Mãe diz que filha de 6 anos sofreu racismo em escola do Rio
Chef Andressa Cabral cobra atitude de colégio, que, segundo ela, foi negligente com caso [certamente ser negligente é não ter prendido em flagrante a garota acusada de racismo (cuja idade, que é omitida em toda a postagem da denunciante, deve ser oscilar entre os 5 a no máximo sete anos, tendo em conta que é colega de turma da suposta vítima), não ter expulso a criança que usou expressão 'racista' contra a coleguinha ou qualquer outra medida mais drástica.
Vamos respeitar as diferenças, as etnias, mas, vamos evitar os exageros que muitas vezes criam coisas onde não existem sequer a intenção e até prejudicam as crianças - tanto as supostas agressoras quanto as classificadas como vítimas.]
O desabafo de uma mãe que acredita que sua filha de 6 anos foi vítima
de racismo, em uma escola do Rio, vem chamando a atenção dos
internautas e já foi compartilhado mais de 800 vezes no Facebook. Neste
domingo, a carioca Andressa Cabral, de 35 anos, contou na rede social
que uma colega de turma de sua filha “disse-lhe que seu cabelo ‘é de
pobre’, claramente se referindo ao cabelo afro como algo menor”. A mãe
pede que o colégio tome uma atitude para que cenas como essa não se
repitam.
No dia seguinte ao ocorrido, a mãe pediu, pela agenda escolar, uma reunião com a coordenadora da instituição, a Escola Parque, na Gávea. A professora da garotinha já tinha sido pessoalmente avisada do ocorrido pelo pai. Segundo Andressa, o colégio só se manifestou depois da grande repercussão que o caso ganhou na web, cinco dias após o incidente, na tarde desta segunda-feira. Por telefone, uma das coordenadoras da instituição antecipou a reunião agendada de sexta para terça-feira. A Escola Parque disse, através de sua assessoria de imprensa, que “não se pronuncia publicamente quando se trata de alunos e casos internos da escola, já que envolve todo um trabalho psicopedagógico”. — A coordenação informou que só tomou ciência da magnitude do caso agora e que o pai só tinha mencionado o problema “por alto” com a professora. Ora, uma questão dessa tinha que ter sido tratada pela escola com a devida atenção desde o início! Minha filha ficou claramente muito abalada com o que aconteceu — disse Andressa a O GLOBO por telefone.
Andressa, que é chef de cozinha, acrescentou que as mães das crianças que ofenderam sua filha também estão cientes do ocorrido e dispostas a cobrar da escola uma postura mais ativa. — As mães estão solidárias e interessadas em educar as crianças. Mas também se sentiram pouco assistidas pelo colégio. Algumas me contaram que a escola informou que já está trabalhando o assunto da inclusão em sala, mas que prefere não chamar a atenção para um caso específico — contou a chef. — Mas como não ser específico se a minha filha é a única negra da série dela, que tem mais de 40 alunos?
Considerando a postura da instituição negligente, Andressa sugere que o ensino de história e cultura afro-brasileira faça parte da grade curricular das escolas particulares, assim como acontece na rede pública, e que o tema seja trabalhado desde a primeira infância. — Se tem aula de robótica e de ecologia, também deveria ter uma disciplina sobre a constituição do povo brasileiro e a questão do negro no país. Há inúmeros livros para crianças que abordam a questão racial. Mas sinto que falta coragem para debater assuntos duros — afirmou Andressa.
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