Vozes - Alexandre Garcia
Fogo amigo
[estamos começando a gostar desse governo - qualquer ZBM é mais organizada. Com certeza vai piorar e começar a ficar bom para os brasileiros do BEM, os verdadeiros PATRIOTAS.]
Nesta quarta, de certa forma, Marina Silva deu uma resposta a Lula. Ela havia sido ministra de Lula lá atrás, brigou com ele e caiu fora. Agora, foi eleita deputada federal pela Rede, fez as pazes com Lula e assumiu o cargo de ministra do Meio Ambiente no Palácio do Planalto. Mas quero saber como ela vai se dar com o ministro Carlos Fávaro, da Agricultura, já que o pessoal do agro não morre de amores por Marina, e a recíproca é verdadeira.
A cada declaração, um desmentido No geral, está uma confusão danada. São 37 ministros, a maioria ainda não conhece a partitura, e aí põe a letra que quer. Carlos Lupi diz que vai haver “antirreforma da Previdência” e foi desmentido. Outro disse que ia mudar as leis trabalhistas, e já desmentiram também. Um terceiro insinuou que o governo federal influenciaria os preços da Petrobras, teve de fazer um esclarecimento.
Cada vez que Haddad fala, a bolsa cai e o dólar sobe. Agora, ele falou na tal moeda única do Mercosul, mas vejam só.
Um quilo de arroz custa um dólar, ou pouco mais de R$ 5 em moeda brasileira. Em moeda argentina, isso dá 161 pesos. Como vai haver moeda única desse jeito?
Vejam a moeda da Venezuela, com inflação de 1000%.
A Argentina tem inflação de 100%, não tem como unificar moedas.
E o mercado fica preocupado com as bobagens que vão sendo ditas. E mais preocupado ainda deve estar o presidente da República com os seus ministros. Enquanto não chega um novo Congresso, que tem uma maioria de centro-direita, ele já tem oposição dentro do próprio governo, por causa desses disparates.
Governo está mudando o nome de tudo e atropelando até a língua portuguesa
Lula foi buscar outro reforço no passado – o governo está cheio deles. Agora, quem voltou foi Gilberto Carvalho, ex-chefe de gabinete de Lula, ex-secretário-geral de Dilma. Ele vai para o Ministério do Trabalho, para um negócio chamado – não me perguntem o significado disso – Secretaria de Economia Solidária. Nomes bonitos, não?
Aliás, estão adorando mudar o nome de tudo. A Funai não é mais Fundação Nacional do Índio, é politicamente incorreto chamar o índio de “índio”, é “dos povos indígenas”.
Outra que só acreditei vendo, porque duvidei quando me disseram, foi que nas transmissões estavam dizendo “bom dia a todos, todas e todes”. O que é isso? Estão desrespeitando o artigo 13 da Constituição, que diz que a língua oficial do país é o português.
Deve ser por tudo isso que a prefeita de Carlinda (MT), Carmelinda Martines Coelho, renunciou.
Ela havia prometido que, se Lula ganhasse, ela deixaria o cargo, e cumpriu a promessa.
Justificou que não haveria condições de governar por causa do seu “desalinhamento” em relação ao novo presidente, e que isso não faria bem ao município.
Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos
Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES