte, liberará ou não os resultados.”

Vamos ver
Eu não sabia que os dados fornecidos ao TSE não valem.
Segundo o que está registrado no tribunal, a pesquisa começaria a ser feita no dia 29, não no dia 1º. Confesso que achei estranho porque não vi muito sentido em misturar tempos políticos distintos: antes e depois do início do horário eleitoral.


O que é curioso na decisão, e não tenho hipótese conspiratória nenhuma, é que uma pesquisa é feita para medir a opinião dos eleitores num determinado momento. Lula vetado ou não pelo TSE, pergunta-se: e daí? Os dados serviriam também para saber se o veto do tribunal teve algum impacto na opinião do eleitor.  Inexiste legislação que proíba a divulgação de dados de uma pesquisa previamente registrada desde que executada segundo o registro. O, vamos dizer assim, “erro” foi, então, não seguir o combinado e ter excluído o nome de Lula.

Datafolha
O Datafolha também mudou suas datas.
Iria divulgar uma pesquisa nesta quinta, com questionários aplicados nestas terça e quarta. Não vai mais. Segundo o que está registrado no TSE, o instituto fará as entrevistas e divulgará o resultado num único dia: 10 de setembro. E Lula não estará entre as opções.

Que fique claro: é uma decisão da empresa, não da Justiça Eleitoral. Até porque, reitero, não há lei que impedisse feitura e divulgação porque: – o registro estava feito;
– decisão sobre Lula só terá trânsito em julgado com o STF, embora o resultado seja sobejamente conhecido de antemão.

O que há de relevante na data escolhida pelo Datafolha? Os questionários serão aplicados depois de 10 dias de horário eleitoral no ar, cinco deles ocupados pelos presidenciáveis: 1º, 3, 5, 7 e 9. Dará para saber se tiveram algum impacto na opinião pública. Os números do Ibope, sejam divulgados ou não, têm pouca serventia. Explico por quê: se o campo começou, como se informa, no dia 29, misturam-se alhos com bugalhos. Se teve início só no dia 1º, como informa a nota, contrariando o registro, pegou um único dia inteiro de campanha.

Acho as explicações do Ibope um tanto enroladas e discordo da decisão do Datafolha. Quanto menos, seria interessante saber, reitero, se o veto do tribunal repercutiu junto ao eleitor. É claro que os petistas vão chiar. Uma das alegações é a de que se vai colher a opinião do eleitor antes de o PT proceder a efetiva assunção de Haddad como candidato. A data-limite é 11 de setembro. Vale dizer: parte do eleitorado do ex-presidente ainda não saberia que “Haddad é Lula” e não vai encontrar o nome do seu escolhido na lista. Uma pergunta, não uma afirmação: isso não pode inflar o nome de alguns adversários do PT? De todo modo, no dia 10, convenha-se, são remotas as chances de o eleitor ignorar que Lula está fora do páreo. Mas e no dia 1º, quando o Ibope teria começado a aplicar os questionários?

Os petistas estão se dizendo vítimas de mais um complô da mídia. Obviamente, não há complô nenhum, mas eu não tomaria nem uma decisão nem outra. Institutos não têm de se antecipar a decisões da Justiça — e a última palavra é do STF. Até porque, convenham, todos sabíamos que Lula não seria candidato principalmente em razão da Lei da Ficha Limpa, a mesma que instruiu a decisão do TSE.

De toda sorte, esses eventos servem de advertência para alguns lunáticos do PT. Esse jogo está jogado. Ou faz Haddad candidato ou imita aquele comando que foi protestar contra a crucificação de “Brian”, no filme “A vida de Brian”, de Monty Python: diante do que considera uma injustiça, opta pelo suicídio coletivo.

Teimosia de Lula dá ao PT aparência de religião

Diante do veto da Justiça Eleitoral à candidatura de Lula, o PT parece ter descoberto uma solução engenhosa para o seu drama ético-político. O partido se comporta como se tivesse desistido de operar no ramo partidário, para se reorganizar como uma religião.
Entre uma derrota judicial e outra, o PT reforça a devoção dogmática que obriga os fiéis de Lula a aceitar todas as presunções da divindade-presidiária a seu próprio respeito. Em matéria penal e eleitoral, isso inclui concordar com o dogma segundo o qual Lula tem uma missão na Terra de inspiração divina e, portanto, indiscutível.

