Em
conversas reservadas, ex-presidente manifesta mágoa com busca da PF em empresa
do filho e afirma que 'situação passou dos limites'
Na véspera de completar 70 anos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva não escondeu a
mágoa com Dilma Rousseff, sua sucessora, e a responsabilizou pela operação de
busca e apreensão feita pela Polícia Federal na empresa LFT Marketing
Esportivo, pertencente a seu filho Luís Cláudio. Em conversa com pelo menos
três amigos, ontem, em momentos distintos, Lula se queixou de Dilma e disse que
a situação “passou dos limites”.
Para o ex-presidente, Dilma só ouve o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – que, no seu diagnóstico, quer apenas “aparecer” –, e não entende que, em nome do combate à corrupção, pode destruir o projeto político do PT. [o garboso Cardozo não é nenhum modelo de competência, mas, ele está certo em tratar as empresas da ‘famiglia’ Lula da mesma forma que trata outras empresas que usam supostas atividades legais para esconder crimes.]
O Instituto Lula divulgou nota nesta segunda afirmando que “não têm qualquer fundamento” as informações de que o ex-presidente responsabilizava Dilma, conforme também havia divulgado o site do jornal Folha de S.Paulo. Lula estará na quinta-feira em Brasília, para participar da reunião do Diretório Nacional petista, e vai pregar uma forte reação do partido ao que chama de “ofensiva” orquestrada para destruir o PT e o seu legado.
Além de Luís Cláudio, o presidente do Sesi, Gilberto Carvalho – chefe de gabinete de Lula de 2003 a 2010 e ministro da Secretaria-Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma – também foi citado no relatório da Operação Zelotes. Braço direito de Lula, Carvalho prestou depoimento ontem, espontaneamente, no inquérito que investiga a denúncia de compra de medidas provisórias para favorecer o setor automotivo.
Um dos amigos que conversaram com Lula contou que ele estava “furioso” e chegou a chamar o esquema de delação premiada de “mentirão” premiado. [quando a delação premiada acusa o deputado Eduardo Cunha ou algum adversário de Lula, Dilma e corja petralha, tudo que o delator diz é usado imediatamente por Janot, chefe da PGR, para agir contra os citados na delação.
Para o ex-presidente, Dilma só ouve o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo – que, no seu diagnóstico, quer apenas “aparecer” –, e não entende que, em nome do combate à corrupção, pode destruir o projeto político do PT. [o garboso Cardozo não é nenhum modelo de competência, mas, ele está certo em tratar as empresas da ‘famiglia’ Lula da mesma forma que trata outras empresas que usam supostas atividades legais para esconder crimes.]
O Instituto Lula divulgou nota nesta segunda afirmando que “não têm qualquer fundamento” as informações de que o ex-presidente responsabilizava Dilma, conforme também havia divulgado o site do jornal Folha de S.Paulo. Lula estará na quinta-feira em Brasília, para participar da reunião do Diretório Nacional petista, e vai pregar uma forte reação do partido ao que chama de “ofensiva” orquestrada para destruir o PT e o seu legado.
Além de Luís Cláudio, o presidente do Sesi, Gilberto Carvalho – chefe de gabinete de Lula de 2003 a 2010 e ministro da Secretaria-Geral da Presidência no primeiro mandato de Dilma – também foi citado no relatório da Operação Zelotes. Braço direito de Lula, Carvalho prestou depoimento ontem, espontaneamente, no inquérito que investiga a denúncia de compra de medidas provisórias para favorecer o setor automotivo.
Um dos amigos que conversaram com Lula contou que ele estava “furioso” e chegou a chamar o esquema de delação premiada de “mentirão” premiado. [quando a delação premiada acusa o deputado Eduardo Cunha ou algum adversário de Lula, Dilma e corja petralha, tudo que o delator diz é usado imediatamente por Janot, chefe da PGR, para agir contra os citados na delação.
Quando o conteúdo da delação envolve
Lula ou alguém da ‘famiglia’ da Silva ou algum petralha, é ativado todo um processo de desvalorização
da delação.] O
ex-presidente disse que o governo Dilma “perdeu
o controle” das investigações e que ilações são vazadas, sem qualquer
prova, para enfraquecê-lo politicamente e impedir uma nova candidatura dele, em
2018.
Na avaliação de Lula, a Polícia Federal está cometendo “abusos”, com desrespeito à Constituição e vazamentos seletivos, sem que os acusados possam ter acesso às acusações para se defender. “A gente não pode permitir que ladrões queiram pôr na nossa testa o carimbo da corrupção”, disse.
Irmão
Abatido, Lula destacou não querer impedir nenhum inquérito e lembrou que, em 2007, até seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi investigado pela Polícia Federal na Operação Xeque Mate. Afirmou, porém, que, à época, não havia uma “perseguição” contra ele nem contra o PT.
O ex-presidente disse ter perdido até mesmo o ânimo para comemorar, hoje, o seu aniversário, mas o Instituto Lula vai organizar uma reunião para lembrar a data. Os amigos queriam promover uma festa para Lula, na quinta-feira, no restaurante São Judas, em São Bernardo do Campo, conhecido pela especialidade do “frango com polenta” e onde foram realizadas muitas reuniões do PT, nos anos 80. Na semana passada, porém, o ex-presidente já havia pedido para cancelar a reunião. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tentou pôr panos quentes na situação e procurou acalmar Lula.
Na avaliação de Lula, a Polícia Federal está cometendo “abusos”, com desrespeito à Constituição e vazamentos seletivos, sem que os acusados possam ter acesso às acusações para se defender. “A gente não pode permitir que ladrões queiram pôr na nossa testa o carimbo da corrupção”, disse.
Irmão
Abatido, Lula destacou não querer impedir nenhum inquérito e lembrou que, em 2007, até seu irmão Genival Inácio da Silva, o Vavá, foi investigado pela Polícia Federal na Operação Xeque Mate. Afirmou, porém, que, à época, não havia uma “perseguição” contra ele nem contra o PT.
O ex-presidente disse ter perdido até mesmo o ânimo para comemorar, hoje, o seu aniversário, mas o Instituto Lula vai organizar uma reunião para lembrar a data. Os amigos queriam promover uma festa para Lula, na quinta-feira, no restaurante São Judas, em São Bernardo do Campo, conhecido pela especialidade do “frango com polenta” e onde foram realizadas muitas reuniões do PT, nos anos 80. Na semana passada, porém, o ex-presidente já havia pedido para cancelar a reunião. O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, tentou pôr panos quentes na situação e procurou acalmar Lula.
Fonte: Estadão – Conteúdo