Cinco dias após um encontro em Moscou entre os presidentes Nicolás Maduro e Vladimir Putin, as quatro aeronaves pousaram no Aeroporto de Maiquetía, na região de Caracas, para exercícios conjuntos cuja duração não foi precisada. O ministro venezuelano da Defesa, general Vladimir Padrino López, declarou que as manobras visam a garantir a defesa do seu país diante de ameaças externas.
“Devemos dizer ao povo da Venezuela e ao mundo inteiro que assim como estamos cooperando em diversas áreas de desenvolvimento para ambos os povos, também estamos nos preparando para defender a Venezuela até o último palmo quando for necessário”, disse Padrino, ao receber uma centena de pilotos e pessoal russo.
“Vamos fazer isto com nossos amigos porque temos amigos no mundo que defendem as relações respeitosas de equilíbrio, de equilíbrio entre os Estados”, acrescentou. [será que a Rússia tem conhecimento do que o ministro venezuelano está dizendo?
será que concorda e autorizou com a bazófia?
O número de aeronaves russas é insuficiente para provocar tantos arroubos.]
Padrino lembrou que estas aeronaves já estiveram na Venezuela em 2013, mas que agora se trata de uma nova experiência. O general não detalhou quanto tempo os exercícios vão durar, os quais definiu como “intercâmbios de voos operacionais (…) para elevar o nível de ‘interoperacionalidade’ dos sistemas de defesa aeroespacial” dos dois países.
No aeroporto internacional de Maiquetía, Padrino destacou que as manobras se enquadram na cooperação binacional, como parte da qual a Rússia vendeu à Venezuela centenas de milhões de dólares em equipamento militar nos últimos anos. “Que ninguém no mundo tema a presença destes aviões logísticos caça-bombardeiros estratégicos que chegaram a território venezuelano, nós somos construtores da paz e não da guerra”, disse.
O general Serguei Ivanovich Kobulash, comandante de aeronaves de longo percurso das forças aeroespaciais da Rússia, declarou que o resultado esperado “é um intercâmbio profundo de experiências dos pilotos e do pessoal técnico”.
Padrino recordou que outros países da região criaram “desequilíbrios políticos e militares” diante dos quais o governo venezuelano não pode ficar de braços cruzados, em referência à vizinha Colômbia, que Caracas acusa de abrigar bases militares americanas. No domingo, Maduro denunciou que Washington – que o chama de “ditador” – colocou em andamento um plano para derrubá-lo, com o apoio da Colômbia.
No final de 2016, a Venezuela comprou 24 caças Sukhoi 30 russos e acertou a aquisição de 53 helicópteros MI-24 e de 100 mil fuzis Kalashnikov, entre outros equipamentos.
Caracas também adquiriu da Rússia mísseis Top-MI.
IstoÉ