[Lula já consultou alguns dos seus "aspones"sobre a possibilidade de seguir o exemplo do fanático Jim Jones, que comandou um suicídio coletivo na Guiana inglesa, no século passado.

O presidiário pretende conclamar os fiéis de sua seita a chantagear o TSE e o próprio STF, com o decreto: ou Lula presidente ou um suicídio coletivo dos seguidores da seita lulopetista.

Duas coisas impedem que a ideia prospere:
- apesar do fanatismo a turma lulopetista gosta do dinheiro fácil, nunca da morte;
- há também o receio de que o sentenciado burle o suicídio da mesma forma que burlou uma greve de fome e permaneça vivo a pretexto de liderar os suicidas.
Saiba mais, em: Suicídio coletivo - Lula “Jim Jones”]


Um pedaço do grupo religioso, com a fé já meio cansada, esperava que, barrado pelo TSE, Lula ungisse imediatamente Fernando Haddad como seu enviado às eleições de 2018. Mas o messias petista decidiu esticar a corda. O prazo para o fim da encenação é o dia 11 de setembro. O PT se dividiu. Os descontentes abaixam a cabeça. Os devotos são mais assustadores, porque não estão sendo cínicos. Eles acreditam mesmo que a autocanonização de Lula dá a ele o direito de desafiar não só a Justiça, mas o próprio bom senso.

Blog do Josias de Souza

 

domingo, 5 de agosto de 2018

PT caminha para suicídio coletivo


Egolatria


“Vim para confundir, não para explicar”, brincava o velho guerreiro Chacrinha, que parece ter inspirado a estratégia do PT nessa disputa presidencial. Arriscar ter a chapa impugnada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apenas para ganhar mais 10 dias sem definir o substituto de Lula é exemplar da egolatria que marca sua liderança, e o máximo da idolatria por parte dos petistas, todos caminhando para um suicídio coletivo, que pode até significar a não participação do PT na disputa presidencial.


Talvez seja mesmo isso que Lula quer, tentar fixar para a história que a eleição deste ano não foi legítima porque não o deixaram participar. Sem ele, não existe o PT, parece querer dizer para seu público interno.   Essa estratégia, aliás, já foi cogitada pela direção nacional do PT, que passaria a ter um mote nas campanhas para as outras escolhas – governador, senadores, deputado estadual e deputado federal. Trata-se, no entanto, de uma jogada de alto risco, pois o que interessa ao partido é fazer uma boa bancada na Câmara e no Senado. Sem disputar a presidência, perderá o ponto de referência nacional.

Os partidos que não disputam normalmente a presidência da República, como, entre tantos, o DEM e o MDB, perdem substância política e se sustentam com as bancadas nacionais. Mas sempre estão coligados, coisa que o PT não pretende fazer para a presidência.  O candidato a senador pelo PT da Bahia, Jaques Wagner, que era cotado para ser o substituto de Lula, defende a tese de que o PT deveria apoiar um candidato de outro partido, referindo-se indiretamente a Ciro Gomes do PDT. E aceitaria até ser o vice dele.

Ao contrário, o PT ofereceu a vice na chapa de Lula a Ciro. Ofereceu também a Manuela DÁvila do PC do B, mas foram impugnados no único tribunal que vale no PT, a opinião de Lula.     A relutância de Lula em indicar um candidato a vice para assumir seu lugar na urna eletrônica deve-se a que se transferiria para o escolhido a expectativa de poder que move as energias políticas, e isso Lula quer adiar até quando puder, ou impossibilitar, pela impugnação da chapa petista, que se concretize o aparecimento de um líder político que passe a ser o centro das negociações.

