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domingo, 7 de junho de 2020

Fachin suspende operações policiais no Rio durante a pandemia - O Globo

Por Bernardo Mello Franco


SEGURANÇA PÚBLICA

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou nesta sexta a suspensão das operações policiais em favelas do Rio até o fim da pandemia do coronavírus. Em decisão liminar, o ministro afirmou que as operações só deverão ocorrer "em hipóteses absolutamente excepcionais, que devem ser devidamente justificadas por escrito pela autoridade competente, com comunicação imediata ao Ministério Público".

[Decisão perfeita; só faltou informar se os bandidos foram avisados e concordaram em acatar a suprema determinação.]

Nesses casos, a polícia terá que adotar "cuidados excepcionais" para "não colocar em risco ainda maior a população, a prestação de serviços públicos sanitários e o desempenho de atividades de ajuda humanitária".
No último dia 20, uma operação da PM causou pânico na Cidade de Deus enquanto voluntários distribuíam cestas básicas e itens de higiene. A ação matou João Vitor Gomes da Rocha, de 18 anos. Segundo a polícia, ele era investigado por suspeita de roubo de veículo. Fachin atendeu a pedido do Partido Socialista Brasileiro, que recorre ao Supremo contra a política de segurança de Wilson Witzel desde novembro passado.

A decisão é mais uma derrota política para o governador, que já perdeu seis secretários desde que foi alvo de buscas na Operação Placebo, no último dia 26. A Polícia Federal investiga se ele participou de um esquema de corrupção na saúde.



quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Bope mata sequestrador de ônibus no Rio e estratégia de Witzel se fortalece - Valor Econômico

Malu Delgado 

Vidas, 'transtornos' e canos fumegantes 



O papel de um governante é evitar "transtornos para a sociedade", segundo ensinamento do governador do Rio, Wilson Witzel, postado no Twitter minutos depois de ele descer efusivo de um helicóptero, na ponte Rio-Niterói, com o punho erguido em sinal de vitória. Tudo registrado em tempo real por um assessor que seguia os pulinhos frenéticos do chefe, filmando o momento épico com um celular. O transtorno, que impediu o trânsito nas duas vias da ponte, por quase quatro horas, era um jovem de 20 anos que sequestrou um ônibus com 37 passageiros. Um bandido, no vocábulo usual da família Bolsonaro, ou um "homem mau", de acordo com a definição bíblica do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que citou provérbios sobre os "gritos de alegria" da cidade quando os ímpios perecem, ou, como no caso em questão, morrem.

Os cidadãos (os brasileiros de bem, os cidadãos ordeiros, ainda parafraseando os filhos do presidente) que tiveram o curso normal da vida interrompido por algumas horas, impedidos de ir e vir (esse transtorno!), aplaudiram e reagiram com entusiasmo semelhante ao do governador Witzel quando ouviram os tiros disparados por um sniper, derrubando o sequestrador no momento em que ele havia descido do ônibus. Antes, num tenso processo de negociação conduzido pela polícia, seis reféns tinham sido libertados. Soube-se logo depois da morte celebrada pelos políticos - in loco ou em exultantes comentários nas redes sociais - que o sequestrador portava uma pistola de brinquedo e gasolina numa garrafa pet, além de estar em aparente surto psicótico.  [detalhe: a maior parte dos passageiros não percebeu ser a pistola de brinquedo, assim, o medo causado foi real e a gasolina era real - imagina jogas gasolina chão de um ônibus, com 36 pessoas, e atear fogo - alguém escaparia? 
 
o 'surto psicótico' pode ser uma atenuante, mas, naquele momento era um ponto a exigir uma solução rápida para neutralizar o sequestrador, já que suas decisões não eram previsíveis, nem mesmo por ele.
 
Assim, a solução adotada foi a melhor - apesar da matéria deixar a impressão de que a vida do sequestrador tinha mais valor do que a dos réfens e que todo bandido que tombe 'trabalhando' no Rio, ou mesmo no Brasil, deve ser lamentado - parece que as mortes que não devem ser lamentadas são as de policiais.
 
