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quinta-feira, 17 de novembro de 2016

'A hora de Sérgio Cabral chegou', diz blog de Garotinho, preso na véspera

O site do político mostrou ainda que, mesmo depois de preso, as diferenças políticas não ficaram de lado, fez questão de ressaltar que a situação de Garotinho é "completamente diferente" da de Cabral e insinuou também que "não foi coincidência" terem escolhido ontem para prender um e hoje para prender o outro

[a verdade tem que ser dita, doa a quem doer: 'cabralzinho', o Garotão, foi preso por roubo, ladrão;
'garotinho' foi preso por compra de votos - o que também é crime e deve ser punido com rigor,  mas ser ladrão é bem mais desmoralizante; 
mesmo assim, o Lula que é o maior de todos os ladrões de recursos públicos ainda tem a cara de pau de mostrar a cara.]

Um dia após o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PR) ser preso, seu blog oficial celebrou a prisão, na manhã desta quinta-feira, 17, de seu rival e também ex-governador do Estado Sérgio Cabral Filho (PMDB). O site do político mostrou ainda que, mesmo depois de preso, as diferenças políticas não ficaram de lado, fez questão de ressaltar que a situação de Garotinho é "completamente diferente" da de Cabral e insinuou também que "não foi coincidência" terem escolhido ontem para prender um e hoje para prender o outro.

"É evidente que querem associar as duas prisões, confundir as pessoas para colocarem Garotinho e Cabral no mesmo bolo", diz o texto publicado às 8h13 desta quinta. Cabral foi preso nesta manhã por determinações da Justiça Federal no Rio e da Justiça Federal no Paraná acusado de liderar um esquema de corrupção envolvendo grandes obras no período em que foi governador do Rio, como o estádio do Maracanã, e também de receber propina em um contrato do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj)

Segundo as investigações, Cabral e sua organização criminosa teriam recebido ao menos R$ 224 milhões em propinas referentes às obras do governo do Estado. Além disso, o ex-governador teria recebido outros R$ 2,7 milhões em propina entre 2007 e 2011 referente ao contrato da Andrade Gutierrez com a Petrobrás para as obras do Comperj.

Já Garotinho foi denunciado à Justiça Eleitoral acusado de, associação criminosa, corrupção eleitoral supressão de documentos públicos e coação a testemunhas. A investigação do Ministério Público Eleitoral também aponta para Garotinho como chefe de um grupo criminoso. Diferentemente de Cabral, contudo, o esquema de seu rival envolveu a distribuição do chamado Cheque Cidadão, um programa social que prevê benefício de R$ 200 mensais a famílias carentes, sem respeitar os critérios e para comprar votos da população de Campos dos Goytacazes para os vereadores aliados de Garotinho.

O município do interior do Estado do Rio é reduto eleitoral do ex-governador, que exerce o cargo de secretário de governo local enquanto sua mulher Rosinha Garotinho é prefeita da cidade. Na versão do blog oficial do político, as acusações contra ele são uma "retaliação pelas denúncias que afetam pessoas poderosas".

"É importante destacar que a situação de Cabral é completamente diferente do caso de Garotinho. Cabral e seu grupo são acusados de receber R$ 224 milhões em propinas cobradas em grandes obras. Garotinho é acusado por dar o Cheque Cidadão às pessoas humildes de Campos. Garotinho não está sendo acusado de por desvio de dinheiro, nem por ato de improbidade. A prisão de Garotinho é uma retaliação pelas denúncias que afetam pessoas poderosas, é um jogo político-eleitoral, que já foi denunciado seguidas vezes aqui no blog, uma perseguição, uma covardia", segue o texto na página do político, que conclui afirmando que "não há contra Garotinho qualquer acusação de corrupção".

A rigor, uma das acusações contra ele é de corrupção eleitoral, que pode levar à condenação de até quatro anos de prisão. Uma das acusações que pesam contra Cabral, por sua vez, é de corrupção "comum" que pode render de 2 a 12 anos de cadeia, em caso de condenação. A pena de ambos, caso sejam condenados na Justiça, porém, pode ser muito maior levando-se em conta as outras acusações e suspeitas que pesam contra os dois ex-governadores fluminenses.