 O ex-presidente deve ter em mente a escolha de Dilma Rousseff em 2010, que não largou o osso em 2014 para que ele voltasse, como era o plano original. A figura do presidente da República é tão forte no Brasil que Dilma recusou-se a deixar de disputar a reeleição e o todo poderoso Lula não teve instrumentos para impedi-la.    O chefe do Gabinete Civil de Geisel, o bruxo Golbery do Couto e Silva, dizia a respeito de Figueiredo, a quem ajudou ser escolhido presidente e depois forçou sua demissão do Gabinete Civil que continuava a ocupar: "quando o sujeito sobe aquela rampa (do Palácio do Planalto) com aquele toque de corneta e vê aqueles soldados todos batendo continência para ele, chega lá em cima convencido de que está ali por méritos próprios”.

Os especialistas em legislação eleitoral lembram que até 2016 a escolha do vice podia ser feita depois da convenção, até a data do registro, desde que a convenção assim deliberasse. Mas as regras da eleição de 2018 do TSE estabeleceram um prazo de 24 horas a partir do fim do período de convenções, que aconteceu ontem, para o registro da ata na Justiça Eleitoral.  Portanto, pela legislação atual, o PT teria que amanhã, até o fim do dia, indicar a chapa completa à presidência da República. Como, no entanto, existem juristas que entendem que não há problema em definir o vice até 15 de agosto, desde que a ata deixe claro que a convenção assim decidiu, Lula, num primeiro momento, resolveu ir para o tudo ou nada.

Pode ser que hoje, durante o dia, seja convencido de que não vale a pena arriscar tanto, e indique seu vice, que, no entanto, pode não ser o substituto definitivo. Até 20 dias antes da eleição o partido pode mudar a chapa. Portanto, Lula tem condições de não colocar na roda o futuro candidato do PT a presidente, mas mesmo assim prefere não arriscar sua hegemonia dentro do partido.
 

Merval Pereira - O Globo 


segunda-feira, 1 de maio de 2017

Previdência e terceirização: prova da hipocrisia do PT “greveiro”

Abaixo, um vídeo em que a então presidente Dilma Rousseff defende as terceirizações e a reforma da Previdência. Ela é daquele partido que promoveu a baderna

 

71% contra nova Previdência! Congresso, salve o povo de si mesmo!

“Ah, esse governo se comunica mal...” É mesmo? Mas, por acaso, teríamos 76% de pessoas com curso superior  são incapazes de ler um texto ou fazer uma conta?

 Vejam estes números do Instituto Datafolha. Eles evidenciam um momento, como posso chamar?, de patologia moral do povo brasileiro, muito especialmente de sua elite. Mais: os brasucas estão padecendo de esquizofrenia lógica.

Lembro-me de uma conversa, não faz muito tempo, em que o interlocutor, com impressionante — como eu poderia chamar para ser doce? “inocência” me dizia sobre a possibilidade de inflamar os corações dos brasileiros em defesa da reforma da Previdência. Bem, eu, sabem cumé?, ainda nem tão velho como o diabo, mas nem tão jovem como coroinha, adverti: “Isso não vai acontecer! Corremos é o risco de a reforma não ser aprovada. Brasileiro gosta de estado: branco, preto, rico, pobre, analfabeto, universitário, esquerda, direita…”.

Por que costumo afirmar que o governo Temer é quase um milagre caído do céu? Porque é a chance que tem o país de fazer a reforma da Previdência e a reforma trabalhista. Ou agora ou nunca. E, se nunca, a condenação à mediocridade! Mas, ora vejam, a maioria não quer, certo?

E não é pouca coisa, não! 71% se dizem contrários; só 23% aprovam; 5% preferem o não saber, e a coisa é indiferente para 1%. “Ah, esse governo se comunica mal…” É mesmo? Digamos que seja verdade. Mas, por acaso, teríamos 76% de pessoas com curso superior no país que são incapazes de ler um texto ou fazer uma conta?

É espantoso! Aí está a maior resistência à reforma, contra “apenas” 64% que têm o ensino fundamental. A rejeição já salta para 73% entre os com ensino médio. Sabem o que isso significa? Maior consciência dos próprios privilégios. Entre os funcionários públicos, a rejeição salta para 83%. É… Deve ser gostoso se aposentar com o salário integral, sabendo que a pobrada paga a conta, né?

