Bolsonaro se suplantou com uma série de erros e declarações chocantes
Por onde começar? A fome no Brasil é uma “grande mentira”, a tortura da
Miriam Leitão também, o desmatamento idem. E temos “filtro cultural”, o
“programa” do FGTS, a multa de 40%, os governadores “paraíba”, “vou
beneficiar meu filho, sim”, a embaixada nos EUA como filé mignon e, além
da fritura de hambúrguer, a entrega de pizza... Ufa! Sempre muito
inspirado, o presidente Jair Bolsonaro se suplantou na semana passada. O
Brasil amanheceu no sábado de ressaca.
[Jair
Bolsonaro, presidente da República Federativa do Brasil, nosso presidente -
inclui todos os brasileiros, gostem ou não, exceto os que optarem por
abrir mão da nacionalidade - infelizmente vez ou outra comete alguns
excessos verbais, faz comentários que permitem dupla interpretação e é sempre
interpretado o lado negativo.
Esquece
que sendo presidente da República seu comentário sempre terá maior peso que na
boca de um cidadão comum.
Bolsonaro
deveria adotar, em termos de comunicação o estilo Geisel, Médici ou mesmo do
ministro Armando Falcão - sempre através de porta voz e, quando pessoalmente,optar por
ser lacônico.
Vamos
tentar destrinchar o sentido real de alguns dos comentários abaixo. Voltamos
já.]
Segundo o presidente da República, brasileiros passando fome é “uma
grande mentira”: “Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com o
físico esquelético como se vê em outros países”. Foi tão chocante quanto
a defesa do trabalho infantil e, novamente, foi o próprio presidente
quem tentou se corrigir mais tarde, admitindo, a contragosto, que “uma
pequena parte” da população passa fome. Ele, porém, não corrigiu os ataques à produção audiovisual no Brasil. [qualquer um sabe que Bolsonaro ao se referir ao físico esquelético, se referia as crianças do Iêmen, exemplo de fome extrema e que, felizmente ainda não chegou ao Brasil (queira DEUS que nunca chegue).
Trabalho infantil com certeza não tem o
apoio do presidente - só que as vezes ele dana a falar e diz coisas de forma
inadequada e que podem motivar a opção por uma interpretação destacando o lado negativo.
A Ancine é um
cabine de empregos e suas produções são medíocres, divulgam coisas
inapropriadas, as vezes exageram na pornografia.
A Ancine não
deve sofrer modificações e sim ser extinta.
Filme sobre
heróis nacionais, nos parece que a Ancine produziu um, naturalmente que com
dinheiro público = Lula, o filho do Brasil... esqueceram?].
O governo vai parar de financiar “filmes pornográficos”, instituir
“filtros” na cultura e enaltecer “heróis nacionais”. Ai, que medo!
Bolsonaro vai assumir pessoalmente o controle da produção cultural,
trocando o que considera “pornográfico” por seus próprios valores –
talvez, quem sabe, por filmes evangélicos... E o que entende como
“herói”? Brilhante Ustra, como Pinochet e Stroessner? Do outro lado,
estão os “mentirosos”, como a brilhante jornalista Miriam Leitão,
torturada aos 19 anos, grávida. E a mania do presidente de desqualificar as pesquisas dos nossos
melhores institutos e fundações? Depois do IBGE, da Fiocruz, do ICMBio,
do Ibama, entre outros, é a vez do Inpe, pelos dados do desmatamento:
“Parece até que está a serviço de alguma ONG”, acusou, e logo para
jornalistas estrangeiros. Lá vem punição! As ONGs, aliás, são outro alvo
permanente dos Bolsonaro.
[outro comentário insensato e mostrou
ideias que com certeza ele não defende - onde já se viu fazer críticas
negativas a instituições modelares tais como IBGE, Fiocruz, Inpe, Ibama?
BRILHANTE USTRA foi um herói nacional e
graças ao seu trabalho os terroristas tiveram menor número de oportunidades de
assassinar inocentes;
PINOCHET fez um brilhante trabalho em
defesa de sua Pátria e comandou com bravura e eficiência o combate aos inimigos
do Chile - muitos deles nascidos no Chile, portanto traidores.
Quanto as ONG's, em sua maioria se dedicam a defender bandidos e também ideologias nefastas. Estar do lado de algumas delas significa estar contra o Brasil.]
Milhares, ou milhões, se frustraram com o “adiamento” da liberação de contas ativas do FGTS, mas a história é simples. Bolsonaro achou a ideia bacana (é mesmo) e jogou no ar. Casa Civil,
Economia, CEF, empreiteiros, todos levaram um susto. Dessa vez, foi Onyx
Lorenzoni o destacado para consertar o erro do presidente e avisar,
antes da solenidade dos 200 dias de governo, que não ia ter anúncio
nenhum sobre o FGTS.
