A Folha
acompanhou nas últimas semanas as postagens do rapaz no
Facebook. O empresário investigado pela Operação Zelotes está bravo: com o juiz Sergio Moro, com o
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com Marlon
Cajado, delegado responsável pela Zelotes, com a
imprensa e até com Joaquim Barbosa
Pois é…
“Quem sai aos seus não
degenera”, diz
o velho adágio. Ou
mantém a ordem dos degenerados, a gente poderia concluir com alguma ironia.
A exemplo do pai, Luís Cláudio, o caçula de Lula, não se deixa
intimidar. O filhote de Lula não gosta também
daqueles que falam que há crise no Brasil. Ele compartilhou um banner com ironias sobre o
assunto. Lá se
lê que os “quiosques estão lotados de
crise”, o estacionamento do shopping anda “lotado de crise”, e as pessoas na fila do restaurante aguardam a “crise desocupar” a mesa.
O rapaz acusado de receber R$
2,4 milhões de um lobista para fazer um “trabalho” que, em tendo
existido, se limitou a um
cópia/cola da Wikipédia, não vê crise. O cara que mora
de graça num apartamento que pertenceria ao compadre do pai, numa área nobre de São Paulo, não vê crise. Deve ser mais
difícil enxergá-la quando não é preciso
pagar a conta e quando o dinheiro chega com tanta facilidade.
Ele também não gosta de Moro. Reproduz uma imagem em que
o juiz segura um cartaz com a seguinte
inscrição, incluindo o erro de concordância: “Contrata-se delatores, com ou sem experiência. Objetivo: acabar com o PT”.
A imprensa, que seu pai
tentou controlar várias vezes, também apanha. Mas aí Luís Cláudio evidencia uma relação,
vamos dizer, esquizofrênica com a dita-cuja. Sempre que os adversários do PT são alvos de
reportagens desairosas, ele compartilha a informação e a usa como evidência da
perversidade dos “inimigos”. Quando,
no entanto, o PT
e petistas são protagonistas de notícias negativas, aí Luís Cláudio não duvida
de que é tudo manipulação.
É o pai cuspido e escarrado. Foi assim que Lula chegou ao
poder. Acho que já não dará para Luís Cláudio.
Ninguém mais cai nessa farsa, como ficou
evidenciado no panelaço de ontem.
Fonte: A Folha