Começo a entender o que significou a expansão, razoavelmente acelerada, do ensino universitário no país nos últimos 20 anos… Que medo! Então o grupo que, em tese, tem mais condições de estar bem informado é o que mais se opõe? Vergonha alheia. Respondam sem piscar: “nove vezes sete?”. No corte de renda, os mais ricos também dão vexame — e, de novo, são os que mais teriam condições materiais de entender o que está em curso: é de 70% a rejeição entre os que ganham até dois salários; sobe a 74 entre os de 2 a 5. Depois, cai um pouco, mas ainda nas alturas: 68% entre 5 e 10 e 65% entre os mais de 10. As mulheres são mais refratárias do que os homens, embora, segundo a proposta, possam se aposentar antes: 73% a 69%.

O item mais rejeitado é o que prevê 40 anos de contribuição para ter direito ao teto da aposentadoria. O QUE É ESPANTOSO? QUEM CONTRIBUI PELO SALÁRIO MÍNIMO PODE SE APOSENTAR COM 25 ANOS DE CONTRIBUIÇÃO. E agora o dado estupefaciente: isso representa mais de 60% dos beneficiários.  Nem os itens nos quais o governo cedeu, atendendo a pressões corporativistas, conseguem a maioria. Opõem a que militares se aposentem antes 58% (38% aprovam). Reprovam o benefício para os policiais 55% (a 42%); no caso dos professores, a rejeição ao item é de 54% a 44%.

É, senhores… Estou quase aqui a ressuscitar personagens de Gil Vicente: aquele chamado “Todo Mundo” quer mamata; e o outro, o “Ninguém”, faz as contas. Querem o quê? Ainda que declinante, chega a 52% os que acham que o brasileiro, pasmem!, se aposentam mais tarde do que deveriam. Os que veem a idade como adequada são 38% — 27% em julho do ano passado. E caiu o índice dos que dizem que o brasileiro se aposenta cedo demais: de 11% para 8%.

O Congresso
Que efeito coisas assim terão no Congresso?
Vamos ver. Espero que os senhores parlamentares considerem que é preciso, que palavra empregarei?, muito altruísmo para alguém apoiar uma reforma que pode lhe impor uma cota extra de trabalho em relação ao anteriormente imaginado. Parte considerável dessa rejeição pode ser apenas inércia, não uma atitude militante.

Esse Congresso, que vive sob o porrete da direita xucra e seu moralismo embusteiro, tem de pensar, olhem só o que vou escrever, no “bem do país” e aprovar o texto como está. Se 71% dos brasileiros escolhem o suicídio coletivo ao responder a uma pesquisa, acho que o Congresso tem a obrigação de salvar o povo de si mesmo.

Grunhidos
Estou aqui a me lembrar dos grunhidos dos xucros a cada vez que o governo recuou aqui e ali. Pois é… Mesmo assim, aí estão os números, não é?  E o PT [vídeo acima]  — que já foi à TV, por intermédio de Dilma, defender a reforma da Previdência pretende agora ser o beneficiário maior da recusa.

A direita xucra e os fanáticos da Lava-Jatismo dos Santos dos Últimos Dias de Dallagnol estão de parabéns! Aliás, os senhores procuradores, que ganham os salários mais altos do funcionalismo, são contra a reforma.  Eles convenceram a esmagadora maioria do povo brasileiro de que as únicas tarefas dignas no país são caçar bandidos e cassar políticos. Melhor se der para caçar e cassar numa pessoa só. Ninguém tem legitimidade para mais nada.

Essa é a obra literalmente escarrada pela direita xucra, tendo como herói o esquerdista “tuiuiú” Rodrigo Janot.

Encerro
A Previdência responde por escandalosos 57% dos gastos do governo
. Esse, lá vamos nós, roubo bilionário perpetrado a cada ano traz consigo vários petrolões.

Como não dá para decretar a prisão preventiva de ninguém nesse caso nem expedir um mandado de condução coercitiva, os brasileiros vão arcando com o roubo sem saber, mas pagando o pato em juros estratosféricos, escolas ruins, saúde precária, vida sem futuro digno. Mas a maioria não quer que nada mude nessa área, certo?
Se o Congresso se acovardar, melhor o brasileiro ir brincar de outra coisa.

Fonte: VEJA - Blog do Reinaldo Azevedo