A ação foi correta e eventual excesso do governador é é esperado, por ser típico de um político ao ver seu entendimento sob a forma de combater bandidos,  apresentar bons resultados.] "O ideal era que todos saíssem vivos, mas preferimos salvar os reféns", explicou o governador nas redes sociais. As preferências do governador são suficientemente conhecidas, mas ontem ele voltou a registrar sua contrariedade com os "entendimentos de que não podem ser abatidos os criminosos que ostentam armamentos". O tenente-coronel Maurílio Nunes, coordenador do Bope, afirmou, ao lado do governador, que 80% dos casos são resolvidos com negociação e há um claro protocolo internacional, técnico, a ser seguido para respaldar ações policiais em casos trágicos como o que se viu ontem.

Se a ação foi respaldada por protocolos e se era de fato a única saída possível para se evitar tragédia maior, caberá aos profissionais envolvidos fornecer todas as informações com transparência para a perícia concluir seu trabalho, como afirmou com firmeza o próprio tenente-coronel Nunes. Coube à polícia sobriedade técnica para discorrer sobre o episódio, num contraste claro com o discurso que cresce em setores políticos, o da banalização da vida como política pública. Witzel disse a jornalistas que "a população aplaudiu, mas não a morte de um ser humano". Admitiu que não foi capaz de conter a "felicidade", pois 37 vidas foram salvas. Para que a naturalização da morte não soasse distópica, o governador do Rio registrou que rezou um Pai-Nosso à vítima e que a mãe do sequestrador "estava se perguntando onde ela teria errado". Precisamos todos acreditar que há algum traço de humanidade na mente daqueles que governam.

De janeiro a junho deste ano, quase 39% das mortes na Grande Niterói foram causadas por ações policiais, conforme relatório do Observatório de Segurança do Rio. Na capital, o índice chegou a 38%. Das 1.148 ações policiais nas ruas realizadas no semestre passado, 568 foram operações e 580 foram patrulhamento. Para os especialistas em segurança pública do Observatório, as ações policiais no governo Witzel são cada vez "mais letais e mais assustadoras". As mães das crianças que vivem no Complexo de Favelas da Maré, que enviaram 1.500 cartinhas e desenhos ao Tribunal de Justiça do Rio sobre seu cotidiano, certamente não estão se perguntando onde erraram, mas o que devem fazer para que seus filhos não vivam sob pânico dos helicópteros "que atiram para baixo e as pessoas morrem", e como lhes explicar que não constam na lista de preferidos do governador. [inaceitável que policiais entrem em favelas, ou participem de confrontos com bandidos - em qualquer local do mundo - carregando flores;
 
os helicópteros precisam atirar para baixo - onde estão os bandidos; as vítimas inocentes das balas perdidas, normalmente, são de projéteis disparados por bandidos que estão no chão contra policiais que adentram as favelas.

- quanto as cartinhas, nada garante que não tenham sido escritas por crianças e moradores sob coação dos traficantes.]

O sociólogo Pablo Nunes, coordenador de Pesquisas da Rede de Observatórios da Segurança Pública em cinco Estados (RJ, SP, CE, PE, BA), acompanhou com apreensão o desfecho do sequestro do ônibus. Recebeu a informação, enquanto o governador dançava na ponte, que helicópteros da polícia faziam uma operação na Os pesquisadores buscavam informações com os moradores locais se eram bombas de efeito moral ou granadas. "O governo Witzel tem se notabilizado pela contagem de cadáveres", segundo o sociólogo. Se a celebração da morte por um governador causa assombro, é ainda mais perturbador assistir aos aplausos da população, admite o sociólogo. Os brasileiros não suportam mais conviver com o crime e a violência, estão cansados e com medo, é fato. As palmas legitimam o discurso fácil dos políticos que faturam com a sensação de medo, mas cujas políticas públicas atuais, segundo o professor, têm produzido poucos efeitos práticos e duradouros.

A "anestesia moral" foi fenômeno na Segunda Guerra Mundial estudado por historiadores, recorda-se Sérgio Adorno, coordenador científico do Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da USP: "Quando você não considera o outro como pertencente à humanidade e, portanto, a vida dele pode ser manipulada e eliminada, desde que ele seja considerado um inimigo e um obstáculo à afirmação de suas ideias, que parecem as mais justas e sublimes. O que se opõe ao poder deve ser liquidado".

A dança de Witzel "é de uma desumanidade chocante", pontua Adorno, num momento em que o Brasil assiste à erosão de redes de solidariedade, cooperação e respeito ao direito fundamental à vida. A coreografia "é um ato de degradação da autoridade". Não se sabe se existe no mercado antídoto que reverta o estado de anestesia social e também é inútil pensar se haverá viabilidade para Witzel disputar a Presidência com base na política do abate humano. Como no pós-guerra, o que resta é a espera e a melancolia.
Malu Delgado - Política -  Valor Econômico 



 
https://www.valor.com.br/politica/6399605/vidas-transtornos-e-canos-fumegantes


domingo, 9 de dezembro de 2018

Seguranças do Carrefour Rio entregaram a bandidos da Cidade de Deus duas senhoras flagradas roubando protetores solares

Faz tempo, os seguranças de um supermercado Carrefour do Rio entregaram a bandidos da Cidade de Deus duas senhoras flagradas roubando protetores solares Elas foram espancadas até que uma  patrulha da PM as salvou.

Eu era um cachorro de rua, vivia em Osasco e comia o que me davam num supermercado Carrefour. O Carrefour informou que “repudia qualquer tipo de maus-tratos contra animais”.  

Nós somos amigos dos bípedes, e o mundo viu o “Sully” deitado junto ao caixão do George Bush, pai. Reclamem sempre que um bicho for maltratado, mas eu e o “Juquinha” sugerimos que cuidem também dos bípedes.  A Constituição prevê que o STJ seja composto por desembargadores federais, estaduais, procuradores e advogados de militância privada. 




sábado, 9 de junho de 2018

Forças de Segurança fazem operação em quatro comunidades da Zona Sul


Forças de segurança atuam em quatro favelas na Zona Sul


Trânsito da Lagoa-Barra foi reaberto após ser fechado nos dois sentidos; na Rocinha, troca de tiros assustou moradores da região 

 Forças Armadas fazem operação na Rocinha neste sábado - Marcia Foletto / Agência O Globo

De acordo com o Comando Conjunto a ação envolve cerco, estabilização dinâmica da área e remoção de barricadas. Revistas seletivas de pessoas e veículos também são realizadas. O Comando Conjunto não informou quantos militares, além de policiais civis e PMs, atuam nesta operação A ação ocorre ao mesmo tempo em que a intervenção atua com 4.600 agentes na Cidade de Deus. Lá, a operação começou na última quinta-feira e prossegue até o momento.  De acordo com comunicado do Comando Conjunto, a Polícia Federal também atua na operação deste sábado cumprindo mandados judiciais ligados à sua natureza jurisdicional. A nota diz ainda que a ação de hoje beneficia, direta e indiretamente, mais de 120.000 moradores.

Galeria de fotos

Moradores usaram as redes sociais para relatar a ação. Um helicóptero das Forças Armadas sobrevoava a favela. "Gente...isso não vai acabar não?? Há um ano e esses tiroteios", escreveu um internauta. "Triste acordar e se deparar com essa operação! Pleno sábado! Tomem cuidado. Que Deus nós abençoe..."; "Muitos caminhões do exército na saída do túnel, mais ou menos uns 20. Tem helicóptero sobrevoando aqui também."
A Polícia Militar apoia a estabilização da área e bloqueia possíveis rotas de fuga de criminosos. A Polícia Civil, também inserida na ação, promove a checagem de antecedentes criminais e cumprirá mandados judiciais, condicionada às restrições constitucionais à inviolabilidade do lar.

Os efetivos de militares das Forças Armadas, policiais militares e policiais civis articulam-se aos empregados na operação da Cidade de Deus, que está no quarto dia, e comunidades vizinhas, com o apoio de meios blindados, aeronaves e equipamentos pesados de engenharia. Assim na na Lagoa-Barra, algumas vias na região poderão ser interditadas e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos.  A Polícia Federal atua na mesma área geográfica, de modo integrado com as ações do Comando Conjunto, cumprindo mandados judiciais ligados à natureza jurisdicional daquela força policial.

Esta operação foi deflagrada no contexto das medidas implementadas pela Intervenção Federal na Segurança Pública.


O Globo