A demissão espetaculosa e teatral do “badalado” Ministro da Educação do Governo Bolsonaro,Abraham Weintraub, demonstra com a maior clareza que nenhum colaborador do governo pode contar com a solidariedade do “chefe”. O pensamento “chave” do chefe deve ser esse: “antes ele do que eu”!!!
Em vista de certos procedimentos do citado Ministro da Educação,talvez
até tentado imitar e agradar o seu “chefe”,e bastando uma pequena pressão de
“fora” para tirá-lo do governo,, o
presidente não titubeou em demitir o seu “admirado” Ministro. Portanto é um
“amigo” em quem ninguém nunca poderá confiar, e que da minha parte eu “dispensaria”
logo. Esse episódio forçou
a minha memória a voltar ao anos 80,durante uma apresentação da famosa banda
“Kiss”,de hard rock, formada em 1973,em Nova York, ocorrida no Estádio Beira
Rio, do Internacional, em Porto Alegre.
O estádio Beira
Rio ficou lotado. A
apresentação foi um sucesso . Terminado
o espetáculo, muita gente, principalmente jovens, voltou para casa caminhando, ”a pé”, da
mesma forma que tinha ido ao “show” , talvez ocasionado mais pela carência
“econômica” da juventude.
Aí começou um segundo espetáculo. Um espetáculo mais
“espetacular” que o da Banda Kiss. Um grupo de jovens que estava “trafegando”
no acostamento da rua Diário de Notícias,e que voltava do Estádio, de repente ficou surpreendido
pelo fato de um deles andar invariavelmente
atrás de todos os outros do
grupo. Não se aguentaram e acabaram questionando o “cujo” por que motivo ele sempre andava atrás
de todos. A resposta foi curta e seca: “ é que se formos atropelados por algum
carro, eu não estarei na frente”!!!
Havia precedentes na vida pregressa desse “personagem”.
Contam que quando em grupo iam a algum restaurante, ou se reuniam em “comilanças” para confraternizar alguma
coisa, o “cujo” era o primeiro a se servir, colocando no seu prato metade de
toda a comida que havia sido colocada
sobre a mesa, deixando o “resto” para ser repartido entre demais do grupo. Mas o que teriam a ver as “lágrimas de crocodilo” com o
citado episódio governamental?
“Dizem” uns que as lágrimas atribuídas aos crocodilos
quando devoram as suas presas não estariam relacionadas à nenhuma tristeza ou
arrependimento da “fera”,mas “cairiam” por haver um aperto involuntário das
suas glândulas lacrimais durante a
mastigação. No seu “dicionário de provérbios e curiosidades”, o folclorista Raimundo Magalhães Jr,traz outra
versão, citando um trecho do historiador romano Plínio (O
Velho), segundo o qual os crocodilos do rio Nilo, no Egito, fingiam soluçar e
chorar para atrair as suas
“inadvertidas” prêsas.
E não foi exatamente esse o tipo de procedimento do
Presidente com o seu “querido” Ministro da educação, Abraham Weintraub?
Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo