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sábado, 4 de junho de 2016

Governo atua para evitar fuga de votos na votação final do impeachment

Presidente do PMDB, Romero Jucá está na linha de frente das articulações no Senado 

Ciente de que as dificuldades pelas quais o governo passa podem enfraquecer o impeachment de Dilma Rousseff, auxiliares do presidente interino Michel Temer têm acompanhado de perto o placar no Senado para evitar uma fuga de votos. Há um temor de que, com o noticiário negativo da queda de dois ministros em apenas duas semanas e o fantasma da Lava-Jato rondando o governo, alguns dos senadores que votaram pelo afastamento de Dilma em 12 de maio mudem de opinião e se posicionem contra a cassação da petista.

Nas estratégias governistas para garantir que o impeachment seja aprovado estão a tentativa de antecipar a votação para evitar mais tempo de sangria no governo interino e a promessa de cargos e outros benefícios para os senadores, além de muita conversa. Junto a ministros, o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR) está na linha de frente das articulações no Senado. Um dos que caíram após virem a público gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que defendia limites para a Lava-Jato, Jucá tem conversado diariamente com os senadores fazendo sondagens sobre o caso.
  Nas contas mais otimistas do governo, hoje já seriam 58 votos favoráveis ao impeachment. Dos 55 senadores que votaram a favor da abertura do processo, o Palácio do Planalto já cogita a possibilidade de perder um o do senador Cristovam Buarque (PPS-DF) –, mas calcula que ganhará outros quatro. Seriam os dos senadores que estiveram ausentes na votação, Jader Barbalho (PMDB-PA) e Eduardo Braga (PMDB-AM), do senador João Alberto (PMDB-MA), que votou contra a abertura do processo, e do suplente de Delcídio Amaral, o senador Pedro Chaves (PSC-MS). – O governo sofreu ataques especulativos nos primeiros dias. Isto é normal, mas de fato pode afetar o placar. O momento é de muito trabalho para garantir a cassação da Dilma – afirma um interlocutor de Temer.

Nas análises mais realistas, fontes do Palácio do Planalto acreditam que o placar é apertado. Apesar de fazer alguns acenos ao governo, o próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), pode interpor embaraços. Nesta sexta-feira, Renan criticou as tentativas de se reduzir os prazos para antecipar a votação do impeachment. As conversas com Renan e com o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), têm sido constantes para aparar arestas e evitar uma derrota. Para acrescentar, há ainda dificuldades para atender a todos os pedidos dos senadores para assegurar seus votos favoráveis ao impeachment. — Eles precisam entender que este governo ainda é interino. Há coisas que não podem ser feitas neste momento — pontuou um auxiliar de Michel Temer.


Fonte: O Globo