Ministra Carmén Lúcia mais uma vez nega direito de resposta ao presidente por uso do termo "genocida" em falas do candidato do PT
A ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou um pedido de resposta do presidente Jair Bolsonaro, apresentado pela coligação Pelo Bem do Brasil, contra vídeos em que o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) o chama de “genocida” e “possuído pelo demônio”. [o descondenado petista, é quem realmente é possuído pelo demônio - alias, ele é o demônio encarnado.]
Segundo Cármen, o pedido foi negado por uma questão técnica e a campanha do atual presidente não mostrou um texto de resposta. “É razoável que a Justiça Eleitoral faça uma análise prévia do conteúdo a ser divulgado, para se concluir sobre a compatibilização da resposta com a ofensa que deu origem à representação”, alegou a ministra.
A campanha de Bolsonaro contesta vídeos divulgados por Lula em agosto, quando fez discurso na porta da fábrica da Volkswagen, em São Bernardo do Campo, em São Paulo, chamando o mandatário de “presidente genocida” e proferindo a frase: “se tem alguém que é possuído pelo demônio, é esse Bolsonaro”. Os aliados de Bolsonaro alegaram que tais falas de Lula “transcende a liberdade de expressão e a crítica política, pois imputa crime ao presidente”.
Vale ressaltar que o uso ou não do termo “genocida” por outros candidatos contra Bolsonaro é algo que ainda não foi atenuado pelo TSE. Não é a primeira vez que Cármen Lúcia, por exemplo, rejeita esse tipo de solicitação da campanha de Bolsonaro, mantendo seis vídeos em que Lula usava o mesmo termo ativos. Na época, a ministra afirmou que não houve campanha eleitoral negativa contra ele, apenas “uma manifestação crítica protegida pela liberdade de expressão”. Essa discussão sobre a possibilidade do uso do termo foi adiada duas vezes após entrar na pauta do plenário do Tribunal na terça-feira, 13 e na quinta-feira 15.
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