Liberar os saques é só uma ideia. Para uma ideia virar programa, é preciso fazer contas, traçar metas, porcentuais, cronograma e os detalhes operacionais, além de combinar com os “russos”: o setor de construção, que depende das linhas de financiamento da CEF para casa própria, inclusive o Minha Casa, Minha Vida.
[Bolsonaro, conforme é público e notório - declarado aos quatro cantos, por ele mesmo - não entende de economia. Foi sincero.
Apesar de não ser um 'posto ipiranga', atrevo-me a considerar o entendimento do nosso presidente sobre liberação do FGTS, precipitado e com, no mínimo, duas consequências negativas:
- a curto prazo reduz o dinheiro disponível para os programas imobiliários, não será em um montante que os paralise, mas reduzirá o ritmo;
- a médio e longo prazo cada liberação de FGTS reduz o patrimônio do trabalhador = um dinheiro a ser utilizado para reduzir os efeitos de um eventual e indesejado desemprego,é utilizado para resolver problemas imediatos do trabalhador, mesmo empregado - que podem ser graves, mas, quando atinge um desempregado se torna mais imediato e grave.
Sem esquecer, que reduz também um dinheiro que pode socorrer o trabalhador em caso de doença grave e também ser utilizado após aposentado.
Conforme a ilustre articulista bem destaca, é algo a ser estudado, pensado, analisado.]
Liberar os saques é só uma ideia. Para uma ideia virar programa, é preciso fazer contas, traçar metas, porcentuais, cronograma e os detalhes operacionais, além de combinar com os “russos”: o setor de construção, que depende das linhas de financiamento da CEF para casa própria, inclusive o Minha Casa, Minha Vida.
[Bolsonaro, conforme é público e notório - declarado aos quatro cantos, por ele mesmo - não entende de economia. Foi sincero.
Apesar de não ser um 'posto ipiranga', atrevo-me a considerar o entendimento do nosso presidente sobre liberação do FGTS, precipitado e com, no mínimo, duas consequências negativas:
- a curto prazo reduz o dinheiro disponível para os programas imobiliários, não será em um montante que os paralise, mas reduzirá o ritmo;
- a médio e longo prazo cada liberação de FGTS reduz o patrimônio do trabalhador = um dinheiro a ser utilizado para reduzir os efeitos de um eventual e indesejado desemprego,é utilizado para resolver problemas imediatos do trabalhador, mesmo empregado - que podem ser graves, mas, quando atinge um desempregado se torna mais imediato e grave.
Sem esquecer, que reduz também um dinheiro que pode socorrer o trabalhador em caso de doença grave e também ser utilizado após aposentado.
Conforme a ilustre articulista bem destaca, é algo a ser estudado, pensado, analisado.]
Segundo Onyx, o anúncio
será na próxima quarta-feira. Será mesmo? No embalo, o presidente também manteve o desequilíbrio: sempre protege o
empregador, coitado, mas desdenha do trabalhador, esse ganancioso.
Assim, criticou a multa de 40% do FGTS para as demissões sem justa
causa. Em seguida, como quem se flagra falando demais, ressalvou que “a
ideia ainda está em estudo”. Desse conserto, Onyx se livrou.
O que dizer das declarações sobre Eduardo Bolsonaro – que, além de
fritar hambúrguer, também entregou pizza – para Washington? “Pretendo
beneficiar meu filho, sim. Se eu puder dar um filé mignon para meu
filho, eu dou.” Alguém precisa ensinar ao presidente uma diferença:
qualquer um pode comprar filé para a família, mas um presidente não tem o
direito de nomear o próprio filho, e só por ser seu filho, para a mais
importante embaixada no mundo. Família é família, Estado é Estado.
Elementar, meu caro Watson! Quanto aos governadores “paraíba”, por favor: ideologia, ideologia;
questões institucionais à parte. E mais: toda a solidariedade e
admiração ao lindo Nordeste e ao querido, acolhedor e batalhador povo
nordestino. Dúvida: o general Augusto Heleno acha mesmo tudo isso
normal? [o dito pelo presidente neste parágrafo é algo cabível em uma conversa entre familiares.
Quanto ao uso do termo 'paraíba', provavelmente, foi utilizado no mesmo sentido que se usa 'candango' para se referir ao brasiliense - sem nenhum sentido pejorativo.]
Quanto ao uso do termo 'paraíba', provavelmente, foi utilizado no mesmo sentido que se usa 'candango' para se referir ao brasiliense - sem nenhum sentido pejorativo.]