Fonte: Agência Estado

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Virou moda. Tudo agora é racismo. Até uma criança, faixa de idade SEIS ANOS, é acusada de RACISMO

Mãe diz que filha de 6 anos sofreu racismo em escola do Rio

Chef Andressa Cabral cobra atitude de colégio, que, segundo ela, foi negligente com caso [certamente ser negligente é não ter prendido em flagrante a garota acusada de racismo (cuja idade, que  é omitida em toda a postagem da denunciante, deve ser oscilar entre os 5 a no máximo sete anos, tendo em conta que é colega de turma da suposta vítima), não ter expulso a criança que usou expressão 'racista' contra a coleguinha ou qualquer outra medida mais drástica.

Vamos respeitar as diferenças, as etnias, mas,  vamos evitar os exageros que muitas vezes criam coisas onde não existem sequer a intenção e até prejudicam as crianças - tanto as supostas agressoras quanto as classificadas como vítimas.]

O desabafo de uma mãe que acredita que sua filha de 6 anos foi vítima de racismo, em uma escola do Rio, vem chamando a atenção dos internautas e já foi compartilhado mais de 800 vezes no Facebook. Neste domingo, a carioca Andressa Cabral, de 35 anos, contou na rede social que uma colega de turma de sua filha “disse-lhe que seu cabelo ‘é de pobre’, claramente se referindo ao cabelo afro como algo menor”. A mãe pede que o colégio tome uma atitude para que cenas como essa não se repitam.

“Ela relata que chorou muito, tentou falar com a professora, que não teria lhe dado muita atenção e visivelmente não tratou o assunto com a relevância devida. Já as amigas a impediram de contar a sua versão, interrompendo-a, alegando ser mentira”, escreveu Andressa, contando, ainda, que, depois disso, a menina passou a demonstrar muita insegurança ao falar sobre o incidente: “Ela evita falar do assunto de uma maneira linear, prefere abordar a questão de forma embaralhada, embaralho este que parece refletir o seu quebra-cabeças emocional”.

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No dia seguinte ao ocorrido, a mãe pediu, pela agenda escolar, uma reunião com a coordenadora da instituição, a Escola Parque, na Gávea. A professora da garotinha já tinha sido pessoalmente avisada do ocorrido pelo pai. Segundo Andressa, o colégio só se manifestou depois da grande repercussão que o caso ganhou na web, cinco dias após o incidente, na tarde desta segunda-feira. Por telefone, uma das coordenadoras da instituição antecipou a reunião agendada de sexta para terça-feira. A Escola Parque disse, através de sua assessoria de imprensa, que “não se pronuncia publicamente quando se trata de alunos e casos internos da escola, já que envolve todo um trabalho psicopedagógico”. A coordenação informou que só tomou ciência da magnitude do caso agora e que o pai só tinha mencionado o problema “por alto” com a professora. Ora, uma questão dessa tinha que ter sido tratada pela escola com a devida atenção desde o início! Minha filha ficou claramente muito abalada com o que aconteceu — disse Andressa a O GLOBO por telefone.
 
Andressa, que é chef de cozinha, acrescentou que as mães das crianças que ofenderam sua filha também estão cientes do ocorrido e dispostas a cobrar da escola uma postura mais ativa. — As mães estão solidárias e interessadas em educar as crianças. Mas também se sentiram pouco assistidas pelo colégio. Algumas me contaram que a escola informou que já está trabalhando o assunto da inclusão em sala, mas que prefere não chamar a atenção para um caso específico — contou a chef. — Mas como não ser específico se a minha filha é a única negra da série dela, que tem mais de 40 alunos?

Considerando a postura da instituição negligente, Andressa sugere que o ensino de história e cultura afro-brasileira faça parte da grade curricular das escolas particulares, assim como acontece na rede pública, e que o tema seja trabalhado desde a primeira infância.  — Se tem aula de robótica e de ecologia, também deveria ter uma disciplina sobre a constituição do povo brasileiro e a questão do negro no país. Há inúmeros livros para crianças que abordam a questão racial. Mas sinto que falta coragem para debater assuntos duros — afirmou Andressa.

Fonte: O Globo