Em janeiro, Rio registra 66 mortes em operações policiais
Houve um aumento de 26% em relação ao primeiro mês do ano passado
Em
janeiro, 66 pessoas foram mortas durante operações realizadas em comunidades do
município do Rio. O número foi levantado por meio de consultas a registros de
“homicídio decorrente de oposição à intervenção policial” (como o estado
classifica uma morte em confronto) feitos em todas as delegacias distritais da
capital, na Divisão de Homicídios (DH) e na Central de Garantias. [registre-se que a oposição à intervenção policial é sempre efetuada por bandidos que resistem à ação policial que tem o DEVER e o DIREITO de revidar usando a força necessária.
Estão morrendo mais bandidos devido a polícia estar sendo mais eficiente. Bandido bom é bandido morto.] A quantidade
é a maior registrada nos últimos dez anos.
Em
relação ao primeiro mês do ano passado, quando foram mortas 52 pessoas durante
ações policiais, houve um aumento de 26% no número de casos. Em janeiro de
2016, houve apenas 27. O recorde da série histórica é de 2008, quando o mês de
janeiro terminou com 83 homicídios decorrentes de operações policiais.
JACAREZINHO
EM PRIMEIRO
A favela
que encabeça o ranking de mortes em confrontos é o Jacarezinho, onde nove
pessoas foram assassinadas durante operações realizadas no mês passado. Foi em
um dos acessos à favela que PMs encontraram o corpo do delegado Fábio Monteiro,
no último dia 12. Dos nove homicídios decorrentes de operações na comunidade,
oito foram registrados após assassinatos de policiais. A Rocinha, com sete
mortes, e a Cidade de Deus, com seis, completam o topo da lista. [tem que valer, regra não escrita, mas que vale mais que estivesse escrita: para cada policial morto, tem ue morrer, no mínimo cinco bandidos.]
Mais da
metade dos homicídios foi registrada no final do mês: entre os dias 20 e 31,
houve 34 mortes. Somente nos últimos três dias de janeiro ocorreram 12 casos.
Os três mais recentes resultaram de uma operação da PM realizada na Cidade de
Deus na última quarta-feira. No mesmo dia, um homem foi morto pela Polícia
Militar no Complexo da Pedreira.
MAIORIA É
NEGRA OU PARDA
Das 66
vítimas, 48 são negras ou pardas; e quatro, brancas. Em 14 casos, a cor da pele
não foi informada nos registros de ocorrência. Vinte e nove corpos não foram
identificados. Durante
todo o ano passado, foram registrados 527 homicídios em operações policiais
realizadas na capital do estado, a maior quantidade de casos desde 2010. O
número representa um quarto do total de homicídios registrados no município do
Rio — 2.125 — e é 13% maior que o de 2016, quando foram registradas 463 mortes.
No estado todo, 1.124 pessoas foram mortas pela polícia em 2017 — o número
aumentou 21% em relação ao ano anterior.
O Globo
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