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sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Mortes necessárias - absurdo é que no mesmo período bandidos tenham assassinado 12 PMs



Em janeiro, Rio registra 66 mortes em operações policiais

Houve um aumento de 26% em relação ao primeiro mês do ano passado



Em janeiro, 66 pessoas foram mortas durante operações realizadas em comunidades do município do Rio. O número foi levantado por meio de consultas a registros de “homicídio decorrente de oposição à intervenção policial” (como o estado classifica uma morte em confronto) feitos em todas as delegacias distritais da capital, na Divisão de Homicídios (DH) e na Central de Garantias. [registre-se que a oposição à intervenção policial é sempre efetuada por bandidos que resistem à ação policial que tem o DEVER e o DIREITO de revidar usando a força necessária.
Estão morrendo mais bandidos devido a polícia estar sendo mais eficiente. Bandido bom é bandido morto.] A quantidade é a maior registrada nos últimos dez anos.

Em relação ao primeiro mês do ano passado, quando foram mortas 52 pessoas durante ações policiais, houve um aumento de 26% no número de casos. Em janeiro de 2016, houve apenas 27. O recorde da série histórica é de 2008, quando o mês de janeiro terminou com 83 homicídios decorrentes de operações policiais.

JACAREZINHO EM PRIMEIRO
A favela que encabeça o ranking de mortes em confrontos é o Jacarezinho, onde nove pessoas foram assassinadas durante operações realizadas no mês passado. Foi em um dos acessos à favela que PMs encontraram o corpo do delegado Fábio Monteiro, no último dia 12. Dos nove homicídios decorrentes de operações na comunidade, oito foram registrados após assassinatos de policiais. A Rocinha, com sete mortes, e a Cidade de Deus, com seis, completam o topo da lista.  [tem que valer, regra não escrita, mas que vale mais que estivesse escrita: para cada policial morto, tem ue morrer, no mínimo cinco bandidos.]

Mais da metade dos homicídios foi registrada no final do mês: entre os dias 20 e 31, houve 34 mortes. Somente nos últimos três dias de janeiro ocorreram 12 casos. Os três mais recentes resultaram de uma operação da PM realizada na Cidade de Deus na última quarta-feira. No mesmo dia, um homem foi morto pela Polícia Militar no Complexo da Pedreira.

MAIORIA É NEGRA OU PARDA
Das 66 vítimas, 48 são negras ou pardas; e quatro, brancas. Em 14 casos, a cor da pele não foi informada nos registros de ocorrência. Vinte e nove corpos não foram identificados.  Durante todo o ano passado, foram registrados 527 homicídios em operações policiais realizadas na capital do estado, a maior quantidade de casos desde 2010. O número representa um quarto do total de homicídios registrados no município do Rio — 2.125 — e é 13% maior que o de 2016, quando foram registradas 463 mortes. No estado todo, 1.124 pessoas foram mortas pela polícia em 2017 — o número aumentou 21% em relação ao ano anterior.

O Globo