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segunda-feira, 22 de junho de 2020

As lágrimas de crocodilo do presidente - Sérgio Alves de Oliveira


A demissão espetaculosa e  teatral  do “badalado” Ministro da Educação do Governo Bolsonaro,Abraham Weintraub, demonstra com a maior clareza que nenhum colaborador do governo pode contar com a solidariedade do “chefe”. O pensamento “chave” do chefe deve  ser esse: “antes ele do que eu”!!!

Em vista de certos procedimentos do citado Ministro da Educação,talvez até tentado imitar e agradar o seu “chefe”,e bastando uma pequena pressão de “fora” para  tirá-lo do governo,, o presidente não titubeou em demitir o seu “admirado” Ministro. Portanto é um “amigo” em quem ninguém nunca poderá confiar, e que da minha parte eu “dispensaria” logo. Esse  episódio forçou a minha memória a voltar ao anos 80,durante uma apresentação da famosa banda “Kiss”,de hard rock, formada em 1973,em Nova York, ocorrida no Estádio Beira Rio, do Internacional, em Porto Alegre.

O estádio Beira  Rio  ficou lotado. A apresentação  foi um sucesso . Terminado o  espetáculo, muita gente, principalmente  jovens, voltou para casa caminhando, ”a pé”, da mesma forma que tinha ido ao “show” , talvez ocasionado mais pela carência “econômica” da juventude. 
Aí começou um segundo espetáculo. Um espetáculo mais “espetacular” que o da Banda Kiss. Um grupo de jovens que estava “trafegando” no acostamento da rua Diário de Notícias,e que voltava   do Estádio, de repente ficou surpreendido pelo fato de um deles andar invariavelmente  atrás de todos os  outros do grupo. Não se aguentaram e acabaram questionando o  “cujo” por que motivo ele sempre andava atrás de todos. A resposta foi curta e seca: “ é que se formos atropelados por algum carro, eu não estarei na frente”!!!

Havia precedentes na vida pregressa desse “personagem”. Contam que quando em grupo iam a algum restaurante, ou se reuniam em  “comilanças” para confraternizar alguma coisa, o “cujo” era o primeiro a se servir, colocando no seu prato metade de toda a comida que havia sido  colocada sobre a mesa, deixando o “resto” para ser repartido entre  demais do grupo. Mas o que teriam a ver as “lágrimas de crocodilo” com o citado episódio governamental?

“Dizem” uns que as lágrimas atribuídas aos crocodilos quando devoram as suas presas não estariam relacionadas à nenhuma tristeza ou arrependimento da “fera”,mas “cairiam” por haver um aperto involuntário das suas  glândulas lacrimais durante a mastigação. No seu “dicionário de provérbios e curiosidades”, o  folclorista Raimundo Magalhães Jr,traz outra versão, citando  um trecho  do historiador romano Plínio (O Velho), segundo o qual os crocodilos do rio Nilo, no Egito, fingiam soluçar e chorar para atrair as suas   “inadvertidas” prêsas.

E não foi exatamente esse o tipo de procedimento do Presidente com o seu “querido” Ministro da educação, Abraham Weintraub?


Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


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